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Artigo N.º 539 - Medjugorje e as almas do purgatório
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Postado em: 02/10/08 às 13:10:25 por: James
Categoria: Artigos Medjugorje
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Queridos filhos ! Hoje desejo convidá-los a orar todos os dias pelas almas do purgatório. Para todas as almas é necessária a oração e a graça, para chegarem a Deus e ao Amor de Deus. Com isso, também vocês, queridos filhos, recebem novos intercessores, que os ajudarão na vida, a compreender que as coisas da Terra não são importantes para vocês; Que só o Céu é a meta para a qual vocês devem encaminhar-se. Por isso, queridos filhos, rezem sem descanso, a fim de que vocês possam ajudar a si mesmos e também aos outros, para os quais as orações trarão a alegria. Obrigada por terem correspondido a meu apelo (6/11/86)
Nesta mensagem, Nossa Senhora vem nos lembrar a importância das nossas orações pelas almas dos nossos irmãos que se encontram no purgatório. Essa devoção faz parte da tradição e da doutrina da Igreja Católica. Quando rezamos o credo dizemos, "creio na comunhão dos santos", esta comunhão é exatamente esta troca de oração entre nós, igreja militante e as igrejas purgante e triunfante.

Para aprofundarmos este assunto colocaremos agora uma parte de um texto tirado do livro "O maravilhoso segredo das almas do purgatório" - Editrice Shalom (Ancona). Este livro foi elaborado e escrito por Irmã Emmanuel da comunidade das bem-aventuranças residente em Medjugorje. Este livro já foi vendido milhões de cópias em todo o mundo e é uma entrevista importantíssima feita a Maria Simma, uma senhora austríaca, que desde sua infância foi incumbida por Deus de uma bela missão, rezar e dialogar com as almas do purgatório. Tudo isto de acordo com a doutrina da Igreja Católica subordinada ao seu diretor espiritual e ao bispo local. Segue abaixo o texto:

APRESENTAÇÃO DA ENTREVISTA

“As almas do purgatório me disseram... “
Uma alma mística ainda viva, que hoje tem 81 anos, chamada Maria Simma de Sonntag, nasceu na Áustria em 1915. Alma religiosa e mística foi favorecida de um carisma não muito raro na história da Igreja e das almas eleitas. Esta pobre senhora que estivera em três conventos onde passou um período de tempo, passou muito tempo ignorada segundo os planos de Deus e encontrou, pouco a pouco, sob a guia do seu Diretor espiritual, Pe. Alfonso Matt, a estrada da sua verdadeira vocação: o apostolado em favor das almas do purgatório e o seu testemunho não pode deixar de nos convencer. Maria Simma, há mais de 50 anos, é visitada pelas almas do purgatório. E que coisas dizem essas almas? Dão advertências e notícias, pedem sufrágio e falam do sofrimento que elas passam no purgatório (mesmo esperando alegremente encontrar-se cedo ou tarde no abraço de Deus); revelam aos vivos a imensa possibilidade que esses têm de aliviar o sofrimentos dos defuntos e de receberem em troca inumeráveis benefícios e ajuda para esta vida e a outra. O testemunho de Maria Simma tem como objetivo nos fazer refletir sobre os “novíssimos” (realidades futuras que nos aguarda após a morte) e quem sabe poderá ajudar-nos a mudar os nossos hábitos e começarmos a viver de uma maneira diferente, segundo a vontade de Deus. Sabemos que são muitos os canais que Deus se utiliza hoje para falar ao mundo, aos seus filhos, para ajudá-los em suas necessidades espirituais. Aproveitemos esta leitura e nos deixemos iluminar pelo Espírito Santo que age e fala através de seus eleitos.

Pe. Matteo La Grua



COMO E PORQUE ESTA ENTREVISTA



Há algum tempo tive a ocasião de ler com grande interesse um livro sobre as almas do purgatório. Fiquei muito comovida porque falava de testemunhos recentíssimos no qual explica muito bem a doutrina da Igreja sobre tal assunto.

Trata-se de um livro de Maria Simma, uma alma mística austríaca de título: “As almas do purgatório me disseram ...”

Escrevi subitamente à editora que me respondeu que Maria Simma ainda é viva.

Entrei em contato com ela. E ela aceitou encontrar-se comigo e responder às minhas numerosas perguntas.

Estava radiante de alegria, porque todas as vezes em que eu tinha ocasião de falar na Igreja ou em qualquer conferência sobre as almas do purgatório, havia sempre constatado o interesse imenso e incrível da parte dos meus ouvintes. Esses, muitas vezes me pediram para continuar a falar e, se eu resolvia acabar, insistiam dizendo: “conta-nos ainda qualquer coisa sobre estas almas”. Via bem que isto correspondia a um desejo muito vivo e de uma sede de saber que coisa acontece a todos nós depois da morte. Preciso dizer que estas coisas não são mais ensinadas nas paróquias, na catequese dominical, nas salas paroquiais; praticamente quase não se fala. Se bem que existe uma ignorância difundida sobre tal assunto, e também uma certa angústia frente a ouvir aquilo que são as realidades ultra-terrenas. O presente livro tem o objetivo não só de ajudar a colocar à parte tal angústia, que não tem motivo de existir no que diz respeito ao purgatório, mas, também, espero esclarecer e fazer compreender que na realidade o projeto de Deus sobre nós é verdadeiramente um projeto magnífico, esplêndido, verdadeiramente entusiasmante; e agora, nós temos nas nossas mãos um poder imenso sobre esta terra: o poder de dar a felicidade às almas dos nossos defuntos; como também, o poder de encontrarmos, nós mesmos, esta felicidade na nossa vida individual.

QUEM É MARIA SIMMA



Maria Simma tem hoje 84 anos e vive só na sua casa de Sontag, uma bela cidade nas montanhas de Vorarlberg, na Áustria, foi lá que eu a encontrei.

Quem é então Maria Simma?

Uma simples camponesa que desde a sua infância reza muito pelas almas do purgatório. Na idade de 25 anos recebeu de Deus um carisma muito particular na Igreja e também muito raro: o carisma de ser visitada pelas almas do purgatório. É uma católica fervorosa e também de uma grande humildade que me comoveu, de uma extrema simplicidade. Neste seu apostolado foi muito encorajada pelo seu pároco e também pelo seu Bispo, como veremos mais adiante. Mesmo com o aspecto extraordinário do seu carisma, ela vive pobremente, propriamente na indigência. Por exemplo, no lugar onde ela me acolheu (era eu a intérprete), tinha apenas um espaço para girar em torno da cadeira que ela havia me oferecido...

Carisma extraordinário? Sim, mas que na realidade tem as suas raízes na História da Igreja; de fato são numerosos os santos (canonizados ou não) que exercitaram este carisma. Citarei, por exemplo, Santa Gertrudes, Santa Catarina de Gênova, que escreveu muito a esse respeito, Maria Ana de Jesus, Santa Margarida Maria de Paray-le-Monial, que teve a visão do sagrado coração, o Santo Cura D’Ars, São João Bosco, a bem-aventurada Miriam di Bethleem, Natuzza Evolo da Pavarati, Don Giuseppe Tomaselli, e outros... poderia-se escrever um livro sobre este assunto. Mas quando nos firmamos nos ensinamentos destes santos, vemos bem que todos eles dizem propriamente a mesma coisa. Maria Simma, da sua parte faz reviver na realidade o belo testemunho de todos eles. Eis porque eu não hesitei em interrogá-la, dado que ela teve sorte de viver no nosso tempo. E assim é palpável. Eu poderia então pensar por que não poderia “enchê-la” de perguntas? O problema é que ela não fala nenhuma palavra em francês e por isto tive que servir-me de uma intérprete.

Para não estender muito este livro, em parte referir-me-ei eu mesma, resumindo, as respostas de Maria Simma, em parte reproduzirei a tradução de suas palavras.

Ajuntarei aqui e ali os meus comentários pessoais.

Ir. Emmanuel Maillard

PARTE 1



ENTREVISTA A MARIA SIMMA

Uma vocação especial

Emmanuel: Maria , poderia nos falar alguma coisa da tua infância e da tua vocação?

Ir. Emmanuel: Como nasceu em ti o amor pelas almas do Purgatório?

Maria: As almas do Purgatório são almas de pessoas que já morreram, mas que ainda não foram para o céu. São chamadas também de santas almas ou almas eleitas, termo biblicamente mais correto do que pobres almas, também, se de qualquer modo, definimos "pobres" , é correto, porque depende cem por cento de nós: os pobres dependem completamente uns dos outros.

