Postado em: 25/08/09 às 12:36:16 por: James
Categoria: O Purgatório
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(Continuação...)
ESPIRITISMO
Ir. Emmanuel: Queria te perguntar sobre a prática do espiritismo, por exemplo, quando se chama os espíritos dos defuntos, quando fazem girar o copo etc ...
Maria Simma de Sonntag
Maria: Não é bom! É sempre o diabo que faz mover as coisas. Oh, sim, é importante dizer! É preciso fazer as pessoas saberem; porque hoje são muitos os que aderem às práticas espíritas que aumentam cada vez mais!...
Ir. Emmanuel: Maria, então qual é a diferença entre aquilo que tu vives com as almas do purgatório e a prática do espiritismo?
Maria: Não é lícito chamar as almas. Eu não peço a vinda delas, elas vêm só por permissão de Deus e no espiritismo, em vez disso, invocam-se os espíritos, chamam-nos mas é o próprio demônio que vem fingindo ser a alma deste ou daquele outro. Apresenta-se com falsa aparência, sem ser chamado.
Ir. Emmanuel: Tu, pessoalmente, foste enganada por falsas aparições? Por exemplo, do diabo que fingia ser alma do purgatório para falar-te?
Maria: Sim, uma vez uma alma veio encontrar-me e me disse: “Não deves acolher a alma que virá depois de mim, porque ela te pedirá muito sofrimento. Tu não poderás fazer mais daquilo que ela te pedir“. Eu fiquei perturbada e me recordei daquilo que havia me dito o meu pároco e Diretor Espiritual, ele havia dito que era preciso acolher todas as almas com generosidade e eu sou verdadeiramente habituada a obedecer as instruções do meu Diretor Espiritual. E pensei comigo: será que aquele que esteve comigo era o demônio e não a alma do purgatório? Era realmente o demônio camuflado. Disse então àquele homem: “Se tu és o demônio, vai-te!!! “De súbito soltou um forte grito e fugiu. E a alma que veio depois era verdadeiramente uma alma que tinha uma grande precisão da minha ajuda e era importante que ela viesse encontrar-me e que eu a escutasse.
Ir. Emmanuel: Quando o diabo aparece, a água benta sempre o faz fugir?
Maria: O perturba muito e logo o faz fugir.
OS BENS MAL ADQUIRIDOS
Ir. Emmanuel: Agora, Maria, tu és muito conhecida, sobretudo na Alemanha, Áustria e em toda a Europa graças às tuas conferências, aos teus livros, mas no início tu vivias totalmente no escondimento? Como é que hoje, de uma hora para outra, as pessoas aceitam que tua experiência sobrenatural era autêntica?
Maria: Oh! Foi quando as almas começaram a pedir-me para suplicar às suas famílias a fim de que restituíssem um bem adquirido ilicitamente. Estes viram que o que eu dizia era verdadeiro. Muitas vezes as almas vieram encontrar-me para dizer-me:” Vai a minha família, em tal lugar (os quais eu não conhecia) e diz ao meu filho, ao meu pai, ao meu irmão, para restituir tal propriedade, tal soma de dinheiro, tal objeto e eu serei libertada do purgatório quando estes bens forem restituídos”. E assim ficavam maravilhadas por eu conhecer tudo. Através disso fiquei conhecida.
O CARISMA DE MARIA SIMMA E A IGREJA
Ir. Emmanuel: Maria, existe um reconhecimento oficial da Igreja no que diz respeito ao carisma que tu exerces com as almas do purgatório e em todos aqueles que são tocados pelo teu apostolado?
Maria: O meu Bispo me disse que se não encontrar erros teológicos, eu devo continuar o meu ministério e também o meu pároco, que é o meu Diretor Espiritual, confirma a mesma coisa.
Ir. Emmanuel: Maria, eu quero te fazer uma pergunta que pode te parecer indiscreta. Tu já fizeste tanto pelas almas do purgatório que, seguramente, quando tu morreres a tua volta estarão milhares de almas e te farão escolta até o céu. Tu certamente não deverás passar pelo purgatório, imagino. Não é assim?
Maria: Oh, não creio que irei diretamente ao céu, sem purgatório! Porque eu tive mais luz, mais conhecimento e por esse motivo minha culpa será mais grave. Mas espero igualmente que as almas me ajudem a chegar ao céu.
Ir. Emmanuel: Certamente. E tu, Maria estás contente por ter esse carisma ou para ti é uma coisa pesada e fatigante, todas essas contínuas perguntas da parte das almas?
Maria: Não, não me lamento dessas dificuldades. Porque sei que posso ser de muita ajuda para elas, e sou feliz em fazer isso.
Ir. Emmanuel: Maria, te agradeço também em nome de todos os leitores, por este belo testemunho, mas consente-me fazer outra pergunta a ti, para que possamos te conhecer melhor: Poderias nos contar, em poucas palavras, qualquer coisa sobre a tua vida?
