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Artigo N.º 4423 - OS MÁRTIRES DA IGREJA ( Parte 02 )
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Postado em: 25/02/10 às 20:39:45 por: James
Categoria: Artigos
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Espacojames: Conheceremos alguns dos principais mártires da nossa Santa Igreja Católica que deram seu sangue pelo evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

 

Muitos cristãos eram apedrejados, esquartejados, queimados, outros eram atirados aos leões para a alegria dos pagãos, derramaram seus sangues por Cristo e em Cristo reinarão para sempre! Amém.

 

 

 

 

Continuação

 

3.2. Os Mártires da Tebaida (Egito)

"Não há palavras suficientes para falar das torturas e dores padecidas pelos mártires da Tebaida, dilacerados no corpo todo com cacos de louça até que expirassem, em lugar dos ganchos de ferro, e pelas mulheres que, amarradas ao alto por um pé e, por meio de roldanas, puxadas pela cabeça para baixo, com o corpo inteiramente nu, oferecendo aos olhares de todos o mais humilhante, cruel, desumano dos espetáculos.

Outros morriam acorrentados aos troncos de árvores. Através de mecanismos, os carnífices dobravam, unindo-os, os ramos mais duros, e amarravam a cada um deles as pernas dos mártires, deixando, depois, que os ramos voltassem à sua posição natural, produzindo então um esquartejamento total dos homens contra os quais eram arquitetados tais suplícios.

Todas essas coisas não aconteceram por poucos dias ou por breve tempo, mas duraram por um longo período de anos; todos os dias eram mortas, algumas vezes, mais de dez, outras, mais de vinte, outras vezes ainda não menos de trinta, ou até mesmo cerca de sessenta pessoas. Num só dia foram dados à morte, acertadamente, cem homens com seus filhinhos e mulheres, justiçados através de um constante seguir-se de refinadas torturas.

Nós mesmos, presentes no lugar da execução, constatamos que num só dia foram mortas em massa fileiras de pessoas, em parte decapitadas, em parte queimadas vivas, tão numerosas a ponto de fazer com que perdesse a força, e até mesmo quebrá-la, a lâmina de ferro que matava, enquanto os próprios carnífices, cansados, deviam ser substituídos.

Contemplamos, então, o maravilhoso vigor, a força verdadeiramente divina e o zelo dos crentes em Cristo, Filho de Deus. Tão logo, de fato, era pronunciada a sentença contra os primeiros condenados, outros surgiam de vários lugares diante do tribunal do juiz declarando-se cristãos, prontos a submeterem-se, sem sombra de hesitação, às terríveis penas e aos múltiplos gêneros de tortura que eram preparados contra eles.

Corajosos e intrépidos na defesa da religião do Deus do universo, acolhiam a sentença de morte com gestos de alegria e risos de júbilo, a ponto de entoarem hinos e cânticos e dirigir ações de graças ao Deus do universo, até o momento em que exalavam o último suspiro.

Realmente maravilhosos esses cristãos, mas ainda mais maravilhosos os que, gozando no século de uma brilhante posição devido à riqueza, nobreza, cargos públicos, eloquência, cultura filosófica, puseram tudo isso depois da verdadeira religião e da fé no Salvador e Senhor nosso, Jesus Cristo" (Eusébio, História Eclesiástica, l. VIII, c. 9).

 

3.3. Os mártires de Tiro da Fenícia

"Foram também admiráveis os que testemunharam a sua fé na própria terra, onde, homens, mulheres e crianças, aos milhares, enfrentaram vários gêneros de morte pelo ensinamento do nosso Salvador.

Alguns foram queimados vivos, depois de terem sido submetidos a raspagens, ganchos, chicotadas, e outros milhares de refinadas torturas, terríveis só de ouvir.

Outros foram lançados ao mar, outros ofereceram corajosamente a cabeça aos carnífices, outros morreram durante as próprias torturas ou esgotados pela fome.

Outros ainda foram crucificados, quem da maneira comum aos ladrões, quem de maneira ainda mais cruel, isto é, pregados com a cabeça para baixo e vigiados até à morte, ou seja, até quando morriam de fome nos mesmos patíbulos" (Eusébio, História Eclesiástica, l. VIII, c. 8).

