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Artigo N.º 10091 - O padre de "ontem" é o mesmo de "hoje"?
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Postado em: 30/08/12 às 19:18:51 por: James
Categoria: Artigos
Link: http://www.espacojames.com.br/?cat=1&id=10091
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Por Rodrigo de Luna

Quando falamos na palavra "padre" qual é o primeiro pensamento que nos vem em mente?

- Um homem de batina preta?
- Um homem rezando uma Missa com uma "túnica branca"?
- Um homem comum como todos os outros?

Nos dias de hoje o termo mais adequado é o da última opção, não por apelação, mas sim por que os próprios padres buscam isto!



Vejamos esta foto acima:

Algumas pessoas perguntariam: "Em mil novecentos e quanto foi tirada esta foto?", já outras que possuem um pouco mais de conhecimento poderiam até ironizar: "Isso foi no Concílio de Trento?" e tendo as chances de várias outras perguntas e afirmações mirabolantes. Vemos nada mais que dois padres caminhando em uma calçada vestindo suas respectivas batinas que eram tão comuns na época, quanto a famosa "camisa clerical" dos dias de hoje.

A foto foi tirada em um tempo onde era perfeitamente normal os padres usarem batina, saturno ou barrete, seminaristas vestidos da mesma forma, andando por aí sem "vergonha" alguma. São imagens como estas que, infelizmente, são raríssimas atualmente. É triste não apenas nós, simples leigos, mas também para os próprios padres, verem aos poucos a maioria dos padres abandonarem a veste que é e continuará sendo tão importante até o fim dos dias para os padres do mundo inteiro, pois a batina é um sinal, um sinal de consagração. Quantos não morreram por apenas a usarem?

Nos dias de hoje, a grande maioria dos padres optaram por usarem roupas que os façam parecer mais com os leigos, mas apenas tendo uma pequena característica que os distinguem dos mesmos: Uma pequena palheta branca que se usa entre as duas golas da camisa, fazendo então a camisa clerical, como vemos na foto:


Como me dizia um amigo: "A camisa clerical faz o padre da cintura para cima, basta tirar a palheta e pronto! Não se parece mais com um padre!"

Não temos autoridade alguma para condenar o padre que gosta de usar tal veste sacra, tanto que a mesma é defendida pelo próprio Direito Canônico (cân. 284), mas o que ninguém poderá negar é que a roupa própria do padre é nada mais e nada menos que a batina. Ora, nos dias de hoje, a finalidade de tudo é a de se modernizar, até mesmo o padre! Mas não devem fazer isto à pessoa do padre, pois ele (o padre) deve ser o mesmo de ontem, de hoje e de sempre, assim como Cristo o é. Eles não podem aderir às modernidades (não importando se a maioria já adere) e deixar sua veste talar de lado, trocando-a por uma camisa que não é criação da Santa Madre Igreja, mas sim uma invenção protestante; mas qual padre hoje em dia se importa com isto? Poucos! Infelizmente é uma questão muito triste que choca a qualquer cristão que reconheça e que realmente se preocupe com a situação da Igreja nos dias turbulentos que Ela passa.

 

Para muitos o padre evoluiu, deixou de usar a batina, usa roupas comuns, tem um linguajar informal, gírias, agindo então de uma forma que não convém a um sacerdote, ou seja, non clericat - não clerical. Quem vê um padre na rua hoje é capaz até mesmo de faltar com respeito com ele, pois o respeito que se tinha pela pessoa do sacerdote a cerca de 50 anos se perdeu totalmente. Quem acredita que a algumas décadas até mesmo os protestantes e membros de outras religiões respeitavam a pessoa do padre?

Esta imagem é bastante interessante, pois comparando aos dias de hoje, seria uma coisa meio que, se podemos chamar desta forma, "impossível":


Antigamente, ver um padre era sinônimo de ver o Cristo, assim era sacerdote: respeitado por tudo e por todos, mostrando então a sua verdadeira autoridade agindo In Persona Christ Caput Ecclesia ou Em Pessoa de Cristo Cabeça da Igreja. Pregar a palavra com autoridade, não por obrigatoriedade, ser respeitado e impor respeito sobre as pessoas. É inexplicável o poder e autoridade que o padre tem em mãos... literalmente.

Esta pessoa do padre que era "tão comum" há algumas décadas atrás se destruiu nos principais pontos. Hoje em dia, ele é apenas chamado de forma extremamente vulgar de um "trabalhador" de Cristo, que está para suprir as necessidades espirituais (ou emocionais?) do povo, estando ali apenas para celebrar Missas, Ministrar Primeira Eucaristia à crianças e jovens, celebrar casamentos, batismos, matrimônios e outras funções convenientes à um padre, mas tudo de forma mecânica. Para muitos deles, celebrar Missa, assistir casamentos, ministrar uma extrema-unção, confissão e outros, se tornou algo desvalorizado. Quem hoje chega a acreditar plenamente que um padre pode salvar uma alma? Poucas pessoas. Quem hoje crê na Eucaristia como deveria crer? Poucas pessoas! Quem hoje acredita e respeita o padre como verdadeira Pessoa de Cristo? Quase ninguém!

