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Artigo N.º 5186 - A BATALHA
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Postado em: 18/05/10 às 11:03:24 por: James
Categoria: Artigos Site Aarão
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Vou falar aqui como leigo, com o sentimento de pessoa simples, com palavras sempre diretas e objetivas. Sem floreios históricos, sem citações pomposas, tudo dentro de um grande amor pela única Igreja de Jesus, a Católica Apostólica Romana. Faço isso mais uma vez – e tantas vezes quanto for preciso – porque novos e prementes assuntos vieram à tona nas últimas semanas. Mas resumindo numa só palavra: o Vaticano já ferve.

 No geral, busco dar um voto de confiança e uma moção de carinho ao Papa Bento XVI, que com empenho santo e pertinaz tem conseguido vitórias inesperadas sobre os lobos que o rodeiam – e não sou eu quem os chama de lobos aos rebeldes e Jesus e Maria em suas mensagens pelo mundo – e que parece não ter medo. De fato, João Paulo II, embora seu imenso carisma, estava fisicamente tão debilitado, que já não tinha mais forças de se impor a eles, coisa que Bento XVI está conseguindo, contra muitas expectativas.
 
     Noutro dia, me falou um amigo que havia conversado com um sacerdote recém chegado de Roma, e este lhe disse que o Vaticano está em pânico. Na verdade ele quis dizer que os lobos estão em pânico, porque nunca esperavam que Bento XVI fosse mexer em coisas tão graves, como o retorno à Missa em latim, também a demolição de todas as Conferências Episcopais dos países, só estas duas coisas certamente capazes de provocar não só o pânico de alguns, mas um verdadeiro terremoto na Igreja. Algo que um dia terá que vir – porque o podre cairá – é Deus agindo em meio ao caos.
 
     E naturalmente que a batalha está iniciada. Eu poderia já colocar a palavra “guerra” no lugar de batalha, mas a guerra mesmo virá quando a rebeldia a estas orientações vier a explodir de forma violenta. A guerra virá em parte devido a estas corretas intervenção do Papa! E necessárias! As trevas não as querem, e de fato as odeiam. O cetro se há de dividir em muitos tronos, numa desobediência generalizada. Cada um seguirá o seu caminho, agirá a seu modo, embora eu acredite que a facção do mal se imporá por um tempo, exatamente por causa da debandada geral e da desunião dos bons. Mas tudo tem que se cumprir, a nós resta confiar no Santo Padre, na Verdadeira em Igreja, em Deus.
 
     Já por diversas vezes sinalizei sobre o fato de que o Santo Padre Bento XVI querer de uma forma ou outra retornar à celebração da Missa de sempre, em latim, ou pelo menos partes dela, as essenciais. Isso é um convite à rebeldia, porque obediência é uma palavra que há décadas foi banida da Igreja Católica. Todos os padres a quem nossos amigos têm perguntado sobre isso, foram unânimes em dizer que não aprovam. Não querem! E de fato eles sequer acreditam que isso poderá acontecer um dia. Falam assim, porque nada sabem sobre os ardis escondidos atrás da aprovação da Missa nova, e dos documentos conciliares que acham doutrinários e definitivos integralmente, quando não o são. O Papa quer mexer neles também, para sepultar de vez o chamado “espírito do concílio”.
 
     Assim, no próximo mês espera-se com grave expectativa a apresentação do Papa referente às 40 proposições do Sínodo de abril, onde se imagina alguma surpresa. Mas na verdade, não se sabe o que vem. Entretanto, o diálogo que nos últimos meses tem havido entre os padres dissidentes do caso Lefébvre, a sua aproximação da Igreja, serviu já de sinal de fumaça onde narizes mais afinados perceberam o cheiro de pólvora. De fato, os inimigos da Santa Missa, não querem jamais que se volte a celebrar de verdade.
 
     Vamos explicar em miúdos: Uma coisa que tem provocado arrepios em alguns leigos e padres – em relação ao nosso Movimento Salvai Almas – é sem dúvida o número de almas, de salvos e de perdidos e também os percentuais de perdas. Mas se eles rezam ainda o Credo, e crêem que pelo poder de Deus uma Virgem pode dar à Luz um Filho, deveriam entender que, por este mesmo poder, o mesmo Deus, é capaz de mostrar aos seus filhos o número dos remidos, até para finalmente responder à Igreja aquela dúvida dos apóstolos, que ficou dois mil anos sem resposta: quantos se salvam Senhor?
 
