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Artigo N.º 6349 - OS TALENTOS
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Postado em: 06/10/10 às 15:02:57 por: James
Categoria: Artigos Site Aarão
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Neste Domingo último antes da grande Festa de Cristo Rei, que termina o tempo comum deste ano, as leituras e o Santo Evangelho da Missa, misturam conceitos de serviço, de alerta e de Fim dos Tempos, na realidade trazem verdadeiros tesouros a serem explorados, para o nosso crescimento espiritual. Interessante que, tendo assistido a duas Santas Missas, nas duas as homilias foram divergentes, em nenhuma das duas foi focalizada a grande verdade que está por trás destes textos. Cada sacerdote teve sempre um ponto de vista divergente, no primeiro quanto ao uso dos dons a fim de produzir para o mundo, o segundo no sentido de usar estes dons para a comunidade.

 O texto do livro de provérbios, no elogio que é feito à mulher prudente e trabalhadeira, à mulher vigilante a atenta, na realidade deve ser entendido no sentido das grandes virtudes – dons – que deve ter a mulher que busca a satisfação de seu esposo, de seu lar, de seus filhos. Infelizmente, porém, esta mulher da “roca e do fuso”, daquele trabalho árduo e sofrido, esta mulher matrona excepcional – até já sem beleza física, mas dotada de dons excepcionais – já é quase em extinção. Notadamente depois da desgraça dos movimentos feministas, lentamente houve um decréscimo desta mulher rara entre nós, eis que hoje a maioria quer mesmo é dividir funções, e há delas quem blasfeme contra Deus, por ser obrigada a gestar filhos, quem sabe por isso, tantos abortos.
 
    O texto da 1ª Carta aos Tessalonicenses, que fala da Vinda do Senhor, também tem um sentido de vigilância – como um dom especial – dom este também como coisa em extinção, até porque hoje o mundo está mesmo é cheio de cegos, de entorpecidos, na insana busca do deus dinheiro, de pessoas já incapazes de perceber o inumerável desfile de sinais que Deus nos tem enviado, um deles exatamente “paz e segurança”. Quando foi mesmo, nos tempos idos, em que tanto se clamou por estas duas palavras? Falo em toda a terra, não somente em algumas regiões em guerra? Muito, sim, já se clamou por paz, e ainda se clama, entretanto segurança, em muitos lugares ela sempre continuava.
 
     Mas hoje não é mais assim! Olhem os tumultos das nações! Olhem os povos pondo fogo em seus carros e patrimônios! Olhem os assaltos e roubos a se disseminarem, em todos os países da terra quase sem exceção, de modo que, nações como o Japão, onde estas coisas poderiam levar décadas para acontecer, hoje estão atingindo limites nunca vistos. Sim, o Japão não tem segurança devido aos problemas da natureza, pelo local explosivo onde eles vivem – terremotos e furacões – falo porém de insegurança, devido ao projeto de vida, de futuro, como o desemprego, devido à crescente desilusão com a vida, com o futuro, tanto que os suicídios no Japão já passam de 44 mil por ano. Acaso isso haveria se houvesse perspectiva de bom futuro? Não!
 
     E continuando com o exemplo do Japão, por qual motivo eles não estão vigilantes e não conseguem esta sabedoria? Porque não têm o Evangelho, porque não tem os alertas dos profetas que anunciam a chegada de grandes confusões para o mundo. Porque eles não têm a esperança de uma Nova Terra, sua perspectiva de futuro é mínima, é quase zero. Porque eles não têm Deus em sua vida, apenas vãs filosofias, fáceis de viver aqui na terra, mas horríveis para a eternidade, eis que instintivamente eles percebem o advento do caos – como animais o percebem também – mas como não encontram esperança em seu deus, preferem matar-se para não ter que enfrentar o barulho das nações, que virá.
 
     O próprio São Paulo nos alerta nesta carta, ao dizer que certamente não estamos nas trevas, de modo que este dia futuro nos possa vir como um ladrão, de noite, ou seja, quando ninguém o espera. Infelizmente, também os católicos estão desatentos, e não estão à espera do “ladrão” quem vem em breve. Qual o ladrão que vem de surpresa? O Dia do Senhor, é este “dia” – não dia mas um tempo – onde se executarão a maioria das profecias e dos arcanos apocalípticos. É ele que está próximo.
 
