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Artigo N.º 10087 - Porque e para quem foi criado o Celibato
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Postado em: 29/08/12 às 07:21:34 por: James
Categoria: Saiba Mais
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Jesus diz em Mateus 19, 11:

“nem todos entendem isso a não ser aqueles a quem foi concedido: alguns são eunucos por nascerem assim, outros os homens os fizeram, outros o fazem por amor ao Reino dos Céus, quem puder entender entenda”


No Oriente Médio e na China, eunucos foram usados como guardas ou serviçais dos haréns onde ficavam as esposas e concubinas reais, por isso eram castrados para evitar o relacionamento destes com as mulheres reais.

Jesus fala de três tipos de eunucos:

  • Os de nascimento, que podem ser aqueles que nasceram com defeitos que os impedem de ter vida sexual;
  • Os feitos pelos homens, que no literal seria os que foram castrados mas que também poderia se aplicar aos que não conseguem ter um relacionamento devido as exigências da sociedade que o exclui;
  • Os eunucos por amor ao Reino de Deus que eu entendo serem os que para se dedicarem mais ao serviço de Deus, decidiram não se casar como foi São Paulo.


Daí, entende-se que Jesus quis ensinar sobre uma situação bem peculiar para nossos tempos: que nem todos nasceram para o casamento, e os que assim são chamados devem fazer por amor ao Reino de Deus.

Neste grupo, chamados para esta vocação de uma vida casta encontram-se os sacerdotes, que dentro de uma grande sabedoria de nossa Igreja são chamados ao Celibato Clerical.

A Bíblia ensina que o celibato é um estado de honra. O apóstolo Paulo escreve em 1 Coríntios 7, “É bom para um homem não ter relações sexuais com uma mulher. Mas, devido à tentação de imoralidade sexual, cada homem deve ter a sua própria mulher e cada mulher seu próprio marido.” (versículos 1-2);

Eu desejo que todos sejam como eu sou. Mas cada um tem o seu próprio dom de Deus, um de uma espécie e uma de outro. Para os solteiros e as viúvas digo que é bom para eles permanecer como eu sou. Mas se eles não podem exercer auto-controle, devem casar. Por isso é melhor casar do que queimar com paixão.” (versículos 7-9);

Quero que você seja livre de medos. Solteiro o homem está preocupado com as coisas do Senhor, a forma de agradar ao Senhor. Porém, o homem casado está preocupado com as coisas mundanas, como agradar à sua esposa, e seus interesses estão divididos. E a mulher solteira está preocupada com as coisas do Senhor, como ser santa no corpo e espírito. Mas a mulher casada está preocupada com as coisas mundanas, como para agradar o marido. Digo isto para seu próprio benefício, para não estabelecer qualquer restrição sobre você, mas para promover a boa ordem e para garantir o seu indiviso devoção ao Senhor.” (versículos 32-35)

Perspectiva católica

Para a igreja católica, a castidade antes do casamento é uma forma de conhecer o parceiro. A Igreja aceita que o desejo pelo prazer sexual faz parte da natureza humana, mas que a felicidade e o prazer não são sinônimos.

  • O prazer poderia transformar o parceiro sexual em um meio, em um ato egoísta, enquanto o verdadeiro conhecimento do parceiro (amor) não depende do envolvimento sexual, mas da alegria e satisfação em fazer o outro feliz, em completar-se com a realização do amado.

    Embora no passado fosse aceito o matrimônio de padres ordenados (tendo incluso São Paulo recomendado a fidelidade matrimonial aos bispos), na atualidade, excetuando em casos referentes aos diáconos e a padres ordenados pelas Igrejas orientais católicas e pelos ordinariatos pessoais para anglicanos, todo o clero católico é obrigado a observar e cumprir o celibato.

    O celibato acabou por se impôr no Ocidente: o Código de Direito Canónico impõe o celibato a todos os sacerdotes da Igreja Latina (c. 277).

    A Igreja Católica, sinteticamente, dá as seguintes principais razões de ordem teológica para o celibato dos sacerdotes e religiosos de vida consagrada:
  • Com o celibato os sacerdotes entregam-se de modo mais excelente a Cristo, unindo-se a Ele com o coração indiviso;
  • O celibato facilita ao sacerdote a participação no amor de Cristo pela humanidade uma que vez que Ele não teve outro vínculo nupcial a não ser o que contraiu com a sua Igreja;
  • Com o celibato os clérigos dedicam-se com maior disponibilidade ao serviço dos outros homens;
  • A pessoa e a vida do sacerdote são possessão da Igreja, que faz as vezes de Cristo, seu esposo;
  • O celibato dispõe o sacerdote pare receber e exercer com generosidade a paternidade que pertence a Cristo.

