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Artigo N.º 1707 - SANTÍSSIMO SACRAMENTO
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Postado em: 09/06/09 às 11:31:13 por: James
Categoria: Artigos Site Aarão
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Título Original - FILIOLI MARIAE

Ler com muita atenção, e procurar seguir as instruções. É de extrema importância incentivar e praticar a Adoração ao Santíssimo Sacramento, e neste caso, sem mesmo estar diante de um sacrário. É por Maria, pela Eucaristia que venceremos.

Adoradores do Santíssimo Sacramento em suas casas
(Adoratio in domus-AID) “É assim que os leigos consagram a Deus o próprio mundo, prestando por toda a parte, a Deus, na santidade de sua vida,  um culto de Adoração” (L.G.,34)
                                                                    
Introdução
Sem esquecer que o culto de adoração ao Santíssimo Sacramento, quer nos sacrários quer quando exposto para adoração solene, já tem muitos séculos na Igreja e que é uma das maiores riquezas espirituais da Igreja Católica, também em muitas revelações particulares, tanto as aprovadas pela Igreja como ainda as não aprovadas, Nosso Senhor Jesus Cristo e Sua Mãe Santíssima se referem à necessidade de um culto próprio de adoração ao Santíssimo Sacramento, e a necessidade da visita frequente ao Senhor presente nos sacrários, realçando o abandono e a indiferença a que Jesus está votado na maior parte dos sacrários das Igrejas.
 São muito poucas as pessoas que se dirigem às igrejas para adorar o Senhor presente nos sacrários. Para obviar a esta ausência de adoradores, propõe-se esta iniciativa que vai no sentido de se estimular e proporcionar uma organização que congregue os fiéis, no maior número possível, para uma união mais estreita e vinculativa a Jesus Sacramentado, por meio de uma adoração em espírito, e não só presencial, o que é também muito desejado pelo Senhor.

1. A necessidade da Adoração Eucarística
1.1. Jesus quer ser amado e adorado
Tomamos como referência, entre muitas outras almas privilegiadas que poderíamos citar, a Beata Alexandrina, por ter sido escolhida por Jesus com uma missão especial junto dos Sacrários, presencialmente e em espírito. Em muitas ocasiões e por largos anos impedida de se deslocar à igreja para adorar o Senhor, ela fazia as suas visitas espirituais a Jesus, nos sacrários de muitas igrejas, muitas vezes indicadas pelo Senhor. Assim ela se expressa para com Jesus, ao ver-se impedida de se deslocar à igreja: “Vós conheceis os meus desejos que são estar na Vossa presença no Santíssimo Sacramento; mas já que não posso, mando-Vos o meu coração, a minha inteligência para aprender todas as Vossas lições; mando-Vos os meus pensamentos para que eu pense só em Vós, ó meu Amor, porque Vos amo só a Vós, só a Vós eu busco, só por Vós suspiro, só Vós, Jesus, em tudo e por tudo”. E Jesus faz-lhe um convite:”Minha esposa bem fiel, anda com o teu amor e com a tua reparação curar-Me as feridas que com os crimes Me vão ser feitas. São mais horríveis as dores do que as do Calvário. Quantos cravos! Quantas coroas de espinhos e quantas lanças! Anda passar parte da noite nos meus sacrários, com muito amor e fervor. Eu te ajudarei. Estou contigo no sacrário do teu coração e tu nos Meus por esse mundo além.” (14-1-35)