Minha mãe Maria; Minha mãe teve sempre uma atenção toda particular pelas almas do Purgatório e eu também, desde os primeiros anos de escola, fazia muito por elas. Mais tarde decidi que por elas eu faria qualquer coisa, assim quando terminei a escola pensei: " Bem, irei para o convento, talvez Deus queira isso de mim". Assim, aos 17 anos entrei para o convento do Sagrado Coração de Jesus em Tirolo, mas em apenas seis meses me disseram: " para ser sincera, tu és muito delicada de saúde para estar conosco". Veja só, há oito anos tive uma pleurite e pulmonite e por isso era ainda delicado. Depois de um ano portanto deveria ir-me. Mas a madre superiora na hora de despedir-se disse-me: " estou segura que tu és chamada à vida religiosa. Porém, penso que deves esperar alguns anos até que tu se recupere da tua saúde , e depois tu poderás procurar uma ordem religiosa menos severa, talvez uma de clausura". Depois desse dia eu disse a mim mesma: " ou clausura ou nada. Não, não quero esperar, quero ir logo".

O segundo convento que fiz experiência foi os das Domenicanas de Thalbech vizinho a Bregenz. Depois, apenas passados oito dias me disseram: "tu és muito frágil fisicamente para nós, não podes ficar". Retornei para casa. Depois de algum tempo ouvi falar das irmãs missionárias. E pensei: " a missão, é isso que eu desejo! Agora entendo porque as outras duas ordens não haviam me preenchido". Assim pedi para ser admitida no instituto das Irmãs Franciscanas de Gossau, na Suíça. " sim podes vir". Esta foi a resposta.

Ao entrar nesse Instituto deveria dizer que já havia estado em outras duas ordens e que eu fora rejeitada. O resultado foi que como sempre me deram os trabalhos mais duros para desenvolver. As outras candidatas me diziam: "porque faz tudo sozinha? Nós nos recusaríamos". " Estais vendo!". Respondi. "o Senhor me ajudará, está bem assim? Farei tudo aquilo que pedirem". Depois um dia, as irmãs me disseram: "hoje tu podes ficar aqui e fazer um trabalho menos fadigoso". Então pensei: " isto significa que devo sair ou que viram que posso fá-lo!". Mas quando vi a mestra das candidatas descer a escada olhando-me com compaixão, então compreendi imediatamente: " Oh! Oh! devo retornar à casa!" De fato, se aproximou de mim e disse: " devo falar-te". " sim, eu sei, devo ir embora não é verdade? ". "Mas quem te falou? ". "Oh! Eu entendi olhando-a". "Sim, és muito delicada para nós".

Finalmente compreendi: se não posso estar ali, não poderei estar em nenum outro convento, porque não era, evidentemente, a vontade de Deus. Devo dizer que naquele momento a minha alma começou a sofrer muito. Era impaciente e dizia à Deus: "será tua culpa ó Deus, se não fizer a tua vontade!". Não sabia porém, que não devia cobrar este milagre de Deus. Era ainda muito jovem . Desejava muitas vezes que Deus me mostrasse o que ele queria que eu fizesse, mas não era capaz de entedê-lo. Esperava, ou melhor, queria sempre encontrar alguma coisa escrita à mão.

rezava muito por elas, dedicava à elas muitas ações que fazia com amor, guardando-as sempre no coração. Dizia muitas vezes a nós crianças, que se precisássemos de qualquer ajuda, deveríamos pedir as almas do Purgatório, porque são elas que te ajudam, por terem por nós um profundo sentimento de gratidão. Minha mãe era muito devota de São João Vianney, o conhecido Curad'Ares e ia freqüentemente a ARS em peregrinação. Sou quase certa que minha mãe também, de qualquer modo encontrava-se com as almas do Purgatório, mesmo que nunca tenha dito para nós seus filhos.

E assim, quando iniciou-se minhas experiência no ano de 1940, compreendi logo que era isto que Deus queria de mim. A primeira veio até mim, quando tinha 25 anos. Até aquele momento o Senhor havia feito-me esperar.

Ir Emmanuel: Tu dissestes: "a primeira alma veio à mim". Ela veio à tua casa?

Maria: Sim, e assim continuou a acontecer daquela data em diante. Na verdade. em 1940, quando teve início esses fenômenos, até 1953 vinha somente duas ou três almas ao ano, e um pouco mais no mês de novembro ( mês dedicado às almas do Purgatório). Neste ano trabalhava em casa com as crianças, também trabalhei como doméstica em uma propriedade rural na Alemanha e sucessivamente em uma cidade aqui vizinho. Durante o ano mariano de 1954, todas as noites começaram a me aparecer diversas almas.

Devo admitir, que por isto, sou bastante grata a Deus, que com este empenho a minha saúde teve uma grande melhora, mesmo se aqui e acolá tenho uma recaída. Muitas vezes agradeço o Senhor por não Ter permitido que eu entrasse num convento! Deus dá sempre o que precisamos para fazer a sua vontade.

Há diversos anos viajo e tenho conferências. Uma senhora é que organiza e me leva em seu carro. Me telefona e me diz: "está bem para ti nesse ou naquele dia, nesta ou naquela cidade? ". A primeira vez, para dizer a verdade, fiquei confusa e não pude ir, porque havia um compromisso com uma pessoa que viria aqui no mesmo dia em que eu havia marcado a conferência. Esta conferência foi muito bem aceita de uma maneira parcial, mas tive alguns problemas com sacerdotes de impostação moderna. Os cristãos de uma certa idade e os sacerdotes mais antigos crêem em tudo aquilo que digo.

Ir. Emmanuel: Pensas que sejas a única a ter esta experiência?

Maria: Eu sempre desejei doar a minha vida ao Senhor, e a oração se tornou muito importante; eu rezo muito e faço muitas outras coisas pelas almas do Purgatório. Eu também fiz um voto a Nossa Senhora para ser uma alma que se oferece de um modo particular pelas almas. Sim, seguramente tudo tem uma razão.

Ir. Emmanuel: Que estudos fizestes?

Maria: Eu terminei a escola obrigatória, aquela pedida pelas leis da época. Nós éramos pobres.

Ir. Emmanuel: Quantos anos tinhas quando deixastes a escola?

Maria: Me deixe pensar. Tinha onze anos, não doze. Sim, agora me recordo muito bem. Quando deixei definitivamente de ir à escola tinha doze anos.

Ir. Emmanuel: Como era composta a tua família?

Maria: Eu sou a Segunda de oito filhos, o que não nos permitia de continuar a estudar depois dos estudos elementares. Me recordo que muitas vezes o nosso almoço e a nossa janta consistia só em pão e uma simples sopa.

Ir. Emmanuel: Maria, tu podes nos contar como foste visitada pela primeira vez pelas almas do purgatório?

Maria: Sim, foi em 1940 de noite, das 03 às 04 horas da madrugada. Ouvi alguém andando no meu quarto. Isto me fez acordar. Olhei para ver quem poderia ter entrado.

Ir. Emmanuel: Tiveste medo?

Maria: Não, eu não sou por nada medrosa. Quando era pequena, minha mãe dizia que eu era uma criança particular, porque jamais senti medo.

Ir. Emmanuel: E então naquela noite? Conte-nos!

Maria: Oh, vi que era um estranho. Andava lentamente. Perguntei-lhe com tom severo: Como entraste aqui? Que coisa perdeste? Mas ele continuava a caminhar como se nada tivesse escutado. Então eu lhe perguntei de novo: “Que fazes tu?!...”. Mas como ele continuava a não me responder, me levantei de um salto para segurá-lo, e toquei no nada... o homem havia desaparecido... Então tornei à cama e de novo comecei a senti-lo andando. Perguntava-me por que via aquele homem, e por que não podia tocá-lo. Outra vez me levantei para segurá-lo e para fazê-lo parar de caminhar. Outra vez esbarrei no nada. Fiquei perplexa e tornei à cama. Ele não tornou novamente, mas naquela noite não consegui mais dormir. Pela manhã, depois da missa, fui encontrar-me com meu Diretor Espiritual e contei-lhe o que me acontecera. Ele me disse: “Se tudo acontecer uma outra vez, não perguntes: quem és. Mas pergunte, que coisa queres e desejas?”

Na noite seguinte o homem retornou.

