Artigo N.º 4721 - Os pais de Maria Santíssima: Santa Ana e São Joaquim (Maria: Virgem concebida sem pecado)
Há vários personagens no Antigo Testamento com este nome. Com o nome de Ana, aparecem três mulheres na Bíblia: a mãe do profeta Samuel; a mulher de Raguel, parente de Tobias, e a profetisa Ana, que foi ao encontro de Jesus no dia de sua apresentação ao templo. Não há notícia deles na Sagrada Escritura, contudo, existe um livro venerável do século II do Cristianismo: Proto-Evangelho de São Tiago, que granjeou grande autoridade nas comunidades cristãs primitivas. É exatamente este livro que nos traz a mais vetusta tradição sobre os pais de Nossa Senhora.
Joaquim e Ana eram um casal distinto, mas viviam tristes e humilhados porque já estavam chegando à idade avançada e eram estéreis. Eram um casal justo e observante das leis judaicas. Possuíam uma certa fortuna que lhes proporcionava vida folgada. Dividiam suas rendas anuais em três partes: uma era conservada para as próprias necessidades; a segunda era reservada para o culto judaico e, finalmente, a terceira era distribuída entre os pobres. Eles continuavam rezando confiantes que Deus teria suscitados para eles uma descendência. Joaquim retirou-se ao deserto para rezar, onde permaneceu quarenta dias em jejum e oração.
Finalmente, um anjo apareceu a Joaquim comunicando-lhe uma boa notícia: “Joaquim, tua oração foi ouvida. Uma filha te será dada a quem darás o nome de Maria”. Também Ana recebeu um aviso do anjo: “Ana, Ana, o Senhor ouviu teu choro. Conceberás e darás à luz e, por toda a terra, falar-se-á de tua descendência”.
Ao voltar Joaquim para casa, eis que sua esposa atirou-se em seus braços exclamando cheia de alegria: “Agora sei que o Senhor derramou sua bênção sobre o nosso lar; pois eu era como uma viúva, era estéril mas agora meu seio já concebeu, seja bendito o Altíssimo!”. Então, fez o voto de consagrar a menina prometida por Deus ao serviço do Templo.
De Fato, a menina Maria foi levada mais tarde pelos pais Joaquim e Ana para o Templo, onde foi educada, ficando aí até o tempo de noivado com José.
A tradição não dá notícia da morte de Joaquim e Ana.
No entanto, o culto deles foi muito difundido na Igreja desde o século VI. Começou no Oriente e depois passou para a Igreja Romana. Neste caso, a devoção a Sant’Ana foi muito mais popular. Ela difundiu-se, sobretudo nos povos nórdicos, onde o nome Ana é mais usado. Também no Brasil, o culto a Sant’Ana é muito conhecido. Antes ela mereceu o título que só é reservado à sua Filha, isto é, Senhora Sant’Ana.
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