     Assim, baseados nestes números, e sabendo dois dados: 1 – que vão ao Purgatório diariamente em torno de 150 mil almas, e 2 – que são celebradas diariamente mais de 150 mil Santas Missas, isso quer dizer que, se cada Santa Missa atual, salvasse apenas uma alma, uma só, não haveria NINGUÉM no Purgatório. E isso é estarrecedor! Coisa que os padres jamais irão concordar, porque se falam maravilhas da Missa, que ela é de valor de remissão infinito e vai por aí. Sim, só as Missas salvariam todas as almas que morrem diariamente, sobrando todas as orações e sacrifícios de toda a Igreja. Não se precisaria de nada disso. Como explicar então que o havia em 1997 quase 3 bilhões no Purgatório?
 
     A explicação é simples: todos os grandes valores e méritos da Santa Missa, tudo aquilo que os santos e santas da Igreja falaram sobre ela através dos séculos, referem-se apenas à Missa Antiga, não a esta atual, que se tornou um rito protestante de ceia, tanto que foi feita por cinco pastores protestantes e um rabino judeu. Óbvio que o Papa Paulo VI a aprovou, e certamente que no Céu isso está ligado, entretanto, em todo mundo, e para muitos profetas atuais, Jesus e Maria têm deixado escapar seu lamento, sobre o desleixo atual com que ela é celebrada, o que certamente resulta nesta quase nulidade de graças.
 
     E certamente, iluminado como sempre pelo Espírito Santo, o Santo Padre resolveu não temer a batalha que certamente virá, e foi à ação oportuna. O primeiro passo foi reabilitar os dissidentes de Lefébvre, que não aceitaram celebrar a nova Missa de Paulo VI, e ainda hoje continuam celebrando apenas a Missa de São Pio V. Estes sacerdotes, abrigados na “Fraternidade São Pio X”, representada pelo Monsenhor Bernard Fellay, já haviam sido recebidos pelo Exmo. Cardeal Darío Castrillón Hoyos, Presidente da Pontifícia Comissão "Ecclesia Dei". Isso aconteceu há um ano atrás, onde se iniciaram as conversações de aproximação tendo em vista a volta à comunhão perfeita e a suspensão da excomunhão.
 
     Estas conversações se desenvolveram num clima de cordialidade, embora como que “pisando sobre ovos”. Não pelo lado do Cardeal Hoyos, nem do Santo Padre, e sim pelo lado dos inimigos da Igreja, que não querem esta aproximação, que enfim se deu e está para ser consumada oficialmente em breve. Mas a grande novidade neste caso, não foi o avanço nas conversações com os dissidentes, e sim o fato de que o mesmo Cardeal Hoyos, com a aprovação do Santo Padre, acabou de assinar em 08/08/2006 a criação de um novo Instituto Religioso, chamado “O Bom Pastor”, que congrega antigos padres e também seminaristas antes pertencentes à Fraternidade São Pio X.
 
     Isso, aparentemente mostra uma nova briga interna entre dissidentes, mas creio que é uma saída estratégica, devido ao desgaste natural da renhida Fraternidade São Pio V, que se havia separado de Roma já em 1988. A sede deste novo Instituto deverá ficar na cidade de Bordeaux na França, mais especificamente na Igreja de Santo Eloi. Ali os sacerdotes celebrarão exclusiva e obrigatorimente segundo o rito litúrgico tradicional de São Pio V, tendo como superior o padre Philippe Laguérie. Segundo fontes do Vaticano “o próprio Bento XVI desejou esse procedimento” onde “o missal tradicional de São Pio V não é um missal a parte, mas, uma forma extraordinária do único rito romano”. Sendo bem claro: eles são obrigados ali a celebrar em latim, e não lhes é apenas permitido!
 
     Sintetizando tudo para não alongar demais, este é um primeiro passo para levar ao mundo inteiro a mesma determinação do Papa. Na realidade é preciso agir com tato, ir devagar, porque um decreto papal obrigando isso à toda a Igreja, causaria um cisma imediato. Mas o que se concede aqui é uma primeira abertura, por onde poderão passar outros padres de diversas partes do mundo, porque antes, para que um sacerdote pudesse celebrar esta Missa de sempre, ele precisaria de autorização do seu Bispo. E isso raramente se conseguia. Mas agora, isso não é mais preciso, porque ao que consta, tais padres ficariam ligados ao Instituto e diretamente ao Papa, e não à diocese. O incrível é que eles são obrigados a rezar assim, por ordem expressa do Santo Padre.
 