Era o mesmo da noite passada, e eu lhe perguntei: “Que coisa queres de mim? “.

Ele me respondeu: “Manda celebrar três missas por mim e eu serei libertado”. Então compreendi que era uma alma do purgatório.

O meu Diretor Espiritual me confirmou.

Aconselhou-me a não rejeitar as almas do purgatório, mas de acolher com generosidade aos seus pedidos.

Ir. Emmanuel: E depois as visitas continuaram?

Maria: Sim, por alguns anos vinham três ou quatro almas, sobretudo no mês de novembro e em seguida vieram mais e mais.

Ir. Emmanuel:Que coisa te pedem essas almas?

Maria: Muitas vezes me pedem para celebrar missa por elas e a assisti-las; pedem para rezar o Santo Rosário e também a Via-Sacra em suas intenções.



QUE COISA É O PURGATÓRIO

Sobre este ponto nos fazemos uma pergunta, a pergunta fundamental: Que coisa é exatamente o purgatório?

Posso dizer que é uma invenção genial da parte de Deus. E aqui eu queria propor-vos uma imagem que vem a mim.

Suponhamos que um dia se abra uma porta e que apareça um ser extraordinariamente belo, de uma beleza tal que não haveis jamais visto sobre a terra. Ficaríeis fascinados, atônitos por esse ser de luz e de beleza, tanto mais que Ele demonstra ser totalmente enamorado de vós (coisa que não haveis mais imaginado); Lembrai-vos, também, que Ele tem um grande desejo de atrair-vos a si, de abraçar-vos; e o fogo do amor que queima já no vosso coração vos faz certamente precipitar-vos entre os seus braços. Mas eis que vos dai conta, neste momento, que não sois lavados há meses, que tendes um mal cheiro, que vos sentis horrivelmente feios; tendes os cabelos em desalinho, horríveis manchas sobre os vossos vestidos etc ... etc... Então vós mesmos direis: “Não, não é possível que eu me apresente neste estado! É preciso que eu primeiro vá me lavar, tome um banho e depois tornarei a vê-lo! ... “.

Mas eis que o amor que nasceu nos vossos corações é tão intenso, tão forte, tão ardente, que essa demora devido ao banho é absolutamente insuportável, e a mesma essência da dor, também dura só por poucos minutos, é um ardor atroz no coração. E certamente esse ardor é proporcional à intensidade da revelação do amor: é uma chama de amor...

O purgatório é exatamente isto. É um retardamento imposto às nossas, imperfeições, uma demora antes do abraço de Deus, uma chama de amor que faz sofrer terrivelmente; uma espera, uma nostalgia de Deus e do seu amor. É precisamente esta chama de amor que queima e purifica tudo aquilo que é impuro em nós. Ousaria dizer que o purgatório é um lugar de desejo, desejo de Deus. Na prática o purgatório é uma grande crise, uma crise que nasce da falta de Deus.

Mas sobre isto eu pedi a Maria para ser precisa neste ponto fundamental:

Ir. Emmanuel: Maria, as almas do purgatório experimentam alegria e esperança em meio aos seus sofrimentos?

Maria: Sim, nenhuma alma quer voltar do purgatório para a terra, porque essas já têm o conhecimento de Deus infinitamente superior ao nosso e não querem mais retornar às trevas deste mundo.

Eis, então, a grande diferença entre o sofrimento do purgatório e o da terra: no purgatório, também, se a dor da alma é terrível, a certeza que se tem de viver com Deus é assim tão forte e incontrolável que a alegria desta certeza ultrapassa a dor; e por nada no mundo aquelas almas desejam tornar a viver sobre a terra onde, no fim das contas não se tem mais segurança de nada.

Ir. Emmanuel: Maria, agora tu poderias nos dizer se é Deus quem manda uma alma ao purgatório ou se, ao invés, são elas mesmas que decidem ir para lá?

Maria: São elas mesmas que decidem ir para purgatório para se purificarem antes de entrar no paraíso.

Mas aqui é preciso dizer que as almas que se encontram no purgatório aderem perfeitamente a vontade de Deus; por exemplo; se compadecem e desejam o nosso bem; sentem muito amor por Deus e por nós, que ainda estamos sobre a terra. Estas almas estão perfeitamente unidas ao Espírito de Deus, ou se desejam a luz de Deus.

Ir. Emmanuel: Maria, no momento da morte se vê Deus em plena luz ou de maneira confusa?

Maria: Ainda de uma maneira confusa, mas mesmo assim é com tanta clareza que basta certamente para sentir saudades de Deus.

Certo, é uma luz resplandecente, em confronto com as trevas deste mundo; mas é no purgatório, onde a alma tem a luz do conhecimento do céu. Do resto, a tal respeito, podemos fazer uma reflexão com a experiência de que se fala o livro – A vida, outra vida: para muitas daquelas pessoas que, de um estado de pré-morte (pré-coma, ataque cardíaco e outros), viram qualquer coisa do outro lado, e ficaram fascinados por aquela luz, era uma verdadeira agonia retornar à comum existência sobre a terra, depois daquela experiência.



NOSSA SENHORA E O PURGATÓRIO

Ir. Emmanuel: Maria, podes nos dizer qual o papel de Nossa Senhora com respeito às almas do purgatório?

Maria: Sim, Ela vem, muitas vezes, consolar as almas, dizendo que elas fizeram bem tantas coisas e as encoraja.

Ir. Emmanuel: Existem dias particulares nos quais Nossa Senhora liberta essas almas?

Maria: Sim, sobretudo nos dias de Natal, dia de Todos os Santos, às sextas-feiras santas e também na festa da Assunção e da Ascensão de Jesus.



PORQUE O PURGATÓRIO

Ir. Emmanuel: Maria, por que se vai ao purgatório? Quais são os pecados que fazem com que as almas vão para lá com mais freqüência?

Maria: São os pecados contra a caridade, contra o amor ao próximo, a dureza de coração, a hostilidade, a calúnia, sim, todas essas coisas... porém, a maledicência e a calúnia são as mais graves, que necessitam de uma longa purificação.

Maria, a tal propósito, nos conta um exemplo que lhe tocou muito, e é um testemunho que vos quero recontar. Trata-se de um homem e de uma mulher dos quais a família havia pedido informações, se estavam no purgatório.

Para grande alegria daqueles que haviam pedido, a mulher já estava no paraíso e o homem no purgatório. Mas, na realidade, aquela mulher morrera depois de haver feito um aborto, e o homem andava muito na Igreja e levava uma vida com aparência digna e piedosa. Os dois morreram coincidentemente, contemporaneamente, porém, a mulher havia se arrependido sinceramente de tudo o que havia feito, ela fora muito humilde e o homem, ao contrário, mesmo sendo muito religioso, criticava tudo e todos, estava sempre a lamentar-se , e a falar mal das pessoas e criticá-las. Eis porque o seu purgatório foi muito longo. Por isso eu concluí: “não devemos julgar segundo as aparências”. Outros pecados contra a caridade são certamente todas as nossas repulsas por certas pessoas que não amamos, nossa resistência em fazer as pazes, a falta de perdão e todos os rancores que guardamos no coração.

Maria nos revelou um testemunho que nos faz refletir. É a história de uma pessoa que ela conhecia muito bem. Esta pessoa morreu. Era uma mulher e se encontrava no purgatório mais terrível, com sofrimentos verdadeiramente terríveis. E quando esta veio a Maria Simma, Maria lhe perguntou o porquê; e esta alma lhe disse: “foi porque eu tive uma amiga, sim, uma amiga com a qual tinha uma inimizade muito grande; e esta inimizade foi causada por ela mesma e ela conservou este rancor por anos e anos; e quando a sua amiga vinha pedir para fazer as pazes com ela, reconciliar-se, todas as vezes ela negou; e quando caiu gravemente doente, continuou com o coração fechado, negando reconciliar-se com a sua amiga; e no leito da morte aquela sua amiga veio suplicar-lhe para fazer as pazes, mas também sobre o leito da morte ela havia negado. E eis o motivo por que agora se encontrava no purgatório extremamente doloroso e por isto veio a pedir ajuda a Maria Simma. Este testemunho é muito significativo sobre a gravidade de guardar rancor. Devemos guardar as palavras, não criticar, não dizer palavras malévolas que podem verdadeiramente matar, ao contrário de uma palavra boa que pode curar.