Diz-lhe Jesus, a propósito da sua missão: “ A missão que te confiei são os Meus sacrários e os pecadores. “Escreve que Eu quero que se pregue a devoção aos sacrários; quero que se acenda nas almas a devoção para com estas prisões de amor; não fiquei aqui somente por amor daqueles que Me amam, mas por todos; em todo o trabalho Me podem consolar; que seja bem pregada e bem propagada a devoção aos sacrários porque são tantos aqueles que, embora entrando nas igrejas, nem sequer me saúdam e não param um momento a adorar-Me.” (1-11-34).
De facto, sempre tem sido recomendado que as pessoas que não podem deslocar-se às Igrejas para um tempo de adoração ao Senhor, de forma presencial, seja numa visita diária ou semanal ou com outra frequência, podem, ainda assim, honrar o Senhor Sacramentado, dirigindo-se-Lhe em espírito, tanto nas suas casas como em qualquer outro local que facilite essa mesma atitude de amor, de piedade, de adoração, tanto no louvor como na acção de graças, na súplica ou na meditação... É por isso que parece de todo recomendável que se estabeleça uma rede de adoradores em casa que prestem esse serviço de amor ao Senhor que quase mendiga dos seus filhos um tempo de visita espiritual, sobretudo quando não possam deslocar-se ao templo para oração.
Assim falou Jesus a Alexandrina: ”Queres consolar-Me? Queres consolar o Santificador da tua alma? (…) Vai praticar obra de misericórdia: vai consolar os tristes. Eu estou tão triste. Sou tão ofendido!”(8-11--39).”Não tens pena de Mim? Estou sozinho nos sacrários, tão escarnecido e abandonado e tão ofendido...Anda reparar tudo isto...Visitar os presos da cadeia e consolá-los é boa obra. Eu estou preso e preso pelo amor. Eu sou o preso dos presos.”(4-10-34).
As pessoas criam hábitos rotineiros de que muito dificilmente se libertam e as escravizam, fazendo-as perder tempo em coisas absolutamente secundárias: ir ao café uma, duas ou três vezes por dia; fumar um cigarro, uma e muitas vezes, ver televisão, uma, duas, três ou mais horas... E nunca ou quase nunca encontram tempo para entrar numa igreja, nem para rezar sequer um Pai Nosso ou uma Avé Maria, mesmo em casa... E neste grupo de pessoas há católicos, muitos, que perdem tanto tampo em coisas inúteis, com tantos interesses perfeitamente supérfluos. Como seria bom e útil, benéfico para toda a Igreja e para o mundo em geral, se houvesse mais gente que dispensasse, nem que fosse sequer um quarto de hora por dia para adorar o Senhor, mesmo em suas casas! Como Jesus ficaria consolado se se multiplicassem os seus adoradores e amigos, compensando assim as ausências de amigos junto dos Seus sacrários, nas igrejas! E como isto seria fácil de resolver se fosse implementada uma rede de adoradores em suas casas, sem, no entanto, se dispensar a sempre necessária adoração presencial que, todavia, deveria igualmente ser estimulada, tanto a nível individual, como por meio de encontros ou cenáculos de oração de periodicidade devidamente estabelecida - semanal, quinzenal, mensal -, agrupando as pessoas que pudessem disponibilizar-se com esse objectivo e onde, certamente, recobrarão forças e receberão mais bênçãos do Céu para as unir mais fortemente nesta caminhada de fé, de piedade e de verdadeira caridade para com o Senhor, também chamado de “O Grande Mendigo do Amor”.

