O Ministério da Integração Nacional anunciou nesta quarta-feira que as enchentes já deixaram 377 mil desalojados ou desabrigados em 13 estados. No Maranhão, o número de mortos chegou a doze.

Nesta quarta-feira, o clima foi de tristeza na casa de dona Maria. O filho mais velho - que acabou de completar 18 anos - conseguiu salvá-la, mas acabou morrendo nas águas do Rio Mearim.

"Com toda luta, ele me colocou no rasinho. Ele disse: ‘graças a Deus, salvei minha mãe’", lembra.

O volume de água não baixa. Sem as estradas, alunos enfrentam uma maratona pra freqüentar as aulas.

“Se não for de canoa não tem como ir”, avisa um menino.

Naquele pedaço quase escondido do Brasil, não importa a quantos quilômetros fica a escola mais próxima, nem como chegar à escola. O que todo mundo lá faz questão é de continuar estudando.

Quarenta minutos no remo separam Diego da escola.

“Foi uma coisa conquistada com dificuldade. A pessoa passa a dar mais valor ao que conseguiu, conquistou", explica.

E quando chega à cidade, mais meia hora de caminhada."Chego com vontade de estudar, mas também já chego cansado", admite Diego.

No campo, produtores perderam a safra deste ano. A soja, a plantação de arroz, o bananal. Tudo embaixo d'água.

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