Postado em: 26/11/10 às 21:13:16 por: James
Categoria: Destaque
Link: http://www.espacojames.com.br/?cat=41&id=6730
Marcado como: Artigo Simples
Ver todos os artigos desta Categoria: Destaque
O antigo presidente do Comitê Pontifício para as Ciências Históricas, criado cardeal no sábado passado, afirma isso em um novo livro em italiano, "Ateismo? No grazie! Credere è ragionevole" [Ateísmo? Não, obrigado! Crer es racional, N. da T.], publicado pela Libreria Editrice Vaticana.
A obra apresenta uma entrevista feita ao prelado por Ingo Langner, jornalista, publicitário e diretor de cinema, sobre as questões mais debatidas: Deus existe? Fé ou ateísmo? Ciência ou religião? Deus: sim ou não?, entre outras.
A entrevista começa quando Langner pergunta, citando Richard Dawkins: “Por que continuar acreditando?”.
O cardeal Brandmüller responde: “A pergunta não é nova. Friedrich Nietzsche anuncia que Deus está morto e Yuri Gagarin, o primeiro russo a ir ao espaço, disse, em sua viagem de 12 de abril de 1962, que em nenhum lugar viu algo que se parecesse com Deus. Dawkins não reconhece Deus sequer como hipótese. Para ele, Deus é uma alucinação que só existe na mente da pessoa”.
“Na verdade, o objetivo dos ateus não é tanto Deus, mas a Igreja, o Papa e o Vaticano”, disse o prelado. Acrescentou que a Igreja foi atacada desde o começo da era cristã; o Papa, durante 2 mil anos; e o Vaticano, desde que existe.
O cardeal se dirigiu ao tema dos milagres, recordando o que aconteceu em Calanda, pequeno povoado próximo a Zaragoza (Espanha), onde havia um jovem chamado Miguel Pellicer, cuja perna foi amputada. Dois anos mais tarde e apesar da dificuldade para caminhar, o jovem empreendeu a viagem ao santuário mariano de Nossa Senhora do Pilar, em Zaragoza.
Chegando ao santuário, rezou intensamente a Maria, para que o ajudasse. Na noite daquele dia, algo incrível aconteceu. Quando ele acordou, na manhã seguinte, sua perna estava inteira, perfeitamente saudável.
Para explicar os milagres, o cardeal Brandmüller cita William Shakespeare, que disse aos seguidores do Iluminismo: “Existem mais coisas entre o céu e a terra do que vossa erudição escolástica pode imaginar”.
O prelado explicou que “o homem moderno quer chegar a si mesmo por meio da realização pessoal, mas não tem êxito ao separar-se de Deus; só tem êxito quando volta a Deus”.
“Para o homem moderno, isso representa o filho pródigo que volta ao pai, ou seja, a Deus. Somente então o homem se realiza: quando reconhece o que é e para que Deus o criou.”