COMO EVITAR O PURGATÓRIO

Ir. Emmanuel: Maria, pode-nos dizer quais são aquelas que têm maior possibilidade de ir ao paraíso?

Maria: São aquelas que têm o coração bom. Um coração bom para com todos. A caridade cobre uma multidão de pecados. Sim, é São Paulo quem nos diz.

Ir. Emmanuela: E quais são os meios que nós podemos ter aqui na terra para evitar o purgatório e ir diretamente ao céu?

Maria: Devemos fazer muito pelas almas do purgatório, porque são essas que nos ajudam sempre. É preciso ter muita humildade. É esta a maior arma contra o malígno. A humildade elimina o mal.

Sobre este ponto não resisto ao desejo de contar-lhes um belíssimo testemunho do Padre Berlioux (que escreveu um maravilhoso livro sobre as almas do purgatório); e ele nos fala da ajuda oferecida por essas almas àqueles que as ajudam com suas orações e sacrifícios; ”uma pessoa particularmente amiga das almas do purgatório havia consagrado a própria vida em sufrágio das mesmas, e chegando a hora da morte, ela foi assaltada com furor pelo demônio e esse queria fazer-lhe medo. Era como se todo o inferno estivesse encolerizado contra ela e a circundasse com a sua corte infernal. Essa pobre alma lutava há muito tempo com um esforço muito penoso, querendo livrar-se da presença do maligno, quando, de repente viu entrar em seu apartamento uma multidão de pessoas desconhecidas, mas resplandecentes de beleza, colocando em fuga o demônio e chegando vizinho ao seu leito, lhe disseram palavras de encorajamento e de consolo todo celestial. Emitindo um profundo suspiro e plena de alegria, gritou: quem são vocês que estão me fazendo tanto bem? E aqueles bons visitantes responderam: - nós somos habitantes do céu que com a tua ajuda fomos conduzidos às bem-aventuranças, e por gratidão e reconhecimento viemos te ajudar a desapegar-te desse lugar de angústia e te introduzir na alegria da Cidade Santa. Com estas palavras, um sorriso resplandeceu no rosto da moribunda. Os seus olhos se fecharam e ela adormeceu na paz do Senhor. A sua alma, pura como uma pomba, apresentou-se ao Senhor dos senhores, encontrou tantos protetores e advogados que ela havia libertado com suas orações e sacrifícios. No céu, entrou triunfante entre aplausos e bênçãos de todos aqueles a quem havia libertado do purgatório. Possamos nós um dia termos esta graça! Sabemos agora que estas almas libertadas do purgatório através de nossa oração são extremamente reconhecidas e gratas. Eu vos aconselho vivamente a fazerem esta experiência e estes vos ajudarão, pois conhecem os nossos desejos e nos obtêm muitas graças.

Ir. Emmanuel: Agora, Maria, lembro-me do bom ladrão, justo aquele que estava junto a Jesus na cruz, e gostaria muito de saber que coisa fez ele para que Jesus lhe prometesse que naquele mesmo dia estaria com ele no paraíso?

Maria: Ele aceitou humildemente o seu sofrimento dizendo que era justo e encorajou o outro ladrão a aceitar também. Ele tinha o temor a Deus, isto é, tinha humildade.

Um outro belo exemplo contado por Maria Simma demonstra como um gesto de bondade pode resgatar, em pouquíssimo tempo uma vida de pecado.

Escutemos as próprias palavras de Maria:

" Sim, conheci um jovem que tinha vinte anos. Habitava um lugarejo vizinho ao meu. Este lugar foi duramente castigado por avalanches que mataram um grande número de pessoas. Uma tarde quando esse jovem se encontrava na casa de seus pais, aconteceu que, inesperadamente, veio um desabamento terrível vizinho à sua casa. Ele ouvindo gritos de desespero e terror que clamavam por socorro e ajuda, ele se levantou e foi prestar ajuda àquelas pessoas. Mas eis que sua mãe, que ouvira também os gritos, quis impedi-lo de passar. E fechando a porta da casa, disse: “Não! Os outros irão socorrê-los, não nós! É muito perigoso aí fora. Não quero que seja um morto a mais”. Mas o jovem, comovido pelos gritos daquela gente e querendo socorrê-los, disse à sua mãe: “sim, eu vou! Não quero deixá-los morrer assim!” E saiu. Mas eis que ele também, ao sair, foi soterrado pela avalanche e morreu. Dois dias depois de sua morte, ele veio visitar-me durante a noite e disse-me: “Manda celebrar três missas por mim e serei libertado do purgatório.” Alguns de seus amigos disseram que não queriam ser ele no momento da morte, pois esse jovem havia cometido muitas coisas ruins. Mas aquele jovem, em seguida, me declarou: “Eu fiz um grande ato de amor colocando em risco a minha vida por aquelas pessoas e foi graças a isso que o Senhor me acolheu assim tão depressa no céu, sim, a caridade cobre multidão de pecados”.

Neste episódio se vê como um só ato de amor desinteressado foi suficiente para purificar este jovem de uma vida vivida no pecado; e o Senhor aproveitou este momento de amor para chamá-lo a si. Maria, de fato, nos disse que se esse jovem jamais na sua vida tivesse ocasião de fazer um ato de amor assim tão forte, talvez tivesse se tornado um homem malvado. E o Senhor, na sua infinita misericórdia, o chamou a si exatamente no melhor momento, no momento mais puro por causa daquele ato de amor.

É muito importante, quando se está à beira da morte, abandonar-se à vontade do Senhor.

Maria também nos conta um caso muito belo de uma mãe de quatro filhos que estava para morrer. Em vez de se revoltar e de se inquietar, ela disse ao Senhor: “Eu aceito a morte no momento em que Tu a queiras e coloco a minha vida em Tuas mãos. Entrego-te os meus filhos e sei que Tu, Senhor, tomarás conta deles”. E Maria nos diz que pelo motivo dessa imensa confiança em Deus, aquela mulher foi diretamente ao céu sem passar pelo purgatório. Podemos dizer que o amor, a humildade, e o abandono em Deus são as três chaves de ouro que nos fazem entrar diretamente no paraíso.



A SANTA MISSA E O PURGATÓRIO

Ir. Emmanuel: Maria, pode-nos dizer quais são os meios mais eficazes para facilitar a libertação da almas do purgatório?

Maria: O meio mais eficaz é a Santa Missa.

Ir. Emmanuel: Por que a Missa?

Maria: Porque é o próprio Cristo que se oferece por amor a nós. É o oferecimento de Si mesmo (Cristo) a Deus, a mais bela das ofertas. O sacerdote é o representante de Deus e é Deus mesmo que se oferece e se sacrifica por nós. A eficácia da Santa Missa pelos defuntos é tão grande quanto maior foi a estima desses aqui na terra por Ela (Santa Missa). Se em vida tivermos rezado e participado das missas com todo coração e durante a semana as tivermos vivido segundo o nosso tempo disponível, essas missas trarão um grande proveito para nós quando morrermos do que as que forem celebradas.

Também nisto se colherá aquilo que foi semeado. Digo também que uma alma do purgatório vê muito bem o dia do seu funeral, se se reza verdadeiramente por elas ou se simplesmente faz-se ato de presença para mostrar que está lá. As almas dizem que as lágrimas não servem de nada para ajudá-las. Ao contrário, serve muito a oração. Muitas vezes essas almas lamentam o fato de que as pessoas assistem ao seu sepultamento, mas não elevam uma só oração a Deus, derramam muitas lágrimas, mas é inútil.

A propósito da Missa, quero citar um belo exemplo de São Cura D’Ars aos seus paroquianos. Ele nos contou: “Meus filhos, um bom Padre havia perdido um grande amigo que lhe era muito querido, por isso ele rezou muito pela paz desta alma. Um certo dia Deus lhe fez saber que o seu amigo estava no purgatório e sofria terrivelmente. Este Santo Padre pensou que ele não poderia fazer uma coisa melhor pelo seu amigo do que oferecer o Santo sacrifício da Missa pela sua alma. No momento da consagração, pegou a hóstia entre suas mãos e disse: “Pai Santo e eterno, faço uma troca: Vós tendes a alma do meu amigo que está no purgatório e eu tenho o corpo do Vosso Filho que está em minhas mãos. Bem, Pai bom e maravilhoso, libertai a alma do meu amigo e eu ofereço Vosso Filho com todos os méritos da sua paixão e morte”. Esse pedido foi escutado. De fato, no momento da elevação, ele viu a alma do seu amigo subir ao céu resplandecente de glória. Deus havia escutado a troca. Pois bem, meus filhos, concluiu São Cura D’Ars: quando quisermos libertar os nossos entes queridos do purgatório, façamos a mesma coisa. Ofereçamos ao Pai por meio do Santo sacrifício da Santa Missa, o seu Filho dileto, com todos os méritos da sua paixão e morte, assim Ele não poderá negar nada. Outro meio muito eficaz para ajudar as almas do purgatório são as ofertas do nosso sofrimento, das nossas penitências, e os sofrimentos voluntários, como exemplo: o jejum, as privações etc ... e, naturalmente, os sofrimentos involuntários como as doenças, o luto, o abandono..