     Além disso, este Instituto recebeu a incumbência de re-estudar os documentos do Concílio Vaticano II, sempre sob a tutela do Papa Bento XVI, para apresentar a Igreja uma doutrina católica conciliar autêntica, e não cheia de dúvidas e ambigüidades como muitas colocações naquele documento se apresentam. Isso mostra que pela visão do Papa, o Concílio não foi dogmático, nem foi doutrinário, e que por isso carece ainda de uma interpretação autêntica. Isso para que desapareçam definitivamente as dúvidas e se elimine de vez o chamado “espírito do Concílio”, que permitia diferentes interpretações de um mesmo texto. E a doutrina não pode ter dúvidas, nem evasivas! Jesus disse bem claro: vosso dizer seja “sim” e “não”, porque tudo o mais vem do diabo!
 
     Na realidade é preciso retirar do texto, todas as palavras capciosas, que podem indicar diferentes sentidos, dando ao texto um sentido perfeito e completamente católico. E como diz o Padre Languérie, o presidente do Bom Pastor, uma das "três missões essenciais de nossos estatutos" consiste no "dever de crítica, de apresentar a verdadeira interpretação do concílio Vaticano II" . Ele cita como claro exemplo: É dito no concílio Vaticano II que a Igreja fundada por Jesus Cristo subsiste na Igreja Católica, ao passo que a doutrina tradicional é evidentemente que a Igreja fundada por Jesus Cristo é a Igreja Católica. Há uma malícia explícita e mentirosa aqui, que a permite igualar às seitas dela derivadas. Ou se poderá dizer também que a própria Igreja Católica derivou de outra, notadamente após ter adotado o nome “Católica”, após ter feito chegar o Evangelho a todo o mundo.
 
     Este tal de “espírito do concílio, que o Papa quer agora eliminar para sempre levou a discussões enormes, a brigas homéricas, cujo efeito nestes anos foi uma desobediência generalizada, uma confusão só, porque cada pode interpretar como quiser. Estas discussões estéreis, estes diálogos intermináveis, estes estudos sem fim e estes escritos prolixos e teológicos que não convertem ninguém, fizeram a Igreja retroceder ao invés de avançar “para águas mais profundas” como pretendia o Concílio. Porque se caminha na desunião e na desobediência. Como diz o Padre Languérie:"É um fenômeno universal. Como alguém pode querer dar sua vida a Jesus Cristo por essas quimeras de diálogos e de inter-relações comunitárias, de ecumenismo internacional? Tudo isso é um blá, blá, blá, sem serventia, que apenas estufa teólogos, mas não faz as seitas retroceder em nada.
 
     Falando neste assunto de ecumenismo, aqui temos mais um ponto onde o Papa e seus assessores estão mexendo. Há poucos dias o recém nomeado Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Ivan Dias, falando da inculturação e do diálogo inter-religioso, disse que "o diálogo inter-religioso não pode ser interpretado como o novo credo do relativismo, que se opõe à conversão e à missão. A Igreja está empenhada num diálogo verdadeiro e não numa pura e simples negociação com nossos irmãos". Ou seja, não se trata jamais de derrubar nossa crença, os nossos Dogmas, nossa Tradição, nossa bi milenar e Sã Doutrina, em nome de uma falsa união pela, pela metade, o que a torna uma pavorosa mentira. Mas, muitos têm procedido assim, promovendo e aceitando as mais abomináveis heresias já vistas, em nome de uma falsa união que se desfará em cacos já antes de começar.
 
    Neste sentido de ecumenismo e diálogo inter-religioso, em seu discurso recente o Santo Padre apresentou três pontos que devem nortear os contatos. Em primeiro lugar, aquilo que diferencia os cristãos de outros credos: a profissão de fé, ou seja, a confissão: «fé no fato de que Jesus é o Filho de Deus que se fez carne». Em segundo lugar, explicou que esta confissão da fé em Cristo único salvador do ser humano «tem que se converter em testemunho». Porque «Ser testemunha de Jesus Cristo significa, acima de tudo, dar testemunho de um determinado modo de vida». Em terceiro lugar, apresentou (...) a palavra «ágape», amor, à que dedicou sua primeira Encíclica. «Nós conhecemos o amor que Deus nos tem» e exclamou: «Sim, podemos crer no amor! Demos testemunho de nossa fé, de modo tal que brilhe e apareça como o poder do amor, para que o mundo creia”.
 
