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Artigo N.º 12028 - Feriados e boleros
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Postado em: 09/03/14 às 10:50:54 por: James
Categoria: Marisa Bueloni
Link: http://www.espacojames.com.br/?cat=123&id=12028
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Marisa Bueloni
marisabueloni@ig.com.br

Estou escrevendo esta crônica enquanto ouço os boleros de Luis Miguel. Minha filha mais nova colocou as músicas no meu computador. Maravilha! “Usted es mi esperanza...”, e a música maravilhosa me faz pensar em sonhos do passado e alguma coisa a mais do presente. Mas o presente também tem sido gratificante. Apesar dos pesares. Tal ressalva se impõe, fatal, nos dias de hoje.

Nossa vocação é reverenciar o passado. Mas se há algo que devemos agradecer sem cessar é o dia de hoje, cada instante vivido, com a chama eterna dentro da alma. O dia de hoje é e será sempre o mais belo de toda a nossa existência.

Convenci-me de que a vida vale o agora. Este momento é o mais precioso de todos. O momento em que escrevo e penso, ou quando tomo um delicioso café da manhã. Ah, ficar ao sol, sentada numa espreguiçadeira, rezando o terço! Ou quando me aninho nos lençóis frescos da minha cama, apago a luz, e começo a conciliar o sono.

Cada vez mais, compreendemos esta assertividade: se há algo que podemos mudar é o nosso presente. O passado já aconteceu, o que está feito está feito, não há como e onde interferir. Quantos não dariam tudo para recomeçar! O futuro a Deus pertence, costumo dizer. É uma incógnita. Não podemos antever nada, a não ser tomar providências cabíveis no devido tempo, para desfrutar de uma aposentadoria e de uma velhice dignas.

Olho à minha volta. Olho para trás. Estou viúva há cinco anos. Em inúmeras situações, um marido ao lado faz uma falta tremenda quando é preciso tomar decisões cruciais ou empreender algo importante. Mesmo sozinha, penso que mais acertei que errei. Mulher sabe pensar e decidir.  Vendi a chácara e voltei para a cidade. Orgulho-me de algumas coisas. Vejo tudo o que caminhei até aqui. Ao longo da vida, onze intervenções cirúrgicas, sendo nove com anestesia geral.

Estou de pé todos os dias, andando e dirigindo, depois de três cirurgias na coluna. Trafego pelas ruas movimentadas do centro da cidade e vejo além do horizonte. Todos estão ali, naquela fila de carros, por alguma razão. Parece existir em cada alma a irresistível compulsão para ver o que há lá fora, estar na rua, viver o frenesi do trânsito e a ocorrência do que o dia apresenta.

O dia tem muito a oferecer. Em dias de feriado, é tão bom ficar em casa ouvindo boleros, para que a vida dance ao som da nossa esperança. Feriados de carnaval me fazem lembrar que a juventude existiu e foi maravilhosa. Maravilhoso é o dia de hoje, esta hora, o frêmito incansável que permeia o tempo, o momento em que a transformação misteriosa acontece dentro e fora de nós.

Tudo muda o tempo todo. A vida não é estática, existe uma dinâmica que salta aos olhos e ao coração. Depende de nós a curiosidade de saber para onde vamos, nesta trajetória que é sonho, sonho, puro sonho.

E Luis Miguel encerra minha crônica: “porque tu barca tiene que partir”...




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