 

3.4. Os mártires do Ponto (Ásia Menor)

"Os mártires das cidades do Ponto padeceram sofrimentos terríveis: alguns tiveram os dedos perfurados com bambus pontiagudos a partir da extremidade das unhas; para outros, fazia-se liqüefazer chumbo e, quando a matéria ardia e fervia, era derramada nas costas da vítima e as partes vitais do corpo eram queimadas. Outros sofreram, em seus membros mais íntimos e nas vísceras, torturas repugnantes, cruéis, intoleráveis mesmo só de ouvir, que os ilustres juizes, vigilantes da lei, inventavam cheios de zelo, ostentando toda a própria maldade, como se fosse uma sabedoria particular, e concorrendo um com o outro na superação de invenções cruéis, como quem disputa os prêmios de uma competição.

O cúmulo da desventura abateu-se sobre os cristãos quando as autoridades pagãs, cansadas do excesso dos massacres e das mortes, saciadas do sangue derramado, assumiram uma atitude que, segundo eles, era de brandura e benignidade, parecendo que já não seriam capazes de excogitar algum castigo terrível contra nós.

Não seria justo - diziam eles - manchar cidades inteiras com o sangue de cidadãos, nem agir de modo a culpar de crueldade a suprema autoridade dos soberanos, benévola e branda para com todos; era necessário, contudo, estender a todos o benefício do humano poder imperial, não mais condenando ninguém à morte; pela indulgência dos imperadores foi, de fato, abolida esta pena em relação a nós.

Ordenou-se, então, que se arrancassem os olhos aos nossos irmãos e se lhes estropiasse um perna, porque isso, segundo os pagãos, era um ato de humanidade e a mais leve das penas que se podiam aplicar.

Como conseqüência dessa "generosidade" dos ímpios soberanos, não era possível dizer que se visse uma multidão de pessoas sem que a espada não tivesse arrancado a alguém o olho direito e, em seguida, cauterizado. A outros, com ferros em brasa, era estropiado o pé esquerdo sob a articulação, depois do que eram destinados às minas de cobre das províncias, não tanto para que pudessem dar algum rendimento mas para aumentar a miséria e a desventura da situação deles. Além destes, tão martirizados, havia outros submetidos a outras provas que nem sequer é possível nomear, porque as "bravuras" realizadas contra nós superam qualquer descrição.

Distinguindo-se nessas provas sobre toda a terra, os nobres mártires de Cristo surpreendiam os que foram testemunhas do seu valor, e através de sua conduta ofereceram provas evidentes da secreta e realmente divina força do nosso Salvador. Seria muito longo, para não dizer impossível recordar o nome de cada um". (Eusébio, História Eclesiástica, l. VIII, c. 12)

 

3.5. Martirio di santa Sinforosa e dei suoi sette figli

A construção da vila Adriana em Tívoli fora concluída em 135 e, deve-se remontar a essa época o martírio de Santa Sinforosa, sacrificada como vítima propiciatória nos "habituais nefandos ritos pagãos" de consagração da vila imperial.

O trecho que fala do seu martírio mostra um imperador Adriano mal disposto em relação ao cristianismo (passaram-se os tempos das pacatas instruções ao procônsul Minúcio Fundanos) e propenso a crer nas calúnias dos sacerdotes pagãos.

O próprio imperador, não um seu funcionário, chama aquela mulher, e procura induzi-la a renegar a fé, fazendo o mesmo com seus filhos.

"O imperador Adriano fizera construir um palácio para si e queria consagrá-lo com os habituais nefandos ritos pagãos. Começou a pedir, com sacrifícios, aos ídolos e demônios, que neles habitam, a resposta dos oráculos, e esta foi a resposta: "A viúva Sinforosa, com seus sete filhos, aflige-nos todos os dias invocando o seu Deus. Se ela com seus sete filhos sacrificarem segundo o nosso rito, nós vos prometemos conceder tudo o que pedis".

