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Artigo N.º 6218 - Testemunho de Marlene Bellizzi - Fui Curada
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Postado em: 16/09/10 às 15:37:45 por: James
Categoria: Testemunhos
Link: http://www.espacojames.com.br/?cat=24&id=6218
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Enviado por Marlene Bellizzi / Cidade: Senador Canedo

Caro irmão James vou tentar enviar algo sobre minha conversão para a Igreja Católica. Sou a terceira filha entre sete irmãos. Nascemos de uma família Batista e fomos educados conforme essa doutrina, bem adversa à Igreja Católica.

Na época não se conhecia tantas seitas como hoje, porém, em todas havia um desconhecimento proposital sobre a Igreja Católica, ensinavam como hoje verdadeira negação da Eucaristia, o Papa, Maria, os santos e etc.

O crente não devia frequentar à companhia dos católicos, cada uma pregava que só havia salvação na sua igreja e principalmente condenavam todos os católicos. Assim cresci, porém mesmo sendo criança eu achava incerto várias coisas que diziam, mas não sabia me expressar.

Cresci muito fervorosa e assídua e aos doze anos permitiram que me batizasse. Eu acreditava firmemente que só os crentes (Assim se chamavam) se salvavam e por isso era necessário salvar os católicos, tinha muito desejo de ser missionária em Goiás.

Com o batismo, cresceu meu fervor e desejo de conhecer cada vez mais Deus, amá-lo e sentir-me amada por Ele. Porém nessa Igreja apresentavam a imagem de um Deus justiceiro, que nos olha principalmente para ver se acertamos ou erramos e assim nos dar o prêmio ou o castigo. Como poderia amar a quem tanto temia? Faltava algo muito profundo nessa doutrina e vida, nada sabia da prática de virtudes ou santidade, isso era coisa estranha para um crente, eram coisas de católicos.

Em 1948, veio um grande sofrimento para minha família, meu irmão menor que eu e minha mãe adoeceram de tuberculose pulmonar, enfermidade muito frequente naquele tempo e de difícil cura. Cada um foi para Sanatórios diferentes, no dia que minha mãe foi internada, cada filho foi viver em casas de famílias da Igreja, com meu pai ficaram apenas meu irmão mais velho que eu e outro de 8 anos.

Na época o mais novo tinha dois anos. Foi muito doloroso a separação e nem sabíamos se teria volta. Na casa onde fiquei, clamei a Deus que se revelasse a mim. Sentia tanta vontade de conhecer um Deus mais amável, para mais amá-Lo. No ano seguinte, eu também adoeci gravemente, senti-me com os dias contados.

No dia 29 de junho de 1949, fui internada no mesmo sanatório que meu irmão, no princípio, devido a fraqueza nada percebia, mas depois fui observando tudo. As Irmãs de caridade de São Vicente de Paulo, numa dedicação tão grande dia e noite só por amor de Jesus! Que diferença da minha Igreja... O Padre capelão igualmente... As outras meninas sofriam e morriam em paz, tudo aceitando e oferecendo. Assim tudo me falava bem alto no coração, ali se conhecia e amava a Deus. Ali se sentiam amada por Deus!.

Havia uma enferma chamada Clélia, de mais idade - eu já estava com treze anos e ela não perdia oportunidade de me falar sobre a Igreja Católica, sua história, mártires, santos, etc., sobre Nossa Senhora, a Eucaristia, o Papa, etc. Tudo ia entrando bem na minha mente e no meu coração, embora eu permanecesse firme na minha Igreja.

Um dia Clélia me disse “Marlene, você não gosta de Nossa Senhora?" Eu respondi que gostava, mas que eles a exaltavam muito, ao que ela me respondeu: “Pensa naquele abraço que vai dar e receber de Nossa Senhora, quando chegar no céu" Fiquei pensando! Assim tudo corria, quando no dia 13/11/1949, disseram que eu deveria participar de uma palestra naquela noite de retiro.

Fui aborrecida e com intenção de orar pela conversão do Padre para a Igreja Batista. Em certo momento o Padre leu o Salmo ll5, onde naquela tradução se lia "Como é preciosa aos olhos de Deus a morte de seus santos." Depois falou sobre alguns santos, mas só me lembro de Santa Terezinha, a morte rondava por ali... Eu nunca ouvira falar de santidade em minha Igreja. Se morresse estaria em condição de ser agradável a Deus?

