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Artigo N.º 10464 - A Mundanização do Natal
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Postado em: 21/12/12 às 23:49:39 por: James
Categoria: Obras Malignas
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Pudim de fogo, sauna e cerveja são tradições do Natal pelo mundo

A cerveja natalina da Dinamarca

Todo fim de ano são lançadas na Dinamarca cervejas especiais vendidas apenas na época do Natal. A tradição começou há muitos séculos, quando os moradores do campo adquiriram o costume de produzir uma cerveja mais saborosa para combinar com o banquete servido na ceia.



Hoje, cada fábrica produz a sua cerveja sazonal. Normalmente elas têm forte teor alcoólico, cor escura e sabor intenso, e são servidas principalmente com arroz-doce. O dia de lançamento dessas cervejas é um acontecimento no país. Conhecido como o “J-day”, ocorre na primeira sexta-feira de novembro, exatamente às 20h59 – quando pubs e bares promovem eventos especiais.

Outra tradição dinamarquesa é “esconder” uma amêndoa inteira dentro de uma sobremesa típica feita à base de arroz doce. A pessoa que encontrar a amêndoa durante o jantar ganha um pequeno prêmio.

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O pudim que pega fogo no Reino Unido

O Reino Unido tem várias tradições açucaradas relacionadas ao Natal. Uma delas é o “Christmas pudding”, ou “pudim de Natal”, feito com frutas secas e servido depois da ceia em um ritual. Com as luzes apagadas, joga-se brandy quente em cima da sobremesa, acende-se um fósforo e ela é flambada.



Outro doce característico desta época do ano é a “mince pie”, minitortinhas de massa podre recheada com frutas vermelhas embebidas em uma calda doce. Elas são servidas com uma manteiga adocicada e aromatizada com brandy.

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O diabo de Natal da Áustria
Homem fantasiado na noite do Krampus na Áustria (Foto: Dominic Ebenbichler/Reuters)

Na Áustria, Papai Noel vem acompanhado de um ente maligno: o Krampus. Segundo a tradição, enquanto Papai Noel dá presentes para as crianças boas, o diabo natalino é o responsável por punir aquelas que se comportaram mal ao longo do ano.



Todo 6 de dezembro, dia de São Nicolau (que foi quem inspirou a lenda do papai noel), é celebrada a noite do Krampus na Áustria, em algumas partes da Alemanha e no norte da Itália. Pessoas mascaradas vestidas de demônios e bruxas e segurando tochas saem pelas ruas assustando adultos e crianças.

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A sauna de Natal na Finlândia
Homem e criança tomam banho de sauna na Finlândia (Foto: Divulgação/ Visit Finland)

Logo antes da ceia do dia 24, os finlandeses tradicionalmente aproveitam para fazer uma de suas atividades preferidas: fazer sauna. Segundo o folclore local, espíritos dos ancestrais mortos vêm tomar banho na “sauna de Natal” antes do pôr do sol. Popular o ano todo, a sauna é considerada um símbolo de pureza no país.



Também é tradição nesta época do ano tomar um vinho quente com especiarias, bebida típica das festas natalinas.

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Na Islândia, crianças são presenteadas por 13 "papais noéis"

Os islandeses têm não um, mas 13 papais noéis. Na verdade, eles são, segundo a lenda, descendentes de “trolls” que vivem nas montanhas e presenteiam as crianças antes do Natal. A partir do dia 12, a cada dia um deles deixa um pequeno presente no sapato que elas colocam na janela de seus quartos.


Outra lenda da Islândia, que remonta ao século 19, é sobre o Gato de Natal, uma criatura monstruosa que pode comer quem não usar uma nova peça de roupa na noite do dia 24. Histórias similares são contadas nos países bálticos com um touro, e na Noruega com uma cabra.

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Os 13 papais-noéis islandeses

Enquanto as crianças do resto da Europa e dos países ocidentais esperam pelo presente que o Papai Noel vai trazer na noite do natal, aqui na Islândia essa tradição do Papai Noel não existe. Os presentes que as crianças recebem na véspera do natal são do pais e da família, e as crianças não esperam que nenhum bom velhinho desça pela chaminé. Pelo menos não um só, e não um que seja bonzinho.