Adriano, então, mandou prende-la com os filhos e, de maneira insinuante, exortou-os a sacrificar aos deuses. Sinforosa, porém, disse-lhe: "Meu esposo Getúlio e seu irmão Amâncio, quando combatiam no teu exército como tribunos, enfrentaram muitos gêneros de tortura por não aceitarem sacrificar aos ídolos e, como atletas valorosos, venceram os demônios com a própria morte. Preferiram, de fato, ser decapitados a deixar-se vencer, sofrendo a morte que, aceita em nome de Cristo, trouxe-lhes ignomínia no mundo dos homens ligados aos interesses terrenos, mas deu-lhes honra e glória eterna na assembléia dos anjos. Vivem agora entre os anjos e, levantando os troféus da própria paixão, gozam no céu da vida eterna com o eterno rei".

O imperador respondeu a Santa Sinforosa: "Ou sacrificas com teus filhos aos deuses onipotentes, ou farei imolar-te com teus filhos".

Acrescentou, em seguida, santa Sinforosa: "Donde vem-me a graça de merecer ser oferecida com os meus filhos como vítima a Deus?". E o Imperador: "Eu te farei sacrificar aos meus deuses".

A bem-aventurada Sinforosa respondeu: "Teus deuses não podem aceitar-me em sacrifício, mas se for imolada em nome de Cristo meu Deus, eu terei o poder de fazer com teus demônios se tornem cinzas".

Disse, então, o imperador: "Escolhe uma das duas propostas: ou sacrificas aos meus deuses ou morrerás de morte trágica".

Sinforosa, então, respondeu: "Crês que possa mudar o meu propósito por um temor qualquer, enquanto o meu desejo mais vivo é repousar em paz junto do meu esposo Getúlio, que fizeste morrer pelo nome de Cristo?".

O imperador Adriano, então, mandou-a levar ao templo de Hércules e ali primeiramente fez com que fosse esbofeteada, depois dependurada pelos cabelos. Vendo, contudo, que de modo algum e com nenhuma ameaça conseguia demove-la do seu propósito, mandou atar-lhe uma pedra ao pescoço e afogá-la no rio. Seu irmão Eugênio, que tinha um cargo na cúria de Tívoli, recolheu o seu o corpo e sepultou-o na periferia daquela cidade.

No dia seguinte, o imperador Adriano mandou chamar à sua presença os seus sete filhos ao mesmo tempo. Quando viu que de modo algum, nem com promessas nem com ameaças, conseguia levá-los a sacrificar aos deuses, mandou levantar sete postes ao redor do templo de Hércules e, com a ajuda de máquinas, fez afligir os jovens. Em seguida mandou matá-los: Crescente, trespassado no pescoço; Juliano, no peito; Nemésio no coração; Primitivo, no umbigo; Justino, nas costas; Estacteno, no peito; Eugênio foi esquartejado da cabeça aos pés.

O imperador Adriano, retornando ao templo de Hércules do dia seguinte, mandou levar seus corpos embora e lançá-los numa fossa profunda, numa localidade que os pontífices chamaram: "Aos sete justiçados".

Houve, depois disso, trégua de um ano e seis meses na perseguição; foi dada, nesse tempo, uma sepultura honrosa aos corpos dos mártires e foram construídas sepulturas para aqueles cujos nomes estão inscritos no livro da vida.

O dia natalício dos santos mártires Sinforosa e seus sete filhos é celebrado 15 dias antes das calendas de agosto (17 de julho). Seus corpos repousam na via Tiburtina, a cerca de oito milhas de Roma, sob o reinado de nosso Senhor Jesus Cristo, a quem são devidas honra e glória nos séculos dos séculos. Amém".

 

3.6. Martírio dos santos Ptolomeu, Lúcio e outro desconhecido

O trecho seguinte é tirado da segunda Apologia de Justino, que lhe foi inspirada pelo processo contra três cristãos, realizado em Roma em 162 ou 163 sob o prefeito Úrbico. Pouco posterior ao episódio, a narração é densa, sem divagações ou ornamentos retóricos, fazendo brotar, porém, da trama pobre, a calorosa defesa do cristianismo.