     E São Paulo diz exatamente isto: quando as pessoas, em todo o mundo, estiverem sem paz e viverem na insegurança, sem perspectivas de vida como hoje, com os índices de criminalidade explodindo e sempre crescendo ano a ano, também o furor das catástrofes sempre aumentando mais e mais, seria então o momento de todas lembrarem disso como o prenuncio, da proximidade deste tempo assombroso. Para estar como? Vigilantes a espera, porque se esperamos este dia, esperamos também um Senhor e Deus, que virá para cobrar os talentos que deu a cada um, e aqui chegamos no Evangelho!
 
     Esta passagem do Livro de Mateus 25 14-30, é realmente o grande sentido final de todos aqueles que se preparam para o Dia do Senhor. Na parábola de Jesus, um senhor, antes de viajar, dá para seus três servos uma certa quantia de talentos – talento, um peso ou medida correspondente a 36 Kg – que pode ser também entendido como um dom, ou uma qualidade inata e rara, uma capacidade dada individualmente para cada um dos três empregados, a fim de que com estes dons, com este capital inicial, com este material, digamos com esta quantia em dinheiro, eles produzissem até sua volta.
 
     E o Senhor – que aqui toma o lugar de Deus – concedeu a cada um quantidades diferentes, pesos diferentes, de acordo com a capacidade de cada um, sem cometer qualquer tipo de injustiça. Sim, porque mesmo aquele que recebeu menos, se trabalhasse este pouco na justa conta de produção, conseguiria no final o mesmo prêmio final em felicidade, do que aquele que recebeu mais. É que a Justiça de Deus é tão perfeita, tão assombrosamente milimétrica, que nos tendo criado a todos diferentes, cada um com seus dons e capacidades, constituiu tudo de tal forma que, ao final, ninguém tivesse qualquer tipo de vantagem, que o viesse a prejudicar na “competição” pelo Céu.
 
     Vejamos o que acontece! Há no mundo gente de todo tipo, raça, cor, tamanho, peso, inteligência, capacidade, força física, velocidade, enfim, dons físicos que na aparência poderiam nos trazer vantagem na competição. Mais ainda, existem os cegos, os surdos, os mudos, os mentecaptos, os portadores de dawn, como existem os gênios fabulosos, os artistas excepcionais, os atletas insuperáveis. E pergunto: terá algum deles, ao nascer, qualquer vantagem para ganhar o Céu, em relação a qualquer dos outros? Exemplo, terá um cego menos vantagem, que um que vê com perfeição? Terá um gênio das ciências e das artes uma vantagem extra sobre um mentecapto aparente? De forma alguma!
 
     Na realidade, o mesmo artífice que fez o vaso, também determinou milimetricamente o conteúdo que precisava colocar dentro. Digamos que os três servos simbolizassem três cofrinhos, o primeiro com tamanho 2, o segundo com tamanho 4, e o terceiro tendo um tamanho 10. Ora, no cofrinho daquele que tem tamanho 2, não caberiam 10. Da mesma forma aconteceria com o que tem volume 4. Isso se aplica a cada um de nós, quando Deus nos criou e determinou – pela Justiça perfeita – os dons que receberíamos. Se Ele me desse mais força do que eu tenho, eu quem sabe a usaria para quebrar os outros de paulada. Se me desse menos vontade de lutar, quem sabe esmorecesse pelo caminho e não estaria aqui escrevendo. Então, se Ele me deu qualidades, me deu também defeitos que preciso combater. A aquele que recebeu mais dons, Deus deu mais armadilhas. Ao que recebeu menos em dons, Ele determinou menos entraves. Deus é equilíbrio perfeito!
 
     Ele quer que eu faça produzir estes talentos para o Reino! Primeiro e acima de tudo, e mil vezes acima de tudo, para Deus! O dom que eu recebi – se eu recebi de graça não é meu, mas me foi doado e será cobrado – devo eu usa-lo para me aproximar o máximo possível de Deus, meu Bem Supremo. Digamos que isso se aplique a mim, que estou aqui escrevendo: o que Deus espera deste dom, é que eu leve os outros a salvação. Que leia, que estude, que esteja atento, que esteja vigilante para servir de sentinela a aqueles que não têm tanto, olhos para ver, nem ouvidos para ouvir, boca para falar, coração para amar. O dom, não é meu, nem deve ser usado apenas para mim, mas para fazer frutificar no outro, para o crescimento de todos, e a salvação eterna de muitos.
 