Uma lenda muito antiga conta à respeito de uma mulher troll que mora nas montanhas das terras altas. Essa horrenda mulher troll, chamada Grýla, tem na época do natal um apetite voraz por crianças, especialmente, dizem os pais de crianças pequenas, por crianças mal comportadas. A menção mais antiga de Gryla é num manuscrito do século XIII. Até os dias de hoje, todas as crianças conhecem bem a história dessa terrível troll, que tem cascos ao invés de pés, e em algumas histórias três cabeças e olhos até nas costas para não deixar nenhuma criança escapar.

"Eu tenho duas decorações de natal em casa que são a Grýla, a mulher troll horrenda, e nessas duas decorações ela está carregando um grande saco nas costas com algumas crianças olhando pra fora com cara de desespero!"


Pois bem, essa figura medonha é a mãe de 13 duendes que nas histórias mais antigas pregavam peças nos fazendeiros durante os meses de inverno. Mais recentemente, desde o século XIX, esses duendes passaram a ser representados com características mais próximas ao Papai Noel que conhecemos no Brasil, muito provavelmente devido à influência estrangeira mesmo. Eles passaram a ser chamados em islandês de jólasveinarnir, algo como “os homens do natal”.

Cada um destes 13 papai-noéis desce das montanhas e visita todas as casa na Islândia, um por vez, nas treze noites antes do natal. Em cada casa que eles visitam, cada um se comporta de maneira diferente ainda parecida com as lendas mais antigas, pregando alguma peça ou muitas vezes comendo alguma coisa.

As crianças islandesas deixam um sapato na janela nessas 13 noites antes do natal, e cada um desses 13 papai-noéis deixa no sapato um brinquedinho para crianças que foram bem comportadas, ou uma batata para crianças mal comportadas. No final das contas, me parece um bom negócio para as crianças, que ao invés de ganhar um presente do Papai Noel, ganham treze presentes menores e ainda os presentes da família na véspera do natal!

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Stekkjarstaur – O Incomodador de Ovelhas

Hoje é o dia do primeiro dos treze papai-noéis, que tem o nome de Stekkjarstaur, que já vi traduzido de diversas formas como “Incomodador de Ovelhas”, “Pernas Duras”, e outros.



A principal características dele são as pernas duras. Deve ser, eu imagino, porque ele é um dos mais velhos e sofre de reumatismo! Ele também tem o hábito, e daí vem um dos nomes, de tentar mamar nas tetas de ovelhas. Segundo as histórias, ele sempre fracassa em satisfazer sua sede com leite de ovelhas, porque não consegue se abaixar por causa das pernas duras. Hoje em dia, nos tempos modernos, eu imagino que ele se dá melhor com leite da geladeira mesmo, que nem precisa abaixar pra pegar.

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O segundo papai-noel islandês – “o homem da ravina”

Hoje pela manhã as crianças islandesas encontraram em seus sapatos na janela, o presente (ou a batata, para os mal comportadas) deixado pelo segundo na lista dos papai-noéis que vem das montanhas, chamado Giljagaur, ou “Homem das Ravinas”. O nome se deve ao hábito dele de viajar furtivamente, se escondendo em ravinas, barrancos criados por enxurradas, entre as fazendas e cidades.



Nas fazendas, ele entra silenciosamente nos currais e espera até o momento em que os fazendeiros estão distraídos. Ele então saboreia o leites das vacas, bebendo primeiro a espuma que fica no topo.

Nas antigas fazendas islandesas, costumava-se a ter grandes barris com produtos derivados de leite, que eram uma parte vital da dietas dos islandeses.

"Eu tenho em casa uma decoração de natal desse papai-noel islandês:"

O Homem das ravinas foi o segundo, com sua velha cabeça branca.
Ele veio da montanha, e entrou no curral.
Ele se escondeu no estábulo e roubou a espuma do leite,
Enquanto a fazendeira conversava com o rapaz que trabalha no estábulo.