O SOFRIMENTO E O PURGATÓRIO

Ir. Emmanuel: Maria, tu foste convidada diversas vezes a sofrer pelas almas do purgatório para libertá-las. Pode nos dizer que coisas provaste e viveste naquele momento?

Maria: A primeira vez que uma alma ( de uma mulher) me perguntou se eu queria sofrer por três horas por ela, eu disse para mim mesma: “se é só por três horas vou aceitar”. Mas aquelas três horas me pareciam que duravam três dias, os sofrimentos eram terríveis. Mas no final olhei para o relógio e vi que haviam passado somente três horas. Esta alma depois me disse que por eu ter aceitado sofrer por três horas, ela havia sido poupada de passar mais vinte anos de purgatório.

Ir. Emmanuel: Mas como sofrendo só três horas por esta alma reparaste vinte anos de purgatório?

Maria: O sofrimento sobre a terra não tem o mesmo valor. Quando se sofre sobre a terra podemos crescer no amor a Deus e podemos conquistar méritos. Isto não é o caso do sofrimento do purgatório, que serve somente para purificar os pecados. Sobre a terra temos todas as graças, temos a liberdade de escolher.

Tudo isso é muito encorajador, porque pode dar um significado extraordinário aos nossos sofrimentos, enquanto que todos os sofrimentos oferecidos voluntariamente ou involuntariamente, todos os sacrifícios, também os mais pequenos que podemos fazer, as doenças, o luto, as desilusões, as amarguras da vida, todos esses sofrimentos se os vivermos com paciência, se aceitamos com humildade, pode ser uma potência incrível de ajuda para as almas. A coisa mais importante a fazer é unir os nossos sofrimentos aos de Jesus e depositá-los nas mãos da Virgem Maria, pois Ela saberá como utilizar melhor, do melhor modo, porque nós mesmos não conhecemos as necessidades mais urgentes que estão em torno de nós. Por tudo isso que fazemos pelas almas, Maria Santíssima, nossa boa Mãe, saberá nos recompensar na hora da nossa morte. Um outro meio muito eficaz para libertar as almas do purgatório é a Via Sacra, contemplando os sofrimentos de Jesus. Começamos pouco a pouco a odiar o pecado e a desejar a salvação de todos os homens, e esta disposição do coração dá às almas um grande alívio. A oração da Via Sacra suscita, também, o arrependimento das nossas culpas. Outra ajuda muito importante para as almas do purgatório é recitar o rosário, o próprio rosário dos defuntos. Por meio do rosário, numerosas almas são libertadas todos os anos do purgatório. E aqui é preciso dizer que também é a própria Mãe de Deus que vem sempre ao purgatório para libertar as almas, e é por isso que as almas do purgatório chamam a Virgem Maria “Mãe da Misericórdia”. Isto é muito belo. As almas dizem que também as Indulgências têm um grande valor, seja para libertação delas, seja para nós, e talvez seja uma verdadeiramente crueldade não aproveitar esses tesouros que a Igreja nos propõe em favor das almas do purgatório. Olhando para estas Indulgências seria preciso longo tempo para explicar tudo aqui, mas eu vos aconselho a ler o maravilhoso escrito de Paulo VI, de 1968, sobre este assunto. Certamente podemos dizer que um meio muito eficaz para as almas do purgatório é a oração em geral, todas as formas de oração. Também aqui tenho um outro testemunho para contar-lhes. É o testemunho de Hermann Cohen, que era um artista hebreu convertido que sempre teve uma verdadeira veneração pela Eucaristia. Em 1864, depois da sua conversão ao catolicismo, deixou o mundo e entrou em uma ordem religiosa muito austera. Adorava ardentemente o Santíssimo Sacramento, pelo qual nutria uma profunda veneração. Durante a sua adoração, rezava e suplicava ao Senhor para converter sua mãe, porque ele a amava muito. Mas eis que sua mãe morre repentinamente sem ser convertida, então Hermann, cheio de dor, se prostra diante do Santíssimo Sacramento chorando muito porém rezava dizendo: “Senhor, eu Vos devo tudo, é verdade, mas que coisa Vos deixei faltar ou Vos neguei? A minha juventude, a minha esperança no mundo, o bem estar, a alegria na família, um repouso talvez meritório, tudo eu sacrifiquei no momento em que Vós me chamastes. Também o meu sangue teria Vos dado, e Vós, Senhor, na Vossa eterna bondade nos prometeu de deixar as cem ovelhas por uma, Vós esquecestes a alma de minha mãe... meu Deus, meu Deus, eu sucumbo a este martírio”. Um gemido elevou-se de sua boca que sufocava o seu pobre coração. De repente, inesperadamente , uma voz misteriosa fala ao seu ouvido: “homem de pouca fé, tua mãe está salva! Saiba que toda oração tem um grande poder junto de Mim. Eu acolhi todas as orações que Me fizestes e oferecestes por tua mãe, e a minha providência levou em conta na sua última hora. No momento em que ela expirou, Eu Me apresentei diante dela e quando ela Me viu, gritou: “Meu Senhor e meu Deus!” Tenhas coragem, meu filho, tua mãe não foi condenada e as tuas súplicas fervorosas a libertarão logo da prisão do purgatório. Logo depois o Reverendíssimo Padre Hermann teve uma outra revelação de que sua mãe já havia subido ao céu. Também eu vos sugiro a oração de Santa Brígida, que é bastante recomendada pelas almas do purgatório. Gostaria de dizer-vos ainda mais, que as almas que estão no purgatório não podem fazer mais nada por si mesmas. São totalmente impotentes e se os vivos não rezarem por elas, ficarão no completo abandono. Eis porque é preciso utilizar o poder imenso, incrível, que todos nós temos nas próprias mãos para ajudar e libertar as almas que sofrem.

Se em nossa presença uma criança caísse de uma árvore e sofresse uma horrível fratura será que algum de nós não pensaríamos em socorrê-la?

Certamente se faria de tudo por ela.

Do mesmo modo, devemos colocar no nosso coração estas almas que esperam de nós alguma ajuda, e que são aliviadas por causa dos nossos sofrimentos e das nossas orações. Esta talvez seja a maneira mais bela de exercitar a caridade.

Eu penso, por exemplo, no bom samaritano do evangelho diante do homem que estava quase morrendo na estrada. Sem dúvida, estava ensangüentado. Pois bem, este homem dependia completamente do bom coração de um transeunte.

A PAIXÃO DE JESUS E O PURGATÓRIO

Um outro meio muito eficaz, nos dizia Maria é a via crucis. Contemplando os sofrimentos de Jesus, começamos, pouco a pouco a odiar o pecado e a desejar a salvação de todos os homens; e esta disposição do coração dá um grande alívio às almas do Purgatório. A via crucis suscita também o arrependimento das nossas culpas.

Outra ajuda muito recomendada pelas almas do Purgatório, é o Santo Rosário, o Rosário para os defuntos. Por meio do Rosário numerosas almas são libertas do Purgatório. E aqui é preciso dizer também que é a mãe de Deus que vem ao Purgatório para libertar as almas, e por isto que as almas do Purgatório chamam-na de " Mãe de Misericórdia ". Isto é muito lindo.

As almas disseram à Maria Simma que também as indulgências têm um valor inestimável, seja para libertação delas como para nós, e muitas vezes é uma verdadeira crueldade não tirar proveito deste tesouro que a Igreja nos propõe em favor das almas. Ao que diz respeito à estas indulgências, falaremos no último capítulo deste livro.

Certamente se pode dizer que um meio muito eficaz para as almas do Purgatório, são as orações de um modo geral, todas as formas de oração.

