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Artigo N.º 1496 - NA TUMBA - Revelações de Jesus à Mística Maria Valorta
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Postado em: 23/04/09 às 22:07:50 por: James
Categoria: Artigos Site Aarão
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Três dias? O Poder da Oração.

A tortura de Maria continuou com assaltos periódicos, até a aurora de Domingo. Eu tive, na Paixão, somente uma tentação. Mas minha Mãe, a Mulher, expiou pela Mulher, culpada de todos os males, muitas e muitas vezes. E Satanás contra a vencedora enfureceu-se com uma ferocidade cem vezes maior.

Maria o tinha vencido. Por isso, contra Maria foi a mais forte das tentações. Tentação para a carne de Mãe. Tentação para o espírito da Mãe. O mundo crê que a Redenção terminou com o Meu último suspiro. Não. Ela foi completada pela Mãe, que acrescentou a sua tríplice tortura para pagar pela tríplice concupiscência, lutando contra Satanás, que a queria levar a negar a minha palavra, e a não crer na minha Ressurreição. Maria foi a única que continuou a crer. Grande e Bem-Aventurada Ela é, também por esta Fé.
            Tu conheceste também isto. O tormento que corresponde ao meu tormento no Getsêmani. O mundo não compreenderá esta página. Mas aqueles que estão no mundo sem serem do mundo, a compreenderão, e um amor maior terão para com a Mãe das Dores…
 “As orações ardentes de Maria anteciparam por algum tempo a minha Ressurreição.
            Eu havia dito: “O Filho do Homem está para ser morto, mas ao terceiro dia ressurgirá”. Eu havia morrido às três da tarde de Sexta-Feira. Quer calculeis os dias, dizendo os seus nomes, quer os calculeis por horas, não era a aurora do domingo a que devia me ver ressurgir. Como horas, eram somente trinta e oito, em vez das setenta e duas, as que o meu corpo permaneceu sem vida. Como dias, devia pelo menos chegar a tarde deste terceiro dia para se poder dizer que Eu havia ficado três dias na tumba.
            Mas Maria antecipou o milagre. Foi como quando, com sua oração Ela abriu os Céus, com a antecipação de cerca de um ano sobre a época prefixada, para dar ao mundo a sua salvação, assim agora Ela obteve a antecipação de algumas horas, para dar um conforto ao seu coração, que estava morrendo.
            E Eu, desci como o sol e, com o meu fulgor, desfiz os selos humanos, tão inúteis diante do poder de um Deus, de minha força Eu fiz uma alavanca para fazer revirar a pedra, que inutilmente estava sendo velada, com meu aparecimento fiz um fulgor que aterrorizou os três inúteis guardas, lá postos para vigiarem uma morte que era vida, e que nenhuma força humana podia impedir que assim fosse.
            Bem mais poderoso do que a vossa corrente eléctrica, o meu Espírito entrou, como uma espada de Fogo divino, a esquentar os frios despojos do meu cadáver, e ao novo Adão o espírito de Deus bafejou-lhe a vida dizendo a Si mesmo: “Torna a viver. Assim Eu quero”
            Eu vou revestir-me de novo com uma veste que não é desta terra, que é tecida por Aquele que é o meu Pai… Eu estou revestido de esplendor. Eu me orno agora com as minhas chagas, que não soltam mais sangue, mas soltam a Luz. Aquela Luz, que será a alegria de minha Mãe e dos bem-aventurados, e um terror insuportável para a vista dos malditos e dos demónios
 
Oração de Maria na Madrugada do Domingo da Ressurreição.
 