     Ora – sobre o ponto um – se é Jesus Cristo o que nos diferencia de outros credos, então nenhum contato ecumênico pode ser mantido com religiões que não aceitam a Jesus como Salvador e Deus. Com estes, sim, o diálogo pacífico, e até a oração silenciosa conjunta, mas jamais o ecumenismo, que pressupõe afinidades doutrinárias. No segundo ponto, o testemunho de Cristo, isso implica em seguir toda a Sua Doutrina, e não apenas parte dela, de acordo com gostos particulares ou meias verdades. Isso em si dificulta a aproximação com as seitas que fizeram da Bíblia uma força de arrecadação e da fé uma moeda de troca.
 
     No terceiro o Amor maiúsculo e que vem de Deus, pressupõe a Verdade, que é uma só, e está com a Igreja Católica. Fora disso é hipocrisia, é retrocesso, jamais um caminhar para a tão sonhada unidade. Na verdade, penso que sim, devemos tentar, mas a unidade JAMAIS se fará pelos homens, e sim pelo sopro do Espírito Santo. Somente Deus pode quebrar este efeito perverso de mentira que corrói a Igreja, como também a soberba ufana das seitas protestantes, que com sua teologia humana, jamais se vergarão, nunca irão ceder um só milímetro no sentido da Verdade, pois se pensam eles a verdade. Satanás não os deixa vergar-se, porque quer apenas a Igreja Católica de joelhos.
 
     Outro assunto que gostaria de tocar – e este talvez um dos maiores barris de pólvora – diz respeito ao status de bispo, que tem sido desvirtuado depois do Concílio. Segundo o Cardeal Ivan Dias, “o Bispo é, por sua natureza sacramental, um missionário enviado a anunciar Cristo ao mundo. Portanto, em cada atividade pastoral, a animação missionária deve constituir seu principal empenho”. Mas infelizmente esta sua atividade autônoma tem sido restringida e mesmo seriamente afetada pela ação opressora das ditas Conferências Episcopais, nos diferentes países. Elas se criaram à partir do Concílio, mas segundo o Santo Padre elas não têm base teológica alguma e de assim não fazem parte da estrutura oficial da Igreja Romana.
 
     De um artigo do vaticanista Vittorio Messori no Jornal Corriere de la Sera destaco alguns pontos: Disse ele que quando escrevia o livro “Rapporto sulla fede” que ele redigiu junto com o então Cardeal Ratzinger o futuro Papa Bento XVI lhe afirmou que, “dentre os efeitos imprevistos e contraditórios do Concílio Vaticano II, houve a diminuição da importância dos Bispos que, pelo contrário, o próprio Concílio pretendia relançar. A autonomia e a própria liberdade dos prelados na direção de cada diocese foram, de fato, restringidas, trancadas na cadeia das Conferências Episcopais nacionais”. E mais...

     Estas Conferências, lembrou-me Ratzinger, não têm nenhuma base teológica, não fazem parte da estrutura da Igreja, como fazem as paróquias, as dioceses e o próprio papado. São simplesmente instituições, em geral, recentes, formadas por razões práticas, mas que, pouco a pouco, criaram pesadas estruturas, tornando-se um tipo de “pequenos Vaticanos”. Neste, funcionam os mecanismos de decisões assumidas pela maioria, com os inevitáveis compromissos, os grupos de pressão, incluindo as manobras de corredores.
 
    Tornaram-se uma “democracia parlamentar”, em suma, que acabou sufocando a autonomia de cada bispo que, de mestre da fé e pastor do seu rebanho, foi rebaixado a membro de comissões e parlamentozinhos onde lobbys organizados e poderosos acabam dominando. Disto decorre a necessidade de uma “revolução” (se bem entendemos as palavras do Cardeal) que consiste, portanto, no retorno à Tradição da Igreja universal, isto é, união orgânica e concorde de Bispos, portanto de pessoas responsáveis e independentes, ao invés daquele tipo de federação de Estados, formada pelas Conferências episcopais nacionais.

