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Artigo N.º 5987 - COMO ENCOBREM O SEGREDO DE FÁTIMA
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Postado em: 19/08/10 às 13:57:36 por: James
Categoria: Artigos Site Aarão
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Abaixo um texto cronológico, descrevendo de forma bem clara a ação de certos maus bispos e padres em sua luta diabólica para evitar que o mundo fique sabendo do conteudo verdadeiro do 3º Segredo de Fátima. Tudo isso nos ver por trás a mão da maçonaria eclesiástica - uma das oito barreiras - exatamente porque o segredo os denuncia.


O segredo é isso, e se refere a Igreja. Ele abre os olhos dos católicos para a existência deste tentáculo poderoso infiltrado na Igreja, que tem inibido a ação de todos os papas, desde Pio XII. Não é que os papas não gostariam de o divulgar, mas a verdade é que eles não deixam. A prova está abaixo documentado. MAS BENTO XVI FARÁ A DIVULGAÇÃO, QUEIRAM ELES OU NÃO.

http://www.fatima.org/port/essentials/opposed/croncvrport.asp

Breve história das intervenções de Nossa Senhora de Fátima para trazer a verdadeira Paz a toda a humanidade e da campanha incessante para impedir, silenciar, falsificar e obstruir a Sua Mensagem de Paz, Esperança, Júbilo e Salvação.

 O ataque terrorista sem precedentes ocorrido na América a 11 de Setembro de 2001 e os relatos, credíveis, de que os terroristas islâmicos possuem não só bombas nucleares como armas biológicas e químicas, trazem imediatamente ao espírito o aviso de Nossa Senhora (veja-se em baixo): se a Rússia não for consagrada ao Seu Coração Imaculado, "várias nações serão aniquiladas", e só por meio da Consagração o mundo poderá alcançar a verdadeira Paz no nosso tempo.

Mais de oitenta e quatro anos volvidos sobre a primeira aparição de Nossa Senhora em Fátima, o Seu pedido de Consagração da Rússia continua por cumprir, e a Sua mensagem continua a passar despercebida.

E para cúmulo, enquanto o mundo se dirige, cada vez mais, para um acontecimento apocalíptico final, certos elementos no Vaticano parecem mais determinados que nunca a ligar a Mensagem de Fátima ao passado, e a perseguir aqueles que a continuam a proclamar.

Repare-se: logo no dia a seguir ao ataque terrorista de 11 de Setembro que roubou mais de 3.000 vidas e aturdiu o mundo inteiro - passado só um dia sobre este facto! - o Gabinete de Imprensa do Vaticano tornava pública uma condenação do Padre Nicholas Gruner e do seu apostolado de Fátima, e declarava que ninguém deveria assistir à conferência do apostolado (calendarizada entre 7 e 13 de Outubro de 2001) sobre "a Paz no Mundo através da Mensagem de Fátima"!

Será que estes funcionários do Vaticano têm mais medo de Fátima que do terrorismo mundial? Estarão eles mais preocupados com uma conferência sobre Fátima, a realizar em Roma, do que com a heresia e o escândalo que estão a dilacerar a Igreja pelo mundo inteiro - e sob os seus olhares? É evidente que estes funcionários do Vaticano perderam todo e qualquer sentido das proporções, quanto à situação em que se encontra o mundo e a Igreja a que presidem.

Apresentamos aqui os acontecimentos-chave na longa história de um grande e terrível paradoxo: os esforços de alguns homens para, actuando no seio da própria Igreja Católica, suprimir, reinterpretar e impedir o cumprimento dos desejos do Céu para se alcançar a verdadeira Paz no nosso tempo.

1929 - 1964
13 de Junho, 1929 - Doze anos depois das Suas aparições originais em Fátima, e em cumprimento do que aí prometera a 13 de Julho de 1917, Nossa Senhora de Fátima aparece de novo à Irmã Lúcia em Tuy (Espanha). Nossa Senhora, de pé sobre uma nuvem, junto ao Seu Divino Filho, Jesus crucificado, disse:
"É chegado o momento em que Deus pede para o Santo Padre fazer, em união com todos os Bispos do mundo, a consagração da Rússia ao Meu Imaculado Coração, prometendo salvá-la, por este dia de oração e reparação mundial.".

Agosto, 1931 - É Nosso Senhor que Se dirige pessoalmente à Irmã Lúcia, dizendo-lhe, a respeito da Consagração da Rússia: "Participa aos Meus ministros que, dado seguirem o exemplo do Rei de França na demora em executar o Meu mandato, tal como a ele aconteceu, assim o seguirão na aflição.".

21 de Janeiro, 1935 - A Irmã Lúcia escreve ao seu confessor, o Padre Gonçalves, respondendo às perguntas que este lhe fez: "Quanto à Rússia, parece-me que dará muito gosto a Nosso Senhor, trabalhando para que o Santo Padre realize os Seus desejos... (O senhor Padre pergunta-me) se acho bem que insista com o Senhor Bispo? Acho bem, e parece-me que será muito agradável a Nosso Senhor. ...Se se deve modificar alguma coisa? Acho que deve ser tal qual Nosso Senhor a pediu...".

Maio, 1936 - Nosso Senhor fala de novo à Irmã Lúcia e diz-lhe que a Rússia só se converterá quando for solene e publicamente consagrada ao Coração Imaculado de Maria, pelo Papa em conjunto com todos os Bispos. Em outra ocasião, é Nossa Senhora que diz à Irmã Lúcia que a Rússia iria ser um instrumento de castigo para o mundo, a menos que, previamente, a conversão "dessa pobre nação" fosse obtida por meio da Consagração.

31 de Outubro e 8 de Dezembro, 1942 - O Papa Pio XII, sozinho, consagra o mundo (mas não a Rússia) ao Imaculado Coração de Maria. Algumas semanas depois, Winston Churchill observa que "a roda da fortuna" tinha virado a seu favor; e os aliados começaram a ganhar a maior parte das batalhas contra os exércitos de Hitler. Na primavera de 1943, Nosso Senhor diz à Irmã Lúcia que a Paz no mundo não virá desta consagração (embora a guerra tivesse sido abreviada): a Segunda Guerra Mundial continuará ainda por mais dois anos.

Setembro, 1943 - A Irmã Lúcia está muito doente. O Bispo de Fátima receia que ela venha a morrer e leve consigo para o túmulo o Terceiro Segredo de Fátima. (Veja-se a caixa em baixo) Então, sugere-lhe que o escreva num papel e o guarde num envelope lacrado. Ela responde que não se atreveria a tomar uma tal iniciativa - mas que, se o Senhor Bispo tomasse a responsabilidade dando-lhe formalmente essa ordem, nesse caso ela obedeceria de boa vontade.

Outubro 1943 - Depois de um mês de oração e reflexão, o Bispo de Fátima, Dom José da Silva, dá à Irmã Lúcia uma ordem formal, por escrito, para escrever o Terceiro Segredo. A Irmã Lúcia tenta obedecer imediatamente, mas, durante mais de dois meses, foi misteriosamente incapaz de passar ao papel o texto do Terceiro Segredo.

2 de Janeiro, 1944 - Nossa Senhora aparece de novo à Irmã Lúcia, e pede-lhe que escreva a terceira parte do Segredo que Ela lhe confiara em Fátima, em Julho de 1917 - e que ficou a ser conhecida como "o Terceiro Segredo de Fátima". A Virgem pede a Lúcia que o Terceiro Segredo seja revelado ao mundo, o mais tardar em 1960. Quando, mais tarde, perguntaram à Irmã Lúcia por que razão deveria o Terceiro Segredo ser revelado em 1960, ela declara: "Porque a Santíssima Virgem assim o quer." e "Ele [o Terceiro Segredo] será mais claro nessa altura".

9 de Janeiro, 1944 - A Irmã Lúcia escreve ao Bispo de Fátima e diz-lhe que, depois de meses de incapacidade para o fazer (o que causou ao Senhor Bispo uma tão longa espera), pôde finalmente obedecer à sua ordem de pôr por escrito o Terceiro Segredo.