    Eu olhava, noutro dia, para a perfeição das obras de escultura de Michelangelo, um Davi, um Moisés... E percebi o imenso abismo que vai entre o dom que ele recebeu de Deus, e o que eu recebi em relação a uma escultura. Para mim é inimaginável que uma pessoa possa atingir tal grau de perfeição, capaz de não cometer nenhum erro em toda uma obra daquela, nos detalhes mínimos, no estafante, meticuloso e genial trabalho de estabelecer cada parte do corpo na exata proporção. Porque um só errinho, no final, ainda que na última cinzelada, poderia por tudo aquilo a perder. Não é que não tentei fazer isso em madeira. Mas acreditem, em poucos minutos dei uma martelada em cima do toco e coloquei minha “obra inacabada” no fogo. Nunca serei escultor!
 
     Neste ponto, faço um parêntesis para falar sobre a inveja. Milhões de pessoas, em todo mundo, invejam os dons inatos e naturais de seus irmãos. Uns invejam apenas os dotes físicos – qual o homem que já não desejou seu um Adônis escultural, qual a mulher já não desejou ser uma Nefertiti divinizada – outros invejam as qualidades inatas, de ser um atleta de sucesso, um ator de muitos filmes, um gênio das artes. Este é um drama, uma verdadeira tragédia para a humanidade: a inconformidade com os dons recebidos.
 
     Noutro dia, assisti a um documentário sobre um castelhano, que nasceu sem os braços, e vi a assombrosa diversidade de tarefas que ele executava, como dirigia um automóvel, como tacava violão com esplendor e ardor, como fazia quase tudo que uma pessoa com braços faz, na maioria fazia muito mais perfeito. Acaso este homem invejou aos outros? Ou foi a luta para multiplicar seus talentos! Ora a maioria de nós, no lugar dele, simplesmente iria enterrar seu talento, ficar de cara amuada, ficaria a reclamar a vida inteira, iria infernizar os outros para que fizessem as coisas por ele, de tal forma a transformar a vida dos que os cerca, num quase inferno.
 
     Vou dar outro extremo desta visão. Certa vez nós fomos visitar umas cavernas famosas, que temos aqui próximo, onde se penetra meio quilômetro montanha dentro. E chegamos a um ponto final, onde dali por diante – nos disse o guia – somente de rastros, além do que não havia luz, e como a lama era muita, todos os que entravam ali, saiam completamente sujos. Então decidimos voltar, por ser isso mais prudente. Mas eis que mal damos a meia volta, chega uma nova equipe, e entre os turistas uma mulher, cega de nascimento. Ela parecia extasiada, eufórica, fantasiada com aquele ambiente, e era sem dúvida a mais animada de todos. Acreditem: ela não quis nem saber de voltar, e fez toda a turma dela mergulhar na sujeira, adiante, e foram até o fim! Vi-os entrar no buraco!
 
     Alguém já soube de um cego andando dentro de uma caverna? Nunca vi isto! Acaso se poderá condenar como imprudente a atitude dela? Quem sabe! Entretanto imaginem agora a situação. Suponhamos que, por um acaso – e isso é bem possível – viesse a faltar energia naquele antro ou queimassem as lanternas. Quem outro conseguiria sair daquele labirinto, senão aquela mulher cega? Sim, porque eles guardam uma incrível memória de passagem, e de distância, além de sons e ecos, tato, de tal forma que logo aprendem a se movimentar em qualquer ambiente. Ninguém poderia desejar ser cego, não é mesmo, mas verdade é que eles têm, sem dúvida, fechada a maior porta de pecados que existe no ser humano. A visão, é na realidade uma armadilha, posta diante do pecador.
 
     Então, se ninguém invejasse os dos que os outros receberam, se cada um se pusesse a trabalhar para produzir, de acordo com a sua capacidade – muito ou pouco – no final o Céu de todos, seria absolutamente igual em nível de felicidade. O céu do cego, e daquele que enxerga bem, o céu do mentecapto e o do gênio, o céu do gago e o do poliglota, o Céu daquele que sabe mandar, e o daquele apenas sabe obedecer, do livre e do escravo, do mais ilustre dos homens, ao mais escondido entre os humildes. Ou então não haveria Justiça de Deus em nos criar na diversidade. Bendita e maravilhosa a diversidade, eis porque é herético trabalhar pela “igualdade” entre os povos. Quem trabalha para isso, na realidade o faz em desafio a Deus. Já muitas vezes falei sobre esta palavra!
 