    Um objetivo nada fácil: como me lembrava, nas nossas conversas, o Cardeal Ratzinger, as resistências dos grupos clericais serão fortes e farão um apelo ao “politicamente correto” que, em toda a parte, quer eleições, referendum, maioria. Etc.. Entretanto, a intervenção é julgada necessária por Joseph Ratzinger e, conseqüentemente, também pelo seu colaborador de confiança Dom Tarcísio Bertone, que ocupa agora o antigo posto do Papa. E o Papa, para o bom êxito da batalha, tem algumas qualidades: um caráter a um só tempo cordial e firme, um DNA resistente como o couro, e a tenacidade de persuasão do salesiano, educado – se preciso com pulso de ferro – mas revestido com leves luvas de veludo... Mas, os veteranos do vaticanismo, fazem prever cheiro e fumaça de pólvora. (Fim)
 
     E realmente, pelo que se vê, isso não é só pólvora, mas nitroglicerina pura. Imagine-se o desmonte de uma estrutura como a da CNBB, que não mais poderia atuar como uma instituição. E também a Conferência americana e tantas outras dos diferentes países, que têm mexido com a vida da Igreja por tantas décadas. O que o Papa quer, é manter-se fiel a verdadeira estrutura da Igreja, na relação hierárquica > Papa > Bispos > Paróquias e seus padres, diáconos, religiosos, religiosas > leigos. Em verdade, se fossem necessárias estas Conferências, desde sempre seriam precisas, e até mesmo Jesus as teria criado.
 
     E realmente o que acontece nestes casos é uma verdadeira distorção hierárquica, porque as Conferências ao invés de colaborarem com o Papa, se tornaram certos feudos, como pequenos Vaticano, onde determinados grupos de certa tendência puderam impor aos outros seus erros doutrinários por maioria. Em geral, estas Conferências nacionais têm passado ao largo e em alta soberba sobre muitas das determinações do Vaticano, e a prova está em que a maioria das últimas cartas do Papa João Paulo II, sobre o Rosário, sobre a Confissão, sobre a Santa Missa e a Eucaristia, foram ufanamente ignoradas, salvo raríssimas exceções. Onde estão os confessionários? O dia semanal destinado a confissão em cada paróquia? São estes contra testemunhos desobedientes que dão razão ao Papa.
 
    E ainda no Brasil, especificamente, cito o caso da mistura da Igreja com a suja política partidária que aqui se pratica, onde não faltou a aprovação e o apoio a certos partidos e candidatos, com claros ideais anticatólicos, como o aborto e a causa gay, e a maldita teologia vermelha da tal libertação física do homem, que tantos estragos trouxe à verdadeira Igreja de Jesus, que veio apenas libertar o homem da morte pelo pecado! Trouxe estragos, e continua trazendo. E agora mesmo quando o Vaticano, através dos colaboradores do Papa deixa bem claro que: todo católico, que esteja filiado a um partido que aprove a causa do aborto, ou que vote em candidatos que defendam esta causa, não pode participar da Eucaristia, porque isso é pecado grave. Como explicar hoje isso aos fiéis, quando tantos padres pediram votos para este governo vermelho e sanguinário?
 
     Mas este é apenas um exemplo. O que Sua Santidade pretende, é que os Bispos possam ter liberdade de caminhar sozinhos – mas de maneira santa e responsável – submissos apenas ao Bispo de Roma, e em perfeita comunhão com ele, sem os entraves e as ingerências e pressões das Conferencias de Bispos nacionais. E isso, para qualquer pessoa que entende um pouco deste assunto, significa guerra aberta. Nesta hora, por trás dos bastidores, deve estar fervendo em chuvas de cartas, telefonemas e e-mail com todo tipo de pressão, e não duvidem nunca, de ameaças até de morte. Há gente má por trás disso, e a morte de João Paulo I mostra o quão longe eles são capazes de ir. De qualquer forma, esta será uma longa batalha, onde prevalecerá a verdade. O podre cairá!
 
     Há tempos, eu escutava um sermão de um Bispo, e vi quando ele expressou o maior lamento de seu mandato. É que ele não tinha conseguido fazer sua diocese buscar águas mais profundas, pasmem, no caminho da política. Eu tive quase um treco! Eu pensei que ele iria dizer que lamentava não ter conseguido obrigar todos os seus padres a botarem os confessionários de volta às suas capelas, ou de recolocarem os Sacrários no centro da nave principal – porque ao Rei do Universo, o centro da vida de seu povo – ou ainda que lamentava não ter feito seu povo rezar o Rosário em família!... Que decepção!
 