Se até mesmo católicos, ou ditos católicos, chegam a ponto de ridicularizar e xingar os padres, imaginemos então o que não falaria uma pessoa que não seja católica? "De um padre, ou falar bem ou não falar", dizia São Domingos.

Neste último exemplo dado, não é culpa das pessoas, mas sim dos próprios padres, que por uma corrente de pensamento de querer se "aproximar do povo", "não ser radical", "ser dócil com todos". É tão normal o padre passar a imagem de uma pessoa qualquer, ou a tão famosa de "padre galã", que até parece moda nos dias de hoje, levando um padre a usar calças apertadas, camisas de mangas curtas mostrando um braço "malhado" e cantando músicas que fazem a cabeça das pessoas e até mesmo do próprio padre, que termina se vendo (e se vendendo) com um perfil de "estrela" e fazendo shows pelos mais variados locais, levando as pessoas (principalmente as assanhadas) ao delírio com o jeito que o padre age no palco. "Non-clericat", já brandava um venerável padre.

Isto não convém à um padre, pois como já foi afirmado pelo Magistério Infalível da Santa Igreja, o Padre é um Cristo! Deve agir como Cristo! Ele está na Pessoa do Cristo vivo em nossa frente. Por acaso, se o Cristo estivesse entre nós, Ele se submeteria a subir em um palco e começaria a cantar musicas melosas que mexem com os sentimentos alheios? Ou faria como todos sabem, o que lhe seria mais conveniente? Ajudando os doentes, os necessitados, salvando almas e levando a Palavra aos que mais precisam?

O que é hoje em dia a Confissão? Antigamente, era tido (e continua sendo) como o Tribunal de Deus, onde ali entramos como pecadores, reconhecendo e acusando-nos de nossos pecados, mas é o único tribunal do onde nos acusamos e temos perdoados os nossos pecados. Na confissão, o padre prudente nos ensina de forma direta como e o que devemos fazer para evitar o pecado, como odiar o pecado. Não é mais anormal hoje, um padre aconselhar coisas imorais e contra a Doutrina da Igreja, dando conselhos como se uma pessoa comum estivesse aconselhando. Um cego guiando outro cego. Dizia São João Bosco: "Muitas almas se perdem por causa das más confissões", imaginemos então quantas mais hei de se perder por conta dos maus aconselhamentos dos padres? Como por exemplo: Existem casos em que o padre, numa confissão, disse a um jovem que não era pecado ter relações sexuais antes do casamento. Em outro caso, que a masturbação é necessário para a pessoa, por que é necessidade. Pasmem! Isto deveria ser motivo de escândalo tanto nos dias de hoje como seria antigamente, um padre jamais pode aconselhar isto a uma pessoa, ainda mais a um jovem que não tem tamanho conhecimento e que busca alguém experiente para ajudar em questões deste tipo.

(Padres confessando condenados à morte)

Como vemos na foto acima, dois padres ouvindo a última confissão de dois condenados à morte. Seria momento inapropriado para uma confissão? Não! É um dos momentos mais corretos para se dar a absorvição dos pecados. Mas porque? O dever do padre é o de salvar almas, não o de deixar uma alma se perder e ser condenada ao inferno. O padre tem como dever ouvir todos os pecados dos que estiverem se confessando para poder dar a absorvição, lembrando que o padre mesmo após ouvir todos os pecados poderia absorver ou não o que estiver se confessando.

Há um caso bem interessante, de São Padre Pio, que foi um dos maiores confessores que a Santa Igreja já teve. Como ele mesmo em vida, já era Santo, tinha o dom de saber o que se passava na mente das pessoas, medir a contrição delas, ou seja: Se uma pessoa não tivesse arrependimento em ter pecado ou se ela não contasse tudo o que tinha de contar, ele não dava a absolvição à mesma. Isto não é errado, além de prudente, é correto, pois na confissão não se deve negar pecado algum, ou estaremos mentindo ao próprio Cristo, que está ali, na pessoa do Padre. Lembrando as palavras das Sagradas Escrituras que diz: "Deus abomina a língua mentirosa".


Nesta imagem acima vemos a preocupação e exigência (tanto dos padres como da Igreja) para com a Santíssima Eucaristia. Um padre entregando a Santa Comunhão a uma senhora, ajoelhada (com uma patena embaixo da Santíssima Eucaristia) e recebendo em sua boca Nosso Senhor, o jeito mais do que correto de se comungar. O Papa São Pio X em seu Catecismo Maior, nos diz o jeito correto de se receber o nosso Senhor: "No ato de a Sagrada Comunhão, devemos estar com a boca suficientemente aberta e com a lingua um pouco estendida sobre o lábio inferior (...)"

Com esta tal de "modernização" da Igreja, alguns padres perderam o amor e a devoção para com a Santíssima Eucaristia. Em uma aparição de Nossa Senhora em La Salette, Nossa Senhora afirmou que (na época) "2/3 dos padres não acreditam mais na presença viva de Jesus na Eucaristia o que vale dizer que a maioria das Santas Missas que hoje se celebram em todo o mundo já não tem valor para eles (mas tem para os fiéis pois a Transubstanciação ocorre) e isso representa uma perda irreparável."

