espacojames



Página Inicial
Listar Artigos




Artigo N.º 7332 - O destino da humanidade
Artigo visto 3033




Visto: 3033
Postado em: 20/02/11 às 21:52:48 por: James
Categoria: Artigos
Link: http://www.espacojames.com.br/?cat=1&id=7332
Marcado como: Artigo Simples
Ver todos os artigos desta Categoria: Artigos


I - Tu sabes, minha filha, para que fim te criou Deus? E se o sabes, como tens podido desviar-te dele tão estranhamente?

Certamente te não foi dado esse corpo com sua sensibilidade, seus dons de graça e de beleza, para fazerdes dele um instrumento de escândalo e de pecado. Da mesma sorte te não foi dada essa alma, com suas nobres faculdades, inteligência, memória e vontade para estudar as vaidades do século para conceberes imagens impudicas ou frívolas, para procurares o teu bem nas criaturas em lugar de o procurares no Criador.

Ah! que culpável abuso tens feito até ao presente dos benefícios do céu! Tu bem sabes, Minha querida filha, para que fim Deus te criou. É para O conheceres, amares e servires nesta vida, e por esse meio adquirires a glória eterna que te preparou na eternidade.

Poderias acaso desejar fim mais nobre e sublime? Poderia Ele, não obstante a Sua onipotência, dar-to melhor? Não o têm os príncipes mais graduados e gloriosos da corte celeste; não o tem Eu mesma. Mas de que modo tens tu correspondido à bondade de Deus? Ah! se queres que Eu seja para ti uma verdadeira Mãe, mostra-te para Mim uma verdadeira filha: não degeneres dos Meus exemplos. Desde o primeiro instante que a Minha inteligência se abriu à razão, dediquei-Me logo a Deus com a veemência dum coração ardente, e a chama feliz, que neste momento mo abrasa, não mais se extinguiu. Desde então, o Meu pensamento foi fazer a vontade de Deus e tornar-Me cada vez mais digna dEle.

Mas tu que tens feito? Ah! o teu primeiro desejo foi agradar o mundo, a tua aplicação foi seguir-lhe as máximas e costumes. Não tens conhecido Deus senão para O ofender.

Gastastes a infância, que é a mais bela  idade, - a idade da inocência, - em puerilidades, em preocupações que fazem corar, em desobediências a teus superiores, em desprezo por teus inferiores e iguais. Tens-te deleitado desde então com as modas e vaidades. Tens-las seguido sem compreender bem o mal que te acarretam. Fizestes delas um ídolo para conseguires seres tu própria um ídolo dos outros corações. Não sentes confusão alguma à vista duma vida tão indigna duma virgem cristã? Não te aflige teres-te desviado tão tristemente do fim para que foste criada?

II - Que engano é o teu, ó querida filha, se crês achar no mundo a felicidade que sonhas, mesmo quando tudo corresse conforme os teus desejos, as riquezas e grandezas do mundo não podem fazer-te feliz. O teu coração,apto a gozar um bem imutável e infinito, coração criado para um igual bem, nunca poderá estar satisfeito gozando apenas felicidades limitadas e passageiras.

Deixa-te convencer pelo exemplo de tantas pessoas que no mundo vivem no meio de delícias e riquezas. Julga-las felizes, mas se pudesses penetrar com a vista em seus corações e ver a tempestade terrível de aflições, de temores e remorsos que incessantemente lhes agita e tortura a consciência, em vez de lhes invejares a sorte terias piedade da sua desgraça. Quantas têm achado a ruína no meio do mesmo que devia ser-lhes glória! Não, Minha filha, o ímpio não pode ter paz verdadeira, nem sincero contentamento. Só uma alma reta e inocente goza na paz do coração as delícias antecipadas do Paraíso. Nenhuma catástrofe as perturba.

Os pecadores, ao contrário, conforto algum podem tirar das consolações terrestres. Não te assuste portanto a penitência, ó Minha querida filha, porque só de terrível tem o nome. Acredita-Me: as lágrimas daqueles que na amargura do seu coração chora as próprias culpas, são mais suaves que a alegria daquele que se inebria com os prazeres da vida. Criada por Deus e para Deus, só nEle acharás a paz.

