Ao dar as boas-vindas ao seu hóspede, o Papa recordou a ferocidade do regime comunista albanês, que perseguiu ortodoxos e católicos no século XX, e constatou que a queda desse regime agora “abriu o caminho para a reconstrução das comunidades católicas e ortodoxas”.
No território nacional albanês, os ortodoxos são 10% da população, enquanto os católicos também chegam a 10%. O resto da população é muçulmana.
O pontífice alentou o trabalho da Igreja Ortodoxa Autocéfala da Albânia, que, desde que recuperou a liberdade, participa ativamente do diálogo teológico internacional entre católicos e ortodoxos.
“Vosso compromisso neste âmbito reflete felizmente as relações fraternas entre ambas as comunidades em vosso país e oferece inspiração a todo o povo albanês, mostrando como é possível para os seguidores de Cristo viver em harmonia”, assegurou o Santo Padre.
“Por isso – acrescentou –, fazemos muito bem em sublinhar os elementos de fé que nossas Igrejas compartilham: a profissão comum do credo niceno-constantinopolitano; o Batismo comum para a remissão dos pecados e para a incorporação em Cristo e na Igreja; o legado dos primeiros concílios ecumênicos; a comunhão real, ainda que imperfeita, que já compartilhamos; e o desejo comum e os esforços de colaboração para construir sobre os alicerces do que já existe.”
Por este motivo, o Papa assegurou ao arcebispo Anastas que a Igreja Católica “fará todo o possível para oferecer um testemunho comum de irmandade e paz e para perseverar junto a vós no compromisso renovado pela unidade das nossas Igrejas”.