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Artigo N.º 10881 - SATANÁS SABIA QUE JESUS ERA O HOMEM-DEUS ESPERADO? - NÃO!
Artigo visto 8645




Visto: 8645
Postado em: 12/04/13 às 08:46:59 por: James
Categoria: Artigos
Link: http://www.espacojames.com.br/?cat=1&id=10881
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1º - VEJA EM SEGUIDA, a parte do filme "A PAIXÃO" de Mel Gibson, principalmente dos 06min45 até os 07min45, onde - JESUS CLAMA PELO PAI (Abba) e SATANÁS, na sequência, IRÁ LHE PERGUNTAR "Quem é TEU Pai?" e "Quem és TÚ?"

2º Lembremo-nos que a principal fonte bibliográfica de Mel Gibson foi o livro "A Dolorosa Paixão do Nosso Senhor Jesus Cristo", publicado pela primeira vez em 1833. Esse livro consiste de “visões” de uma freira alemã chamada Anna Katharina Emmerick (1774-1824).

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Espacojames: Leia sobre as visões de Anna Katharina Emmerick nos links abaixo:

Artigo N.º: 7187 - O futuro da Igreja – Visões de Anna Catharina Emmerick - Parte 1
Artigo N.º: 7188 - O futuro da Igreja – Visões de Anna Catharina Emmerick - Parte 2
Artigo N.º: 7189 - O futuro da Igreja – Visões de Anna Catharina Emmerick - Parte 3

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Em seu livro A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, Emmerick afirma que no dia 13 de novembro de 1803, com a idade de 29 anos, ela fez seus votos solenes e tornou-se esposa de Jesus Cristo no Convento de Agnetenberg em Dulmen. Desde então passou a chamar Jesus Cristo de “meu Esposo Divino” ou “meu Esposo Celeste”.

2.1 - Emmerick nasceu em 8 de setembro de 1774, em Flamske, aldeia próxima a Coesfeld, na Westfália.[...] Foi batizada logo após o nascimento na paróquia de S. Tiago de Coesfeld. [...] O padre Schmoeger conta que, segundo as Visões que Katharina Emmerick teve de si mesma, ela possuíra o uso da razão desde o nascimento [...].

2.2. - Quando pequena, ela tinha visões de Jesus jovem e de João Batista menino [...] e quando menina, contava ao pai cenas bíblicas que assistia em visão e o pai, comovido, chorava, perguntando onde ela aprendera tais coisas [...]. Trabalhou no ofício de costureira até 1799 [...].

3º No início de dezembro de 2003, antes do filme chegar aos cinemas, o papa João Paulo II (1920-2005) assistiu-o em uma seção particular no Vaticano e, ao término da exibição, sentenciou: “O filme é como era”.

 

3.1.- O falecido papa e hoje Beato João Paulo II, no domingo 3 de outubro de 2004, menos de sete meses após o lançamento do filme “A Paixão de Cristo” de Mel Gibson, honrou a mística freira alemã com o título de BEATA. A beatificação é o último passo formal na Igreja Católica antes de conferir o título de santidade(SANTA).

3.2. - Oficiais do Vaticano que examinaram a vida de Emmerick afirmam que a escolha da freira para a beatificação foi feita decorrente de “sua generosidade para com os pobres e sua extraordinária empatia com o sofrimento”.

3.3. - Durante sua homilia, o então papa e hoje beato João Paulo II sentenciou: “A abençoada Anna Katharina Emmerick viu o sofrimento amargo do nosso Senhor Jesus Cristo e experimentou isso no seu próprio corpo” (OS ESTIGMAS DA PAIXÃO - ELA PASSOU A SER UMA ESTIGMATIZADA).

3.4. OU SEJA: Em 1802, Emmerick recebeu misticamente a coroa de espinhos de Cristo, mas sem efusão de sangue, apenas com um inchaço na fronte, nas têmporas e até nas faces. Foi só mais tarde, quando já estava no convento, que sua testa começou a sangrar, em pequenos pontos.

