

Postado em: 17/09/09 às 20:24:25 por: James
Categoria: O Purgatório
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Como as almas que estão no purgatório, já não têm culpa de pecado, não há outro impedimento, entre Deus e elas a não ser essa pena que as retêm. Assim, o impulso não consegue ainda sua perfeição.
Ao ver claramente quanto lhes custa o menor impedimento e que este impulso é lento por necessidade de justiça, nasce, então, nelas aquele extremo fogo, parecido ao do inferno, diferente, porém, por não existir a culpa nas almas sofredoras, que é a culpa que perverte a vontade dos condenados ao inferno, aos quais Deus não corresponde com Sua bondade. Por isso, os condenados permanecem naquela desesperada e maligna vontade contrária à vontade de Deus.
Disto se vê, claramente, que é a perversa vontade, contrária à vontade de Deus que faz a culpa e que, perseverando na má vontade, persevera a culpa.
Por haver passado desta vida com aquela má vontade, a culpa dos que estão no inferno não está perdoada nem pode ser perdoada. Já não podem mudar a vontade com a qual saiam desta vida.
Naquela passagem se estabiliza a alma, no bem ou no mal, com a deliberação da vontade em que então se encontra, conforme está escrito: “Ubi te invenero (onde te encontrarei) na hora da morte e com que vontade – de pecar ou de pesar e arrependimento dos pecados – “ibi te judicabo” (ali te julgarei).
Para este julgamento não há possibilidade de remissão, porque, após a morte, a liberdade do livre arbítrio não sofre mudanças porque está determinada naquilo em que se encontra no momento da hora da morte.
Os do inferno, por terem se encontrado, no momento da morte, com a vontade de pecar, levam consigo a culpa infinita e com ela a pena. Esta pena não é tanta como mereciam, embora a que têm seja infinita.
Os do purgatório têm somente a pena, já que a culpa foi apagada na hora da morte, por terem elas se arrependido de seus pecados.
Oh! Que miséria das misérias a nossa e tanto maior quanto a cegueira humana nem sequer a vê.