Relato de parte do testemunho da conversão ao catolicismo de James Akin mostrando seu estudo sobre Pedro ser a Rocha.

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“Pedro a rocha” por James Akin

Uma das descobertas chaves na escritura que me levou a conversão para a fé Católica foi a percepção que Pedro é a Rocha que Jesus fala em Mat 16,17-19.

Eu ainda posso me lembrar quando, numa tarde em agosto de 1991, eu estava lendo um livro Católico citando a passagem, e meus olhos perceberam a característica da estrutura do texto que requeria, para mim, que revisasse as minhas idéias sobre isso.

Neste ponto, eu sempre tinha dito para mim mesmo que os Católicos estavam errados em supor que Pedro seria a Rocha na qual Cristo iria construir a sua Igreja. Esta Rocha, eu pensava, foi a revelação da identidade de Jesus como Messias. Na passagem, eu pensava, a pedrinha, a pequena pedra – Pedro ou Petros, estava sendo contrastada com a Pedra grande “a Rocha”, pedra - Jesus.

O que eu não sabia na época era que o argumento lingüístico feito por alguns protestantes sobre o uso dos textos gregos dos termos Petros e Petra, estavam errados. Havia uma distinção entre os significados desses termos em alguma poesia grega antiga, mas esta distinção já não havia no tempo de Jesus.

No primeiro século quando o evangelho de Mateus foi composto, os dois termos eram sinônimos, veja o livro de D.A Carson The expositors bible comentary. Eu também não tinha derrotado tempo suficiente nem atenção para o fato de que Jesus e Pedro não falavam o Grego todo o dia, mas sim Aramaico, o Grego era a linguagem do comércio no primeiro Século na Palestina e o Aramaico era a linguagem do dia a dia.

Por trás do texto grego de Mateus 16,17-19 estava uma conversação Aramaica, e nesta conversação não houve nenhuma distinção entre os termos representando Petros e Petra, nos dois casos a mesma palavra Kephas do qual nós temos Cefas, foi usada.

Hermeneuticamente, alguém deveria ler um texto que estaria em harmonia com a linguagem que está por trás dessa tradução, que simplesmente significa um entendimento que originalmente estava dizendo, conseqüentemente a declaração de Jesus em Aramaico, “você é Kephas e nesta Kephas eu irei construir a minha igreja”, deveria ser decisiva para a nossa interpretação.

Eu sabia o bastante cerca de 1991, para entender que a interpretação da rocha como a revelação da identidade de Jesus, não estava inteiramente segura. Foi uma dedução geral baseado nos temas sendo falados sobre a passagem, não uma dedução específica baseada na estrutura e gramática da passagem.

Então assim que meus olhos deram uma olhada mais profunda no texto de novo, eu de repente percebi uma característica estrutural da passagem, que realmente mostrava o balanço a favor de Pedro ser a Rocha, instantaneamente eu descobri que estava com um grande problema teológico e que precisava fazer uma reavaliação teológica.

Por algum tempo eu tinha percebido que, se Pedro era a Rocha, então ele seria a cabeça dos apóstolos e assim, quando Jesus retornou ao Céu, a cabeça da Igreja terrena teria que haver, e isso iria fazer dele em essência, um Papa.

Se os católicos estivessem certos sobre Pedro ser um Papa, então eles poderiam estar certos sobre outras coisas, sobre tudo, e assim eu iria ter que fazer uma re-investigação. Quando eu fiz isso eu fui forçado a concluir que a Igreja Católica estava certa, e eu me tornei um Católico.

Depois de mais alguns estudos iniciais e profundos sobre Mat 16, 17-19, eu percebi que havia várias características estruturais da passagem que requeriam que Pedro fosse a Rocha. Basicamente a fala de Jesus para Pedro consistia de três declarações:

A primeira declaração é uma clara benção sobre Pedro. Jesus diz: “Bendito és tu Simão, filho de Jonas”. A terceira também é uma benção: “Eu irei te dar as chaves do reino dos céus”. Mas se a Primeira e a Terceira das três declarações são uma benção então a do meio (“então eu te digo tu és Pedro”), também tomado no contexto imediato, precisa ser uma benção.

Jesus não está contrastando e desprezando Pedro como uma pedrinha insignificante com a segunda declaração. Como as outras, antes e depois, é uma benção que Jesus lhe dá. Eu percebi que a estrutura das três declarações, requeria que Pedro fosse a Rocha. Cada declaração consistia de duas partes: Primeiro uma declaração básica e uma exclamação longa que mostrava o significado da declaração. As explicações também tinham duas partes: uma asserção seguida por um contraste, mas isso não nos afasta, já que não afeta o fato de que Pedro é a rocha.

A primeira declaração de Jesus: “Bendito és tu Simão, filho de Jonas é explicada, pois não foi a carne e o sangue que te revelaram isto, mas meu Pai que está no céu”. Esta é a razão porque Simão é abençoado. A terceira declaração: “Eu irei te dar as chaves do Reino dos Céus” é explicada por Jesus na declaração sobre ligar e desligar. O poder de ligar e desligar é parte do que significa ter a chave do Reino dos Céus. Neste caso a segunda declaração (“E eu te digo Tu és Pedro”) é explicada por: “ E nesta rocha eu irei construir a minha Igreja”. Não há dúvida, Pedro é a Rocha.

Fonte: http://blog.veritatis.com.br/index.php/2009/04/25/pedro-e-a-rocha/