E aqui quero vos contar o testemunho de Hermann Cohen, que era um artista hebreu convertido, e que tinha muita veneração pela Eucaristia. No ano de 1864, depois da conversão ao catolicismo, ele havia deixado o mundo e entrara em uma ordem religiosa muito austera. Adorava ardentemente o Santíssimo Sacramento, pelo qual nutria uma profunda veneração.

Durante a sua adoração, rezava e suplicava o Senhor para converter sua mãe, porque ele a amava muito.

Mas eis que sua mãe morreu sem se converter. Então Hermann cheio de dor, se prostrou diante do SS. Sacramento e chorando muito rezou assim: "Senhor, eu te devo tudo, é verdade, mas que coisa te neguei? A minha juventude, a minha esperança no mundo, o bem estar, a alegria da família, talvez até um repouso merecido, tudo eu sacrifiquei desde o momento em que tu me chamastes. Também o sangue te havia dado; e Tu, Senhor, Tu que és a eterna bondade, que prometestes de dar o cêntuplo, Tu rejeitas a alma da minha mãe... Meu Deus, eu sucumbo à este martírio!...".

Um gemido se elevou de sua boca; os soluços sufocava o seu próprio coração. Imprevistamente uma voz misteriosa falou ao seu ouvido: "homem de pouca fé, tua mãe está salva! Sabeis que a oração tem todo o poder junto de mim. Eu acolhi tudo aquilo tu me ofertastes pela tua mãe, e a minha providência levou tudo em conta na sua última hora. No momento em que ela suspirou me apresentei à ela e quando ela me viu gritou: " Meu Senhor e meu Deus!". Tenha coragem, tua mãe não se condenou, e as tuas súplicas fervorosas libertará a sua alma da prisão do Purgatório ".

Agora sabemos que o reverendo Padre Cohen, pouco tempo depois, teve uma Segunda revelação que sua mãe havia ido para o céu.

Esta de Hermann Cohen é na verdade um belo testemunho.

Sugiro também a oração de Santa Brígida, que são recomendadas pelas almas do Purgatório. Estas orações se encontram facilmente nas livrarias religiosas, mas são também encontradas por inteiro no livro "Rezem, Rezem, Rezem", da Editora Shalom, pág. 412 a 421.

Aqui acrescento uma precisão importante. As almas do Purgatório não podem fazer nada por elas mesmas. São totalmente impotentes, e se os vivos não rezarem por elas, ficarão em completo abandono.

Eis porque é importante utilizar o imenso poder, incrível que todos nós temos nas próprias mãos para ajudar a libertar as almas que sofrem.

Se, em nossa presença uma criança caísse de uma árvore e ficasse horrivelmente fraturada, será que nós não pensaríamos em socorrê-la? Certamente se faria de tudo por ela.

Do mesmo modo, devemos colocar no coração essas almas que esperam de nós toda ajuda, e que estão à espera das nossas ofertas e das nossas orações para ter um alívio de seus sofrimentos. Esta talvez é a maneira mais bela de exercitar a caridade.

Eu penso, por exemplo o bom samaritano do Evangelho, diante do homem que estava quase morto à beira da estrada, onde, sem dúvidas estava ensangüentado. Com certeza aquele homem dependia completamente do bom coração de um transeunte.



VALOR DO SOFRIMENTO



Ir. Emmanuel: Maria, por que uma vez já no purgatório, não se pode conquistar méritos e só aqui na terra se pode?

Maria: Porque no momento da nossa morte, os méritos terminam. Somente aqui na terra se pode reparar os males que fizemos; e já as almas que estão no purgatório não têm mais essa possibilidade. Por isso os anjos têm ciúmes de nós, porque temos a possibilidade de crescer enquanto estamos sobre a terra. Infelizmente, muitas vezes, o sofrimento na nossa vida nos faz rebelarmo-nos e temos dificuldades de aceitar e de vivê-la bem.

Ir. Emmanuel: E como podemos viver o sofrimento para que possamos dar fruto?

Maria: O sofrimento é a maior prova do grande amor que Deus tem por cada um de nós, e se o oferecermos com todo coração, poderemos salvar muitas almas.

Ir. Emmanuel: Mas como poderemos acolher um sofrimento como um Dom e não como uma punição ou castigo?

Maria: É preciso oferecer tudo a Santíssima Virgem Maria, porque é Ela que melhor sabe quem precisa mais desta oferta para ser salvo.

Aqui, a propósito do sofrimento, quero contar-lhes um testemunho que Maria nos deu. Esse fato aconteceu no ano de 1954. Uma série de avalanches desastrosas se abateu sobre um vilarejo vizinho ao seu e causou gravíssimos danos. Outras avalanches se precipitaram em direção do lugarejo, onde mora. Mas, aconteceu que a avalanche parou de uma maneira quase milagrosa diante do lugarejo sem causar nenhum dano. Um certo dia, as almas lhe disseram que no lugarejo havia vivido e morrido uma mulher que por trinta anos esteve doente. Durante esse período havia sofrido terrivelmente e oferecido todos os seus sofrimentos pelo bem de sua pequena cidade. As almas lhe disseram ainda, que graças aos seus sofrimentos suportados com paciência nesses trinta anos, é que a cidade foi poupada de ser engolida pela avalanche. Se essa mulher tivesse tido uma boa saúde, não poderia ter protegido a sua cidade. Junto aos nossos sofrimentos suportados com paciência e oração, podemos salvar muitas almas. Não podemos olhar sempre o sofrimento como uma punição. Pode ser aceito como uma expiação, não só para nós mesmos, mas sobretudo, para os outros. Jesus Cristo era inocente e foi Ele que sofreu mais que todos como expiação pelos nossos pecados. Somente no céu saberemos totalmente aquilo que obtivemos por meio do sofrimento suportado pacientemente em união com o sofrimento de Cristo.

Emmanuel: Maria, existe por parte das almas do purgatório uma revolta por causa dos seus sofrimentos?

Maria: Não. Elas querem e desejam ser purificadas e compreendem que seus sofrimentos são necessários.



O VALOR DO ATO DE CONTRIÇÀO



Emmanuel: Qual é o valor da contrição e do arrependimento no momento da morte?

Maria: A contrição é importantíssima. Os pecados são comumente remidos, mas resta a conseqüência do pecado. Se desejam obter indulgência plenária no momento da morte, isto é, para irem diretamente ao céu, é preciso que as almas se libertem de tudo o que as prende.

E agora quero me referir a um testemunho muito significativo que nos contou Maria. Haviam pedido para que ela se informasse sobre uma mulher cujos parentes pensavam que havia se condenado por ter tido uma vida muito pecaminosa. Ela fora vítima de um acidente. Caiu de um trem que a fez morrer. Uma alma me disse que esta mulher havia sido salva de ir para o inferno porque no momento da sua morte havia dito: “Tu fazes bem em tirar minha vida, assim não poderei mais Te ofender”. E isto fez com que com Deus cancelasse os seus pecados. Isto é muito significativo, porque um só ato de humildade, de arrependimento no momento da morte, nos salva. Isto não significa que esta mulher não tenha passado pelo purgatório, mas se salvou de ir para o inferno que merecia por causa de sua conduta.

Ir. Emmanuel: Maria, queria te perguntar, ainda, se no momento da morte há um tempo em que a alma tem a possibilidade de voltar-se para Deus antes de entrar na eternidade? Um tempo, se queremos, entre a morte aparente e a morte real ?

Maria: Sim. O Senhor dá alguns minutos a algumas almas para que se arrependam de seus pecados e decidam se aceitam ou não ir para Deus. Neste breve tempo se vê, como um filme, a própria vida. Eu conheço um homem que acreditava nos preceitos da Igreja, mas não na vida eterna; um dia ele adoeceu gravemente e entrou em coma. Ele se viu em um quarto onde na parede haviam escrito todas as suas ações boas e más, depois os escritos desapareceram junto com a parede e tudo depois se tornou infinitamente belo. E depois que ele saiu do coma, decidiu mudar de vida.

Também este episódio é igual a tantos outros falados neste livro: “A vida, a outra vida”: a experiência momentânea da luz sobrenatural é tal, que aquelas pessoas não podem viver como haviam vivido antes.

Ir. Emmanuel: Maria, no momento da morte, Deus se revela com a mesma intensidade a todas as almas?

Maria: A algumas almas é dado o conhecimento da própria vida, e também do sofrimento futuro, mas não é igual para todas as almas. A intensidade da revelação do Senhor depende da vida de algumas almas.

Ir. Emmanuel: Maria, o diabo tem o poder de atacar no momento da nossa morte?

