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Artigo N.º 13847 - Ele era muçulmano – hoje é arcebispo católico e batizou o seu pai, que também era muçulmano
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Postado em: 19/10/15 às 14:37:20 por: James
Categoria: Destaque
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Dom Thomas é do Malaui, na África, e, durante o sínodo em Roma, nos relata uma história fascinante de conversão

Quarenta e oito bispos da África estão em Roma para o Sínodo sobre a Família. Ao falar com eles, surgem histórias surpreendentes e belas sobre os seus países, culturas e suas próprias vidas familiares.

Uma dessas histórias é a de dom Thomas Luke Msusa, arcebispo de Blantyre, no Malaui, perto da fronteira sul com Moçambique. Ele era muçulmano e se converteu ao catolicismo.

Ordenado sacerdote dos Missionários da Companhia de Maria, comumente conhecidos como missionários de Montfort, dom Msusa, hoje com 53 anos, é vice-presidente da associação das Conferências Episcopais da África Oriental, que reúne oito países.

O arcebispo contou à Aleteia a sua história de conversão, bem como a do seu pai, que era imã.

Excelência, temos ouvido que muitos muçulmanos estão se convertendo ao cristianismo no Malaui. O que o senhor pode nos contar sobre isso?

Sim, é verdade. Eu trabalhei na diocese de Zomba durante dez anos e, todo ano, na Vigília Pascal na catedral, havia de 100 a 150 adultos entrando para a Igreja. E nas outras paróquias acontece a mesma coisa. Eu perguntei a eles como chegaram a se converter. Vários disseram que foi através da Rádio Maria, que é muito influente em nosso país, muito influente. Essas pessoas ouvem a Rádio Maria. Nas grandes celebrações, lá está a Rádio Maria. No início, antes da rádio, eles só ouviam propaganda contra a Igreja católica. Mas agora que começaram a conhecer a verdade sobre a Igreja, eles se converteram ao catolicismo. Em Blantyre, a diocese onde estou agora, é a mesma coisa. Nas confirmações, há sempre de 20 a 50 pessoas que eram muçulmanas e estão se convertendo ao catolicismo. E isto não é um problema em nosso país. Na aldeia onde eu nasci, 99,9% são muçulmanos. Alguns dos meus parentes são muçulmanos. O meu pai era imã.

O senhor foi criado como muçulmano?

Quando eu tinha 7 anos, saí de casa porque eu queria ir para a escola. Ninguém da nossa aldeia iria me ajudar. Então, eu fiquei na paróquia. Aos 12 anos, eu pedi o batismo. E fui batizado. Então perguntei ao padre: “Como é que eu posso ser como o senhor?” E ele me enviou para o seminário. Quando eu voltei para casa, meus parentes e meu pai foram contra. Eles não me recebiam em casa, então eu sempre fiquei no paróquia. Mas, graças a Deus, fui ordenado. Para agradecer a Deus, eu quis celebrar a missa na minha terra. Então eu pedi para a igreja de lá e para o meu tio, que já era católico, organizarem uma missa campal. As pessoas estavam se perguntando quanta gente iria. Ficou lotado. Meus parentes e meu pai foram. E ele me disse: “Sabe, eu me recusava a permitir que você entrasse nessa Igreja, mas agora eu acredito que provavelmente nós vamos chegar ao céu graças a você”. O meu pai, que era um professor do islã, um imã, disse isso.

O seu pai também se converteu ao catolicismo?

Quando eu fui ordenado bispo, voltei para casa e convidei as pessoas a se unirem à Igreja. E o meu pai, imã, se ajoelhou e disse: “Eu preciso do batismo”. E eu disse: “Pai, esses anos todos você ficou dizendo que eu ia para o inferno. Você quer ir para o inferno junto comigo?” (risos). A nossa formação na fé cristã dura três anos, então eu disse: “Se você quer se tornar católico, tem que passar por uma formação cristã durante três anos. Ele aceitou e, em 2006, eu o batizei. Hoje ele já está bastante idoso e muito doente. Quando eu voltar para o Malaui, tenho que ir à casa dele para que ele possa declarar diante de todos quem ele se tornou. Vou viajar para lá no dia 29, para levar a paz à minha família. Nós seguimos o lado da mãe. Ele tem que declarar que quis se tornar cristão como nós, para, quando morrer, não ter nenhum problema para ser enterrado. Vai ser minha responsabilidade, nossa responsabilidade como cristãos, fazer um enterro cristão. Para lhe dar outro exemplo: no começo, eles me diziam: “Você está indo para longe da nossa cultura”. Mas, agora, até o chefe tradicional do nosso povo me deu uma aldeia e me tornou chefe. Eu cuido de 62 famílias. Mas é claro que, como bispo, eu tenho muitas responsabilidades; por isso, a minha irmã, Christina, é a chefe agora. Às vezes ela me telefona quando há discussões e me pede para ir até lá.

É uma vila de cristãos ou de muçulmanos?

É uma mistura. Estamos juntos. Depois do Sínodo da África [em 2006], eu convidei as pessoas a se unirem, católicos e muçulmanos. Nós celebramos a missa, nos reunimos, comemos juntos. E eu peço a eles para esquecer os problemas: “Hoje nós vamos celebrar”. Começamos com a missa e eles gostam dela. Os católicos que estão devidamente preparados recebem a Sagrada Comunhão, e os muçulmanos ficam lá junto conosco. Eles esperam por essa ocasião todos os anos.


Fonte: http://pt.aleteia.org/



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