3.5. Em 28/08/1812, festa de S. Agostinho, patrono de sua ordem, ela recebeu um primeiro sinal místico: sobre seu estômago apareceu uma cruz sangrenta. Semanas depois teria aparecido uma segunda cruz, parecida com a cruz de Coesfeld, sobre o osso esterno, sangrando periodicamente.

3.6. No dia de Santa Catarina (25/11/1812), uma outra cruz, semelhante à antecedente, apareceu sobre o osso esterno, acima daquela que já recebera, formando uma só marca.

3.7. No natal de 1812, ela recebeu os estigmas de Cristo nas mãos e nos pés. E finalmente, a 29/12/1812, recebeu a chaga do peito de Cristo, no seu flanco.

4. [...] Essas chagas sangravam em certos dias da semana:

4.1.- ‘A dupla cruz sobre o esterno sangrava, a maior parte das vezes, às quartas-feiras.

 

4.2. - As chagas do flanco e da cabeça, apenas às sextas-feiras’.

 


ENTÃO: SATANÁS SABIA QUE JESUS ERA O HOMEM-DEUS ESPERADO?

Se o demônio tivesse perfeita noção de que Jesus era o Filho de Deus feito homem, procuraria um meio de evitar sua morte na cruz, para o gênero humano não ser redimido.

Ora, ele tinha elementos concretos para concluir ser Jesus o Redentor prometido. Por que, então, instigou os pontífices e fariseus a condená-Lo e exigir a sua crucifixão?

A questão foi tratada de forma magistral pela renomada revista francesa "L'Ami du Clergé" do ano 1923 (pp. 285-86).

O episódio da tentação no deserto, o demônio parecia reconhecer em Jesus o Filho de Deus humanado, pois Lhe disse: "Se és Filho de Deus, ordena que estas pedras se tornem pães" (Mt 4, 3). E pouco depois: "Se és Filho de Deus, lança-Te abaixo, pois está escrito..." (Mt 4, 6).

Em outras passagens da Sagrada Escritura, ele faz, pela boca dos possessos, afirmações categóricas: "Por que te ocupas de mim, Jesus, Filho do Deus Altíssimo?" (Lc 8, 28). "Tu és o Filho de Deus!" (Mc 3, 11). "Sei quem és: o Santo de Deus!" (Mc 1, 24).

Qual é, porém, o significado exato do título de "Filho de Deus", dado a Jesus pelo demônio?

Segundo explicam alguns exegetas, não é possível saber com certeza se satanás, chamando Jesus de "Filho de Deus", tinha perfeito conhecimento de sua natureza divina, ou se tinha apenas a intuição de uma natureza mais ou menos sobre-humana cuja relação com a Divindade permanecia ainda bastante obscura.

Uma vez, pois, que não encontramos na Exegese a solução precisa do problema, procuremos na Teologia.

O demônio tira conclusões a partir dos fatos externos

O demônio não conhece naturalmente os segredos dos corações, nem os contingentes futuros, nem os mistérios da graça no que estes têm de sobrenatural e divino. O mistério da Encarnação não está, pois, ao seu alcance.

Os fatos externos, porém, estão. E ele pode, a partir dos fatos exteriores que conhece por meio das luzes naturais, deduzir com grande probabilidade a verdade dos mistérios da graça. Desse modo, o demônio tem uma qualquer coisa de "fé". A penetração de sua inteligência fá-lo descobrir os indícios manifestos da verdade. Contudo - como ensina São Tomás - essa "fé", porque é forçada pela evidência dos sinais, não é obra da graça nem fé propriamente dita.

Por outro lado, seu espírito orgulhoso se inclina sempre a recusar adesão aos mistérios da graça.

São Tomás acrescenta que a "fé" dos demônios é contrária à sua disposição de espírito: "Desagrada aos demônios o fato de os sinais da fé serem tão evidentes que os obriguem a crer" (1). Donde é forçoso concluir que eles estão em revolta até mesmo contra essa evidência e são levados a se apegar a tudo que possa obscurecê-la.

 

 

Apliquemos agora esses princípios ao caso proposto.

