O caminho a seguir é promover a doação de órgão e buscar “a formação de uma cultura de solidariedade que esteja aberta a todos e não exclua ninguém”. É o que se diz nas conclusões do XXII Encontro Nacional da Pastoral da Saúde, encerrado hoje em Fátima. O evento discutiu “Transplante de órgãos – doação para a vida”.
A Pastoral da Saúde reconhece o “trabalho exaustivo que se está a fazer em Portugal para responder, em muitas áreas, ao progresso da medicina em ordem aos transplantes de órgãos, o que tem permitido a salvação, a saúde e a qualidade de vida, a muitos milhares de pessoas”.
No encontro nacional em Fátima, decidiu-se “apoiar a reflexão, nas comunidades cristãs, escolas, paróquias e movimentos, sobre a cultura da solidariedade que convida à doação de órgãos, quer em vida, quer pós morte, como forma privilegiada de caridade”.
A Pastoral indica ainda que pretende “elaborar material de informação que dê notícia das muitas situações clínicas em que a transplantação de órgãos proporciona às pessoas que eram doentes quer a cura das suas limitações quer a qualidade de vida que sempre desejaram ter”.
Outra ação será “sugerir aos núcleos paroquiais da Pastoral da Saúde já presentes em muitas comunidades cristãs que criem grupos de dadores de sangue e, simultaneamente, grupos que se proponham estudar as situações em que muitas pessoas se podem tornar dadores de sangue e dadores de órgãos em vida ou depois da morte”.
A Pastoral da Saúde destaca ainda a importância de “valorizar o papel dos capelães e outros agentes de assistência espiritual e religiosa, nos hospitais e centros de transplante”.
Segundo o organismo, sabe-se que “razões da natureza espiritual e religiosa podem, por vezes, ajudar a vencer dificuldades infundadas quer quanto à transplantação, quer quanto à doação de órgãos”.