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Artigo N.º 3401 - O TEMPO DE SATANÁS: OS FALSOS PROFETAS
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Postado em: 21/10/09 às 17:52:44 por: James
Categoria: Artigos
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A falsa profecia assume muitas vezes os contornos do engano operado com falsos prodígios e milagres ou da mentira propagada com alta doutrina e diabólicas inspirações. Que colocada, parece-me, porém que se possa encontrar outro modo no qual operam os falsos profetas: não tanto aquele de anunciar o falso, quanto aquele de silenciar a verdade. É um pouco como uma “estratégia do silêncio” que é colocada em ato até por almas consagradas – já que sabemos que a fumaça de satanás entrou também dentro da Igreja – tende a tirar a atenção da verdade, favorecendo o silêncio sobre o pecado, o silêncio sobre o inferno, o silêncio sobre satanás. No fundo os falsos profetas que servem a satanás, última coisa que dirão é que satanás não existe.....

 

Devemos distinguir duas espécies de falsos profetas. De um lado, temos aqueles que operam fora da Igreja e que propagandeiam o “espírito do mundo” através do slogan “sem Deus se vive melhor”. Esta é realmente a falsa luz desta profecia mundana, da qual diversas vezes a Rainha da Paz nos alertou, sobretudo aos jovens. E se trata de um exército de servidores de Satanás: de intelectuais e filósofos a charlatões e vigaristas. Todos, porém, reconhecidos facilmente, porque “estão no mundo”.

 

Por outro lado, temos também os falsos profetas que operam no interno da própria Igreja: trata-se de uma profecia mais perigosa, por que esta é mais difícil de individualizá-la, por que é como se o diabo se vestisse com um hábito religioso, assumindo o papel de um expoente da Igreja, segundo a estratégia enganadora do maligno, do qual Bernanos[1], nos seus romances, soube muito bem representar.

 

Eis, quando um falso profeta se apresenta de alva e estola ou ainda como líder de um grupo de oração, então o discernimento passa a ser muito mais complexo; desta forma e com muita facilidade muitos fiéis são seduzidos, confundidos e enfeitiçados.

Portanto, devemos sempre utilizar a liberdade de filhos de Deus, ou ainda o espírito de discernimento, sem nos deslumbrarmos com os ensinamentos dos falsos profetas, porque se compreende, mormente, que renunciando à tal capacidade crítica, venhamos a ser enganados por esses presunçosos videntes que agitam suas bandeirolas, anunciando aqui e ali falsas locuções e visões privadas.



[1] Georges Bernanos, nasceu em Paris, 20 de fevereiro de 1888 e morreu em Neuilly-sur-Seine, 5 de julho de 1948. Foi um escritor e jornalista francês.

 

 

 

Quero, portanto, colocar em atenção aqueles grupos de oração que possuem a própria vidente que tem aparições ou revelações proféticas, onde tudo isto não é mais do que um produto da exaltação pessoal ou do engano satânico. Mais grave é o caso dos falsos profetas no interno da mesma hierarquia eclesiástica, quando são sacerdotes ou teólogos a propagar entre os fiéis heresias e enganos satânicos.  É o caso onde se deforma a Palavra de Deus, ou deixa passar silenciosamente as verdades fundamentais da doutrina católica.  É um argumento muito doloroso. Quando o Papa Paulo VI falou da “fumaça de Satanás na Igreja”, especificou do que se tratava: que no interno da própria Igreja tinha-se formado um pensamento que não era católico – e que como tal, não podia ser considerado um pensamento autêntico da Igreja e que era exprimido na formulação de verdade de fé não conforme a Doutrina revelada e ensinada pela Igreja. Bem, como resposta a este alerta lançado pelo Santo Padre Paulo VI, foi-nos acrescentado aquele grandíssimo dom, que é o Catecismo da Igreja Católica, instrumento do qual tínhamos necessidade para saber quais eram os confins exatos da Doutrina da Igreja e que João Paulo II e Bento XVI pensaram propor aos fiéis, como baluarte da verdadeira fé. Porém, devo lamentar o fato de que, hoje em dia, na verdade são poucas as pessoas que citam o Catecismo, e creio que é ainda bem pouco estudado nos seminários e nas faculdades teológicas, enquanto julgo que não tem uma arma melhor para defender daquilo que Karl Rahner definia de “heresia criptogame”, ou na verdade, heresias, como aquelas plantas homônimas que se alastram escondidamente e silenciosamente no bosque da Doutrina Católica, por onde chega a sustentar que o inferno está vazio e que Satanás ainda se converterá, afinal de contas, muitos alegam, existe a Misericórdia e a Salvação para todos; assim sendo todos os pecados são justificados. Pois bem, chegamos ao fim específico: os “silêncios”. São estas as falsas profecias mais perigosas no interno da nossa Igreja, porque se um teólogo afirma o falso e como tal, ainda escreve, antes ou depois a Congregação pela Doutrina da Fé o chama e o reconduz à verdadeira doutrina. Mas, no caso dos silêncios, estes são bem mais sutis e difíceis de individualizá-los, porque aparece menos, são menos evidentes. Trata-se justamente de um “não anunciar” a verdade que de fato se traduz no propagar o erro. Dizia o papa são Feliz III que “Não opor-se a um erro é o mesmo que aprová-lo, e não defender a verdade é o mesmo que suprimi-lo”. Pensemos, por exemplo, no fato de que hoje não existe uma catequese precisa sobre o pecado: não se explica uma coisa e não se denuncia a sua gravidade, não se diz mais claramente que o pecado mortal pode conduzir à perdição eterna. É necessário que tenhamos com mais freqüência, uma intervenção por parte das autoridades – talvez um artigo publicado na “Civiltà Cattolica”, famosa revista dos Jesuítas que é averiguada sempre pela Secretária do Estado do Vaticano – para recordar que quando um morre em pecado mortal, é o inferno que o espera.