1.2. A Igreja responde à necessidade de amor de Deus Amor
Na exortação apostólica “Sacramento da Caridade” (2007), no seu nº 67, o Santo Padre Bento XVI encoraja “as associações de fiéis, nomeadamente as confrarias, que assumem a prática da adoração eucarística como seu compromisso especial, tornando-se assim fermento de contemplação para toda a Igreja e apelo à centralidade de Cristo na vida dos indivíduos e da comunidade.”
No mesmo documento, o Santo Padre realça a grande necessidade de se cultivar “a piedade eucarística” como geradora de santidade. E refere que “a celebração e a adoração eucarística permitem abeirar-nos do amor de Deus e a Ele aderir pessoalmente até à união com o bem-amado Senhor.” Dirigindo-se aos leigos e famílias, exorta “todos os leigos, e as famílias em particular, a encontrarem continuamente no Sacramento do Amor de Cristo a energia de que precisam para transformar a própria vida num sinal autêntico da presença do Senhor ressuscitado.”
Incentivando a prática da Adoração Eucarística, o Santo Padre refere, no nº 66 do citado documento, que “a Adoração Eucarística é apenas o prolongamento visível da celebração eucarística.” Por outro lado, “ o acto de adoração fora da Santa Missa prolonga e intensifica aquilo que se fez na própria celebração litúrgica”, e frisa que “somente na adoração pode maturar um acolhimento profundo e verdadeiro”, adoração essa que deve ser tomada seriamente durante a celebração litúrgica da Santa Missa já que, como diz o Papa, “a celebração eucarística é o maior acto de adoração da Igreja: receber a Eucaristia significa colocar-se em atitude de adoração d’Aquele que comungamos.” Esta exortação contraria o laxismo que se instalou em muitas celebrações eucarísticas, nos últimos anos, nas quais a maioria dos fiéis não toma atitudes de adoração e, com frequência, nem sequer de respeito para com o Senhor pois ao entrarem nas igrejas não se ajoelham para uma breve oração e nem se ajoelham no momento da consagração das espécies eucarísticas, num claro desrespeito pelas orientações dos Papas neste sentido. Esta ideia foi também realçada por D. José Policarpo, na sua homilia da festa do Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, em 22-5-08, quando afirma que “as expressões tradicionais da adoração, que envolvem todo o nosso ser, corpo e espírito, exprimem essa verdade de Deus perante nós e de nós perante Deus: a prostração, o dobrar os joelhos, o abandono de todo o nosso ser à majestade de Deus”; ou seja, “aceitarmo-nos na nossa pequenez e fragilidade, sentindo que a nossa grandeza nos vem de Jesus Cristo (…).”
 A presença de Jesus nos Sacrários é o dom mais maravilhoso concedido à Igreja e ao Mundo; só Deus poderia ter “inventado” tão grande dom em favor dos Homens. É, por isso mesmo, o mais belo e mais excelso tesouro da Igreja e que os inimigos da Fé mais desejariam ver derrubado ou ofuscado. “Na celebração e na adoração a Igreja reconhece-se como um Povo centrado na Eucaristia, em todo o tempo e em todas as expressões da vida.”- afirma D. José Policarpo. (idem)
Em nenhuma outra religião, das muitas que os homens inventam, alguma vez se concebeu maravilha que pudesse igualar tal graça. O próprio Jesus se expressa sobre esta verdade, falando à Alexandrina: Faze que Eu seja amado por todos no meu sacramento de Amor, o maior dos sacramentos e o maior milagre da Minha Sabedoria.”(1-11-34). E dá-nos uma promessa consoladora:”Tudo aquilo que os adoradores Me pedem na Santíssima Eucaristia será concedido; é a medicina para todos os males. (...) E, depois, faz um pedido: “Que rezem pelos infelizes pecadores, os quais, escravos das paixões, não se lembram que têm uma alma para salvar e que uma eternidade em breve os espera.”(3-4-35).
Ora, o Amor a Jesus Eucaristia, quer na santa Missa quer em adoração solene quer em adoração fora de uma capela ou igreja, não nos deixa estacionados, impele-nos ao amor fraterno sem o qual não se justifica a nossa fé. O Santo Padre Bento XVI diz a este respeito que “a Eucaristia impele todo o que acredita” neste mistério de amor sacrificial de Jesus a fazer-se ‘pão repartido’ para os outros e, consequentemente, a empenhar-se por um mundo mais justo e fraterno”. Ou seja, “nasce assim, à volta do mistério eucarístico - refere ainda o Santo Padre -  o serviço da caridade para com o próximo – como “testemunhas da compaixão de Deus para cada irmão ou irmã” – que consiste precisamente no facto de eu amar, em Deus e com Deus, a pessoa que não me agrada ou que não conheço sequer”.
Orígenes, citado pelo Padre Marie-Michel, frisa que “não são apenas o corpo e o sangue de Jesus que são comida e bebida, pão e vinho para o homem: nós próprios (e é a nossa razão de viver) devemos ser alimento e bebida para todos. (…) Através do amor de Cristo e através de nós é um único amor que vive: o amor de Deus, que é alimento e bebida para todos…”
O Papa Paulo VI salienta que “ A Igreja tem o seu coração na Eucaristia e nada existe mais doce sobre a terra…”. (“Carta ao Clero”, Milão, 1963).E o Papa João Paulo II: “No centro da Igreja e do novo universo está a Eucaristia onde Cristo habita operando nos homens e no mundo inteiro através do Espírito Santo.”
Santo Agostinho frisou que, com a Eucaristia, “Sendo Deus omnipotente, não pôde dar mais; sendo sapientíssimo, não soube dar mais; e, sendo riquíssimo, não teve mais o que dar.”
Ora, neste tempo em que há tantos ataques à Eucaristia e sobretudo à presença de Jesus nos Sacrários, é necessário uma tomada de posição de renovado amor para com o Santíssimo Sacramento que contrarie a tendência para o laxismo e para a desresponsabilização dos cristãos quanto à presença eucarística de Jesus, parecendo ser absolutamente necessário, mais do que nunca, estar alerta em relação a quaisquer tentativas camufladas de desprezo para com esta devoção ao Senhor e Sua adoração, apesar das muitas insistências sobre o tesouro da Eucaristia e da necessidade da adoração eucarística, tantas vezes e de muitos modos expressas, no passado recente, sobretudo pelos dois últimos papas, o Santo Padre João Paulo II e o Santo Padre Bento XVI, bem cientes das correntes contrárias a este desiderato.
É Jesus vivo que está no sacrário, não um símbolo sagrado. Merece-nos todo o respeito, toda a adoração que se deve a Deus como Deus que é! Ele deseja a nossa companhia. Quer ser amado e adorado! Amemo-LO e adoremo-LO de todo o nosso coração, com todas as nossas forças, com todo o nosso entendimento.                      
             