Naquele momento algo novo, de sofrimento e questionamento profundo começou a nascer em minha alma, voltamos para a enfermaria, e eu já não era a mesma. Essa palavra da Bíblia voltava forte a minha mente, surgiu então uma pergunta "Será que a Igreja Católica é a verdadeira? Luta terrível, decisão entre a vida e a morte, o Céu ou o inferno, assim tudo se apresentava a minha alma.

Justiça de Deus! E se eu errasse? Quem poderia me ajudar??? A quem pedir socorro se tinha medo de Deus? De repente veio uma lembrança "Dizem que Maria é intercessora e advogada dos pecadores, quem sabe Ela pode ir até Deus e falar com Ele"

Então pensei “Se a Igreja Católica é a verdadeira, então o que dizem de Maria é verdade" E como num SALTO DE CONFIANÇA, me lancei nos braços de Maria... disse-lhe "MARIA, FALA COM DEUS, QUE NESTA NOITE NÃO SOU NEM CATÓLICA, NEM BATISTA, EU SOU O QUE ELE QUER. Pede a Ele que eu não morra nesta noite mas que possa viver para conhecer a VERDADE" E pela primeira vez, livremente rezei a Ave-Maria (Eu aprendi de tanto ouvir rezarem), a paz foi entrando em minha alma e ao dizer AMÉM foi como se Maria passasse a mão sobre meus olhos, para só despertar no dia seguinte, quando tudo era novo, brilhante e as pessoas eram lindas e maravilhosas!!!. Não falei nada com ninguém para evitar interferências, mas com o correr do tempo foram observando as mudanças.

Agora era só ser coerente com a promessa de viver para conhecer a VERDADE. O SIM para a Igreja Católica ia dando sem perceber, eu ia me abrindo, realmente Maria fala com Deus, e eu já a amava!

No dia 01/3/1950, de repouso absoluto, devido a uma pleurisia, recebi visita de meus pais e irmão Quando minha mãe me viu com a medalha de Nossa Senhora me perguntou "Minha filha, você com uma medalha?” Começando a chorar saiu com meu pai e meu irmão, foi muito duro, as coisas apenas começavam.

No final da visita voltaram e minha mãe disse que jamais voltaria por lá, porém no dia 22/03; ela voltou, era meu aniversário. Não sei em qual visita falei sobre o batismo na Igreja Católica e ela fortemente me disse NÃO! Agora só me restava pedir a Maria que me deixasse sair de lá sem o Batismo, pois ia necessitar muito dele.

Em meados de 1951, eu e outras duas colegas fizemos uma novena a Nossa Senhora das Graças, pedindo a cura, então eu esta novamente com outra pleurisia, agora do lado direito e o líquido se fazia sentir muito forte. Por providência o médico em visita nos chamou para um exame chamado radioscopia. Era o terceiro dia da novena, e quando chegou a minha vez, o médico falou algo com a Irmã, eu não entendi e pensei que estava pior, mas no dia seguinte a Irma chamou o meu irmão e eu para fazer o RAIO X, o qual constatou que meu irmão e eu estávamos curados totalmente. O médico não acreditou e pediu que ficássemos mais dois meses no hospital para confirmar a cura.

Passado este tempo fizemos novo RAIO X e o que confirmou a cura, porém ficamos no isolamento onde fomos curados. Pedi muito a Nossa Senhora,o milagre do meu Batismo, porque depois só poderia ser aos 18 anos e eu sabia que muitos sofrimentos viriam e eu precisava dos Sacramentos. Pedi ainda mais que fosse num sábado, festa de N. Senhora e pela tarde para fazer a primeira comunhão no domingo.

Maravilhoso! No dia 13 de outubro de 1951, sábado e festa de Nossa Senhora, sem motivo aparente, passei mal e fui batizada em artigo de morte. Outro milagre, foi ninguém se lembrou que eu já estava de ALTA!

No dia nove de novembro próximo, meu irmão e eu saíamos do sanatório! Louvado seja Deus e graças a Maria que "falou com Deus" e realizou tudo maravilhosamente, obrigada, Maria! Eu vos amo.

Graças meu Deus, pois aos 74anos feliz me lembro de tudo isto e tudo mais... Creio profundamente no vosso amor. Eu vos amo e mais vos quero conhecer e amar.

Amém.

Maria falou e fala com Deus por nós! Marlene

 




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