Maria: Sim, mas o homem tem a graça de resistir-lhe e de afastá-lo, porque se o homem não quer, o demônio nada poderá fazer.

Ir. Emmanuel: Ah, bem. E quando alguém sabe que deverá morrer logo, segundo você, qual é a melhor preparação que deve fazer?

Maria: Abandonar-se totalmente a Deus, oferecer todo o seu sofrimento e ser feliz em Deus.

Emmanuel: E como devemos nos comportar diante de alguém que está para morrer? Que coisa podemos fazer de melhor para ele?

Maria: Rezar muito e prepará-lo para morrer. Devemos dizer a verdade, fazer de tudo para que, possivelmente, tenha o conforto religioso.

Ir. Emmanuel: Maria, que conselho darias a quem deseja se tornar santo ainda nesta terra?

Maria: Ser humilde, muito humilde, não deve ocupar-se de si mesmo. Deve fugir do pecado, do orgulho, que é a armadilha mais perigosa do maligno.

Ir. Emmanuel: Maria, poderias dizer se podemos pedir ao Senhor para fazermos o nosso purgatório sobre a terra, para não fá-lo depois da morte?

Maria: Oh, sim. Eu conheci um Padre e uma moça que estavam todos dois doentes no hospital. A moça dizia ao sacerdote que ela havia pedido ao Senhor de poder fazer sobre a terra tanto quanto fosse necessário para ir direto ao céu, e o Padre respondeu que ele não ousava pedir isto a Deus. Estava vizinho aos dois uma religiosa que havia escutado toda a conversa. A moça morreu primeiro e em seguida morreu o Padre; e este Padre apareceu à religiosa dizendo:” Se eu tivesse tido a mesma confiança daquela moça, também eu teria ido diretamente para o céu”.

Ir. Emmanuel: Obrigada, Maria, por este testemunho.

Neste momento, Maria me pede cinco minutos porque deveria dar de comer às galinhas. Mas eis que ela vem rápido e continuamos a nossa entrevista.



TODAS AS ALMAS TEM AS SUAS PENAS



Ir. Emmanuel: Maria, existem diferenças de graus no purgatório?

Maria: Sim. Existe uma grande diferença de graus de sofrimentos morais. Cada alma tem um sofrimento único, que lhe é próprio. Existem milhares de graus.

Ir. Emmanuel: As almas do purgatório sabem que coisa deve acontecer no mundo?

Maria: Sim, não tudo, mas muitas coisas.

Ir. Emmanuel: E estas almas te disseram alguma vez que coisa deve estar para acontecer?

Maria: Dizem-me somente que têm alguma coisa em vista, mas não me revelam que coisa é. Dizem-me somente o que é necessário para a conversão do mundo.

Ir. Emmanuel: Diz-me Maria, os sofrimentos do purgatório são mais dolorosos e penosos do que os sofrimentos aqui na terra?

Maria: Sim, mas de maneira simbólica, fazem mais mal à alma.

Ir. Emmanuel: Sei que é difícil descrever, mas, Maria, Jesus vem muitas vezes ao purgatório?

Maria: Nenhuma alma jamais me disse coisa alguma. É a Mãe de Deus que vem. Uma vez perguntei a essa alma do purgatório se deveria ela mesma ir dar notícias a uma pessoa que queria notícias suas e ela me respondeu que não; é a Mãe da Misericórdia que dá as notícias. Nem mesmo os santos vão até o purgatório; ao contrário, são os anjos que estão lá, São Miguel... e cada alma tem o seu anjo da guarda vizinho.

Ir. Emmanuel: Oh! Que magnífico! Os anjos estão conosco! Mas o que fazem os anjos no purgatório?

Maria: Aliviam e consolam, e as almas podem vê-los.

Ir. Emmanuel: Oh! Belíssimo! Mas então, Maria, se continuas a falar dos anjos, me dá logo vontade de ir ao purgatório!



REENCARNAÇÀO, ATEÍSMO, SUICÍDIO, DROGAS...

Ir. Emmanuel: Outra pergunta: tu sabe que muita gente hoje, acredita na reencarnação. Que dizem as almas à este respeito?

Maria: As almas dizem que Deus nos dá uma só vida.

Ir. Emmanuel: Alguns sustentam que uma só vida não é suficiente para conhecer Deus e para ter tempo de converter-se. Que coisa dizes para esses que pensam assim?

Maria: Todas as almas têm uma fé interior, mesmo as não praticantes, essas também têm o conhecimento de Deus. Não existe nenhuma que não creia totalmente. Todos os homens têm uma consciência para conhecer o bem e o mal, uma consciência interior, certamente de graus diversos, de distinguir o bem do mal. Com tal consciência, cada ser humano pode chegar às bem-aventuranças.

Ir. Emmanuel: Maria, que coisas acontecem às pessoas que se suicidam? Fostes já visitada por algumas destas almas?

Maria: As almas que vêm a mim são almas do purgatório. Portanto, até hoje não encontrei nenhum caso de um suicida ter se perdido. Isto não significa que não exista. Mas algumas almas me dizem que os mais culpados são aqueles que lhes são próximos, porque foram negligentes e difundiram calúnias.

Sobre este ponto perguntei à Maria se as almas se arrependem de terem se suicidado, e Maria me respondeu que sim, mas disse que muitas vezes os suicidas são pessoas doentes. É comum que as almas se arrependam, porque apenas vendo as coisas na luz de Deus, compreendem, em um só instante, todas as graças que ainda estavam reservadas para eles durante o tempo que tinham de vida; vendo todo este tempo restante (meses ou anos), e todas as almas que poderiam ter ajudado, oferecendo o resto de suas vidas a Deus, esta é a mais dolorosa dor: ver o bem que poderiam ter feito e não o fizeram por haverem abreviado suas vidas. Mas, se a causa é uma doença, o Senhor certamente levará em conta.

Ir. Emmanuel: Maria, tu foste visitada por pessoas que se destruíram com as drogas com uma overdose?

Maria: Sim, não se perderam, mas devem sofrer no purgatório.

Ir. Emmanuel: Maria, existem pessoas que dizem: “Eu sofro muito no meu corpo, no meu coração, é muito duro para mim. Eu quero morrer”... que posso fazer?

Maria: Sim, isto acontece demais, porém, poderiam dizer: “Meu Deus, eu ofereço este sofrimento pela salvação das almas”. Porém, muitas vezes, falta-lhes a fé e a coragem, e principalmente hoje, pois poucos pensam assim. Podemos dizer a essas pessoas que não sabem oferecer os seus sofrimentos, que a alma que sofre com paciência, resignação e oferece a Deus as suas cruzes, será bem-aventurada e terá uma grande felicidade no céu. E no céu existem milhares de bem-aventuranças, mas em todas elas existe uma felicidade perfeita, cada desejo lá em cima é totalmente apagado e, em verdade, cada um é consciente de que não poderia desejar mais do que mereceu.



RELIGIÕES NÃO CRISTÃS



Ir. Emmanuel: Maria, queria te perguntar se as almas de pessoas de outras religiões, por exemplo, já vieram te visitar?

Maria: Sim, e estão na felicidade. Aqueles que vivem bem a sua fé estão na paz, porém, é na fé católica que mais almas ganham o céu.

Ir. Emmanuel: Há religiões que são ruins para as almas?

Maria: Não, mas existem tantas religiões sobre a terra! As mais vizinhas da fé católica são as ortodoxas e as protestantes. Existem muitos protestantes que recitam o rosário. As seitas são muitas e muito ruins, é preciso fazer tudo para exterminá-las.

OS CONSAGRADOS E O PURGATÓRIO

Ir. Emmanuel: Maria, existem Padres no purgatório?

( quando fiz essa pergunta, vi Maria Simma levantar os olhos para o céu como se dissesse: Ai meu Deus!!! )

Maria: Sim, são muitos. Esses estão lá por não terem ajudado aos fiéis a terem respeito pela eucaristia. Esses Padres estão no purgatório por haverem negligenciado a oração e por isso a sua fé diminuiu, porém, é verdade que muitos foram diretamente para o céu.

Ir. Emmanuel: Bem, e o que dirias a um sacerdote que deseja viver verdadeiramente seu sacerdócio segundo o coração de Deus?

Maria: Aconselhar-lhes-ia a rezarem muito ao Espírito Santo e a rezarem o Santo Rosário todos os dias.