2. Maria e a Eucaristia
2.1. Harmonizar estas duas grandes devoções
            “Desejamos falar  ao Coração do Fiho por meio do Coração da Mãe. Que pode haver de mais belo do que o colóquio destes dois corações? Queremos tomar parte nele.” Assim se expressava o Servo de Deus Papa João Paulo II, na oração do Ângelus de 21-7-85. Nesta expressão encontramos a razão profunda da união da nossa oração a Maria, nossa Mãe, para chegarmos ao Coração do Filho e d’Este, pelo Coração da Mãe, até nós.
Para aqueles que querem afastar a devoção eucarística da devoção a Maria, como se pudéssemos separar o amor da Mãe e do Filho, o Papa Bento XVI deixa bem claro esta ideia sobre a relação intrínseca dos dois corações santíssimos: (…) Em Maria “encontramos realizada, na forma mais perfeita, a essência da Igreja. Esta vê em Maria a Mulher eucarística – como a designou o servo de Deus João Paulo II – (…) e contempla-A como modelo insubstituível de vida eucarística”. O Papa Exorta-nos ainda, a exemplo de Maria, a fazer da nossa vida uma “oferta agradável ao Pai”, aprendendo com Ela “a tornar-nos pessoas eucarísticas e eclesiais”.
Nesta relação da devoção eucarística com Maria, São Pedro Julião Eymard acentua que "a melhor preparação para a santa Comunhão é a que se faz em Maria.” O mesmo santo afirma que depois da ascensão de Jesus ao céu, a Bem-aventurada Virgem “vivia no Santíssimo Sacramento, vivia dele.” E São Pio de Pietrelcina admoesta-nos à adoração eucarística, a exemplo de Maria, dizendo: “Não vedes Nossa Senhora sempre ao lado do Sacrário ?”; também S. Maximiliano Maria Kolbe  recomenda que  indo a Jesus Eucarístico, não se deixe de lembrar a presença de Maria, chamando-A  e unindo-se a Ela e, pelo menos, fazendo que pela nossa mente passe o Seu suave nome. A alguém que perguntava a Santa Bernardete Soubirous se ela gostava mais de receber a sagrada comunhão ou de ver Nossa Senhora na gruta, ela respondeu: “Que pergunta tão esquisita! São duas coisas que não se podem separar. Jesus e Maria estão sempre juntos!”
É nosso entender que sem devoção e amor a Maria e sem a devoção, amor e adoração ao Santíssimo Sacramento não há Igreja Católica. Esta seria um edifício sem alma destinado à ruína. Santo Alberto Magno ilustra bem a necessidade de não deixarmos cair esta atitude de verdadeira piedade cristã católica, ao afirmar que “A Eucaristia cria impulsos de amor angélico e tem a singular eficácia de inocular nas almas um singular instinto de ternura para com a Rainha dos Anjos. Ela nos deu a carne de Sua carne, os ossos de seus ossos, e continua a dar-nos na Eucaristia este doce e virginal manjar celeste.” O P. Stefano Manneli, FI, chama mesmo a Jesus Eucaristia, “o Pão da Mãezinha” e acentua que “Maria está toda em Jesus.” E o Santo Cura d’Ars dizia que Nossa Senhora está sempre “entre o Seu Filho e nós”. Também São João Bosco ensinava “que já não é o sacerdote mas, sim, a própria Nossa Senhora que vem dar-nos a Hóstia Santa.” E São Pedro Julião Eymard diz-nos que assim como a Imaculada Conceição foi a preparação para a Primeira Comunhão de Nossa Senhora, isto é, para a Encarnação do Verbo, assim também continua a ser a preparação para todas as Santas Comunhões, contanto que nos voltemos para Ela e lhe peçamos que “nos cubra com o manto da Sua pureza, e nos revista da brancura e do esplendor da Sua Imaculada Conceição.” Santa Gema Galgani exclamava: “Como é bela a Comunhão feita com Nossa Senhora!” Ou São Boaventura: “Cada sacerdote no Altar deveria identificar-se inteiramente com Nossa Senhora, porque, como por meio dela é que nos foi dado Jesus Eucaristia, assim é pelas mãos dela que Ele deve ser oferecido a nós.” No mesmo sentido, São Francisco de Assis falava da estreita proximidade que há entre a encarnação do Verbo no seio de Maria e a consagração eucarística entre as mãos dos sacerdotes.
O Papa João Paulo II realça este grande mistério de união dos corações da Mãe e do Filho ao afirmar: “Para Maria, o receber a Eucaristia quase que devia significar o acolher de novo no Seu ventre aquele Coração que batera em uníssono com o Seu e reviver o que tinha pessoalmente experimentado junto à Cruz… E assim aquilo que Cristo fez para Sua Mâe fá-lo agora, também, em nosso favor” de modo que “viver o memorial da morte de Cristo na Eucaristia implica também receber continuamente este dom – testamento da Cruz; significa levar connosco – a exemplo de João – aquela que sempre de novo nos é dada como Mãe.” (“Ecclesia de Eucharistia”, nºs 56-57). Este santo Servo de Deus chegou mesmo a apelar ao “Rosário Mundial” pela paz junto do Santíssimo Sacramento. (Sobre este assunto e sobre a “Adoração Eucarística Universal” ver mais em http://abbalexis.net/cmvm/p2.htm). O Padre Marie-Michel destaca que “é na vida mariana e eucarística que se vai realizar a santidade do Terceiro Milénio (…). “O mais importante será sempre a santidade” – no dizer de D. André-Mutien Leonard, em “Le coeur de la foi chrétienne” citado por Marie Michel - que consiste em  acolher o dom de Deus colocando o nosso ‘sim’ no da Virgem.” Referindo-se à presença de Maria entre os apóstolos, D. André-Mutien frisa que a Igreja apostólica só dará fruto se for mariana “; e acrescenta: “Apesar da importância do ministério de Pedro, Maria é mais decisiva do que ele para o futuro da Igreja… quase ninguém sabe quem era o Bispo de Teresa do Menino Jesus mas milhões dos nossos contemporâneos foram tocados pela graça da santa de Lisieux.”
Como estão longe desta forma de estar e sentir o pulsar do coração da Igreja, no íntimo do Coração de Maria, todos aqueles que na Igreja desejam esvaziar do amor e da adoração a Jesus a união espiritual com a Sua Mãe Santíssima, e quando se referem a ela têm sempre o cuidado de dar explicações muito racionais para não serem apanhados por “ popularuchos”, mais afectos às vaidades do mundo do que ao querer de Deus.
 