Tentou Jesus para verificar se Ele era de fato o Messias

Quando Nosso Senhor foi concebido pelo Espírito Santo no seio puríssimo da Bem-Aventurada Virgem Maria, o casamento desta com São José podia ainda esconder ao espírito perspicaz do demônio a realidade da Encarnação.

Só mais tarde lhe foram fornecidos os indícios para descobrir esse mistério.

No momento da tentação no deserto, podia ele já suspeitar que Cristo era o Filho de Deus. Com efeito, a voz do Pai já se fizera ouvir no Batismo de Jesus, no Jordão: "Este é o meu Filho bem-amado" (Mt 3, 17; Lc 3, 22; 1Pd 1, 17).

Porém, essa não é uma prova peremptória da Encarnação. Para começar, essas palavras vinham mesmo de Deus? Depois, tinha ela o sentido da filiação divina natural, e não adotiva?

Assim, a fórmula da qual se serve satanás durante a tentação do Salvador, revelava uma hesitação: "Se és o Filho de Deus..."

O demônio tinha, sem dúvida, razões para supor que Jesus era o Cristo, o Messias, o Filho de Deus. Contudo, ele podia ter algumas incertezas, e a disposição natural devia levá-lo a formulá-las para si mesmo: "Ele O tentou para averiguar se era o Cristo" (2), afirma Santo Agostinho.

Ele era movido mais pela suposição que pela certeza

Entretanto, à medida que Jesus avançava em sua vida pública, os sinais se multiplicavam, testemunhando o caráter transcendental do Filho de Deus. Esses sinais não poderiam escapar à perspicácia do demônio. Assim, nas diferentes ocasiões em que este é obrigado a publicar uma verdade imposta a seu espírito, ele o faz com mais convicção do que no momento da tentação no deserto. Diz a Jesus: "Sei quem és: o Santo de Deus!" (Mc 1, 24). Mais ainda, chama-O, sem hesitação aparente, de "Filho de Deus", "Filho do Deus Altíssimo". "Tertuliano e outros exegetas pensavam que o demônio dava- Lhe este título por lisonja. Entretanto, é preferível crer que ele o fazia com toda sinceridade, se bem que a contragosto, pois Deus permitira que até mesmo o inferno rendesse testemunho a Cristo" (3).

 

 

Contudo, não há plena persuasão nesse testemunho. Pois, segundo São Tomás, eco da Tradição Católica, se os demônios "tivessem conhecido perfeitamente e com certeza que Jesus era o Filho de Deus e quais seriam os frutos de sua Paixão, jamais buscariam a crucifixão do Senhor da Glória" (4). Com efeito, é grande a perspicácia dos demônios para compreender a força dos argumentos a favor da divindade do Salvador; mas é grande também sua perspicácia para descobrir as objeções, e - dada sua disposição de não crer, isto é, de não se deixar convencer senão à força e em último extremo - concebe- se que eles tenham duvidado até o fim.

Escreve São Tomás: "À vista dos milagres, o demônio conjeturou que Ele era o Filho de Deus. (...) E se ele O chamava de Filho de Deus, fazia-o movido mais por desconfiança que por certeza" (5).

Conclusão: satanás não conseguiu sair da dúvida

Satanás tinha, pois, a intuição, diríamos quase a convicção, de que Jesus era Filho natural de Deus. Entretanto, julgando a verdade apenas por sinais exteriores e com espírito preconcebido, ele conservava dúvidas sobre o mistério da Encarnação, apesar de não ter podido deixar de reconhecer em Jesus Cristo a transcendência sobre-humana que as locuções "o Santo de Deus" e "o Filho de Deus" exprimiam energicamente.


REFERÊNCIAS:

1) Suma Teológica, II-II, q. 5, a. 2, ad. 3.

2) De Civitate Dei, 1, XI, c. 21.

3) Fillion, Evangile selon S. Marc, Paris, 1895, p. 34.

4) Suma Teológica, I, q. 64. a. 1, ad. 4.

5) Ibid, III, q. 44, a. 1, ad 2.

 

FONTE ORIGINAL: Revista Arautos do Evangelho, Março/2006, n. 51, p. 20-21.

 


Fonte: http://fotosmilagrosasbrasil.blogspot.com.br/



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