“Jesus, Jesus! Ainda não vais voltar? Tua pobre Mãe já não resiste ao lembrar que estás morto. Tu falaste e ninguém te entendeu. Mas Eu entendi: “Destruí o Templo de Deus, e Eu o reedificarei em três dias”. Oh! Meu Jesus! Não fiques esperando que se complete o tempo, para voltares à vida, à tua Mãe, que tem necessidade de ver-te vivo, para não morrer de tanto pensar que estas morto, e que tem necessidade de ver-te belo, são triunfante, e para não morrer de tanto se lembrar de Ti nesse estado como te deixaram!
            Oh! Pai! Pai! Entrega-me o meu Filho! Que Eu o veja voltar como Homem, e não como um cadáver, um Rei, e não um condenado. Depois, Eu o sei, Ele volta para Ti, no céu. Mas Eu o terei visto triunfante, depois de tanta luta, o terei visto como Deus, depois de passar por uma humanidade sofrida em favor dos homens. E me sentirei feliz, mesmo perdendo sua vizinhança. Eu saberei que Ele estará contigo, Pai Santo, e o saberei longe para sempre da dor, porque por enquanto Eu não posso. Porque, por enquanto Eu não posso esquecer-me de que Ele está no sepulcro, de que lá Ele está morto pelas muitas dores que lhe causaram e que Ele, o meu Filho Deus, nivelou sua sorte à dos homens, na escuridão de um sepulcro, Ele, o Teu Vivente.
            Pai, pai, escuta a tua serva. Por aquele “sim”. Eu nunca te pedi nada pela minha obediência ás tuas vontades. Era a Tua vontade, e a Tua vontade era a minha. Nada Eu podia exigir pelo sacrifício da minha vida a Ti, ó Pai Santo. Mas agora, por aquele “sim”, que Eu disse ao anjo mensageiro, ó Pai, escuta-me! Ele já está livre das torturas, porque cumpriu tudo com a agonia de três horas, depois das crueldades da manhã. Tu estás vendo o meu coração, e percebes as palpitações dele. O nosso Jesus disse que não cai uma pena de um passarinho, sem que Tu a vejas, e que não morre uma flor no campo, sem que Tu a consoles da aflição, com o Teu sol e o Teu orvalho. Oh! Pai, Eu morro com esta dor. Trata-me como ao passarinho, que tu revestes com novas penas, e à flor que Tu aqueces e dessedentas com a Tua piedade. Eu vivo enregelada pela dor. Não tenho mais sangue nas veias. Uma vez ele se transformou todo em leite, para nutrir o Teu e meu Filho. Mas agora ele se transformou todo em pranto, porque eu não tenho mais o Filho. Eles o mataram, Pai, e Tu sabes de que modo!
            Não tenho mais sangue! Eu o derramei com Ele na noite da quinta-feira, e na funesta sexta-feira. Estou sentindo frio, como alguém que se esvaiu em sangue. Não tenho mais Sol, porque Ele morreu, o meu Santo Sol, o meu bendito Sol, nascido do meu seio para alegria de sua Mãe e para salvação do mundo. Não tenho mais alívio, porque não O tenho mais, a Ele que era a mais doce das fontes para a sua mãe e para a salvação do mundo. Não tenho mais alívio porque não O tenho mais, a mais doce das fontes para a sua Mãe, que bebia suas palavras e se dessedentava com a sua presença. Eu sou como uma flor em um canteiro de areia ressequida. Eu estou morrendo, Pai Santo! E de morrer eu não tenho medo, pois até Ele morreu. Mas, o que vai acontecer a estes pequenos, o pequeno rebanho de Meu Filho, se não há quem o dirija? Eu sou um nada, ó Pai. Mas pelos desejos de meu Filho, Eu seria como uma multidão ordenada de homens armados. Eu defendo, defenderei a sua doutrina e sua herança, assim como uma loba defende os seus lobinhos. Eu, a ovelha, me transformarei em loba para defender o que é do meu Filho, e também o que é Teu.
            Tu o viste, ó Pai. Há oito dias que esta cidade despojou de folhas as suas oliveiras, depois os seus jardins e os seus habitantes, pondo-se a gritar até ficar rouca: “Hossana ao Filho de David, bendito seja o que vem em nome do Senhor.” E, enquanto Ele ia passando por sobre tapetes de ramos, de vestes, de tecidos e flores, os cidadãos o mostravam, dizendo: “É Jesus, o profeta de Nazaré da Galileia. É o Rei de Israel”. E quando não haviam ainda murchado aqueles ramos, e as vozes estavam roucas de tanto gritar hossanas, eles mudaram o seu grito, dizendo acusações e maldições pedindo a sua morte. E, daqueles ramos que haviam sido arrancados para celebrar o triunfo do Nazareno, eles fizeram outros tantos cacetes e varas para baterem no Teu Cordeiro, que eles iam conduzindo para a morte. Se tudo isso eles fizeram, enquanto Ele estava entre eles, e sorria para eles, e os olhava com aqueles olhos que comovem os corações, e fazem tremer até as pedras, se por Ele forem olhadas, e os abençoava e ensinava, que é que eles farão, quando Ele tiver voltado para Ti?
            Os seus discípulos, Tu os vistes. Um deles o traiu. Os outros fugiram. E bastou que Ele fosse atacado, para que eles fugissem como ovelhas medrosas, e nem souberam ficar ao redor dele, quando Ele estava morrendo. Somente um, o mais novo deles, é que ficou. Agora vem vindo o ancião (Pedro). Mas ele já o negou uma vez. Quando Jesus não estiver mais aqui para olhá-lo, saberá ele permanecer na Fé?
            Eu sou nada. Mas um pouco do Meu Filho está em Mim, e o meu amor põe fim à minha fraqueza, anulando-a. E assim eu me torno alguma coisa útil à causa do Teu Filho e à sua Igreja, que nunca terá paz e que precisa lançar raízes profundas, para não ser arrancada pela ventania. Eu serei quem toma cuidado dela.
            Como uma hortelã diligente, Eu velarei para que Ela cresça forte e erecta, desde sua manhã. Depois eu não ficarei preocupada, ao morrer. Mas viver eu não posso, se Eu ficar por muito tempo sem Jesus.
            Oh! Pai que abandonaste o Teu Filho para o bem dos homens, mas que depois o confortastes, porque certamente o recebeste em Teu seio depois da morte, não me deixes mais no abandono. Eu padeço com Ele, e o ofereço para o bem dos homens. Mas, conforta-me agora, ó Pai! Ó Pai, piedade. Piedade, meu Filho. Piedade Divino Espírito. Lembra-te da tua Virgem!”…
 