    Concluímos esta reflexão com estas eloquentes palavras de D. José Policarpo (22-05-08): Maria, Mãe de Jesus e Mãe da Igreja pode estar sempre presente na nossa adoração, não contrapondo ao encontro com Jesus Cristo a nossa devoção a Maria, mas porque ela foi e continua a ser a grande adoradora. Os seus silêncios, com que guardava tudo no seu coração, guardam também esse seu segredo: a sua experiência de adoração. Quando O trouxe no seu seio, sobretudo naqueles meses em que ninguém sabia, só ela e Deus; quando O contemplou em Belém, como qualquer mãe contempla embevecida o seu Filho recém-nascido; no Calvário, ao mergulhar confiante no drama da redenção; quando, reunida com os Apóstolos, esperou a vinda do Espírito Santo; e elevada à Glória, continua a adorá-l’O, a Ele que é o seu Filho, por Quem também ela foi até ao Pai. Maria adora sempre, adora de uma maneira perfeita, está sempre com quem adora, devemos orar sempre com ela.”
 
3. Objectivos de uma rede organizada para adoração do Senhor
Procurando uma forma mais organizada para ajudar a dar corpo a esta ideia, uma obra espiritual, a Obra Filioli Mariae, procurará congregar esforços neste sentido, sem, contudo, se querer sobrepor a qualquer obra paroquial ou interparoquial, diocesana ou nacional ... que possa desenvolver iguais objectivos. Assim, propõe:
            1.Procurar tempo e espaço próprios que facilitem e estimulem a todas as pessoas crentes que o desejarem uma comunhão de vida espiritual, e até pastoral, com vista à adoração do Santíssimo Sacramento, presente nos Sacrários, a partir da casa dos próprios fiéis. (Jesus fez um pedido a Alexandrina, para depois da sua partida para o Céu: “... Dize que Me procurem almas que Me amem no Meu Sacramento de amor, as quais te substituam à tua partida para o Céu.”) - 24-3-38. (Ora, sabemos que Alexandrina fazia a sua adoração eucarística, a distância, na maior parte do tempo, no longo período de doença em que permaneceu acamada).
2. Criar uma rede de adoradores que, em suas casas, individualmente ou em família, ou grupos de pessoas de diferentes famílias, se reúnam em adoração ao Senhor, numa união estreita e profunda com Maria, Ela mesma, o primeiro Sacrário, a primeira adoradora do Seu Divino Filho, Seu Deus e nosso Deus. (É de Alexandrina  este pensamento: “Mãezinha, quem ama o Teu Jesus, ama o Teu Coração. Quem ama o teu Coração, ama o Teu Jesus.” De facto, não pode haver verdadeira adoração a Jesus que Lhe agrade tanto como aquela que Lhe é preciosamente oferecida através do Coração Imaculado de Sua tão querida Mãe).
3. Fazer da adoração um acto de verdadeiro amor, sem constrangimento que não seja aquele que é ditado por amor dos adoradores, para se desagravar Jesus da ingratidão, do esquecimento, da indiferença, das ofensas que Lhe fazem no Santíssimo Sacramento. ( “Alerta nos Meus sacrários! Estou sozinho em tantos, tantos! Passam-se dias e dias que Me não visitam e não Me amam e não Me desagravam; quando lá vão é por um hábito, por uma obrigação. Sabes o que nunca lá deixa de cair? É aquela corrente de pecados e de horrendos crimes. São os actos de amor que Me mandam, é assim que Me consolam, é assim que me desagradam, é assim que Me amam!” (...) Não crêem na Minha existência, não crêem que Eu habito lá. Blasfemam contra Mim. Outros acreditam, mas não me amam, não me visitam, vivem como se eu lá não estivesse. Anda para lá, são tuas as Minhas prisões, escolhi-te para Me fazeres companhia naqueles abrigos, tantos, tão pobrezinhos! Mas lá dentro, oh, que riqueza! É a riqueza do Céu e da terra.”) -8-11-34.
 
