Seja qual for o nome dado ao Senhor – Deus, Javé, Alá –, ele está do lado das vítimas, não dos verdugos

“Alá é grande!”, exclamaram os terroristas em Paris, momentos antes de assassinar quase 130 pessoas. Um absurdo, um sem-sentido.

Três explosões nas imediações do Estádio da França, no norte da cidade, e tiroteios no centro de Paris, levados a cabo por cinco terroristas. A sala de concertos Bataclan se converteu em um massacre, as ruas de Paris se tornaram um necrotério.

Deus, Javé, Alá… Ele é grande, sim. Mas não desse jeito. Deus é grande na solidariedade existente em Paris e no mundo inteiro. Crescem as iniciativas para acolher cidadãos afetados e, nas redes sociais, multiplicam-se os lemas, orações, demonstrações de apoio.

Javé é grande e hoje Ele chora. Chora por não entender como seus filhos morrem, por não entender como conseguem utilizar seu nome em vão para produzir um massacre desse tipo.

Alá é grande e é assim no coração de todos os muçulmanos de bem, daqueles que agora colocam as mãos na cabeça e sofrem, porque este não é o caminho da sua religião.

Deus, Alá, Javé… Ele é grande porque é a beleza, é a bondade infinita, é a misericórdia, é o perdão, é o sentido da nossa vida, nossa alegria, quem nos reconforta e ajuda. É nosso Pai. Usar seu nome para matar, para assassinar, para criar ódio e rancor, para aterrorizar, é um absurdo, um sem sentido.

A religião é uma fonte de paz, não de violência. Matar em nome de Deus, de Alá ou Javé é um sacrilégio. Quem está seguro das suas convicções não tem necessidade de impor-se ou de forçar o outro. Pelo contrário, dialoga, busca compreender, une-se em oração, busca o bem de todos.

Deus, Javé, Alá é grande e hoje está com as vítimas. Com as 129 pessoas que já se encontram com Ele. Deus está com seus familiares e amigos, com quem compartilha sua dor. Deus está com a sociedade francesa, perdida e desesperada.

Deus, Javé, Alá nunca está com os verdugos, com os infiéis, com os terroristas e assassinos.

Fonte: www.aleteia.org