Maria agora está prostrada com o rosto por terra. A janela se abre, com um barulhento abalo dos pesados batentes, e, com o raio do sol, entra Jesus.
            Maria, que levou um susto com aquele barulho, levantou a cabeça para ver de que lado veio o vento que moveu os batentes, e vê seu Filho irradiando Luz: Ele está belo, infinitamente mais belo do que antes de ter padecido, sorridente, vivo, luminoso mais do que o sol, vestido de um branco que parece uma luz tecida, e que vem andando para o lado Dela.
            Ela se põe de joelhos e ajuntando as mãos cruzadas sobre o peito, diz com um soluço, que é de sorriso e pranto: “Senhor, meu Deus!” E fica assim arrebatada, ao contemplá-lo com o rosto banhado em lágrimas, mas que ficou sereno, acalmado em seu sorriso e pelo êxtase.
            Mas Ele não quer vê-la assim, sendo Ela sua Mãe, de joelhos como uma serva. Por isso, a chama estendendo-lhe as mãos, de cujas feridas saem raios que fazem ficar mais luminosa a sua Carne gloriosa, e lhe diz: “Minha Mãe!” mas já não é mais a palavra aflita dos colóquios e das despedidas de antes da Paixão, nem são como aquela lamentação dilacerante do encontro sobre o calvário e a da agonia. Mas é um grito de triunfo, de libertação, de festa, de amor, de gratidão. E Ele se inclina sobre sua Mãe, e lhe põe as mãos por baixo dos cotovelos dobrados, e a põe de pé, aperta-a sobre o coração, e a beija.
            Oh! É aí que Maria compreende não estar se tratando de uma visão, mas que é o Filho realmente ressuscitado, que é o seu Jesus, o Filho que ainda a ama como Filho. E, com um grito, Ela se joga ao seu pescoço, e o abraça, e beija, na fronte onde não há mais feridas, sobre a cabeça, não mais despenteada e ensanguentada, sobre os olhos agora fúlgidos, sobre as faces já curadas, sobre a boca, não mais inchada. E depois, pega-lhe nas mãos, beija-as nas costas e nas palmas sobre as feridas que emitem raios, e, de repente, se curva a seus pés, e os descobre, tira-os debaixo da veste brilhante, e os beija.
            Depois se levanta, olha para Ele, e não se atreve a continuar.
            Enquanto isso, Ele sorri, e compreende. Entreabre a veste sobre o peito e diz: “E esta, minha Mãe, não a beijas? Foi esta que te causou tanto mal e só Tu és digna de beijar! Beija-me o Coração, minha Mãe. O teu beijo me tirará a lembrança de tudo o que é dor, me dará aquela minha alegria de Ressuscitado.”
            E prende entre as sua mãos o rosto da Mãe, e apoia os lábios dela dos da ferida do lado, da qual saem fluxos de uma Luz vivíssima. O rosto de Maria está aureolado por aquela Luz, de tão mergulhado que ele está dentro dos raios.
            Ela beija e torna a beijar, enquanto Jesus a acaricia. E não se cansa de beijar. Parece alguém que está sedento e aplicou a boca sobre a fonte e que bebe agora a vida que lhe ia escapando.