4. A Comunhão Espiritual
4.1. Importância e necessidade da Comunhão Espiritual
            Associada à Adoração Eucarística vem a Comunhão Espiritual. Esta é recomendada pela Igreja e sobre ela abundam testemunhos de muitos santos.
Jesus revelou a Santa Margarida Maria Alacoque a importância sobre o desejo de O receber, ao dizer: ”Para Mim é de tal modo querido o desejo que uma alma tem de me receber, que Eu me precipito nela cada vez que ela me chama com os seus desejos.” E a Santa Catarina de Sena, numa visão, Jesus mostrou-lhe dois cálices, e disse-lhe: “Neste cálice de ouro ponho as tuas comunhões sacramentais; e neste cálice de prata ponho as tuas comunhões espirituais. Estes dois cálices são-me muito agradáveis.”
            O privilégio das comunhões espirituais é o de poder ser feita quantas vezes quisermos, quando quisermos e onde quisermos
A Comunhão espiritual é a união de amor entre a alma e Jesus-Hóstia” - diz o P. Stefano Manneli – “união mais real do que a própria união em nós da alma com o corpo,” “porque a alma vive mais onde ama do que onde vive”, diz S. João da Cruz. Refere o P. Manelli  que a Comunhão Espiritual satisfaz, pelo menos em parte, aquela ânsia ardente de ser sempre “um” com quem ama”. Por ela, ficamos unidos a Jesus  ainda que estejamos longe de Sua morada, recomendando que “é conveniente fazer a Comunhão Espiritual especialmente quando se assiste à Santa Missa e não se pode fazer a Comunhão Sacramental.”
            São Pio de Pietrelcina deixa-nos um conselho a este propósito: “Durante o dia, quando não podes fazer outra coisa, chama por Jesus, mesmo no meio de todas as tuas ocupações, com um gemido resignado da alma, e Ele virá e ficará sempre unido com tua alma por meio da Sua graça e do Seu santo amor. Voa com o teu espírito para diante do Sacrário, quando lá não podes ir com o teu corpo, e lá desafoga os teus ardentes desejos e abraça o Amado das Almas, como se tivesses podido recebê-lO sacramentalmente.”
            A comunhão espiritual compreende o desejo da comunhão sacramental e exige a Acção de Graças pelo dom recebido de Jesus. O P. Manelli realça que “este santo exercício pode encher os nossos dias de amor e de encanto, pode fazer-nos viver com Jesus, numa plenitude de amor, e só depende de nós que o renovemos frequentemente e que não o interrompamos quase nunca.”