     E certamente virá o dia da cobrança, o dia do grande Julgamento, onde todos nós seremos chamados pelo Criador a depositar diante Dele tudo aquilo que produzimos. Antes de entrar neste mérito, devo dizer que o Perfeito Criador, ao determinar em Sua sabedoria cada uma das coisas que compõe o infinito do criado, também – digamos, para melhor fazer entender – criou um incomensurável lago de felicidade, onde depositou tudo aquilo de maravilhoso que Ele tem reservado para seus bons servos, na medida, cada um, de seu desempenho, da sua luta, da sua tenacidade, da sua reposta de amor.
 
     Ora, esta felicidade toda, é reservada para todos os filhos, e não foi criada para ficar sem proveito, num depósito sem uso. Nada disso: quando toda a humanidade tiver chegado ao Céu, também o deposito de presentes determinado aos homens, estará vazio – não porque Deus não tenha mais a dar – porque todos terão recebido sua cota eterna de Bem, de felicidade e resplendor, de modo a poderem usufruí-lo pelo sempre afora. O que cada um conseguiu aqui – no justo peso e medida – nos acompanhará para sempre depois, até o infinito dos infinitos tempos, até o nunca eterno em felicidade plena.
 
     Mas faltou um detalhe da parábola: a mais valia! Que é mais valia? É aquilo que se produz além do esperado, quem sabe até além do impossível. Que fez o senhor quanto ao servo que enterrou seu talento, com medo do patrão? Mandou dá-lo a aquele que tinha mais. Ao que já tinha 10, e este ficou com nível 11. E porque não deu ao que tinha apenas quatro, para que ficasse com cinco? Porque aquele que tinha dois, com seus dois teve as mesmas chances de produzir igual, daquele que produziu 5. Assim como aquele que tinha 1, teve chances absolutamente iguais de produzir os mesmos 2, ou até os 5 do que recebeu mais. Então, o que produziu 5, realmente foi o que mais trabalhou, o que mais amou, o que buscou com mais tenacidade o Reino de Deus e a sua Justiça! Eis o porquê de ter recebido aquele um por acréscimo!
 
     Penso que alguns irão discordar, mas vejam. Deus criou alguém super inteligente, saudável, forte, perfeito fisicamente e este, aos olhos do mundo, parecerá ser aquele que recebeu 5 talentos de saída. E pode até ser. E muitas vezes é mesmo! Entretanto, ele pode ser dado a uma maior preguiça, a menos força de vontade, a menos garra, de tal forma que em todos há equilíbrio perfeito entre dons e carismas, quanto entre qualidades e defeitos. Entre facilidades e dificuldades. Então, aquele do 1 talento, que poderá na realidade ter uma rara inteligência, poderá também ser um crasso invejoso, que porá no abismo toda a sua superior qualidade de inteligência. E assim vai!
 
     Onde quero chegar? Quero é dizer que, todo aquele mar de felicidade aquele depósito infinito de presentes que Deus tem reservado para os que O amam, será despendido a cada um na justa conta, entretanto, a mais valia, aquilo que as pessoas produzirem além do esperado, será tirado dos maus operários, dos servos infiéis, e doados a aqueles que em vida produziram até além da conta. Na realidade, o depósito é infinito, haveria para todos o prêmio ao infinito, mas alguns produziram bem pouco, outros muito abaixo do esperado, outros quase nada, de modo que a Justiça não pode permitir que recebam além disso, pois não existe mais valia.
 
     Quantos milhões de almas estão no inferno? Impossível saber! Mas naquele abismo de felicidade no Céu, havia uma quantidade dela reservada para cada um deles. E esta cota, será aproveitada pelos bons produtores, pelos que amaram além da conta, por aqueles que foram servos bons e obedientes, diligentes e operosos, dignos, pois, deste acréscimo em sua conta. Deus não Se deixa vencer em generosidade. Para os que produzem muito, o muito! Para os que produzem um pouco, o pouco! Para os que produzem além do muito, a estes o prêmio abissal e infinito, e isso por toda a eternidade. Qual o nível de alegria, no Céu, de um São Frei Pio, um dos santos mais fantásticos de nossa Igreja? Ou um João Paulo II? Impossível de descrever, impossível de entender e explicar.
 
