Postado em: 28/11/16 às 12:07:32 por: James
Categoria: Destaque
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E de enorme relevância na Igreja
Quando fazemos orações por intercessão de algum dos mais de 10.000 santos católicos, é de se imaginar que nunca paremos para considerar a cor da sua pele – afinal, somos todos iguais e a cor da pele não faz a menor diferença. No entanto, é comum que, por desconhecimento, muita gente ainda se surpreenda ao perceber que muitos santos canonizados não eram brancos.
Entre eles, estão estes seis santos de enorme relevância na Igreja:
1. Santo Agostinho
Nos Estados Unidos, novembro foi escolhido para homenagear os católicos negros porque é o mês em que nasceu Santo Agostinho de Hipona. Este santo, que viveu uma eletrizante história de conversão, escreveu 96 livros e é um dos mais influentes pensadores de toda a história do cristianismo. Agostinho nasceu na Argélia: é descendente de berberes, um grupo étnico no norte da África.
2. Santa Mônica de Hipona
Só a Virgem Maria exerceu mais influência materna sobre a Igreja católica dos primeiros séculos do que esta santa, que foi mãe de ninguém menos que o grande Santo Agostinho. Atribui-se à sua piedade e perseverança a conversão ao cristianismo não apenas do filho, mas também do marido pagão e da sogra. Não à toa, Santa Mônica é padroeira das mães, das mulheres casadas e das pessoas que, assim como vários parentes desta santa, enfrentam a doença do alcoolismo.
3. São Martinho
Este é outro grande santo de pele negra cuja festa se celebra em novembro, no dia 3. São Martinho, ou Martim, como também pode ser chamado, era o filho ilegítimo de uma escrava liberta panamenha, provavelmente de ascendência africana e indígena, com um nobre espanhol que vivia no Peru. Por causa da tez escura e de ter nascido fora do casamento, Martim era considerado de baixo status social. Em vez de ficar ressentido, porém, ele preferiu transformar a sua compaixão pelos pobres e pelos desprezados em missão de vida e dedicou toda a sua existência a servi-los por amor a Cristo. É conhecido como São Martinho (ou Martim) de Lima ou também de Porres, sobrenome de seu pai. A imagem que ilustra este artigo é a dele.
4. Santa Josephine Bakhita
Esta santa sudanesa enfrentou desde a infância uma torrente de injustiças: foi sequestrada aos 7 anos de idade e vendida e revendida diversas vezes como escrava, até ser adquirida por um político italiano que a levou para a Itália e a entregou a um amigo, por quem, finalmente, ela passou a ser tratada como filha. Tocada pela fé católica, Josephine se converteu e, mais tarde, declarada livre da escravidão, decidiu ingressar na vida religiosa.
5. São Bento, o Mouro
São Bento, também chamado de Benedito ou Benito em algumas fontes, era filho de escravos que trabalhavam numa propriedade italiana. Foi libertado ainda criança, mas acabou, mesmo assim, trabalhando pesado no campo a exemplo dos pais. Certo dia, enquanto trabalhava sob o sol quente, um eremita passou e pediu aos vizinhos de Bento que não o ridicularizassem por causa da sua cor, declarando que o jovem faria grandes coisas um dia. Não muito tempo depois, Bento resolveu vender tudo o que possuía e se juntar a um grupo de eremitas, dos quais acabou se tornando o líder. Virou frade e foi ordenado sacerdote. Hoje é considerado o santo padroeiro das pessoas negras nos Estados Unidos.
6. São Maurício
Isso mesmo: o santo padroeiro do sul da Alemanha e de regiões da França, Espanha, Itália e Suíça era africano. São Maurício tinha se tornado general no exército romano. Mas quando recebeu ordens de comandar seis mil soldados africanos para esmagar uma rebelião contra o Império Romano, resolveu não obedecer porque descobriu que os dissidentes eram cristãos. Como punição, o imperador romano mandou executar Maurício e a maioria da sua tropa. Ele morreu, assim, fiel Àquele em quem acreditava.