 

História

O celibato obrigatório foi decretado pelo Concílio de Elvira (295-302), mas, como este concílio era apenas um concílio provincial espanhol (Elvira era uma cidade romana, junto a Granada), as suas decisões não foram cumpridas por toda a Igreja cristã.

O Primeiro Concílio de Niceia (323) decretou apenas que “todos os membros do clero estão proibidos de morar com qualquer mulher, com excepção da mãe, irmã ou tia” (III cânon). Apesar disso, no final do século IV, a Igreja Latina promulgou várias leis a favor do celibato, que foram geralmente bem aceites no Ocidente no pontificado de São Leão Magno (440-461).

Aliás, o Concílio de Calcedónia (451) proibiu o casamento de monges e virgens consagradas (XVI cânon), impondo por isso o celibato ao clero regular.


No século XI, vários Papas, especialmente Leão IX (1049-1054) e Gregório VII (1073-1085), esforçaram-se novamente por aplicar com maior rigor as leis do celibato, devido à crescente degradação moral do clero, causada em parte pela confusão instaurada pelo desmembramento do Império carolíngio. Naquele período, houve padres e bispos que chegaram a mostrar publicamente que tinham esposas ou concubinas.
Segundo fontes históricas, durante o Concílio de Constança (1414-1418), 700 prostitutas atenderam sexualmente os participantes.

Por fim, o Primeiro Concílio de Latrão (1123) e o Segundo Concílio de Latrão (1139) condenaram e invalidaram o concubinato e os casamentos de clérigos, reforçando assim o celibato clerical, que já era na altura uma prática frequente e aceite pela maioria como necessária.

O celibato é defendido porque os celibatários eram mais livres e disponíveis, daí que, com o tempo, o clero regular se foi destacando em relação ao clero secular.

O celibato clerical voltou ainda a ser defendido em força pelo Quarto Concílio de Latrão (1215) e pelo Concílio de Trento (1545-1563), que impôs definitivamente o celibato obrigatório a todo o clero da Igreja Latina, incluindo o clero secular.

Magistério da Igreja Católica

Verifica-se pelos documentos da Igreja que há de sua parte uma vontade decidida de manter esta praxis antiqüíssima: Pio XII abordou o tema na encíclica Sacra virginitas. Em 1965 dois documentos do Concílio Vaticano II trataram do tema do celibato sacerdotal: Presbyterorum ordinis, n. 16 e Optatam totius, n. 10.

Sobre este tema o Papa Paulo VI, em 24 de junho de 1967, editou uma encíclica denominada Sacerdotalis Caelibatus, sobre o celibato sacerdotal, neste documento lembra a apologia que os Padres Orientais fizeram da virgindade: Ainda hoje faz eco no nosso coração, por exemplo, a voz de São Gregório Nisseno, quando nos recorda que “a vida virginal é a imagem da felicidade que nos espera no mundo que há de vir”.

Em 1971, o II Sínodo dos Bispos preparou um novo documento no mesmo sentido, depois aprovado pelo Papa Paulo VI, denominado De sacerdotio ministeriali, de 30 de novembro.



Também João Paulo II afirma:

Fruto de equívoco — se não mesmo de má fé — é a opinião, com frequência difundida, de que o celibato sacerdotal na Igreja Católica é apenas uma instituição imposta por lei àqueles que recebem o sacramento da Ordem. Ora todos sabemos que não é assim. Todo o cristão que recebe o sacramento da Ordem compromete-se ao celibato com plena consciência e liberdade, depois de preparação de vários anos, profunda reflexão e assídua oração. Toma essa decisão de vida em celibato, só depois de ter chegado à firme convicção de que Cristo lhe concede esse «dom», para bem da Igreja e para serviço dos outros. Só então se compromete a observá-lo por toda a vida. (Carta Novo incipiente a todos os sacerdotes da Igreja na Quinta-feira Santa -8 de abril de 1979).

Bento XVI, recentemente, em Mariazell, disse:

Para comprender bem o que significa a castidade devemos partir do seu conteúdo positivo, explicando que a missão de Cristo o levava a um dedicação pura e total para com os seres humanos. Nas Sagradas Escrituras não há nenhum momento de sua existência donde em seu comportamento com as pessoas se vislumbre pegadas de interesse pessoal. (…) Os sacerdotes, religiosos e religiosas, (…) com o voto de castidade no celibato, não se consagram ao individualismo ou a uma vida isolada, mas sim prometem solemente por totalmente e sem reservas ao serviço do Reino de Deus as relações intensas das quais são capazes. (Da homilia na Basílica de Mariazell, Áustria, 8 de setembro de 2007).

 


Fonte: http://reporterdecristo.com/porque-para-quem-foi-criado-celibato/



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