Postado em: 04/09/11 às 07:46:04 por: James
Categoria: Artigos
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Como definição simples, a Graça é o Dom da presença de Deus que nos ama e a transformação do homem nEle.
Diz o Catecismo da Igreja católica:
1996. – A nossa justificação vem da graça de Deus. A Graça é um favor, o socorro gratuito que Deus nos dá, a fim de respondermos ao seu chamamento para nos tomarmos filhos de Deus, filhos adoptivos, participantes da natureza divina, e da vida eterna.
Deus está presente de maneira natural na pessoa que O reconhece na obra da Criação e o aceita como Senhor de tudo o que existe.
Mas pela Graça Deus torna-se presente na consciência humana de maneira especial.
Pela fé Ele é perceptível como o próprio Amor que oferece ao homem a participação na Sua própria vida, uma relação de amizade com Ele muito mais íntima do que tem o Criador com a Sua criatura, uma certa experiência de vida familiar com Deus.
Diz o Catecismo da Igreja Católica:
1997. – A Graça é uma participação na vida de Deus, introduz-nos na intimidade da vida trinitária : pelo Batismo, o cristão participa da graça de Cristo, Cabeça do seu Corpo; como «filho adoptivo», pode, a partir daí, chamar «Pai» a Deus, em união com seu Filho Unigénito; e recebe a vida do Espírito, que lhe infunde a caridade e forma a Igreja.
Deus define-se como o Amor e dá-se a conhecer pela Revelação nas Sagradas Escrituras.
No Antigo Testamento Deus revela-se, concedendo favores e prosperidade, aceitando os sacrifícios do Seu Povo, defendendo-o do seus inimigos, dando-lhe uma proteção especial e dando a conhecer a Sua vontade pelos Seus Mandamentos.
Deus perdoa também ao Seu Povo e diz quem é e estabelece a Sua Aliança com o Seu Povo para sempre.
No Novo Testamento a palavra Graça só aparece em S. João:
- E nós vimos a Sua glória, glória que lhe vem do Pai, como Filho Único, cheio de Graça e de verdade. (Jo. 1,14).
Todavia a ideia de “Dom” ou de qualquer coisa que nos “será dado ou confiado”, aparece constantemente no Novo Testamento :
- O Reino de Deus ser-vos-á tirado e será confiado a um povo que produzirá os seus frutos.(Mt.21,42).
- Ele que não poupou o próprio Filho, mas O entregou por todos nós, como não havia de nos dar também, com Ele, todas as coisas ? (Rom.8,32).
Quando o homem responde à oferta do dom do Amor de Deus, entregando-se totalmente a Ele, transcende a sua antiga condição de pecador, recebe uma capacidade e um incentivo para crescer mais no amor, para partilhar a sua vida e a sua liberdade com Deus e torna-se uma imagem mais completa e perfeita do Homem-Deus, Jesus Cristo.
A Graça ou dom do Amor de Deus, não nos tira a nossa liberdade nem nos isenta da lei, mas torna-nos mais fiéis, tanto ao amor de Deus e do próximo como ao cumprimento da lei.
Também não nos livra do pecado, mas dá-nos uma força maior para lhe resistir porque não podem coexistir o amor a Deus e o pecado.