17 de Junho, 1944 - Como a Irmã Lúcia não deixaria que qualquer pessoa (excepto um Bispo) levasse ao Bispo de Fátima essa carta - de uma só página, contendo as palavras de Nossa Senhora no Terceiro Segredo -, por esse motivo não a tinha ainda entregue até esta data. Mas, neste dia, andava um Bispo de visita próximo do Convento de Tuy, e a Irmã Lúcia confia-lhe o Segredo a ele. De regresso e nesse mesmo dia, ele próprio o entrega a Dom José da Silva, Bispo de Fátima - que, embora com autorização para ler o Segredo, prefere não o fazer..

15 de Julho, 1946 - Em resposta a uma pergunta do Professor William T. Walsh, a Irmã Lúcia salienta que Nossa Senhora não pediu a consagração do mundo (como fez o Papa Pio XII, em 1942), mas só e especificamente da RÚSSIA. "Se isto se fizer", acrescenta a Irmã Lúcia, Nossa Senhora promete "converter a Rússia; e terão Paz.".

7 de Julho, 1952 - O Papa Pio XII consagra, especificamente, a Rússia, mas não o faz em conjunto com os Bispos Católicos de todo o mundo - porque, não lhe tendo sido dito que tal era necessário, não lhes pediu que participassem. A guerra na Coreia continua, e outras guerras se lhe seguem.

2 de Setembro, 1952 - O Padre Schweigl, que fora enviado pelo Papa Pio XII em missão especial, vem a Coimbra (Portugal) ao convento onde se encontra a Irmã Lúcia, interrogá-la sobre o Terceiro Segredo. De volta ao Russicum, em Roma, o Padre Schweigl confia a um dos seus colegas: "Não posso revelar nada do que ouvi sobre Fátima no que respeita ao Terceiro Segredo, mas posso dizer que tem duas partes: uma fala do Papa. A outra, logicamente - embora eu não deva dizer nada -, teria de ser a continuação das palavras: Em Portugal, se conservará sempre o dogma da Fé."

17 de Maio, 1955 - O Cardeal Ottaviani, chefe do Santo Oficio do Vaticano, é enviado por Pio XII ao Convento das Carmelitas de Coimbra, para interrogar a Irmã Lúcia quanto ao conteúdo do Segredo. O interrogatório do Cardeal Ottaviani será seguido por uma ordem para o texto do Terceiro Segredo ser transferido para o Vaticano.

Março, 1957 - Pouco antes de se efectuar essa transferência para o Vaticano, o Bispo Dom João Venâncio observa cuidadosamente à transparência, contra uma forte luz eléctrica, o envelope que contém o Terceiro Segredo, e repara que o Segredo tem, mais ou menos, 25 linhas, e que está escrito numa só folha de papel, com margens de ¾ centímetro de cada lado.

16 de Abril, 1957 - O texto do Terceiro Segredo, lacrado no envelope original e colocado noutro envelope exterior, é transferido para o Vaticano. O texto é colocado dentro de um cofre, nos aposentos do Papa, como mostrou uma foto da época na revista Paris-Match.

26 de Dezembro, 1957 - O Padre Fuentes entrevista a Irmã Lúcia, que lhe fala de muitas nações que desaparecerão da face da terra e de muitas almas que irão para o Inferno, como resultado de ser ignorada a Mensagem de Nossa Senhora de Fátima.

1958 - Padre Fuentes publica a entrevista com a Irmã Lúcia - que é amplamente lida, e cuja autenticidade ninguém questiona.

9 de Outubro, 1958 - Faleceu o Papa Pio XII
2 de Julho, 1959 - Subitamente, a entrevista do Padre Fuentes com a Irmã Lúcia é denunciada como fraudulenta, em notícia anónima dimanada do gabinete da cúria de Coimbra. Durante mais de 40 anos, e até hoje, ninguém assumirá oficialmente a responsabilidade desta notícia.

8 de Fevereiro, 1960 - Apesar do pedido de Nossa Senhora a Lúcia e, mais tarde, das repetidas promessas do Bispo de Fátima e do Cardeal Patriarca de Lisboa, alguém no Vaticano anuncia anonimamente que o Terceiro Segredo já não será revelado e que, provavelmente, "ficará para sempre sob absoluto sigilo." A notícia (divulgada pela agência noticiosa A.N.I.) descreve o texto do Terceiro Segredo deste modo:

"Acaba de ser declarado em círculos altamente fidedignos do Vaticano que é muito possível que nunca venha a ser aberta a carta em que a Irmã Lúcia escreveu as palavras que Nossa Senhora confiou aos três pastorinhos, como segredo, na Cova da Iria."

1960 - A Irmã Lúcia é oficialmente proibida de falar acerca do Terceiro Segredo, e não pode receber visitas, a não ser pessoas de família ou que conheça de há muito tempo. O seu próprio confessor de muitos anos, o Padre Aparício, regressa do Brasil e não lhe é permitido vê-la.

1961 - Apesar de apoiado pelo Cardeal Primaz do México e por Dom Pio Lopez, o seu próprio Arcebispo, o Padre Fuentes é destituído de Postulador da Causa de Beatificação da Jacinta e do Francisco, com base na tal notícia anónima, proveniente da cúria de Coimbra e datada de 2 de Julho de 1959.

Outubro 1962 - O Vaticano - precisamente antes da abertura do Concilio Vaticano II - , entra em acordo com Moscovo nos seguintes termos: o Concilio não condenará a Rússia soviética nem o comunismo em geral; em troca, dois membros da Igreja Ortodoxa Russa assistirão ao Concilio como observadores, segundo o desejo do Papa João XXIII. Este acordo lança a [política da] Ostpolitik, segundo a qual o Vaticano fica impedido de se opor abertamente ao Comunismo (designando-o pelo nome), tal como fica impedido de condenar os regimes comunistas que perseguem os Católicos. A nova política do Vaticano é a favor do "diálogo" e das negociações com os comunistas - afastando-se, portanto, do ensinamento dos Papas Pio XII, Pio XI, São Pio X, Leão XIII e do Beato Pio IX acerca do dever que a Igreja tem de condenar e de se opor abertamente ao comunismo, bem como de se abster de qualquer colaboração com os comunistas, que tiram sempre partido de tal colaboração para mais infiltrar a sua guerra contra Cristo e a Sua Igreja.

21 de Novembro, 1964 - O Papa Paulo VI, durante as cerimónias de encerramento da terceira sessão do Concilio Vaticano II, consagra de novo o mundo. Em harmonia com a Ostpolitik, não há qualquer menção da Rússia, com receio de que os comunistas se ofendam. A Paz no mundo continua adiada. A guerra do Vietname prolonga-se até aos anos 70.

1965 - 1983
8 de Dezembro, 1965 - Encerramento do Concilio Vaticano Segundo.

1966 - No rescaldo do Concílio, o Bispo de Fátima, Dom João Venâncio, compreende então a necessidade e a urgência de defender a autêntica mensagem de Nossa Senhora contra os pérfidos ataques dos progressistas - todos eles discípulos do Padre Édouard Dhanis, um Jesuíta modernista. Para defender a Mensagem de Fátima dos revisionistas, em 1966, o Bispo encarrega o Padre Joaquim Alonso, um erudito sacerdote claretiano, de elaborar uma história crítica completa das revelações de Fátima. Dez anos depois, o Padre Alonso terminará a sua obra, intitulada Textos e estudos críticos sobre Fátima. O total da obra apresenta 5.396 documentos, ordenados cronologicamente desde o início das aparições de Fátima até 12 de Novembro de 1974. Segundo o Abade René Laurentin que pessoalmente os consulta, os manuscritos do Padre Alonso eram "muito bem preparados" (isto é, rigorosamente compostos ou transcritos).

