“Por isso temos tantos católicos apenas ‘nominais’, que nunca foram introduzidos nos ‘mistérios da fé’ e não conhecem sua fé, nem a proposta de vida eclesial, nem têm condições de apreciar a verdadeira beleza e o valor da vida cristã. Não é bem isso que faz falta em nossa Igreja?”, questiona.
Segundo o arcebispo, a transmissão da fé já não acontece mais “automaticamente”, “como talvez acontecia em outros tempos e em lugares do interior”. “A grande cidade oferece tantas opções e alternativas, sobretudo a de não se ligar a nenhuma Igreja ou prática religiosa”.
Dom Odilo explica que na recente assembleia da CNBB, os bispos, ao tratarem da ‘iniciação à vida cristã’, “falaram de um novo método de evangelização, mais adequado às nossas condições e necessidades atuais. É a necessária ‘conversão pastoral’ que precisamos fazer”.
“A vida cristã é uma experiência vivida: então as pessoas precisam ser ajudadas a realizar essa experiência de maneira válida e eficaz. É também um caminho: pois então, é preciso empreender o caminho e andar por ele, descobrindo, pouco a pouco, para onde ele leva”, afirma o arcebispo.
A vida cristã “é ainda um ‘discipulado’, uma experiência dinâmica e envolvente; e, como nos recomendou a Conferência de Aparecida, aprende-se a ser discípulo na medida em que se está com o Mestre”.
A iniciação à vida cristã é “um processo gradual e progressivo de evangelização, de conhecimento de Jesus Cristo, de envolvimento com ele e com a comunidade eclesial, na qual se vai entrando passo a passo. Vale para quem já foi batizado, mas não evangelizado; e vale ainda mais para adultos que ainda não foram batizados e o desejam”.
“Esse método coloca diante dos olhos o mistério de Deus, que se manifesta no mistério de Cristo, caminho, verdade e vida, Aquele que tem ‘palavras de vida eterna’. Jesus é o rosto humano de Deus e o rosto divino do homem e está no centro de nossa experiência de fé cristã. Nós não nos relacionamos com teorias e verdades abstratas, mas com a pessoa de Jesus Cristo, crucificado, morto e ressuscitado.”
O cardeal Scherer considera que, para “sermos uma Igreja em estado permanente de missão, precisamos inovar em nossos métodos de evangelização; caso contrário, continuando simplesmente nosso ritmo, atingiremos sempre menos pessoas”.
Saiba como contribuir com nosso site:
1) - O vídeo não abre? O arquivo não baixa? Existe algum erro neste artigo?
Clique aqui!3) - Ajude nossos irmãos a crescerem na fé, envie seu artigo, testemunho, foto ou curiosidade.
Envie por Aqui!4) - Ajude a manter este site no ar, para fazer doações
Clique aqui!