Maria: Quando eu era criança, queria entrar para um convento e minha mãe pedia para eu esperar completar vinte anos. Não queria me casar. Minha mãe me falava muito das almas do purgatório e já na escola estas almas me ajudaram muito. Eu dizia que deveria fazer tudo por elas. Depois da escola, pensava em entrar para o convento. Entrei nas Irmãs do Coração de Jesus, mas depois me disseram que eu era muito frágil de saúde para poder ficar com elas. Realmente, quando eu era pequena, havia tido uma infecção pulmonar e uma pleurite. A superiora confirmou que eu tinha a vocação religiosa, mas me aconselhou a entrar em uma ordem mais fácil e a esperar alguns anos. Mas eu, ao contrário, queria uma ordem de clausura, e logo. Depois de três anos de tentativa a conclusão foi esta: era muito doente. E disse a mim mesma: penso que entrar para um convento não seja a vontade de Deus para mim. Eu sofria muito, moralmente, e dizia a mim mesma: o Senhor não me mostrou aquilo que Ele deseja de mim. Esta espera durou para mim até os 25 anos, isto é, até o momento em que Deus me confiou este compromisso de rezar pelas almas do purgatório. Fez-me esperar oito anos. Na minha casa havia oito filhos. Eu trabalhava na minha casa com a idade de 15 anos. Depois fui à Alemanha como doméstica e depois eu trabalhei aqui em Sontag. A partir de 25 anos, quando iniciaram as visitas das almas, eu deveria sofrer muito por elas. Agora sinto-me melhor fisicamente.
RELATÓRIO DO PADRE ESPIRITUAL AO BISPO
Li recentemente, um relatório sobre Maria Simma, enviado por Padre Alfonso Matt (Diretor espiritual da vidente), ao Bispo da sua Diocese, e tenho por útil relatar para os leitores outras breves notícias.
Maria Simma ( Segunda de oito filhos), nasceu em 5 de fevereiro de 1915 em Sontag ( Vorarberlg ) na Áustria, em uma família muito pobre.
O pai, Giuseppe Antonio ( 18 anos mais velho que sua esposa, Aloísa Rinderer ), por muitos anos ganhou a vida como guarda e depois como camponês do seu irmão.
Durante a I guerra mundial, foi carteiro, depois operário de estrada, trabalhador braçal, e depois num pensionato. Com a sua mulher e os seus oito filhos foi morar em uma velha casa que lhe fora doada por um bom velho mestre de carpintaria em seu testamento.
Por causa da grande pobreza na família, os filhos ainda jovens, tiveram que trabalhar e ganhar o pão: os rapazes como operários e as meninas como babás.
Maria Simma foi, desde jovem muito piedosa e freqüentou assiduamente o curso de instrução religiosa administrado pelo seu pároco. Depois deveria se distanciar dos seus pais para trabalhar em vários lugares.
Queria se tornar religiosa, mas como já sabemos, o Senhor tinha sobre ela outros projetos. No relatório do pároco se lê que ela " consagrou sua virgindade à Nossa Senhora e fez a consagração à Maria em favor dos defuntos"; sim, se ofereceu plenamente à Deus, fazendo-lhe voto " como alma vítima, vítima de amor e de expiação". O pároco disse em várias ocasiões, que ela se ofereceu como vítima para ajudar os defuntos, com sofrimentos voluntários, muitas vezes terríveis, e graças à esses sofrimentos, pode abreviar as penas de inumeráveis almas. Junto aos sofrimentos, ofertou à Deus contínuas orações, missas e penitências.
Desde a morte do seu pai, que aconteceu em 1947, ela mora sozinha na casa paterna e, para superar necessidades da vida, continua apesar da idade, a cultivar a sua horta. Vive assim em pobreza, sempre ajudada por pessoas caridosas. Não pede nada, faz tudo gratuitamente, e se alguém lhe deixa ofertas, envia tudo para a cúria, para celebração das Missas, para obras caritativas e sobretudo para as missões.
O pároco, no seu relatório, nos revela que as ações desenvolvidas por Maria Simma não serve somente de ajuda para si mesma e para os defuntos, como sempre fez, mas também para promover essa devoção e ajuda às almas do Purgatório e dos defuntos. Em todos os seus encontros com as pessoas, como também nas páginas do seu diário, sempre indicou com insistência, os meios de ajuda, pedido pelas almas como: Missas, Rosário, oferta dos sofrimentos, Via Crucis, obras de caridade, entre esses, sobretudo, ajuda às missões que segundo dizem as almas, são de grande importância e eficácia para os defuntos.
Nos são, pois, indicados meios menores de ajuda, que suscita surpresa e curiosidade da nossa parte, e por isso quero referi-los em parte, textualmente:
CONSELHOS DE MARIA SIMMA A TODOS
a) Conselhos gerais
Disse o seu Diretor espiritual e o seu pároco, no relatório ao Bispo, que Maria Simma havia lhe dito:
" As chamas das velas acesas ajudam as almas: primeiro porque esta atenção de amor dá à elas uma ajuda moral, pois as velas são bentas e iluminam as trevas em que elas se encontram.
