O congresso, financiado por instituições públicas da capital e região de Sevilla, tem a finalidade de compartilhar informações, experiências e novas técnicas para melhorar a qualidade das práticas abortivas.
O arcebispo constata que "não tenho em minhas mãos a possibilidade de evitar sua realização, mas tenho o dever de iluminar a consciência de nossos fiéis sobre este acontecimento".
O prelado sugeriu que, durante os dias da celebração do congresso da indústria do aborto, seja programado algum ato especial de oração pela vida diante do Santíssimo.
Também sugeriu que seja levada em consideração esta intenção nas preces dos fiéis da Missa e na recitação do terço nas paróquias, assim como nos encontros de oração de comunidades contemplativas, irmandades, grupos e movimentos apostólicos.
Dom Asenjo propõe concluir as orações especiais destes dias com a oração a Nossa Senhora que João Paulo II escreveu como o ápice da encíclica Evangelium vitae.
O arcebispo qualifica o aborto como "a eliminação voluntária de um ser humano, desejada por seus progenitores, com assistência dos médicos".
E, diante desta realidade, fez três propostas: rezar, conscientizar e tentar sensibilizar as instituições que promovem iniciativas, ajudando-as a favor da vida, e ajudar as mães em circunstâncias difíceis.
Em sua opinião, "poucas formas de ação social e de apostolado são hoje tão bonitas e urgentes como esta".
Em sua carta, também fez referência à chamada Lei de Saúde Sexual e Reprodutiva e da Interrupção Voluntária da Gravidez, que entrou em vigor na Espanha no dia 4 de julho.
Ele afirma que esta lei "não é nada além de uma liberalização total do aborto, considerado como um direito da mulher, enquanto são violados os mais elementares direitos do filho que ela carrega em suas entranhas".
Recorda que "seu caráter legal não lhe confere a característica de moralidade, pois nem tudo que é legal é moral"; e acrescenta que "o aborto é sempre uma imoralidade, um mal objetivo; não é progresso, mas regresso".