15 de Novembro, 1966 - Novas revisões no Código do Direito Canónico permitem que qualquer pessoa que pertença à Igreja Católica publique obras sobre as aparições marianas, incluindo as de Fátima, e sem necessidade de haver um Imprimatur. Assim sendo, de todo um bilião de Católicos existentes no mundo, só a Irmã Lúcia - a única pessoa que recebeu a Mensagem de Fátima - continua proibida de revelar o Segredo de Fátima, apesar de Nossa Senhora ter expressado a Sua vontade de que o Segredo fosse revelado, à Igreja e ao mundo inteiro, o mais tardar em 1960. E até hoje a Irmã Lúcia continua submetida a um voto de silêncio, e proibida de falar abertamente sobre Fátima, sem uma autorização especial do Vaticano.

1967 - São publicadas as Memórias da Irmã Lúcia onde ela revela o pedido de Nossa Senhora, em 1929, de Consagração da Rússia. Começa, de imediato, uma enorme campanha pública de recolha de milhares de assinaturas, pedindo ao Papa a consagração da Rússia.

11 de Fevereiro, 1967 - Numa conferência de imprensa, o Cardeal Ottaviani, que leu o Terceiro Segredo, revela que ele está escrito numa única folha de papel.

13 de Maio, 1967 - A Irmã Lúcia encontra-se com o Papa Paulo VI no espaço aberto do Santuário de Fátima, durante a sua visita e peregrinação àquele lugar. Na presença de 1.000.000 de peregrinos, ela pede para falar ao Papa. Chora quando o Papa a recebe mal e lhe diz apenas: "-Fale com o seu Bispo". De acordo com, pelo menos, um perito de Fátima, a Irmã Lúcia suplicou ao Papa Paulo VI que tornasse conhecido o Terceiro Segredo; mas ele recusou.

1975 - Depois de 10 anos dedicados a estudar os arquivos de Fátima, o Padre Alonso declara publicamente que a entrevista (publicada em 1957) do Padre Fuentes à Irmã Lúcia é um relato autêntico e cuidadoso das declarações desta, respeitantes ao conteúdo da Mensagem de Fátima.
1975 - Os 24 volumes, de oitocentas páginas cada, elaborados pelo Padre Alonso estão prontos para publicação. Esta obra monumental sobre a Mensagem de Fátima inclui, pelo menos, 5.396 documentos. O que acontece é que a tipografia é - literalmente - mandada parar pelo novo Bispo de Fátima, Mons. D. Alberto Cosme do Amaral, impedindo assim que a pesquisa que o Padre Alonso efectuara ao longo de dez anos chegasse ao grande público. Dos vinte e quatro volumes, só dois virão eventualmente a ser publicados (em 1992 e em 1999, respectivamente), mas apenas em edições alteradas.

16 de Outubro, 1978 - O Papa João Paulo II é eleito. Lê o Terceiro Segredo alguns dias após a sua eleição, segundo virá a declarar (em Maio de 2000) a "Associated Press", pelo seu porta-voz, Joaquim Navarro-Valls - declaração que será desmentida por Monsenhor Bertone, da Congregação para a Doutrina da Fé, que afirma que o Papa nunca lera o Terceiro Segredo antes de 18 de Julho de 1981. Estas duas declarações em conflito sugerem a existência de dois textos distintos que falam do Terceiro Segredo in toto. Ao que parece, o Papa terá lido o texto do Segredo que foi guardado no cofre dos aposentos papais em 1957.

1980 - Em apenas três anos, e graças a uma ampla campanha patrocinada pelo Cardeal Josyf Slipyj, as subscrições públicas a favor da Consagração da Rússia reúnem mais de três milhões de assinaturas - que chegam ao Vaticano.

13 de Maio, 1981 - O Papa João Paulo II é alvejado a tiro, neste dia aniversário da primeira aparição de Nossa Senhora de Fátima. Os disparos deram-se no preciso instante em que o Papa se volta para ver uma estampa de Nossa Senhora de Fátima, presa à camisola de uma menina. As balas falham o objectivo. O Papa reconhece que Nossa Senhora de Fátima interveio para lhe salvar a vida.

7 de Junho, 1981 - O Papa faz a consagração do mundo, mas não da Rússia, quando está ainda convalescente dos ferimentos sofridos.
18 de Julho, 1981 - Segundo Monsenhor Bertone (que, como já foi dito, contradiz neste ponto o porta-voz do Papa, Joaquim Navarro-Valls), o Papa João Paulo II lê o Terceiro Segredo pela primeira vez.

12 de Dezembro, 1981 - O Padre Alonso morre. No entanto, pôde ainda publicar um certo número de artigos e opúsculos sobre Fátima. Aqui estão alguns extractos das conclusões mais importantes a que chegou na sua pesquisa sobre o Terceiro Segredo: "No período que precede o grande triunfo do Coração Imaculado de Maria, sucederão coisas tremendas que são objecto da terceira parte do Segredo. Que coisas serão essas? Se em Portugal, se conservará sempre o dogma da Fé, ... pode claramente deduzir-se destas palavras que, em outros lugares da Igreja, estes dogmas vão tornar-se obscuros ou chegarão mesmo a perder-se ..."
"Seria, então, de toda a probabilidade que, nesse período intermédio a que nos estamos a referir (depois de 1960 e antes do triunfo do Imaculado Coração de Maria), o texto (do Terceiro Segredo) faça referências concretas à crise da Fé na Igreja e à negligência dos Seus próprios Pastores." O Padre Alonso fala ainda de "lutas intestinas no seio da própria Igreja e de graves negligências pastorais por parte das altas hierarcas" e, mesmo, de "deficiências na alta Hierarquia da Igreja..."

"Falaria o texto original (e inédito) de circunstâncias concretas? É muito possível que não só fale de uma verdadeira crise de fé na Igreja durante este período intermédio, mas ainda, como acontece com o segredo de La Salette, por exemplo, que haja referências mais concretas às lutas internas dos católicos ou às dificiências de sacerdotes e religiosos. Talvez se refira, inclusivamente, às próprias deficiências da alta Hierarquia da Igreja." "Por isso, nada disto é alheio a outros comunicados que a Irmã Lúcia tenha feito sobre este assunto."

Significativamente, a Irmã Lúcia nunca corrigiu estas conclusões do Padre Alonso - quando nunca hesitou em corrigir outras declarações de clérigos e de vários autores sobre Fátima, sempre que estavam enganados. Ora o Padre Alonso teve acesso tanto aos documentos como à própria Irmã Lúcia. Assim, o seu testemunho é de importância capital.

21 de Março, 1982 - A Irmã Lúcia encontra-se com o Núncio Apostólico, acompanhado por outro Bispo e pelo Dr. Lacerda, e informa-os dos requisitos para uma Consagração da Rússia que seja válida, de acordo com o pedido de Nossa Senhora de Fátima. Ora esta mensagem da Irmã Lúcia não é totalmente transmitida ao Papa pelo Núncio, porque o Bispo que o acompanhava lhe disse para não mencionar o requisito de os Bispos de todo o mundo deverem participar na Consagração.

12 de Maio, 1982 - Na véspera da visita do Papa João Paulo II a Fátima, LOsservatore Romano - o próprio jornal do Papa - publica um artigo do Padre Umberto Maria Pasquale, S.D.B., sobre uma das conversas que teve com a Irmã Lúcia e sobre uma carta que ela depois lhe escreveu a propósito do assunto da Consagração da Rússia. É aí que o Padre Pasquale revela ao mundo que a Irmã Lúcia lhe dissera nessa entrevista, clara e precisamente, que Nossa Senhora de Fátima nunca pediu a consagração do mundo, mas só a consagração da Rússia. O Padre Pasquale publica também a reprodução fotográfica de uma nota manuscrita, do punho da Irmã Lúcia, a atestar este ponto da conversa.