     Para os servos maus, os que enterraram seus talentos – e se os enterraram de fato até apodreceram – há também esperando um lago, mas este de fogo e de dor. Um lago que é feito de desespero e de remorso. Remorso de cada chance perdida, mil chances, milhares delas, dia a dia, jogadas na dissipação e no vício, em toda senda dos pecados capitais, na realidade nada além de suas forças, nada mais do que seriam capazes de vencer. Pois viria, do vencer estas más tendências, seu grande prêmio. Como virá, do se entregar a elas o resultado inverso: a dor eterna. O pranto eterno!
 
     Que nenhum de nós, seja como aqueles que dormem e dormem, que não permanecem vigilantes no trabalho do Senhor que vem. Como São Paulo nos pede, sejamos sóbrios. Mantenhamo-nos vivos e ativos, jamais na inércia dos incautos.  A esperança da nossa salvação e mesmo a certeza dela, deve ser a mola mestra de nossa vida. Tendo, sim, sempre em mente, que ninguém se salva sozinho. O talento que Deus me deu, não é para ser usado unicamente para mim – que isso significa exatamente enterrar – mas sim usado em busca da salvação do irmão, de todos eles. Esta deve ser nossa única preocupação.
 
     Mas São Paulo nos alerta para a caridade. E muitos, incautos, falam aqui daquela simples e minúscula caridade física, da distribuição dos bens, do matar a fome e a sede, do encher a vida de bens, quando existe uma verdadeira caridade, uma caridade superior e quase infinitamente maior: levar à salvação das almas! Então, a caridade física é apenas um dos caminhos, uma das luzes que podemos acender na escuridão dos tempos – e ela é sim necessária – mas ela conduz a uma obra que fica, terra, que passa e morre. Mas muitos fazem dela o tudo, e acham que seu talento deve ser gasto na satisfação dos corpos, casa, comida, terra, trabalho, estudo, bem estar para aqui. Fazem então por simples interesse, quando AMOR de Deus, deveria ser a mola de seu agir.
 
     São Paulo diz bem claro: somos destinados à salvação eterna, e é isso que devemos buscar! Porque Cristo não morreu para que tivéssemos todos a barriga cheia, mas para tivéssemos acesso ilimitado a todos os tesouros que o Pai guardou para aqueles que buscam o Céu. Tesouros eternos! Então, os que buscam a igualdade física, na realidade querem a desigualdade no eterno. Quem busca a igualdade aqui, pela solidariedade – quando deveria ser pela caridade cristã, piedosa e desinteressada – com certeza reserva para si o tormento eterno, porque tenta frustrar a palavra de Jesus que disse: Pobres, sempre os tereis em vosso meio, a Mim, nem sempre! Correm risco grave, de perda eterna!
 
     Deus é o nosso Bem Supremo, e a felicidade última e verdadeira somente pode ser achada Nele. Mas o Reino de Deus, não é deste mundo. Não é neste sentido que devemos aplicar nossos dons. Tudo o que aqui fazemos de físico – tudo sem exceção – fica aqui. O amor que empregamos em executar as tarefas que Deus nos pede, a disposição com a qual empregamos nossos talentos na busca deste Bem Último e Superior, é somente isso o que nos dará esta mais valia, a felicidade superior. No amor! E porque Deus é amor, sempre, Ele deverá estar na frente de todos os nossos projetos, senão eles todos serão frustrados, e a graça nunca virá, ou será pequenina, quase invisível. Talento enterrado!
 
    Apenas os violentos conquistam a grande glória. Os que rompem com força as cordas deste mundo, e se atiram com sofreguidão rumo ao Sumo Bem. O Juiz Eterno está às portas. Quando os homens clamarem: paz e segurança, subitamente lhes advirá a ruína e a destruição. Quem estiver engajado e apegado neste Sumo bem, não precisará temer, nem irá tremer. Virão ventos tempestades, fome, miséria, doença, guerra, morte, mas ele não sentirá nada disso e sim saciedade, fartura, saúde, paz, e vida. Depois, Vida Eterna!
Aarão
 


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