Desgraçada da alma que ousa crer que se pode achar coisa alguma melhor que Deus. Cessa pois de amar a vaidade e a mentira e volta-te para Aquele que é o único que pode dar-te a paz e fazer a tua verdadeira felicidade.

III- Demais, ó Minha querida, o tempo nada é comparado com a eternidade. Tens de viver eternamente numa alegria soberana, ou na mais terrível dor. Deves habitar para sempre o Paraiso ou o Inferno. Qual será a tua eternidade? Interroga a consciência e ela te responderá. Crês que a moleza em que vives, a dissipação, o afã pelas festas e divertimentos, o desejo de te mostrares, de amar e ser amada, o hábito de rir e acompanhar livremente com pessoas das quais até devias evitar o encontro com cuidado, são o caminho que conduz ao céu? Ah! minha filha, Eu própria me impus o dever de proteger a Minha inocência por meio de retiro, da modéstia e dumaoração contínua, pela prática de todas as virtudes que devem servir de norma à vida duma verdadeira serva do Senhor, e tu crer-te-ias segura vivendo no meio de tantos perigos, com tão pouca vigilância e tamanho horror ao sofrimento?

Meu próprio divino Filho subia ao céu pelo caminho dos prazeres?! De que te servirá ter gozado todas as delícias do mundo se te perdes e precipitas num fim de dor eterna para que não foste criada?

De que te servirá teres nascido no seio da Igreja, teres sido remida pelo sangue precioso do Meu Filho, alimentada por sacramentos divinos, inscrita no livro do Filho de Deus, pertenceres a uma nação cristã, a um povo de eleição, se acabas por te condenar como aqueles que nunca conheceram nem Deus, nem o Seu Cristo?

Afetos.- Como Vossas palavras fortificam meu coração e me esclarecem o espírito, ó Maria, minha Mãe amabilíssima! Ah! agora conheço quanto tenho andado mal até ao presente e o dever que me obriga a dar-Lhe um pronto remédio se não quiser perder o fim para que fui criada. Oh! como as minhas passadas loucuras me confundem! Quanto era insensata em renunciar a Deus e a Sua glória por um bem passageiro e uma vã felicidade! Que desgraçada eu era! Não tinha Deus em conta alguma; só seguia as minhas vontades desregradas e os absurdos caprichos do mundo. Que devo eu esperar senão que Deus me não avalie em nada e me confunde com os Seus inimigos?

Mas é tempo ainda; vou pois apressar-me, sem perder um momento, a emendar o meu erro. Detesto e aborreço todos os prazeres, encantos, festas e vaidades que têm sido ou serão para mim uma ocasião de ofender o meu Deus. Renuncio de novo a eles, como já tinha renunciado no meu batismo; em lugar de os procurar, pisa-los-ei aos pés sem medo e valorosamente. Chorarei incessantemente o meu erro. Não pensarei senão em agradar a Deus sem me importar com o que dirá o mundo, servi-lO-ei e amarei de todo o coração para conseguir o meu fim. Sob a Vossa poderosíssima proteção, estou certa de obter o perdão que imploro e de praticar tudo o que tenho resolvido.

(Maria falando ao coração da donzela, meditações para todos os dias do mês, traduzidas do italiano pelo Abade A. Bayle --Professor de Eloquência Sagrada na Faculdade de Teologia de Aix--; Quinta edição, Livraria Catholica Portuense, ano de 1917)

PS: Grifos meus.


Fonte: http://a-grande-guerra.blogspot.com/search?q=O+destino+da+humanidade



Ajude a manter este site no ar. Para doar clique AQUI!

Saiba como contribuir com nosso site:

1) - O vídeo não abre? O arquivo não baixa? Existe algum erro neste artigo? Clique aqui!
2) - Receba os artigos do nosso site em seu e-mail. Cadastre-se Aqui é grátis!
3) - Ajude nossos irmãos a crescerem na fé, envie seu artigo, testemunho, foto ou curiosidade. Envie por Aqui!
4) - Ajude a manter este site no ar, para fazer doações Clique aqui!




Total Visitas Únicas: 9.853.182
Visitas Únicas Hoje: 1.506
Usuários Online: 417