Qual a ligação entre as aparições marianas ?

Lourdes, Fátima e Medjugorje

Existe uma ligação entre Lourdes, Fátima e Medjugorje ?

Se as aparições de Nossa Senhora são de uma Mãe que previne e iluminam Seus filhos sobre os perigos, às vezes camuflados, daquele determinado período, tendo a história humana uma certa ligação entre um modo de pensar e agir de um período com o anterior, então as aparições e mensagens estão certamente ligadas.

 

O teólogo e filosofo Fulton J. Cheen nos ilumina o caminho a percorrer.

Segundo este autor, o mundo moderno está passando por uma fase de secularização na qual, sob vários pontos, ignora-se a existência de Deus, deixando o homem cair num isolamento mortal.

Lourdes se apresenta em 1858 como resposta do Céu no mesmo ano em que nascem as novas idéias que formarão o nosso mundo moderno.

Fátima se manifesta no ano em que estas idéias se concretizam na primeira guerra mundial e na segunda, como continuação venenosa da primeira.
            Medjugorje proporciona uma visão do futuro onde triunfará o que foi profetizado pela Virgem em Fátima.

Vamos explicando por partes.

Em 1858, ano de Lourdes, é também o ano em que John Stuart Mill escreve o seu “ensaio sobre a liberdade”, na qual a liberdade é considerada como ausência de responsabilidade social, gerando o capitalismo, pai do comunismo, tão bem lembrado por Nossa Senhora em 1917 como um veneno que se estende no mundo, provocando divisões e guerras.

Neste mesmo ano de 1858, Darwin publica o seu livro “A origem das espécies”, em que concentra o olhar do homem somente para um passado animal, desviando-o dos seus destinos eternos e de sua essência espiritual.

Ainda em 1858, Ricardo Wagner escreve suas obras, em que faz reviver o mito da raça pura, o mito da superioridade da raça teutônica, mito este que sustentou o nazismo ao preparar a maior hecatombe da história humana, na segunda guerra mundial.

Neste mesmo ano de 1858, Karl Marx, fundador do comunismo, escreve a sua: “crítica da economia política” em que considera a economia “o plus valor”, como fonte de vida e de cultura.

Estas idéias pagãs de 1858 que foram apresentadas ao mundo como solução de todos os problemas, farão explodir as duas guerras mundiais do século vinte.

O Céu, através da Mãe Maria, se manifesta no mesmo ano em 11 de fevereiro, na pequena aldeia de Lourdes na França a uma pobre e sofrida criança, conhecida por Bernadette. Desafiando com a pequenez de um nada de uma menina, essa nova colossal estátua construída pelos homens com cabeça de ouro,  com peito de bronze, com as pernas de ferro e com os pés misturados de lodo e ferro, não resistirá às mensagens de Amor enviadas pela Mãe de Deus e cairá como caiu a estátua do sonho de Nabucodonosor.

Mas quanto sofrimento acontecerá porque os homens não acreditaram e não aceitaram, como uma criança, estas novas mensagens maternas.

“No fim o Meu Imaculado Coração triunfará!”

            Certamente, mas quanto fica difícil pelos sábios e entendidos aceitar o convite do Céu.

Começando em Lourdes, continuando em Fátima e coroando em Medjugorje, Nossa Senhora revela ao mundo que nega a culpa original e o pecado, que é só “Ela é a Imaculada Conceição” e que o homem precisa de purificação e perdão, curando as próprias feridas...

            Contra os que se preocupam em demonstrar que a vida na terra surgiu “por acaso” há bilhões de anos (explicação muito científica!?) e que chegaria até nós, graças a uma cadeia de eventos desprovida de qualquer ação inteligente, Nossa Senhora convida os homens a lembrar que o ser humano precisa, além da comida para sobreviver, de paz, e que esta vem só de Deus e não pelo puro esforço humano.

            Contra os que reduzem o homem a um animal, aliás, animal este à natureza dos chimpanzés, gorilas, orangotangos e bonobos, a Mãe Divina convida os homens a lembrar que “Deus existe em que em Deus está a vida. Os que encontrarem a Deus, encontrarão a paz e a vida”.

            “Queridos filhos, hoje Eu os chamo à Paz. Vivam a Paz em seus corações e em seus ambientes, para que todos possam conhecer a Paz que não provém de vocês, mas de Deus” (26/12/1988)

            Contra os que fazem degenerar a liberdade em uma idéia filosófica de férrea lei de competição e seleção natural, Nossa Senhora, Rainha do Céu e da Terra, mostra uma delicadeza e um respeito infinitamente valorizador da liberdade dos jovens videntes, pedindo: “se querem, se desejam, se podem fazer”.

Enfim, contra quem proclama que o espírito do homem é fenômeno da matéria, e que o importante é o lucro e não o desejo de encontrar o Real, o Mistério, renunciando a própria humanidade racional, Nossa Senhora com a Sua Presença, sem contrariar ninguém fala ao coração de todos dizendo: “Eu estou aqui convosco, para destruir a vossa solidão, para lembrá-los que Deus existe, que tem outra vida à qual todos são chamados a participar”.

            A Virgem nos convida à confiança:

“Não pensem em guerras; não pensem em castigos; não se preocupem com isto. Devem aceitar a Paz Divina, vivê-la e difundi-la. Não pensem em guerras e em problemas”. Lembrem-se: “com a oração e o jejum podem afastar a própria guerra” (21/07/1982).

 

Trecho do livro “Lourdes, Fátima e Medjugorje – a mãe convoca e reúne Seus filhos” – padre José Sometti

Fonte: http://www.medjugorjebrasil.com/?cat=artigos&id=626