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O terceiro papai-noel islandês – “o baixinho”

O terceiro papai noel islandês se chama Stuffur, ou “Baixinho”, e ele visita as casas e fazendas islandesas hoje, no dia 14 de Dezembro. Ele é na verdade o primeiro a partir da moradia da família nas montanhas, mas por causa das pernas curtas na neve das montanhas, ele demora mais pra chegar à terras baixas.



Ser o mais beixo de uma família de trolls não deve ser fácil!

Faminto depois de uma viagem tão longa, o Baixinho também passa pela cozinha, comendo todos os restos que estiverem nas panelas.

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O quarto papa-noel islandês – o lambedor de colheres

Hoje é o dia do quarto papai-noel islandês, o lambedor de colheres, visitar as casas e fazendas dos islandeses, deixando presentes ou batatas nos sapatos na janelas, e… roubando colheres de pau para lamber os restos de comida delas!



O quarto, o Lambedor de colheres, era bem magrelo.
E ele ficou muito feliz, quando o cozinheiro se foi.
Ele correu como um relâmpago e agarrou a colher, a segurou com ambas as mãos, porque ela era escorregadia.

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O quinto papai-noel islandês – o lambedor de panelas

Mais um dia, mais um dos membros da família de trolls chega às casa islandesas.



O quinto, o Lambedor de Panelas, era um sujeito estranho.
Enquanto as crianças recebiam comida, ele batia na porta.
Elas correram para a porta para ver se tinha visita.
Ele então aproveitou para correr até as panelas, e comeu uma boa refeição.

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O sexto papai-noel islandês – o lambedor de vasilhas

O dia 17 de Dezembro é o dia em que Askasleikir (Lambedor de Vasilhas), visita as casas islandesas.



O tipo de vasilha (à ser lambida) em questão, se chama áskur é um tipo de vasilhame de madeira com tampa e que era usado nos velhos tempos na Islândia ao invés de pratos. Essas vasilhas de madeira são verdadeiros objetos de arte, com decorações entalhadas e muito bem feitas.

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O sexto, O Lambedor de Áskur, Era sem igual.
Escondido debaixo da cama, ele estendia sua cabeça feia.
Quando as vasilhas eram postas em frente de cães e gatos, ele espertamente às apanhava, e às lambia até ficar satisfeito.

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O sétimo papai-noel islandês – o batedor de portas

O papai-noel islandês que chega das montanhas no dia 18 de Dezembro é oHurðaskellir, o Batedor de Portas. Ele entra nas casa sorrateiramente e corre de porta a porta, batendo cada uma com toda a força, parando apenas para ouvir o ranger das dobradiças.



O sétimo era o Batedor de Portas, - Ele era um tanto barulhento.
Quando as pessoas no escuro queriam dormir.
Ele não se arrependia nem um pouco se barulhos altos viessem das dobradiças.

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O oitavo papai-noel islandês – o devorador de skyr

Hoje é o dia do Skyrgámur, papai-noel que adora Skyr, que é um tipo de laticínio islandês parecido com iogurte.


Nos velhos tempos, todas as fazendas islandesas tinham grandes barris de madeira para produção de skyr. Hoje em dia skyr ainda é uma das comidas favoritas dos islandeses, fabricado atualmente em vários sabores, e muitas vezes se come skyr como uma refeição completa.

Era um grande tolo.

A tampa do barril de skyr com seus punhos ele quebrava.

Então comia tudo que podia, até estar quase explodindo, e gemia e suspirava.

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O nono papai-noel islandês – o ladão de salsichas

O dia 20 de Dezembro é o dia do Bjúgnakrækir, o Ladrão de Salsichas.

Nos velhos tempos costumava-se pedurar bjúgu (salsichas grandes, seis vezes maiores que as salsichas de carrocho quente de hoje) em linhas em um ligar alto, fora do alcance das crianças, cachorros e gatos. Nos dias de hoje ainda é possível encontrar bjúgu nos supermercados da Islândia.Será que hoje em dia esse papai-noel ataca também os vários vendedores de cachorro quente nas ruas das cidades islandesas?