O Padre Pasquale, sacerdote salesiano bem conhecido, conhecia a Irmã Lúcia desde 1939 e, até este momento (1982), tinha recebido umas 157 cartas dela. Aqui está o seu testemunho pessoal, tal como foi publicado em LOsservatore Romano:
"Gostaria de clarificar a questão da Consagração da Rús
ia, uma vez que tenho recurso à fonte. A 5 de Agosto de 1978, no Carmelo de Coimbra, tive uma longa entrevista com a vidente de Fátima, Irmã Lúcia. A certa altura, disse-lhe: -Irmã, gostaria de lhe fazer uma pergunta. Se não puder responder-me, paciência! Mas se puder, ficaria muito agradecido se me esclarecesse um pormenor que também não parece claro a muita gente... Alguma vez Nossa Senhora lhe falou da consagração do mundo ao Seu Imaculado Coração? -Não, Padre Umberto! Nunca! Na Cova da Iria, em 1917, Nossa Senhora prometeu: Eu virei pedir a consagração da Rússia .... para impedir que ela espalhe os seus erros pelo mundo, que haja guerras entre várias nações e perseguições à Igreja ... Em 1929, em Tuy, tal como tinha prometido, Nossa Senhora voltou para me dizer que chegara o momento de pedir ao Santo Padre que fizesse a consagração daquela nação (a Rússia) ..."

Depois desta conversa, e no desejo de ter uma declaração por escrito da Irmã Lúcia, o Padre Pasquale escreveu-lhe, perguntando: "Alguma vez Nossa Senhora lhe falou da consagração do mundo ao Seu Coração Imaculado?" O Padre Pasquale recebeu, então, da Irmã Lúcia, uma resposta escrita, datada de 13 de Abril de 1980. [Encontra-se, em baixo, uma cópia reproduzida].

Aqui vai a transcrição da nota escrita pelo punho da Irmã Lúcia:
Rev.do Senhor P. Umberto
"Respondendo à sua pergunta esclareço:
Nossa Senhora, em Fátima, no Seu pedido, só Se referiu à consagração da Rússia." ...
Coimbra 13 IV-1980
(assinado) Irmã Lúcia


12 de Maio, 1982 - Ainda neste dia, a Irmã Lúcia escreve uma carta, alegadamente "ao Santo Padre". O documento do Vaticano datado de 26 de Junho de 2000 apresentará uma reprodução fotográfica desta carta manuscrita, afirmando que ela foi dirigida ao Papa João Paulo II. Todavia, uma comparação cuidada deste manuscrito em português (do qual se mostra um excerto abaixo) com as versões fornecidas pelo Vaticano (em inglês, em italiano e também em português) revela que uma passagem crucial - prova de que esta carta nunca poderia ter sido escrita ao Papa - foi omitida em todas as 3 versões.


Mostramos abaixo o texto correspondente, na versão portuguesa, fornecido pelo Vaticano:


Das versões divulgadas pelo Vaticano, foi omitido intencionalmente o excerto sublinhado da já mencionada carta da Irmã Lúcia: "A terceira parte do segredo, que tanto ansiais por conhecer, é uma revelação simbólica ...." Este excerto omitido chama a atenção para o facto de a pessoa a quem se dirigia a carta continuar a ansiar conhecer (o Segredo) o que é estranhíssimo, pois o Papa João Paulo II já o teria lido: ou em 1978,- dias antes de se tornar Papa (segundo Joaquin Navarro-Valls), ou no dia 18 de Julho de 1981 (segundo Mons. D. Bertone). Ora, se o Papa já leu o Terceiro Segredo em 1981, por que razão ansiaria conhecer o seu conteúdo em 1982? Além do mais, como poderia a Irmã Lúcia sequer afirmar que o Papa ansiava conhecer o Segredo, quando ele poderia obter o texto quer dos arquivos do Vaticano, quer do cofre dos aposentos papais, em qualquer momento que o desejasse?

E a mesma carta continua: "E se não vemos ainda, o facto consumado, do final desta profecia, vemos que para aí caminhamos a passos largos." Por que razão diria a Irmã Lúcia ao Papa João Paulo II, em 1982, que a profecia do Terceiro Segredo poderia não ter sido ainda cumprida, se ela já o tivesse sido totalmente, pela tentativa (falhada) de assassinato do Papa, a 13 de Maio de 1981 (como mais tarde o Cardeal Ratzinger e o Mons. Bertone afirmarão, a 26 de Junho de 2000)?

13 de Maio, 1982 -O Papa João Paulo II consagra o mundo, mas não a Rússia, em Fátima. Os Bispos do mundo não participam.

19 de Maio, 1982 - Em LOsservatore Romano, o Santo Padre como explicação do motivo de não ter consagrado a Rússia especificamente, declara que"tinha tentado fazer tudo o que era possível, dentro das circunstâncias concretas."

Julho/Agosto 1982 - A revista do Exército Azul, Soul, publica uma alegada entrevista com a Irmã Lúcia, na qual ela supostamente afirma que a Consagração da Rússia foi realizada na cerimónia de 13 de Maio de 1982.
1982-83 - Em comentário privado a amigos e familiares, a Irmã Lúcia nega repetidamente que a Consagração tenha sido feita. Tendo-lhe sido pedido, nos inícios de 1983, que o dissesse publicamente, a Irmã Lúcia responde ao Padre Joseph de Sainte Marie que precisa de ter a"autorização oficial do Vaticano" antes de poder fazer tal declaração.

19 de Março, 1983 - A pedido do Santo Padre, a Irmã Lúcia encontra-se de novo com o Núncio Pontifício, o Arcebispo Portalupi, com o Dr. Lacerda e, desta vez, também com o Padre Messias Coelho. Durante este encontro, a Irmã Lúcia confirma que a Consagração da Rússia não foi feita, porque nem a Rússia foi mencionada como sendo o objecto específico da consagração, nem os Bispos do mundo nela participaram. Explica ainda que não o pôde dizer publicamente mais cedo, por não ter tido autorização do Vaticano.

Maio-Outubro 1983 - Tanto o Padre Caillon como o Padre Gruner publicam vários artigos apresentando a entrevista publicada na revista Soul de Julho/Agosto 1982 como falsa.

1984
25 de Março, 1984 - - Em Roma, diante de 250.000 pessoas, o Santo Padre consagra novamente o mundo ao Coração Imaculado de Maria; e, logo a seguir, saindo do texto que preparara, reza:"Iluminai especialmente aqueles povos cuja consagração e confiada entrega Vós esperais de nós.". Deste modo, o Papa reconhece publicamente que Nossa Senhora de Fátima ainda está à espera da Consagração da Rússia. (Veja-se a foto de LOsservatore Romano em baixo)..

26 de Março, 1984 - O jornal pontifício, LOsservatore Romano, publica as palavras que, acima, demos a conhecer, exactamente como o Santo Padre as disse.

No dia 8 de Dezembro de 1983, o Papa João Paulo II escreveu a todos os Bispos do mundo, pedindo-lhes que se reunissem a ele a 25 de Março de 1984, a fim de consagrarem o mundo ao Imaculado Coração de Maria. Incluído na mesma carta, o Papa enviava a todos o texto da consagração que tinha composto. Ora, nesse dia 25 de Março de 1984, o Papa, ao fazer a consagração diante de Nossa Senhora de Fátima, afastou-se do texto que preparara, para incluir as palavras que abaixo destacamos. Como pode ver-se, foram publicadas em LOsservatore Romano as palavras acrescentadas àquela parte do texto, que indicam com toda a clareza que, nesse momento, o Papa sabia que a consagração do mundo feita nesse dia não ia de encontro aos pedidos de Nossa Senhora de Fátima. Depois de fazer a consagração do mundo propriamente dita (cf. alguns parágrafos acima), o Papa acrescentou as palavras que destacamos e que traduzimos: «Iluminai especialmente aqueles povos cuja consagração e confiada entrega Vós esperais de nós.» - o que mostra claramente que ele sabe que Nossa Senhora espera que o Papa e os Bispos Lhe consagrem, a Ela, certos povos: isto é, os povos da Rússia.

Reprodução da edição do dia 26 de Março de 1984 de LOsservatore Romano, com tradução, ampliada, das palavras do Papa João Paulo II. Os oponentes da Consagração da Rússia, porque lhes convém, desde 1984 até hoje, têm omitido relatar não só aquilo que o Papa, com efeito, disse, como também que ele não fez a Consagração da Rússia como fora pedido por Nossa Senhora de Fátima.