            “Tudo está acabado, minha Mãe. Agora não tens mais que chorar por Teu Filho. A prova terminou. A Redenção chegou. Minha Mãe, obrigado por me teres concebido, criado, ajudado na vida e na morte. Eu ouvi quando chegaram a Mim as Tuas orações. Elas foram a minha força na dor, as minhas companheiras na minha viagem sobre a Terra e para lá da Terra. Elas me acompanharam na Cruz e no Limbo. Elas eram o incenso que ia à frente do Pontífice, que ia chamar os seus servos para levá-los ao Templo que não morre: ao meu Céu. Elas vieram comigo até ao Paraíso, precedendo, como uma voz angelical, o cortejo dos redimidos guiados pelo Redentor, para que os anjos estivessem prontos para saudar o Vencedor, que voltava para o seu Reino. Elas foram ouvidas e vistas pelo Pai e pelo Espírito, que por isso sorriram, como fariam, vendo a mais bela das flores e o canto mais doce, nascidos no Paraíso. Elas foram conhecidas pelos Patriarcas e pelos novos Santos, os primeiros cidadãos da minha Jerusalém, e Eu te trago o “muito obrigado” deles, minha Mãe, junto com o beijo dos pais (Joaquim e Ana) e com sua bênção, e também do teu esposo pela alma, José.
            Todo o Céu canta seu hossana a Ti, Minha Mãe, Minha Santa Mãe! É um hossana que não cessa, e que não é mentiroso, como aquele que para Mim cantaram à poucos dias.
            Agora Eu vou para o Pai com a minha veste humana. O Paraíso precisa ver o Vencedor com sua veste de Homem, com a qual Ele venceu o Pecado do Homem. Mas depois, Eu voltarei ainda. Eu devo confirmar na Fé os que não crêem ainda e que precisam crer para levar os outros a crer. Eu preciso fortificar os fracos, que terão necessidade de minha fortaleza para resistirem ao mundo.
            Depois Eu subirei ao Céu. Mas Eu não te deixarei sozinha, minha Mãe. Estás vendo aquele véu? Eu, no meu aniquilamento, usei ainda do poder de fazer um milagre para Ti, a fim de dar-te algum conforto. Mas para Ti Eu vou fazer um outro milagre. Tu me terás no Sacramento, tão real, como quando Tu me levavas contigo. Nunca estarás sozinha. Nestes dias passados, Tu ainda estiveste. Mas para a Redenção era necessária também esta dor, porque muitas coisas de pecado serão continuamente criadas. Eu chamarei todos os meus servos para esta co-participação redentora. Tu és aquela que, sozinha farás mais do que todos os santos juntos. Por isso é que era necessário também este abandono.
            Mas agora não o é mais. Eu não estou separado do Pai. Tu não estarás separada do Filho, e, tendo o Filho, tens a nossa Trindade. Como um Céu Vivo, Tu levarás sobre a Terra a Trindade entre os homens, e santificaras a Igreja, Tu, Rainha do Sacerdócio, e Mãe dos Cristãos. Depois Eu virei para levar-te. E não serei mais Eu em Ti, Mas Tu em Mim, no meu Reino, a fim de tornar mais belo o Paraíso. Agora Eu me vou, minha Mãe. Vou para fazer feliz a outra Maria. Depois subirei ao Pai. E de lá Eu virei aos que não crêem.
            Minha Mãe. Dá-me o Teu beijo como bênção, e que a minha paz seja a Tua companheira. Adeus.”
            E Jesus desaparece no sol, cujos raios descem a jorro do céu, nesta manhã serena.

(Gentileza - Antonio, de Portugal)


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