Um menino de onze anos de Kaiser pediu a Maria Simma para rezar por ele. Estava no Purgatório por haver, no dias de finados apagado as velas, que estavam acesas no cemitério, e por haver roubado a cera por divertimento.
As velas bentas, têm muito valor para as almas. No dia de Nossa Senhora das Candeias, Maria Simma deveria acender duas velas por uma alma, enquanto suportava por essa, sofrimentos expiatórios".
" O aspergir água benta, diminui o sofrimento das almas. Um dia, passando, Maria Simma jogou água benta pelas intenções das almas, quando de repente, uma voz lhe disse: " um pouco mais ! ".
" Todos os meios não ajudam as almas da mesma maneira. Se durante a vida, alguém teve pouca estima pela Santa Missa, esta não tirará muito proveito quando estiver no Purgatório. Se alguém faltou de coração durante a vida, receberá pouca ajuda. Aqueles que pecam, difamando os outros, devem expiar duramente os seus pecados. Mas aqueles que tiveram um bom coração em vida, receberão muita ajuda".
"Uma alma que havia deixado de assistir às Missas, pode pedir oito Missas para o seu alívio, porque durante a sua vida mortal, mandou celebrar oito Missas por uma alma do Purgatório".
O pároco faz referência que Maria Simma insiste muito para que se rezem para ajudar os moribundos.
"Segundo aquilo que dizem as almas do Purgatório", escreve o pároco, " muitos vão ao inferno porque se reza pouco por elas... Maria Simma, viu um dia, muitas almas suspensas, equilibrando-se entre o inferno e o Purgatório".
" As almas do Purgatório se preocupam muito por nós e pelo Reino de Deus(é sempre o pároco que escreve) . Não temos as provas de certos advertimentos que essas disseram a Maria Simma".
Aquilo que se segue ( continua o pároco) foi tirado de suas anotações:
b) Educação dos filhos
" Não serve de nada lamentar-se dos tempos que estamos atravessando. É necessário dizer aos pais, que esses são os principais responsáveis. Os pais não podem prestar um pior serviço aos filhos, que dar-lhes tudo aquilo que eles querem, dando-lhes tudo aquilo que eles desejam, simplesmente porque ficam contentes. O orgulho poderá criar raízes no coração de uma criança. E, mais tarde, quando a criança começar a ir à escola, não saberá nem sequer rezar um Pai Nosso, nem fazer o Sinal da Cruz. A respeito de Deus, muitas vezes, não sabem absolutamente nada. Os pais se desculpam dizendo que isto é trabalho para os catequistas e para os professores de religião...
Quando o ensinamento religioso não se começa desde a infância, será difícil ter religião mais tarde.
" Deveis ensinar as crianças a renunciar! Porque que hoje existe esta indiferença religiosa? Esta decadência moral? Porque as crianças não aprenderam a renunciar! Esses se tornam mais tarde, descontentes, homem sem discreção, que querem e desejam tudo. E também provoca muitos desvios sexuais, as práticas e os assassinatos por meio dos anticoncepcionais. Tudo isso clama a ira de Deus!
Quem não aprende a renunciar desde criança, se torna egoísta, sem amor, tirânico. Por este motivo, hoje, existe tanto ódio e falta de caridade. Queremos ver tempos melhores? Então comecem a educar suas crianças".
"Se peca de uma maneira assustadora contra o amor ao próximo, sobretudo com a maledicência, o engano e a calúnia. De onde se começa? No pensamento. É preciso aprender estas coisas desde a infância e tentar evitar imediatamente os pensamentos contrários à caridade. Deve-se combater logo, os pensamentos contra a caridade; e fazendo assim, não correrá o risco de julgar os outros sem caridade".
c) Dever do apostolado
"Para todo católico o apostolado é um dever. Alguns o exercita com a vocação, outros com o bom exemplo. Nós, comentamos que muitos fazem discursos contra a moral e a religião. Por que então se calam? Os bons devem defender as suas convicções e declarar-se cristãos... Todo cristão deve buscar com empenho o Reino de Deus e esforçar-se para fá-lo progredir, de outra maneira os homens não terão a abertura de reconhecer o governo da providência. A preocupação da alma não deve ser sufocada por aquela exagerada do corpo...".
Para mim é um prazer encerrar aqui esta parte. Tendo recolhido no relatório do pároco ( ao qual agradeço de coração ), podemos portanto ver também entre as páginas do diário de Maria: existe nesse uma sabedoria que não vem do mundo, mas das almas que a instrui!...
Eu vos digo, que para mim foi verdadeiramente um prazer conhecer Maria Simma, uma mulher, cuja vida foi toda doada. Cada segundo, cada hora da sua vida, tem verdadeiramente um peso de eternidade, não somente para ela mesma, mas para tantas e tantas almas, conhecidas e desconhecidas, que ela, de várias maneiras e com tanto amor, tem ajudado a libertar-se do Purgatório e a chegarem à felicidade eterna no céu.