Esperto e ágil.

Ele subia nos postes, e se pendurava ali.

Sentado num pilar da cozinha na fumaça e nas cinzas e comia a salsicha defumada, que era muito gostosa.

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O décimo papai-noel islandês – o espiador de janelas

Hoje é o dia do Gluggagægir, o Espiador de Janelas, que chega das montanhas no dia 21 de Dezembro.

Ele espia pela janela de cada casa quando ninguém está olhando, procurando por coisa que ele pode pegar mais tarde quando todos estão dormindo. O Espiador de Janelas não vê isso como roubo, mas como troca, já que ele deixa presentes nos sapatos. Quando uma criança o vê pela janela, ele faz uma careta para parecer assustador.Com certeza, quando alguma coisa desaparece de casa nessa época do ano, o culpado é ele!


O décimo era o Espiador de Janelas, um homem mal-humorado, que chegava às janelas e olhava dentro das casas.

Se tivesse algo interessante dentro ele geralmente mais tarde tentava pegar.

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O décimo-primeiro papai-noel islandês – o cheirador de portas

O papai-noel islandês que vem às casas na Islândia no dia 22 de Dezembro é oGáttaþefur, ou Cheirador de Portas.


O Cheirador de Portas tem esse nome porque ele tem o costume de abrir as portas das casas só um pouquinho e enfiar pela greta seu enorme nariz, tentando farejar casas que tenham Laufabrauð, que é um tipo especial de pão feito na Islândia na época do natal.

Fazer é laufabrauð, ou “pão-folha”, é geralmente uma atividade feito em família no início de Dezembro. As pessoas se reúnem para cortar uma trama complicada nesse pão fino que é então frito na gordura. O laufabrauð é servido como um snack ou acompanhamento com qualquer evento ou refeição natalina.E como sempre, aqui vai o poema tradicional sobre esse papai-noel islandês.

O décimo-primeiro era o Cheirador de Portas,

- Que nunca ficava gripado, apesar de ter um nariz engraçado e enorme.

O cheiro de laufabrauð ele sentia já das montanhas, e sorrateiramente, como fumaça, ele seguia aquele cheiro.

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O décimo-segundo papai-noel islandês – o fisgador de carnes

O dia 23 de dezembro é o dia do Fisgador de Carnes chegar das montanhas e visitar as casas dos islandeses.


Era de costume, nas antigas casas islandesas com grama cobrindo o telhado, se colocar carne dentro da chaminé para defumar. O Fisgador de Carnes, segundo a lenda, subia no topo dos telhados e com um gancho fisgava a carne defumada.


Era bem esperto.

Ele marchava pelo país no dia de Santo Thorlak.

He fisgava um pedaço de carne quando podia.

Mas era curto demais muitas vezes o seu bastão.

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O décimo-terceiro papai-noel islandês – o ladrão de velas

Na véspera do natal, chega à casas islandesas o último dos membros da família de trolls que mora nas montanhas, Kertasníkir, o Ladrão de Velas.


A tradição de dar presentes caros no natal é relativamente recente. Mas a tradição de dar velas no natal existe por muitos séculos. E antes de haver luz elétrica, as crianças costumavam a acender as velas na noite de natal.As velas costumavam a ser feitas com gordura animal, e o Ladrão de Velas, glutão como seus outros irmãos, devora todas as velas que ele consegue encontrar.

O décimo-terceiro era o Ladrão de Velas, o tempo seria frio, se ele não fosse o último na véspera do Natal.

Ele seguia as crianças, que sorriam, alegres, e pela casa ele recolhia as velas.





Fontes:

http://www.vidanaislandia.com/files/7f3231b8c54bd1c4e2dfe838c4ca1b07-143.html

http://www.iceland.is/images/the-icelandic-yule-lads.jpg

http://g1.globo.com/natal-e-ano-novo/2012/noticia/2012/12/pudim-de-fogo-sauna-e-cerveja-sao-tradicoes-do-natal-pelo-mundo.html



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