Postado em: 24/12/09 às 07:14:26 por: James
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A lei foi aprovada ontem pela Assembleia Legislativa do Distrito Federal
MÉXICO, quarta-feira, 23 de dezembro de 2009 (ZENIT.org).- Para o arcebispo da Cidade do México, cardeal Noberto Rivera, “uma união formal entre pessoas do mesmo sexo pode ser tudo, porém jamais um casamento, e pelos valores cristãos será sempre imoral”.
A medida foi anunciada em declarações à imprensa após a Assembleia Legislativa do Distrito Federal (principalmente a maioria de esquerda), equivalente ao Congresso local da capital mexicana, aprovada ontem por 39 votos a favor, 20 votos contra, e cinco abstenções à união matrimonial civil entre homossexuais.
Os casais de mesmo sexo podem ter acesso aos direitos com a união patrimonial, para a obtenção de créditos bancários, herança, acesso aos benefícios de seguro social e adotar crianças.
Desta maneira o Distrito Federal se converte na primeira cidade da América Latina em permitir este tipo de união.
Há 2 anos a Cidade do México reconhece os direitos dos casais homossexuais mediante a uma “lei de convivência”, que com certas restrições respeita os casais homossexuais.
O cardeal Rivera assegurou que “não existe nenhum fundamento racional ou ético para assimilar ou estabelecer analogias, nem sequer remotas, entre as uniões homossexuais, e o desígnio de Deus sobre o matrimônio e a família.
Não é discriminar
No entanto, o cardeal disse que a oposição aos matrimônios homossexuais não é uma discriminação, mas “reconhecer e defender o matrimônio como instituição essencialmente heterossexual.”
“Nossos filhos e jovens correm um grave risco, ao ver como normal este tipo de união, e podem entender equivocadamente que as diferenças sexuais são um simples tipo de personalidade”, indicou o cardeal, dizendo que assim se deixa de apreciar a dualidade da sexualidade humana “que é uma condição de procriação e, portanto, de conservação e desenvolvimento da humanidade”.
O arcebispo da Cidade do México afirmou que não vê muito futuro nesse tipo de união, devido a que “são poucas as pessoas homossexuais que desejam se unir ao abrigo desse regime com seu parceiro, o qual se pode observar nos países que já contam com esta lei, uma queda no número de tais uniões.”
Também entendeu que a aprovação dessa lei “será o antídoto para que os demais estados da República não sigam este exemplo perverso” e exortou os fiéis leigos a comprometerem-se “por vias legais contra estes atentados contra a própria sociedade e seus valores mais preciosos.”
“Os atos homossexuais, de fato, fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma verdadeira complementariedade afetiva e sexual”, completou o cardeal.
O prefeito da Cidade do México, Marcelo Ebrard, que parecia ter apoiado a iniciativa, deverá promulgar a nova reforma do Código Civil.
Se assim, os primeiros casamentos poderiam ser celebrados em fevereiro ou março, quando se cumpre o prazo legal para a publicação da lei.