 

 

Estas verdades elementares e fundamentais, não são mais ensinadas nas catequeses, ou se ensina pouco. Do mesmo modo, não se faz mais a distinção entre “pecado mortal” e “pecado venial”, tudo é justificável, não se leva em conta que, todavia a matéria é “grave”, portanto a “plena advertência” e o “deliberado consentimento” vão sendo queimados. Esse silêncio, danadíssimo para as almas, é uma forma muito dissimulada dessa falsa profecia. Em contra partida às deformações da verdadeira doutrina, recordo-me de um episódio de quando era um jovem padre. Um dia, veio até mim uma senhora pedindo se era possível um colóquio. Disse-me que estava numa situação de adultério. Eu disse-lhe: “Observe que este é um pecado grave e, se a senhora não deixa esta situação, corre-se o risco da perdição eterna de sua alma!” Ela parou um pouco a pensar e depois replicou: “Ah, tanto faz, no final temos a Misericórdia Divina...”. Eis, este é um exemplo do grave perigo que se corre ao deformar a doutrina, usando a divina Misericórdia para permanecer na impenitência e continuar a fazer o mal.Por outra parte, não se pode usar a divina Misericórdia para dizer que o inferno está vazio; não é que existe o inferno porque Deus não é misericórdia, existe o inferno – e já o recordei – por que nós refutamos a divina Misericórdia, nós não confiamos na divina Misericórdia, não nos arrependemos diante d’Ele. Em relação a isto, quero aproveitar a ocasião para colocar bem claro aquilo que penso de Von Balthasar[1]. Li quase todas as obras deste grandíssimo teólogo e devo admitir que o seu último livro, intitulado “Sperare per tutti”[2], chama de “infernistas” todos aqueles que acreditam na existência do inferno – portanto, neste caso também Jesus Cristo era um infernista? – E o teólogo rebate com esta sua profunda esperança, dizendo que “todos os homens serão salvos” e que “o inferno esteja vazio”. Creio que o problema esteja mal colocado: não se trata de limitar-se a “esperar” – deixando consigo mesmo o entendimento de que a salvação seja quase um direito para todos – quanto mais de conquistá-la a fim de que todos se salvem, rezando e sacrificando-se para a salvação das almas dos pecadores. É isto que Maria quer, e o diz através de suas mensagens dadas em Medjugorje. E ainda, desculpem-me, bastaria acreditar na existência de Satanás e dos demônios para compreender que o inferno não pode estar vazio, porque pelo menos os anjos decaídos foram precipitados nele depois da rebelião originada contra Deus. Ou também isto não é mais verdade de fé? Então, se no inferno habitam esses espíritos rebeldes, estejam seguros que estão também aqueles homens, que na sua passagem sobre esta terra, seguiram a estrada do mal e na rebelião deles contra Deus.  Ou também isto não é mais verdade de fé? Então, se no inferno habitam esses espíritos rebeldes, estejam seguros que estão também aqueles homens, que na sua passagem sobre esta terra, seguiram a estrada do mal e na rebelião deles contra Deus.  


[1] Hans Urs von Balthasar, nasceu em Lucerna, Suíça no dia 12 de Agosto de 1905 e morreu na cidade de Basiléia, na mesma Suíça em 26 de Junho de 1988 foi um grande teólogo Jesuíta.

[2] Esperança para todos.

 

 

 


Pe. Eugenio Maria, FMDJ
www.mosteiroreginapacis.org.br
http://rainhadapaz.blog.terra.com.br/



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