Nos vemos em uma situação semelhante, além de triste, pois se os padres, aqueles que tem o poder de consagrar o pão e o vinho para o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor, não acreditam na presença Real de Cristo na Eucaristia, a Missa se torna automaticamente uma "Missa mecânica", uma Missa sem valor. Antigamente, se tinha um amor incondicional pela Santíssima Eucaristia, enquanto nos dias de hoje, comungar na boca ou de joelhos pode ser escandalizador para muitos. Chegamos a um ponto onde os padres negam a Comunhão àqueles que querem recebe-La de joelhos.

O Redemptionis Sacramentum afirma: "Os fiéis têm sempre o direito de escolher se desejam receber a Comunhão na boca, mas se o que vai comungar quiser receber o Sacramento na mão, a comunhão deve ser dada".

Infelizmente, a porta para o Modernismo o Vaticano II com seus documentos ambíguos e heréticos, "cobriu" o Catecismo Maior do Papa São Pio X e documentos dos antigos Papas, assim como as Doutrinas dos Concílios Infalíveis, desvalorizou-se a devoção pela Eucaristia, tornando-a uma "coisa" comum, como se fizesse parte apenas de um rito, uma simples cerimônia. Esta nova "onda" diminuiu o valor dos Sacramentos.


E quando falamos na Santa Missa, qual a postura do Sacerdote perante ela? A Missa de uma forma definida, é o Calvário. É o Sacrifício do Cristo na Cruz. O padre é aquele que está seguindo ao mandamento que Cristo, na Última Ceia realizou: "Fazei isto em minha memória".
A Ultima Ceia, além de ser a Primeira Missa, foi uma prefiguração do Sacrifício dEle na Cruz.

O que Cristo disse, o padre repete em todas as Missas, na pessoa do Cristo. Mas porque os padres de hoje celebram uma Missa "mecânica"? O seu valor foi todo derrubado com esta mudança litúrgica proposta pelo Concílio do Vaticano II, que "reduziu" o rico Missal formulado pelo Papa São Pio V, para um Rito reduzido, simplificado, aos moldes e gostos protestantes, sendo este mesmo rito formulado com a ajuda e aprovação de seis pastores protestantes, ou seja: Na Missa Nova contém influências protestantes. Muitos padres celebram a Missa apenas por celebrar, não reconhecem o seu valor, fazem algo "mecânico". Os padres modernistas gostam de fazer as pessoas sorrir, cantar, dançar, bater palmas e outras barbaridades na hora da Santa Missa, algo que não convém à realidade católica, mas que lembra muito qualquer culto protestante.



Em uma entrevista perguntaram a São Padre Pio sobre como devemos assistir a Missa. Ele logo respondeu: "Como estivéssemos assistindo ao Sacrifício de Cristo na Cruz, da mesma forma que Maria e o discípulo amado assistiram ao sofrimento e agonia de Jesus na Cruz." Lembrando que São Padre Pio se negou a celebrar a Missa Nova, pediu permissão ao Papa Paulo VI para ter uma "licença" para não celebrar neste novo rito proposto pelo Concílio Ecumênico do Vaticano II.

Dizia Santa Terezinha: "Se eu ver um Anjo e um padre em minha frente, eu me ajoelharei aos pés do padre, pois ele pode me dar o Cristo, o Anjo não."

São frases como estas que para muitos é sentido figurado. Mas é inegável, o padre é um Cristo em nossa frente, não importa o padre, desde o mais pecador ao mais santo, todos possuem as mãos ungidas, todos receberam o sacramento da Ordem. Até mesmo no Inferno, o padre jamais deixará de ser padre. Já dizia Santa Catarina de Sena: "O chão do Inferno é pavimentado com crânios de padres". E em outro texto, ela dizia que "O que mais se vê no inferno são estolas, mitras e tiaras". Será que a responsabilidade dos clérigos é pequena? Todos merecem respeito apenas pela autoridade que lhes foi concedida, pois JAMAIS, nem no Céu, Purgatório ou Inferno, nem nos fins dos tempos, o Padre deixará de ser Padre.

Este é o perfil de que todo padre deveria possuir: Santo. Todo padre é um Cristo, todo padre pode te dar o Cristo, todo padre deve ser tratado e respeitado como seria o Cristo, pois o Cristo se faz presente na Santa Missa em Corpo, Sangue, Alma e Divindade simplesmente pelas palavras do Padre. Se o Padre pode nos dar o Cristo, ele também pode nos dar o céu.

Rezemos pelos Bispos, Presbíteros e Diáconos do mundo inteiro! Rezemos pelo Papa e pelo Clero, os Sacerdotes do reino de Deus!


Fonte: http://catolicostradicionais.blogspot.com.br/2009/05/o-padre-de-ontem-e-o-mesmo-de-hoje.html



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