4.2. – Como fazer a Comunhão Espiritual
            A Comunhão Espiritual supõe a fé, compreende o desejo da Comunhão Sacramental e exige a Acção de Graças pelo dom recebido de Jesus.
            Para o efeito, Santo Afonso Maria de Ligório deixou-nos esta fórmula simples de oração que pode ser seguida por qualquer pessoa: “ Meu Jesus, eu creio que Vós estais no Santíssimo Sacramento. Eu Vos amo sobre todas as coisas. Eu Vos desejo na minha alma. E já que agora não posso receber-Vos sacramentalmente, vinde pelo menos espiritualmente ao meu coração… (pausa). Como já tendo vindo, eu vos abraço e me uno todo a Vós. Não permitais que eu me separe mais de Vós.” Podemos acrescentar: Obrigado, Senhor, por todo o Vosso amor. Ajudai-me a amar-Vos cada vez mais. Amén.
Outra fórmula pode ser usada, como esta: “Ó meu Jesus, eu desejo ardentemente receber-Vos com aquele espírito de amor e de devoção com que Vos recebeu a Vossa Mãe Santíssima, com o espírito e o fervor dos santos.”
Jesus, meu Senhor e meu Deus, eu Vos adoro e preciso de Vós. Vinde, por favor, ao meu coração, agora.
             Nunca esquecer a oração de acção de graças.
5. Orientações para organização:
a) A nível paroquial, toda a organização deve proceder de uma estreita união com o pároco local, cabendo a este apoiar e estimular as iniciativas dos leigos, cabendo-lhe zelar pela forma de culto, de modo a que tudo se realize com a devida honra e dignidade que se deve ao Senhor e ao respeito pelas normas da Igreja neste âmbito.
b) As pessoas inscrevem-se, fixando elas próprias o horário que lhes seja mais favorável para a oração ou visita espiritual ao Senhor, no sacrário da sua igreja ou igrejas no seio da paróquia, ou outras em relação aos quais desejem desagravar o Senhor. (Horários de 15 minutos diários, meia hora, 1 hora ou mais).
c) Deverá zelar-se no sentido de incentivar tempos de adoração nocturna, na medida em que as pessoas mais aptas para o efeito se prontifiquem, estabelecendo o seu horário ou plano (uma vez por semana, uma vez por mês..., conforme a disponibilidade pessoal).
d) Deverá incentivar-se a adoração nas noites de 5ª feira, entre as 21h e a meia noite, com especial incidência a partir das 23 horas.
e) Incentivem-se as crianças e os jovens a tomar parte nesta obra de amor para com o Senhor (e veremos certamente maravilhas de crescimento espiritual, de santificação, de despertar de vocações de serviço eclesial, para além de outros favores do Céu, pois Deus nunca se deixa vencer em generosidade).
f) As inscrições, tanto para efeito estatístico como para possível programação de alguma actividade a nível interparoquial, diocesano ou nacional podem ser enviadas para o seguinte endereço provisório: Obra Filioli Mariae – Rua do Rossio, 39 - 7200-053 Montoito / E-mail: obrafiliolimariae@sapo.pt
g) Os contactos com a Obra serão feitos, normalmente, através dos Párocos, por si mesmos, ou através de uma ou mais pessoas que os mesmos designem como responsáveis intermediários da paróquia para este serviço.
h) As restantes orientações para efeitos de organização de actividades relacionadas com a Obra serão comunicadas após a recepção das listagens com os nomes dos/as inscritos/as.
i) Da ficha de inscrição deve constar, para além do nome da pessoa, a morada, a idade, estado civil, habilitações literárias, profissão, serviço ou actividade que desempenha na paróquia, horário possível para oração ao Senhor.
 
6. Conclusão
Com D. José Policarpo (idem), como que avalizamos esta iniciativa de carácter espiritual em ordem à adoração de Jesus Sacramentado, como uma forma organizada, também do ponto de vista pastoral, a desenvolver na Igreja, e que pode trazer abundantes fruto, quando afirma que   “a adoração eucarística é atitude profundamente pessoal, mas tem sempre dimensão comunitária. Talvez mais do que em qualquer outra circunstância, é a pessoa concreta, no concreto da sua vida, cujo íntimo só Deus conhece, que está diante do Senhor. A dimensão comunitária não significa, nem exige, que se faça da adoração uma oração comunitária. Esta dimensão exprime-se, sobretudo, no facto de a pessoa que adora sentir e saber que nela é a Igreja que adora, que ela adora, por aqueles que não adoram. A pedagogia pastoral da adoração deve valorizar o silêncio, até que a pessoa entre, através da oração, no silêncio de Deus, que não é ausência, mas presença devoradora. O silêncio de Deus está repleto de vida. Todos os meios que pastoralmente se proporcionarem, devem apenas propiciar elementos para ajudar cada um a ser pessoal, individual, como o Tu de Jesus Cristo”.
 
Concluímos com um apelo de São Pedro Julião Eymard, bem vivo e candente para os nossos tempos:
 
O grande mal de nossa época é que não vamos a Jesus Cristo como a seu Salvador e a seu Deus. Abandona-se o único fundamento, a única fé, a única graça da salvação... Então o que fazer? Retornar à fonte da vida, mas não ao Jesus histórico ou ao Jesus glorificado no céu mas sim ao Jesus que está na Eucaristia. Temos que fazê-lo sair de seu esconderijo para que possa de novo colocar-se à cabeça da sociedade cristã... Que venha cada vez mais o reino da Eucaristia: Adveniat regnum tuum!"
 