     Hoje nós temos assistido infindáveis batalhas entre fiéis seguidores da Tradição da verdadeira, única e santa Igreja de Jesus – aquela que busca unicamente ao Céu e a salvação eterna – e certo espectro modernista, na verdade um monstrinho teológico, que visa construir um paraíso aqui nesta terra. Nosso Catecismo, sob João Paulo II – outro grande ignorado e mesmo ilustre desconhecido dos padres – é bem claro quando afirma que é uma forma de ateísmo contemporâneo aquela que busca a libertação física do homem, pela via da satisfação plena das necessidades de seu corpo mortal.
 
     Isso continua matando muitas almas, e levando certos padres e Bispos a tremendos Purgatórios, porque trabalhar neste sentido não significa ser igreja, mas fazer-se aberto inimigo dela. Afinal, o santo magistério de João Paulo II, já condenou este pensamento há décadas. E como continua imperando em centenas de dioceses e paróquias, isso nos prova que a maldita desobediência ao Papa continua sendo o principal germe da ruína em que nos estamos metendo. Para ver a força desta ruína, você precisa apenas mudar de paróquia, e assistir a Santa Missa celebrada por diferentes sacerdotes. A Missa é sempre igual e Santa, mas há um abismo espiritual entre diferentes e vizinhos padres.
 
     De qualquer forma, estas questões apresentadas dizem respeito à alta hierarquia e quanto a nós cabem as orações pela Igreja, em especial pelo Santo Padre, o Papa Bento XVI, para que ele tenha firmeza nas decisões, e a proteção do divino Espírito Santo. Entre eles, porém, sentimos claramente na singeleza de nosso coração, que está acontecendo uma corrente de muito ódio dentro da Igreja. Esta acontecendo devagar um profunda e séria divisão, um ruptura nunca antes havida, e estes movimentos atuais do Papa, fazem apenas abrir mais o rombo. Sim, a razão está com ele, porque a Igreja Católica foi feita por Jesus a guardiã da Verdade! Se ela se calar, o mundo entra em parafuso.
 
     Sim, falo em dizer sempre a verdade. O Santo Padre efetivamente precisa proceder assim para o retorno à fidelidade antiga, porque assim sinaliza para todo mundo Católico, quais são as santas disposições da Igreja Verdadeira. E se um dia – um dia virá – um falso papa assumir o comando da cadeira de Pedro, e mudar “os tempos e a lei”, todos saberão que a Verdade não está com ele, e quem o seguir não será justificado no dia do Juízo! É que a verdade nunca muda, é eterna. Não se moderniza, é sempre atual. Nunca morre, é sempre viva. Ela está na Cruz e nos Espinhos, não só na vida em abundância!
 
     E assim, até o final deste ano deveremos ter muitas notícias fortes que abalarão ainda mais determinados setores da Igreja. Mas pela força do Espírito Santo se fará a renovação de todas estas estruturas de entrave, para que a Igreja caminhe santamente rumo ao Céu. Lá é nosso destino! A gente sabe que a Igreja nunca será completamente destruída, mas certamente é previsto nela o maior abalo de todos os tempos. Ou cairá com toda certeza a parte podre dela, que se preocupa com a Amazônia enquanto se esquece das almas e a salvação eterna. Que abandona os Sacrários, em troca das periferias. Que troca o Pão da Vida, pela cesta básica. Que troca a fome de Deus, pelo tal de “Fome Zero”!
 
     Na realidade, até que dela se desgarre este podre, muita coisa ruim acontecerá. E virá o dia em que se quisermos rezar uma Ave-Maria em público, corremos o risco de sermos açoitados. Se estivermos usando uma medalha ou uma cruz em nosso peito, poderemos ser presos. Se insistirmos em manter viva a chama de um Sacrário, poderemos perder a própria vida, tamanha a fúria com que os inimigos dela a combaterão.
 
Mas como a Mãezinha já disse, a Igreja será salva pelas famílias que rezam. A Sagrada Eucaristia resistirá nas santas famílias católicas, onde a besta sanguinária não terá acesso. Porque nas capelas oficiais, em todo mundo, dificilmente uma delas conseguirá manter acesa a Luz. Os demônios já as têm todas mapeadas. Mas a Igreja vencerá! Pedro também vencerá! Um pouco de tempo ainda, e tudo se terá cumprido! Vamos ao Rosário! Arnaldo
 


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