Porque condenar pessoas cuja fé traduz-se numa regra de vida austera e na recusa de qualquer culpa contra a natureza? É este o sentido das palavras do mártir Lúcio, e é este o espírito de Justino, que poucos anos depois teria, também ele, confirmado a fé com o sangue.

"Vivia uma mulher, esposa de um homem dissoluto, também ela anteriormente dissoluta. Entretanto, quando veio ao conhecimento dos ensinamentos de Cristo, não só começou a levar uma vida mais pura, como tentou convencer igualmente o marido a converter-se, falando-lhe da nova doutrina e anunciando-lhe o castigo do fogo eterno para todos os que levam uma vida impura e sem princípios retos.

O marido, porém, persistindo nos maus procedimentos, fez com que o espírito da mulher se afastasse pela sua má conduta, de modo que ela, considerando imoral viver o resto de seus dias ao lado de um homem que buscava o prazer das relações conjugais contra as leis da natureza e contra a justiça, decidiu separar-se dele.

Foi dissuadida pelos parentes, que lhe aconselhavam ter ainda paciência, na esperança de que o marido mudasse de vida: ela, pois, conseguiu forças e permaneceu ao seu lado.

Foi-lhe referido, em seguida, que o mariano, tendo ido a Alexandria, cometia culpas ainda mais graves do que no passado; a mulher não querendo tornar-se cúmplice de sua maldade e impiedade permanecendo junto dele como esposa, dividindo com ele o leito e as refeições, deu-lhe aquilo que chamais de "libelo de repúdio", e divorciou-se.

O cavalheiro do marido, em lugar de alegrar-se pelo fato de a mulher - que antes se entregava aos servos e mercenários nas orgias da bebedeira, ter abandonado aqueles hábitos culpáveis e querer levá-lo também a fazer o mesmo -, despeitado com o divórcio obtido sem o seu consentimento, denunciou-a diante do tribunal como cristã.

A mulher, senhor, apresentou-te, então, um memorial em que pedia, antes de tudo, que lhe fosse concedida a administração dos próprios bens e, em seguida, a defesa da acusação, depois de ter sabiamente organizado suas coisas, e tu lhe concedeste.

O marido, não podendo agir contra a mulher, voltou a acusação contra um certo Ptolomeu, mestre dela na doutrina cristã. Foi essa a sua tática: persuadir um centurião seu amigo, que colocara Ptolomeu na prisão, a pegá-lo de surpresa e fazer-lhe esta simples pergunta: "És cristão?".

Ptolomeu admitiu sê-lo, sincero e sem qualquer subterfúgio que era, levando o centurião a mandar acorrentá-lo e torturá-lo por longo tempo na prisão. Finalmente, quando o homem foi levado diante de Úrbico, foi-lhe dirigida a mesma pergunta, ou seja, se era cristão. Ptolomeu, novamente, consciente do bem que lhe vinha do ensinamento de Cristo, confessou que era mestre da divina virtude.

Quem, de fato, nega qualquer verdade que seja, nega-a porque a despreza ou porque recusa reconhece-la considerando-se indigno e distante dos deveres que ela comporta; nenhuma dessas duas atitudes, porém, refere-se ao cristão sincero.

Quando Úrbico ordenou que Ptolomeu fosse levado ao suplício, um certo Lúcio, também cristão, vendo a insensatez de um processo conduzido dessa forma, gritou a Úrbico: "Qual o motivo pelo qual condenaste à morte este homem, não culpado de adultério, nem de fornicação, nem de assassinato, nem de furto, nem de rapina, nem de qualquer outro delito, mas apenas de ter-se confessado cristão? O teu modo de julgar, Úrbico, é indigno do imperador Antonino Pio, indigno do filho de César, amigo da sabedoria, indigno, enfim, do santo senado!".

Sem pronunciar resposta, Úrbico disse a Lúcio: "Parece-me que tu também és cristão". Visto que Lúcio concordou calorosamente, Úrbico fê-lo levar ao suplício. O mártir declarou que era uma graça para ele, porque sabia que deixava o mundo dos malvados pela morada do Pai celeste. Um terceiro (homem) também veio para declarar-se cristão e foi igualmente condenado à morte".



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