11 de Novembro, 1984 - É publicada na revista Jesus, das Irmãs Paulinas, uma entrevista do Cardeal Ratzinger com o título "Aqui está o motivo de a Fé estar em crise". Essa entrevista, publicada com explicita autorização do Cardeal Ratzinger, afirma que a crise da Fé está a afectar a Igreja pelo mundo inteiro. Ora, neste contexto, ele revela ter lido o Terceiro Segredo, e que o Segredo se refere aos "perigos que ameaçam a Fé e a vida do Cristão e, consequentemente, do mundo".

Deste modo, o Cardeal confirma a tese do Padre Alonso, de que o Segredo aponta para uma apostasia, generalizada a toda a Igreja. Na mesma entrevista, o Cardeal Ratzinger diz que o Segredo também refere "a importância dos Novíssimos (os últimos tempos/as últimas coisas)" e que "Se [o Segredo] não foi tornado público - pelo menos por agora - foi para impedir que a profecia religiosa viesse a descambar no sensacionalismo...". Além disso, o Cardeal revela que "o conteúdo deste Terceiro Segredo corresponde ao que é anunciado nas Sagradas Escrituras e que tem sido dito, muitas e muitas vezes, em várias outras aparições de Nossa Senhora, a começar por esta, de Fátima..."

Foto da parte crucial da entrevista do Cardeal Ratzinger, no número da revista Jesus de 11 de Novembro de 1984, referente ao Terceiro Segredo. (A tradução portuguesa que aparece abaixo foi publicada, em inglês, em The Fatima Crusader, nº 37, Verão de 1991.)

Apresentamos aqui, pois, a entrevista tal como foi aprovada por Sua Eminência o Cardeal Ratzinger, nos principios de Outubro.

A uma das quatro secções da Congregação (para a Doutrina da Fé) cabe ocupar-se das aparições de Nossa Senhora. "-Cardeal Ratzinger, o Senhor Cardeal leu o chamado "Terceiro Segredo de Fátima", aquele texto que a Irmã Lúcia enviou ao Papa João XXIII e que este, não o querendo revelar, ordenou que fosse depositado nos arquivos do Vaticano?» (Em resposta, o Cardeal Ratzinger disse:) "-Sim, li-o.» (Uma resposta dada com tanta franqueza originou mais uma pergunta:)

"-Porque não foi, então, revelado?» (A isto, o Cardeal deu uma resposta sumamente esclarecedora:) «-Porque, de acordo com a apreciação dos Papas, não acrescenta nada de novo (literalmente: nada diferente) àquilo que cada Cristão deve saber com respeito à Revelação: uma chamada radical à conversão; a absoluta seriedade da História; os perigos que ameaçam a Fé e a vida do Cristão, e, consequentemente, do mundo. E, também, a importância dos ovíssimos (ou seja, os últimos acontecimentos no fim dos tempos). Se [o Segredo] não foi tornado público - pelo menos por agora - foi para impedir que a profecia religiosa viesse a descambar no sensacionalismo. Mas o conteúdo deste Terceiro Segredo corresponde ao que é anunciado nas Sagradas Escrituras e que tem sido dito, muitas e muitas vezes, em várias outras aparições de Nossa Senhora, a começar por esta, de Fátima, no seu conteúdo já conhecido. Conversão e penitência são as condições essenciais para a Salvação."


27 de Março, 1984 - Segundo foi noticiado no Avvenire, jornal dos Bispos italianos, três horas depois de consagrar o mundo, o Santo Padre reza na Basílica de São Pedro pedindo a Nossa Senhora que abençoe "aqueles povos para quem Vós Mesma estais à espera do nosso acto de consagração e de confiada entrega."

1984 - O Padre Messias Coelho, perito de Fátima, insiste publicamente em que a Consagração ainda não foi feita, e manterá firmemente esta posição até ao Verão de 1989.

10 de Setembro, 1984 - D. Alberto Cosme do Amaral, Bispo de Fátima, declara numa sessão de perguntas e respostas, na Aula Magna da Universidade Técnica de Viena de Áustria: "O conteúdo (do Terceiro Segredo) diz respeito, unicamente, à nossa Fé... A perda de Fé de um continente é pior do que o aniquilar de uma nação; e a verdade é que a Fé está continuamente a diminuir na Europa.". As suas observações são publicadas na edição de Fevereiro de 1985 da revista Mensagem de Fátima.

Ora bem: se, neste excerto da entrevista de 1984 (cf. a foto que acima mostramos), o Cardeal Ratzinger diz que o Terceiro Segredo contém uma "profecia religiosa" que não pode ser revelada "para impedir que viesse a descambar no sensacionalismo", já em 26 de Junho de 2000, o mesmo Cardeal afirma que o Terceiro Segredo se refere, unicamente, a acontecimentos já passados (a culminar na tentativa de assassinato do Papa, em 1981 -antes da entrevista de 1984) e que não contém profecia alguma referente ao futuro. Que terá acontecido para obrigar o Cardeal Ratzinger a alterar totalmente o seu testemunho anterior? Porque terá insinuado, a 26 de Junho de 2000, que o Terceiro Segredo poderia não ser mais do que o resultado da imaginação da Irmã Lúcia? Acreditará ele, realmente, na Mensagem de Fátima? Se não acredita, poderá a sua interpretação pessoal da Mensagem de Fátima ser de confiança?

1985 - 1988
Junho, 1985 - Esta mesma entrevista da revista Jesus de Novembro de 1984 é agora publicada num livro intitulado The Ratzinger Report (O relatório de Ratzinger) – onde, misteriosamente, foram suprimidas referências cruciais respeitantes ao conteúdo do Terceiro Segredo. O livro é publicado em Inglês, Francês, Alemão e Italiano, e atinge mais de 1.000.000 de exemplares. Embora as revelações referentes ao Terceiro Segredo tenham sido, portanto, censuradas, o livro admite que a crise da Fé – que o Padre Alonso nos diz constar da profecia do Terceiro Segredo – já se despoletou, e envolve o mundo inteiro.

Setembro, 1985 - Em entrevista à revista Sol de Fátima (uma publicação de amigos do "Exército Azul" de Espanha), a Irmã Lúcia afirma que a Consagração da Rússia ainda não foi feita, porque, mais uma vez, nem a Rússia foi, claramente, o objecto da consagração de 1984, nem o episcopado do mundo participou.

1985 - O Cardeal Gagnon, entrevistado pelo Padre Caillon, reconhece que a Consagração da Rússia ainda não foi feita.

1986 Maria do Fètal refere publicamente o que a Irmã Lúcia, sua prima, lhe dissera: que a Consagração da Rússia ainda não foi feita – afirmação que Maria do Fètal solidamente manterá até Julho de 1989.

1986-1987 – O Padre Paul Leonard Kramer escreve, em Junho de 1986, "The Plot to Silence Our Lady" (O plano secreto para calar Nossa Senhora) e, em Abril de 1987, como que em continuação do mesmo tema, o artigo sob o título "The (USA) Blue Army Leadership Has Followed a Deliberate Policy of Falsifying the Fatima Message" (O comando do "Exército Azul" dos EUA tem seguido uma política deliberada de falsificação da Mensagem de Fátima). Ambos os artigos expõem a entrevista falsificada de 1982, da revista Soul, e as subsequentes deturpações acerca da Consagração pedida por Nossa Senhora, emitidas pelo "Exército Azul" dos Estados Unidos.

20 de Julho, 1987 – Em breve entrevista fora do seu convento, aquando de uma saída para ir votar, a Irmã Lúcia confirma ao jornalista Enrico Romero que a Consagração da Rússia ainda não tinha sido feita.
25 de Outubro, 1987 – Também o Cardeal Mayer, numa audiência a um grupo de dez líderes católicos, reconhece publicamente que a Consagração ainda não tinha sido feita de acordo com o pedido expresso de Nossa Senhora.