AS CRIANÇAS E O PURGATÓRIO



Ir. Emmanuel: Maria, existem crianças no purgatório?

Maria: Sim, mas para elas o purgatório não é muito longo nem muito penoso, porque a essas falta o pleno discernimento.

Ir. Emmanuel: Eu penso que algumas dessas crianças já vieram ao teu encontro. Tu nos contaste a história daquela menina, a menor que tu viste, era uma criança de quatro anos, mas por que ela estava no purgatório?

Maria: Por quê? Porque essa menina havia ganho de seus pais no Natal um bambolê. Ela tinha uma irmã gêmea que havia também recebido um . E eis que essa menina de quatro anos havia quebrado o seu bambolê e escondido. Sabendo que ninguém a via, colocou seu bambolê quebrado no lugar do de sua irmã e assim fez uma troca, sabendo muito bem, no seu pequeno coração, que havia causado muita dor a sua irmã, e se deu conta de que isto era um engano e uma injustiça. Por causa disso ela teve que fazer o seu purgatório.

Sim, as crianças têm uma consciência mais viva que os adultos, é preciso, sobretudo, lutar contra a mentira; porque são muito sensíveis.

Ir. Emmanuel: Maria, como podem os pais ajudar na formação da consciência dos filhos?

Maria: Antes de tudo, um bom exemplo é o mais importante, e depois, com a oração. Os pais devem abençoar os filhos e instruí-los bem nas coisas de Deus.



PECADOS CONTRA A NATUREZA

Ir. Emmanuel: Isto é muito importante! Maria, já foste visitada por almas que sobre a terra praticaram perversões na prática da sexualidade?

Maria: As almas que eu conheci (todas do purgatório) não se perderam, mas devem sofrer muito para purificar-se. Em todas as perversões está presente a obra do maligno e, de um modo particular, no homossexualismo.

Ir. Emmanuel: Que conselho tu darias a todas aquelas pessoas que são tentadas na homossexualidade, que têm essa tendência?

Maria: Diria para rezarem, rezarem muito para terem força de afastar-se desse pecado. Sobretudo rezar a São Miguel Arcanjo, porque é ele, por excelência, quem combate o maligno.

Ir. Emmanuel: Oh, sim, o Arcanjo São Miguel? Maria, e quais são as tendências do coração que podem conduzir mais almas à perdição definitiva, isto é, ao inferno?

Maria: É quando não querem ir para Deus, isto é, quando dizem decisivamente: “Eu não quero”!



QUEM VAI PARA O INFERNO?



Ir. Emmanuel: Agradeço-te por esta precisão. A este propósito, Maria, eu uma vez interroguei Vicka, uma das videntes de Mediugorie, que me dizia também que as almas que ela havia visto no inferno, foram elas que decidiram ir e não foi Deus quem as mandou, ao contrário, Deus está lá (no momento da morte) e ele sempre suplica às almas a acolher sua misericórdia. O pecado contra o Espírito Santo de que fala Jesus que não tem perdão, é exatamente o de rejeitar radicalmente a misericórdia de Deus em plena luz e em plena consciência. João Paulo II fala muito bem na sua Encíclica sobre a Misericórdia Divina, que cada um de nós com as nossas orações, podemos fazer muito pelas almas que estão para perder-se. Maria, a esse respeito, tu tens algum testemunho para nos contar?

Maria: Um dia, encontrava-me em um trem e no meu compartimento havia um homem que não parava de falar mal da Igreja, de falar contra os sacerdotes e contra Deus. Não parava de falar mal, e eu lhe disse:” Escute-me, você não tem o direito de falar tudo isso, não é bom”. Chegando a minha estação, desci do trem e no meu coração eu disse: “Oh meu Deus que esta alma não se perca”. Alguns anos depois, a alma deste homem veio visitar-me e me contou haver estado perto de condenar-se no inferno, e de ter sido salvo simplesmente por causa daquela oração que eu havia feito naquele momento.

Sim, é extraordinário ver como simplesmente um só pensamento, um sentimento do coração, uma simples oração por alguém, pode impedir que essa alma vá para o inferno. E o inferno é isto: É dizer não a Deus, porém, a nossa oração pode suscitar um ato de humildade, por menor que seja .Isto evita o inferno.

Maria: Uma alma me contou: " não havendo observado a lei de trânsito, morreu de repente em um acidente em Viena". Lhe perguntei: "estava pronta para entrar na eternidade? "

" Não estava pronta ", e acrescentou, " mas Deus dá aqueles que não pecam contra ele com insolência e presunção dois ou três minutos para arrepender-se. E só aqueles que dizem não é que se condenam".

A alma prosseguiu com seu comentário interessante e instrutivo: " quando um morre em um incidente, as pessoas dizem que era chegada a sua hora. É falso: isso só pode se dizer quando uma pessoa morre sem ser por sua culpa. Mas segundo os designos de Deus, eu poderia ter vivido ainda trinta anos: então teria transcorrido todo o tempo da minha vida". Por isso o homem não tem o direito de expor a sua vida ao perigo de morte, a não ser em caso de necessidade.

Um médico veio um dia lamentar-se que deveria sofrer por haver abreviado a vida dos pacientes com injeção ( eutanásia ) para que não sofressem mais. Disse que o sofrimento, quando é suportado com paciência, tem para a alma um valor infinito; sim, tem o dever de aliviar os grandes sofrimentos, mas não o direito de abreviar a vida com meios químicos.

Ua outra vez, veio uma mulher. E confessou-me: " eu tive que sofrer trinta anos de Purgatório, porque não deixei minha filha entrar para o convento".

Ir. Emmanuel: Maria, não é incrível alguém chegar a ponto de dizer não a Deus? E no momento da morte, quando vê Deus face a face?

Maria: É. Infelizmente isso acontece. Por exemplo, um homem me disse que não queria ir para o céu e sabe por quê? Porque segundo ele, Deus permite os injustos e a injustiça ... e eu lhe disse que quem faz isso são os homens e não Deus. Respondeu-me assim: “Espero não encontrar Deus depois da morte, porque se isso acontecer, eu lhe quebrarei a cara. Ele tinha um ódio profundo contra Deus, mas Deus deixa o homem livre, poderia impedir essa vontade, mas não, ele quer deixar sua livre escolha. Deus dá a cada um de nós durante a vida sobre a terra e na hora da morte, muitas graças para converter-se. Também, depois de uma vida vivida nas trevas, se esse pede perdão, certamente se salvará.

Ir. Emmanuel: Jesus disse que é difícil para um rico entrar no reino do céu. Tu, por acaso, já viste casos desse gênero?

Maria: Sim, eles fazem boas obras e nas obras de caridade praticam o amor e com amor, também podem chegar ao céu como os pobres.

Ir. Emmanuel: E agora, Maria, no momento presente, tu ainda recebes visita das almas do purgatório?

Maria: Sim, duas ou três vezes pela semana.



ESPIRITISMO



Ir. Emmanuel: Queria te perguntar sobre a prática do espiritismo, por exemplo, quando se chama os espíritos dos defuntos, quando fazem girar o copo etc ...

Maria: Não é bom! É sempre o diabo que faz mover as coisas. Oh, sim, é importante dizer! É preciso fazer as pessoas saberem; porque hoje são muitos os que aderem às práticas espíritas que aumentam cada vez mais!...

Ir. Emmanuel: Maria, então qual é a diferença entre aquilo que tu vives com as almas do purgatório e a prática do espiritismo?

Maria: Não é lícito chamar as almas. Eu não peço a vinda delas, elas vêm só por permissão de Deus e no espiritismo, em vez disso, invocam-se os espíritos, chamam-nos mas é o próprio demônio que vem fingindo ser a alma deste ou daquele outro. Apresenta-se com falsa aparência, sem ser chamado.

Ir. Emmanuel: Tu, pessoalmente, foste enganada por falsas aparições? Por exemplo, do diabo que fingia ser alma do purgatório para falar-te?

Maria: Sim, uma vez uma alma veio encontrar-me e me disse: “Não deves acolher a alma que virá depois de mim, porque ela te pedirá muito sofrimento. Tu não poderás fazer mais daquilo que ela te pedir“. Eu fiquei perturbada e me recordei daquilo que havia me dito o meu pároco e Diretor Espiritual, ele havia dito que era preciso acolher todas as almas com generosidade e eu sou verdadeiramente habituada a obedecer as instruções do meu Diretor Espiritual. E pensei comigo: será que aquele


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