Três cristãos foram acusados de ter profanado um exemplar do Alcorão durante um casamento. Em resposta uma multidão de muçulmanos desencadeou uma onda de violência contra a comunidade cristã local.

Ao todo 75 casas e duas igrejas foram queimadas e destruídas, segundo adianta a agência católica AsiaNews, que não refere qualquer vítima mortal.

Depois de terem ateado fogo às casas membros do grupo bloquearam as estradas de acesso à aldeia para impedir a chegada de ajuda.

O Presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari lamentou o incidente, descrevendo-o como “um facto que atenta contra o espírito do Islão e as regras da sociedade civil. Regras foram manipuladas e os membros de uma minoria foram sujeitos a violência com base em alegações”.

A acusação de blasfémia só se aplica a ofensas ao Islão e pode acarretar a pena de morte. Por esta razão é frequentemente invocada para desculpar violência contra cristãos.

A esmagadora maioria da população do Paquistão é muçulmana, mas existem pequenas bolsas de cristãos e hindus no país.

Fonte: www.rr.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=95&did=65094