Notas finais:
 
Ao Coração Imaculado de Maria, nossa Mãe Santíssima, consagramos esta Obra, na sua essência, para louvor de Seu Divino Filho e para glória de Deus Pai, na comunhão do Divino Espírito Santo.
A São José confiamos toda a actividade da Obra rogando o patrocínio da sua poderosa intercessão para maior honra e glória de Jesus e de Maria.
À Beata Alexandrina agradecemos o seu zelo de amor para com Jesus nos sacrários e a inspiração que, do Senhor, por ela nos vem para O adorar e amar nos Sacrários, qual “Prisioneiro de Amor” por todos os homens.
Aos Santos Anjos rogamos o seu amparo e zelo pelo amor de adoração ao Senhor, sob o manto protector de Maria, sua Celeste Rainha.
Com o Beato Franciso Marto adoremos com amor terno e reparador a “Jesus escondido”; com a Beata Jacinta, amemos o Coração Eucarístico de Jesus através do Coração Imaculado de Maria.
Na Comunhão dos Santos nos unimos em adoração ao Senhor Sacramentado, para honra e glória da Santíssima Trindade.                                                
Nota: Sem qualquer ideia de se ter fixado a data de 11 de Agosto de 2008 para finalizar estas orientações, dia de Santa Clara, fundadora das Irmãs Clarissas cujo carisma se centra na adoração ao Santíssimo Sacramento, colocamos esta obra também sob o seu amparo espiritual, e lhe pedimos para não nos deixar perder de vista a adoração presencial a Jesus Eucaristia.
 
NOTA: Após termos elaborado este documento, um sacerdote amigo falou-nos das “Casas da Adoração” e de outras associações ou movimentos que iam no mesmo sentido do que aqui é proposto. A “Obra Filioli Mariae” não se choca com nenhuma outra obra na Igreja. Pode ser uma transição para um tempo novo e para alguma coisa mais consistente. Por exemplo, as revelações a Marie Benoîte Angot (de que tivemos conhecimento por esse sacerdote) e que levaram já à constituição da “Ordem os Leigos Consagrados”, oficialmente aprovada pela Igreja, reportam-se a revelações de Jesus e de Nossa Senhora sobre a adoração eucarística no seio das famílias, com vista à implementação das “Casas de Adoração”. Ora, a Obra Filioli Mariae é como que uma abertura simplificada com vista á Adoração do Senhor que pode ser concretizada no coração de qualquer cristão sensível à necessidade de amar e consolar Jesus nos Sacrários no carisma tão intensamente vivido da Serva de Deus Beata Alexandrina Maria da Costa, num tempo em que parece cada vez mais necessário atender aos apelos e anseios do Coração de Jesus tantas vezes manifestados a esta Sua filha portuguesa.
 Alguma biografia de apoio à oração de adoração ao Senhor
·       Junto ao Altar”, edição da Cidade do Imaculado Coração, muito simples e acessível a todas as pessoas, pode servir de apoio à oração diária. Este livrinho tem a vantagem de procurar desenvolver um tempo de oração em união com Maria, nossa Mãe, sendo de todo recomendável que a oração ao Senhor seja sempre precedida e/ou acompanhada de um acto de entrega ao Senhor em união com a Sua Mãe Santíssima.
·       “O Sacrário - Encontros com Jesus”,  uma obra de muito interesse espiritual de Maria Stella Salvador, da Editora Paulus.
·       “Faz-me companhia”, de Maria Stella Salvador - da Associação Mensageiros da Mãe da Verdade - Apartado 136 - Fátima.
·       “Vigiai e Orai” – um livrinho com edição brasileira que pode também ser encontrado na Ordem de Santa Cruz - Obra dos Santos Anjos.
·       “Lendo na Paixão do Senhor - Jesus no Monte das Oliveiras”, de Michael Georg Plochl, da Associação Santos Anjos - Brasil, e que pode ser encontrado nas casas da Ordem da Santa Cruz - Obra dos Santos Anjos, em Portugal.
·       “Diante do Senhor - Visitas ao Santíssimo Sacramento”- da Editorial Missões-Cucujães.
·       “Jesus – Nosso Amor Eucarístico”, do P.e Stefano M. Manelli, FI, edição de Cidade do Imaculado Coração de Maria
·       Manual do Apostolado de Oração”....
·       “Deus connosco”-Edições Boa Nova - Fraternidade Missionária Cristo Jovem-Requião
·       “Povo Meu que te fiz Eu? – idem
·       “Apaixonados pela Eucaristia – com João Paulo II e Teresa de Lisieux”, de Marie- Michel, Editorial A.O.-Braga
·       “O Mistério do Amor Vivo”-pedidos a Candida Morisot – Rua Joaquim Floriano, 733-04534 São Paulo-SP (Brasil)
·       “Caminho de Amor- uma espiritualidade para os leigos deste tempo”, de Marie Benoîte Angot. Editor e distribuidor: ” Rei os Livros”-Lisboa.
·       “Ladainho da Coração de Jesus-meditações”, por João Paulo II- Editorial A.O.-Braga
E uma série de outras obras que podem ser subsídios valiosos para nosso crescimento no Amor a Jesus Sacramentado.
               
                                                                                                             - Montoito, 11 de Agosto de 2008(Portugal)


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