26 de Novembro, 1987 – Por sua vez, num encontro privado, o Cardeal Stickler confirma que a Consagração ainda não foi feita, por faltar ao Papa o apoio dos Bispos. "Eles não lhe obedecem.", diz o Cardeal Stickler.
1988 - O Cardeal Gagnon ataca o Padre Gruner, por ter publicado o relatório do Padre Caillon, que cita a sua declaração de 1985 em como a Consagração ainda não tinha sido feita. Embora o Cardeal Gagnon admita que é verdade ter falado com o Padre Caillon, e também não negue a verdade do que o relatório publica, diz que essa conversa não era para ser dada a público – por isso ataca o Padre Gruner.

1989 – 1990
1989 - Mais de 350 Bispos Católicos respondem a uma carta do Padre Gruner, confirmando-lhe o seu desejo de fazer a consagração da Rússia juntamente com o Papa, tal como foi pedida por Nossa Senhora, em Fátima.

1989 – Segundo estimativas conservadoras, foi recebido no Vaticano, desde 1980, mais 1 milhão de assinaturas, em petições de súplica ao Papa para que, juntamente com os Bispos, faça a Consagração da Rússia ao Coração Imaculado de Maria.

Julho 1989 – Na presença de três testemunhas, o Padre Messias Coelho, no Hotel "Solar da Marta", em Fátima, revela que o que se passa é que a Irmã Lúcia recebera uma "instrução" anónima proveniente de pessoas não-identificadas da burocracia do Vaticano, consistindo essa "instrução" em que tanto a Irmã Lúcia como as outras religiosas da sua comunidade têm de dizer agora que a Consagração da Rússia foi realizada na cerimónia de 25 de Março de 1984 – embora a Rússia nunca tenha sido mencionada, nem os Bispos do mundo tenham participado.

Depois deste desenrolar dos acontecimentos, as diversas testemunhas (incluindo, é pretendido, a própria Irmã Lúcia) começam a negar as suas declarações anteriores de que a Consagração não tinha sido feita. Ora essas testemunhas tinham anteriormente afirmado, sem qualquer dúvida, que a Rússia não poderia ter sido consagrada conforme pedia a Mensagem de Fátima, por ter faltado a menção da Rússia pelo seu nome e ainda a participação dos Bispos de todo o mundo. Começa agora um processo "revisionista" que altera o pedido de Nossa Senhora, mudando a Consagração da Rússia pela Consagração do mundo. Ao mesmo tempo, forças poderosas pertencentes ao aparelho do poder do Vaticano começam a atacar o Padre Gruner e o seu apostolado, tentando suprimi-los.

Julho 1989 – Neste mesmo mês de Julho, o Núncio Pontifício em Portugal é substituído. Pouco tempo depois, e de acordo com a "instrução" anónima da burocracia interna do Vaticano, é a vez da Maria do Fètal alterar, subitamente, tudo aquilo que dissera, contradizendo todas as declarações anteriores respeitantes ao facto de sua prima, a Irmã Lúcia, estar convencida que a Consagração não tinha sido feita. Agora, é Maria do Fètal que afirma que a Irmã Lúcia está convicta de que a consagração do mundo, em 1984, satisfez o pedido de Nossa Senhora de Fátima.

10 de Julho, 1989 - O Padre Gruner recebe uma carta (datada de 29 de Maio de 1989) do novo Bispo de Avellino, dizendo que o Cardeal Secretário de Estado do Vaticano tem enviado "sinais de preocupação" acerca do trabalho do Padre Gruner em promover a Mensagem de Fátima – trabalho que incluem, especialmente, i) a divulgação da forma correcta de consagração da Rússia, tal como foi pedida por Nossa Senhora de Fátima, ii) e o pedido de que seja revelado, na sua forma completa, o Terceiro Segredo.

Em primeiro lugar, não há explicação possível para que a carta tenha levado um mês a chegar às mãos do Padre Gruner! No entanto o Padre Gruner responde com o devido respeito, chamando a atenção do Senhor Bispo para o facto de ter uma autorização escrita de Dom Pasquale Venezia, anterior Bispo da Diocese de Avellino, para estar no Canadá.
O novo Bispo parece desconhecer totalmente a autorização dada ao Padre Gruner pelo seu antecessor, para viver fora da Diocese de Avellino, enquanto se ocupasse do seu Apostolado de Fátima.

24 de Julho, 1989 – O Cardeal Innocenti escreve ao Padre Gruner, repreendendo-o por este recusar um "convite" para visitar o Núncio Pontifício no Canadá. Curiosamente, o Núncio nunca emitira qualquer ordem para o Padre Gruner o ir ver. O Cardeal Innocenti ameaça, inclusivamente, o Padre Gruner com uma possível suspensão, a menos que se incardinasse numa diocese canadiana; ou, então, que regressasse a Avellino até 30 de Setembro de 1989.

9 de Agosto, 1989 – Inesperadamente, o Bispo Fulton, do Canadá, envia ao Padre Gruner uma oferta de incardinação (que ele não solicitara), mas impondo-lhe, como condição, que cesse o seu trabalho de divulgação da Mensagem de Fátima. Como tudo leva a crer, tal oferta de incardinação seria resultante de pressão exercida pelo Cardeal Secretário de Estado do Vaticano sobre o Bispo de Avellino, impelindo aquele, por sua vez, a transmitir ao Bispo Fulton a intenção desejada.

21 de Agosto, 1989 - O Padre Gruner responde à carta do Cardeal Innnocenti (datada de 24 de Julho de 1989 e recebida só depois do dia 14 de Agosto), salientando que i) não só o Senhor Cardeal não tem autoridade para interferir num assunto sobre o qual o próprio Bispo de Avellino não deu qualquer ordem directa, ii) como também que ele, Padre Gruner, está a agir em conformidade com a Lei da Igreja. Por isso, o Padre Gruner apela ao Papa contra o abuso de autoridade por parte do Cardeal Innocenti. Depois disso, o Cardeal Innocenti nunca mais respondeu nem escreveu de novo ao Padre Gruner, tendo dado ordens a todos no seu gabinete que não lhe fosse mencionado o nome do Padre Gruner, nunca mais.


1 de Setembro, 1989 - The Fatima Crusade 
 ("A Cruzada de Fátima") chama a atenção para o direito que cada sacerdote tem de publicar a verdade sobre a Mensagem de Fátima. É de acordo com esta afirmação que a resposta (de dez páginas) do Padre Gruner ao Cardeal Innocenti é publicada neste número de The Fatima Crusader.

Finais de Agosto - Princípios de Setembro, 1989 – Dá-se o chamado "golpe de estado" em Moscovo – ou seja, o regime comunista segue um esquema anteriormente planeado com a intenção de enganar o Ocidente. Sabemos isso porque esse plano, parcialmente escrito em 1958, foi publicado em 1984 por Anatoliy Golitsyn, desertor da KGB e que fizera parte, em 1958, da sessão de planeamento. O seu livro New Lies for Old (Mentiras novas em vez das antigas) apresenta 148 acções, como estando previstas no plano dos comunistas russos na sua estratégia para enganar o Ocidente. Pelo ano de 1993, 139 dessas acções teriam já sido realizadas.

Esse plano – que Golitsyn revelou – viria a ser bem sucedido por conseguir enganar muitas pessoas que acreditam em Nossa Senhora de Fátima, levando-as a acreditar que as mudanças meramente políticas de 1989 faziam parte do Triunfo do Imaculado Coração de Maria, anunciado por Nossa Senhora. Mas, na realidade, as mudanças ocorridas na Rússia durante o período de 1989-2001 só vieram mostrar um aumento de perversão na sociedade russa – não a conversão da Rússia.

Ora, não é por mera coincidência que, em 1989 – no mesmo ano em que começa o astucioso e estratégico plano da Rússia –, i) começa também uma campanha organizada para abafar ou alterar a Mensagem de Fátima, que inclui intenções de silenciar o Padre Gruner e o seu apostolado, e ii) começam a aparecer, subitamente, cartas da Irmã Lúcia escritas à maquina (ela, que não escreve à maquina!), a declarar que a Consagração da Rússia foi efectivamente realizada, em cerimónias onde nem sequer é mencionada a Rússia.

