Artigo N.º 11461 - Ministro francês: Estado laico ensina uma "nova religião" que bane a Igreja Católica. 
	Em entrevista  deixou claro esse fundo com palavras que dispensam comentários: 
	 
	“Não se pode fazer uma revolução que consista unicamente em realizações materiais; é necessário fazê-la nos espíritos. 
	 
	“Ora, até agora foi feita uma revolução essencialmente política, mas não a revolução moral e espiritual. 
	 
	“Portanto, deixamos à Igreja Católica o controle da moral e do espiritual. Agora é preciso substituir isso [...]. 
	 
	“Jamais poderemos construir um país de liberdade com a religião católica. Como tampouco se pode aclimatar o protestantismo na França, como foi feito em outras democracias. 
	 
	“É preciso inventar uma religião republicana. Essa religião republicana que deve ir junto com a revolução material, mas que de fato é uma revolução espiritual, é a laicidade. 
	 
	“E é por causa disso, aliás, que no início do século XX se começou a falar de fé laica, de religião laica, e que a laicidade pretendia criar um espírito público, uma moral laica e, portanto, a adesão a um certo número de valores.”
	 
	E ainda ele escreve em um muito comentado livro seu:
	 
	“A Revolução Francesa é a irrupção no tempo de algo que não pertence ao tempo; é um começo absoluto, é a presença da encarnação de um sentido, de uma regeneração e de uma expiação do povo francês. 
	 
	“1789, o ano sem igual, é o ano do engendramento de um homem novo por meio de um brusco salto da História. 
	 
	“A Revolução é um acontecimento meta-histórico, quer dizer, um acontecimento religioso. 
	 
	“A Revolução implica o esquecimento total daquilo que precedeu a Revolução. Em consequência, a escola tem um papel fundamental, porque a escola deve despojar a criança de todos seus apegos pré-republicanos para educá-la até virar um citoyen. (cidadão)
	 
	“É bem um novo nascimento, uma transubstanciação que se opera na escola e por meio da escola gera esta nova igreja com seu novo clero, sua nova liturgia e suas novas Tábuas da Lei.” 
	 
	(Vincent Peillon, La Révolution française n’est pas terminée, Seuil, Paris, 2008).