Segundo a agência Fides, que reportou os dados desta Organização Não Governamental, há um padrão idêntico de comportamento na maioria destas situações

Nos primeiros 243 dias do corrente ano foram já registados 218 incidentes envolvendo a comunidade cristã. Estes dados divulgados na semana passada pela ONG Alliance Defending Freedom confirmam os relatórios entretanto publicados por outras organizações, como o United Christian Forum, que identificou, só no primeiro semestre deste ano, 158 episódios de violência contra cristãos em 23 estados da Índia, que causaram ferimentos em cerca de duas centenas de pessoas.

Segundo a agência Fides, que reportou os dados desta Organização Não Governamental, há um padrão idêntico de comportamento na maioria destas situações. Assim, é comum o aparecimento de muitas pessoas, normalmente “acompanhadas pela polícia” com um intuito claro: “perturbar um encontro de oração”. Nessas acções que também podem ser encaradas de intimidação aos cristãos, têm-se registado incidentes violentos com agressões a fiéis “incluindo mulheres e crianças”.

No seguimento destas altercações na ordem pública, explica ainda a agência de notícias, normalmente ocorrem detenções de responsáveis das comunidades cristãs sob a acusação de conversões forçadas.

Segundo A.C. Michael, activista católico e um dos líderes da ONG Alliance Defending Freedom, “nenhuma dessas acusações foi alguma vez confirmada em tribunal”. “De facto, quase todos” os líderes religiosos presos acabaram por ser libertados ou absolvidos “porque as acusações eram falsas e insustentáveis ​​e ninguém conseguiu fornecer evidências de conversões forçadas”.

No entanto, o resultado destes actos de violência acaba por ter resultados concretos na diminuição da prática religiosa por parte de membros da comunidade cristã que se sentem particularmente ameaçados.

Segundo a Alliance Defending Freedom, é possível afirmar que há restrições à prática religiosa “em grande parte do território indiano” calculando-se que isso acontecerá em 23 dos 28 Estados do país.

Fonte: https://www.fundacao-ais.pt/