Agosto, 1989 – Novembro, 1989 - Notas e cartas feitas a computador e à máquina de escrever, supostamente assinadas pela Irmã Lúcia, aparecem subitamente, a contradizer redondamente todas as declarações que fizera, durante mais de 50 anos, acerca da Consagração. Ora estes escritos contêm erros factuais que a Irmã Lúcia nunca poderia ter cometido (e.g. a declaração falsa de que o Papa Paulo VI consagrou o mundo ao Coração Imaculado de Maria, aquando da sua visita a Fátima, em 1967), bem como fraseologia que ela nunca tinha usado antes. Até esse momento, a "Irmã Lúcia" nunca utilizara máquinas de escrever ou computadores (de que não se sabe servir....) para a sua correspondência, e, além disso, continua a escrever tudo o mais, inclusive as suas longas memórias, à mão.

29 de Janeiro, 1990 - Às oito e meio da manhã, em Fátima, a Maria do Fètal afirma ao Padre Pierre Caillon que "estava a inventar", quando anteriormente relatou a declaração da Irmã Lúcia (sua prima) de que a consagração do mundo, em 1984, não fora em conformidade com o pedido de Nossa Senhora, que era sobre a consagração da Rússia.

11 de Outubro, 1990 - A própria irmã de sangue da Irmã Lúcia, Carolina, avisa, em Fátima, o Padre Gruner de que pouca ou nenhuma confiança pode ser posta em qualquer carta da Irmã Lúcia escrita à máquina, porque ela nem sequer sabe escrever à máquina.

22 de Outubro, 1990 - Um perito forense altamente reputado indica, em relatório escrito, que a assinatura da Irmã Lúcia que aparece numa carta escrita a computador, e com data de Novembro de 1989, foi forjada. Ora, já em Março de 1990, excertos dessa carta tinham sido publicados por uma revista católica Italiana que os fez circular amplamente, sendo citados como "prova" de que a Consagração tinha sido feita; aproveitada por diversos noticiários, a versão da revista italiana torna-se uma notícia fraudulenta divulgada pelo mundo inteiro.

Novembro, 1990 - O Padre Gruner e a Cruzada Internacional do Rosário de Fátima lançam uma campanha, por todo o mundo, para libertar a Irmã Lúcia da sua prova de silêncio de 30 anos, e para animar o Santo Padre a tornar conhecido o Terceiro Segredo de Fátima.

1991 – até ao presente
13 de Maio, 1991 – A Irmã Lúcia declina o convite para ir a Fátima durante a visita do Papa, mas é-lhe dada ordem para que vá, sob santa obediência. O Papa João Paulo II visita Fátima pela segunda vez, e tem um encontro de meia hora com a Irmã Lúcia. Depois desse encontro, nem o Papa nem a Irmã Lúcia fazem qualquer declaração acerca de a Consagração da Rússia ter sido feita, – declaração que teria sido feita de imediato, se as "cartas da Irmã Lúcia" de 1989-90 (à máquina ou a computador) fossem autênticas.

O silêncio do Papa e da Irmã Lúcia acerca da Consagração de Rússia é por demais revelador: i) há um evidente desacordo entre a Irmã Lúcia e determinado sector do aparelho do Vaticano que tem tentado, por todos os meios, sugerir que a Consagração da Rússia já foi feita – pelo que não há mais nada a dizer (ou a fazer); e ii) embora a Irmã Lúcia tenha, alegadamente, concordado em que a Consagração fora feita, o certo é que ela continua limitada pela ordem que lhe foi imposta, em 1960, de se manter em silêncio, pelo que não pode defender-se publicamente contra estes rumores – porque o seu silêncio forçado continua. Os 24 volumes do Padre Alonso, com 5.396 documentos inéditos sobre Fátima, continuam ainda proibidos de serem publicados.

8 de Outubro, 1992 – Realiza-se a Conferência para a Paz, da The Fatima Crusader. De imediato, LOsservatore Romano publica declarações falsas e enganadoras do Cardeal Sanchez e do Arcebispo Sepe, que sugerem ser necessária uma autorização eclesiástica para se realizar a Conferência – quando tal não é necessário segundo a Lei da Igreja. Falsidades semelhantes são publicadas, também, na imprensa portuguesa entre 7 e 9 de Outubro. Apesar disso, mais de 100 Bispos aceitam o convite e o pagamento das viagens para virem a Fátima à Conferência para a Paz. Porém, enquanto 65 Bispos a ela assistem realmente, outros 35 são "persuadidos" a não assistirem, por acção do partido anti-Fátima e de certos membros da Secretaria de Estado do Vaticano.

10 de Outubro, 1992 - Uns servidores do Santuário de Fátima dão uma tareia ao Padre Gruner, tendo um deles mais tarde confessado que actuou sob as ordens do Reitor do Santuário, Mons. Luciano Guerra. Quatro meses depois, Mons. Dom Alberto Cosme do Amaral, é aposentado do seu cargo de Bispo de Fátima; mas o Mons. Luciano Guerra continua como Reitor do Santuário.

11 de Outubro, 1992 - A Irmã Lúcia dá uma entrevista (que levanta dúvidas) perante o Padre Pacheco, o Cardeal Padiyara, Mons. D. Michaelappa e um motorista, o Senhor Carlos Evaristo – da qual, mais tarde, o Sr. Evaristo publica uma versão alterada e que ele próprio admite ter sido "reconstruída". Entre outras falsidades, essa "entrevista" contém a afirmação da "Irmã Lúcia" de que Mikhail Gorbachev, ajoelhado diante do Santo Padre, lhe pediu perdão pelos seus pecados – declaração que foi denunciada como uma falsificação total pelo porta-voz do Papa, Joaquin Navarro-Valls. É então que o Padre Pacheco se apressa a, publicamente, repudiar o facto de a "entrevista" ser considerada falsa.

O Irmão François, um erudito de Fátima, chegou à conclusão de que a "entrevista", premeditada pelo Reitor do Santuário, tinha a finalidade de acabar com as petições para que se fizesse a Consagração da Rússia. Hoje, finalmente, a entrevista totalmente desacreditada do Sr. Evaristo já não é mencionada como "prova" da alegada afirmação da Irmã Lúcia de que a Consagração tinha sido feita.

1992 - É publicado (com muitas alterações) o primeiro volume dos documentos críticos do Padre Alonso sobre Fátima, ficando os outros 23 volumes fechados a sete chaves.

31 de Julho, 1993 - Um Bispo ilustre da Índia dá credenciais escritas do seu desejo de incardinar o Padre Gruner – o que, aparentemente, iria fazer abortar qualquer tentativa dos mandatários do poder estabelecido anti-Fátima do Vaticano de forçar o Padre Gruner a regressar a Avellino, em Itália.

3 de Novembro, 1993 - O Bispo de Avellino, Mons. D. Antonio Forte, confessa ao Padre Gruner que está a ser impedido de lhe aprovar a transferência para fora da sua Diocese, porque tanto o Cardeal Sanchez como o Arcebispo Sepe, da Congregação do Clero do Vaticano, não o permitiram. Torna-se mais do que evidente que o Cardeal Sanchez e o Arcebispo Sepe é que estão a manobrar, juntamente com o Secretariado de Estado do Vaticano, no sentido de silenciar o Padre Gruner e o seu apostolado – actuações que violam a jurisdição do Bispo de Avellino e que não tem fundamentação no Direito Canónico. Nenhum outro sacerdote, em toda a Igreja Católica, está a ser sujeito a este tipo de intervenção, e só por causa de uma transferência de uma diocese para outra.

13 de Janeiro, 1994 – Mons. D. Antonio Forte diz ao Padre Gruner que nada tem contra ele; e quando o Padre Gruner lhe pergunta o que deve fazer, o Bispo diz-lhe que volte para o Canadá.

14 a 31 de Janeiro, 1994 - O Cardeal Sanchez, o Arcebispo Sepe e Mons. D. Antonio Forte estão a congeminar, contra o Padre Gruner, as últimas "jogadas" deste "xadrez da incardinação": mandam-lhe procurar outro Bispo; então, obstruem-lhe a incardinação por vários Bispos; e, ao mesmo tempo, recusam-lhe a excardinação de Avellino. Só falta o "xeque-mate": declaram que, como o Padre Gruner "falhou" por não ter conseguido ser incardinado em outro lugar, só lhe resta agora voltar a Avellino ou, então, ser suspenso do sacerdócio.

31 de Janeiro, 1994 - Em carta enviada ao Padre Gruner, Mons. D. Antonio Forte acusa-o de ser um sacerdote vagus (errante), por não ter saído do Canadá e regressado a Avellino – embora, 18 dias antes, o próprio Mons. D. Forte tivesse dito ao Padre Gruner que voltasse para o Canadá. Este comportamento inacreditável, que vem explicado em Fatima Priest ("O Sacerdote de Fátima"), continua ainda hoje, e está ainda sob apelação nos tribunais do Vaticano e perante do Papa.

Outubro, 1994 - O Secretário de Estado do Vaticano e os Núncios Pontifícios escrevem aos Bispos de todo o mundo, dando-lhes instruções no sentido de não assistirem à segunda Conferência para a Paz, da Cruzada de Fátima, que iria ocorrer no México. Além disso, são-lhes negados os visas, e outros obstáculos são postos no caminho de mais de 100 Bispos católicos que aceitaram o convite para essa Conferência.

1995 - Numa comunicação pessoal a um certo Professor de Salzburgo, Áustria, chamado Baumgartner, o Cardeal Mario Luigi Ciappi — nada mais nada menos que o teólogo pessoal do Papa João Paulo II — revela que: "No Terceiro Segredo é predito, entre outras coisas, que a grande apostasia na Igreja começará pelo cimo."

12 de Julho, 1995 - A primeira Carta Aberta ao Papa é publicada em Il Messaggero, um importante jornal diário de Roma. Preenche duas páginas inteiras, e protesta publicamente contra o violento abuso de poder, posição e prestígio, por parte dos burocratas anti-Fátima do Vaticano, entre 1992 e 1994. É assinada por dois Bispos, e por milhares de sacerdotes e leigos. O Papa não reage (ou é impedido de reagir), embora circule a notícia, em privado, de que Sua Santidade leu essa Carta Aberta.

Novembro, 1996 - A terceira Conferência para a Paz, da Cruzada de Fátima, teve lugar em Roma e, de novo, todos os Bispos foram convidados a assistir, com todas as despesas pagas. Apesar da constante repetição das mesmas falsidades que, em 1992 e 1994, foram postas a circular por certos membros do establishment anti-Fátima no aparelho do poder do Vaticano — em acção combinada com pressões, exercidas pelo Cardeal Gantin, por vários Núncios Pontifícios e por outros burocratas do Vaticano, para não assistirem à Conferência —, apesar de tudo isto, mais de 200 Bispos, sacerdotes e leigos chegam a participar.

20 de Novembro, 1996 - A acusação canónica apresentada pelo Padre Gruner contra o Cardeal Sanchez, o Arcebispo Sepe e seus cúmplices é colocada nas mãos do Papa, tal como se vê em fotografia reproduzida em Fatima Priest e publicada, a 2 de Abril de 1998, em Il Messaggero.

26 de Fevereiro, 1997 - Coralie Graham, editora do The Fatima Crusader, envia ao Cardeal Gantin uma carta registada que contém sete perguntas pertinentes, respeitantes à ilegalidade das suas tentativas de proibir tanto bispos como sacerdotes de assistirem à Conferência para a Paz. Passados já mais de 4 anos, essa carta (que é inteiramente respeitosa) nunca obteve resposta.

2 de Abril, 1998 - Uma segunda Carta Aberta, de duas páginas, é publicada, em italiano, em Il Messaggero. Desta vez, são recolhidas assinaturas de 27 Bispos e Arcebispos, de 1.900 sacerdotes e religiosos e de mais de 15.000 leigos. Milhares de cartazes ostentando a Carta Aberta são afixados à volta do Vaticano durante este ano de 1998.

Entretanto, o caso canónico do Padre Gruner continua a seguir pelo sistema de tribunais do Vaticano. Pormenores dos procedimentos "arquitectados" e de uma injustiça absurda são dados a conhecer em Fatima Priest. Durante o processo, o Arcebispo Grochelewski, agora juiz principal no caso (depois de o Cardeal Agustoni ter sido forçado a recusar esse lugar, por parecer ter, sobre o caso, um juízo já formado), reconhece que, na realidade, o caso não é sobre a incardinação do Padre Gruner, mas sim sobre aquilo que ele diz (acerca de Fátima). Este é o real motivo dos numerosos e ilícitos procedimentos sem precedentes contra o Padre Gruner, embora isso não conste (por escrito) em lugar algum dos autos. É sabido que um princípio básico da justiça natural é que todo o acusado tem de ser informado das acusações precisas feitas contra ele, para se poder defender. Então, pôr o Padre Gruner em tribunal por uma alegada "ofensa" referente à sua incardinação, quando o verdadeiro assunto é aquilo que ele diz acerca da Mensagem de Fátima, é ridicularizar este princípio legal!

Outubro 1998 - As várias mentiras, insinuações e acusações contra o Padre Gruner são sumariadas num longo documento acusatório. Quem o prepara e promulga é um Promotor de Justiça nomeado expressamente pelo aparelho do poder do Vaticano, para preparar um sumário (supostamente "imparcial") das posições canónicas de ambas as partes. É dito ao Padre Gruner que não pode sequer ter uma cópia deste documento "imparcial", a menos que preste um juramento de completo sigilo. Este estranho pedido é emanado do próprio Tribunal. (Uma cópia desta exigência do tribunal em guardar sigilo está disponível a qualquer bispo que a peça.) Como o Padre Gruner se recusa a prestar esse juramento de sigilo, vê-se obrigado a examinar o documento do Promotor na presença do seu advogado canónico – que, para esse efeito, tem de ir de Roma ao Canadá e, depois, regressar a Roma com o documento, sem deixar uma cópia.

10 de Outubro, 1998 - O documento do Promotor revela, pela primeira vez, a existência de umas 20 cartas que circulam em segredo contra o Padre Gruner e o seu apostolado. Essas cartas, cheias de falsas interpretações e de mentiras mais que evidentes, provêm de certos membros da Congregação do Clero, do Secretariado de Estado do Vaticano e até mesmo da Congregação do Cardeal Ratzinger, e vêm já desde os inícios dos anos oitenta.

10 de Dezembro, 1998 - Apesar dos obstáculos (quase impossíveis de transpor) e de um tempo muito limitado para a resposta, o Padre Gruner entrega para apreciação uma resposta canónica de oitenta páginas ao documento do Promotor, a refutar, de modo conclusivo, todas as suas alegações: o documento do Promotor nunca mais é mencionado pelo Tribunal.

Dezembro 1998 - Por correio registado, o Padre Gruner pede que lhe enviem cópia daquelas cerca de 20 cartas, dimanadas, contra si, da Congregação do Clero e do tribunal – cartas que nunca lhe são fornecidas. É nas suas costas que continuam a circular mentiras que impedem grandemente os seus esforços de persuadir os Bispos de que a Consagração da Rússia tem de ser feita de maneira correcta, para evitar a aniquilação de muitas nações, tal como adverte Nossa Senhora de Fátima.
Agosto 1999 - O Padre Gruner fornece ao Bispo de Avellino uma nova prova documental que demonstra que ele está incardinado: não em Avellino, mas em outro lugar.

3 de Setembro, 1999 - A Signatura Apostólica publica uma decisão, pós-datada como tendo sido de 10 de Julho de 1999. A manifesta carência de fundamentos de que a decisão dá provas é demonstrada quer por um capítulo de Fatima Priest, "A Law For One Man" (Uma lei para um só homem), quer por documentos anexados à refutação que o Padre Gruner fará a 14 de Outubro de 1999 (reproduzido também em Fatima Priest, edição de 2000) – a que a Signatura Apostólica não dá qualquer resposta.


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