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Artigo N.º 2874 - O Purgatório - Entrevista com Maria Simma - Parte 4
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Postado em: 25/08/09 às 12:06:16 por: James
Categoria: O Purgatório
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(Continuação...)

Maria Simma de Sonntag

 

A SANTA MISSA E O PURGATÓRIO

Ir. Emmanuel: Maria, pode-nos dizer quais são os meios mais eficazes para facilitar a libertação da almas do purgatório? 

Maria: O meio mais eficaz é a Santa Missa.

Ir. Emmanuel:  Por que a Missa?

Maria: Porque é o próprio Cristo que se oferece por amor a nós.  É o oferecimento de Si mesmo (Cristo) a Deus, a mais bela das ofertas. O sacerdote é o representante de Deus e é Deus mesmo que se oferece e se sacrifica por nós. A eficácia da Santa Missa  pelos defuntos é tão grande quanto maior foi a estima desses aqui na terra por Ela (Santa Missa). Se em vida  tivermos rezado e participado das missas com todo coração e durante a semana as tivermos vivido segundo o nosso tempo disponível,  essas missas trarão um grande proveito para nós quando morrermos do que as que forem celebradas. 

Também nisto se colherá aquilo que foi semeado. Digo também que uma alma do purgatório vê muito bem o dia do seu funeral,  se se reza verdadeiramente por elas ou se simplesmente faz-se ato de presença para mostrar que está lá. As almas dizem que as lágrimas não servem de nada para ajudá-las. Ao contrário, serve muito a oração.   Muitas vezes essas almas  lamentam  o fato de que as pessoas assistem ao seu sepultamento, mas não elevam uma só oração a Deus, derramam muitas lágrimas, mas é inútil.

A propósito da Missa,  quero citar um belo exemplo de São Cura D’Ars aos seus paroquianos. Ele nos contou: “Meus filhos, um bom Padre havia perdido um grande amigo que lhe era muito querido, por isso ele rezou  muito pela paz desta alma. Um certo dia Deus lhe fez saber que o seu amigo estava no purgatório e sofria terrivelmente.  Este Santo Padre pensou que ele não poderia fazer uma coisa melhor pelo seu amigo do que oferecer o Santo sacrifício da Missa pela sua alma.  No momento da consagração,  pegou a hóstia entre suas mãos e disse: “Pai Santo e eterno, faço uma troca: Vós tendes a alma do meu amigo que está no purgatório e eu tenho o corpo do Vosso Filho que está em minhas mãos. Bem,  Pai bom e maravilhoso, libertai a alma do meu amigo e eu ofereço Vosso Filho com todos os méritos da sua paixão e morte”.  Esse pedido  foi escutado. De fato, no momento da elevação,  ele viu a alma do seu amigo subir ao céu resplandecente de glória. Deus havia escutado a troca. Pois bem, meus filhos, concluiu São Cura D’Ars: quando quisermos libertar os nossos entes queridos do purgatório,  façamos a mesma coisa. Ofereçamos ao Pai por meio do Santo sacrifício  da Santa Missa,  o seu Filho dileto, com todos os méritos da sua paixão e morte, assim Ele não poderá negar nada. Outro meio muito eficaz para ajudar as almas do purgatório são as ofertas do nosso sofrimento, das nossas penitências, e os sofrimentos voluntários,  como exemplo: o jejum, as privações  etc ... e, naturalmente,  os sofrimentos involuntários como as doenças, o luto, o abandono.

O SOFRIMENTO E O PURGATÓRIO

Ir. Emmanuel: Maria, tu foste convidada diversas vezes a sofrer pelas almas do            purgatório para libertá-las.  Pode nos dizer que coisas provaste e viveste naquele momento?

Maria: A primeira vez que uma alma ( de uma mulher) me perguntou  se eu queria sofrer por   três horas por ela, eu disse para mim mesma: “se é só por três horas vou aceitar”. Mas aquelas três horas me pareciam  que duravam  três dias, os sofrimentos eram terríveis. Mas no final olhei para o relógio e vi que haviam  passado somente três horas.  Esta alma depois me disse que por eu ter aceitado sofrer por três horas,  ela havia sido poupada de passar mais vinte anos de purgatório.

Ir. Emmanuel: Mas como sofrendo só três horas por esta alma reparaste vinte anos de purgatório?

Maria: O sofrimento sobre a terra não tem o mesmo valor. Quando se sofre sobre  a terra podemos crescer no amor a Deus e podemos conquistar méritos. Isto não é o caso do sofrimento do purgatório, que serve somente para purificar os pecados. Sobre a terra temos todas as graças, temos a liberdade de escolher.

Tudo isso é muito encorajador,  porque pode dar um significado extraordinário aos nossos sofrimentos, enquanto que todos os sofrimentos oferecidos voluntariamente ou involuntariamente, todos os sacrifícios, também os mais pequenos que podemos fazer, as doenças, o luto, as desilusões, as amarguras da vida, todos esses sofrimentos se os vivermos com  paciência, se aceitamos com humildade,  pode ser uma potência incrível de ajuda para as almas. A coisa mais importante a fazer é unir os nossos sofrimentos aos de Jesus e  depositá-los nas mãos da Virgem Maria,  pois Ela saberá como utilizar melhor, do melhor modo, porque nós mesmos não conhecemos as necessidades mais urgentes que estão em torno de nós.  Por tudo isso que fazemos pelas almas,  Maria  Santíssima, nossa boa Mãe,  saberá nos recompensar na hora da nossa morte.  Um outro meio muito eficaz para libertar as almas do purgatório é a Via Sacra,  contemplando os sofrimentos de Jesus. Começamos pouco a pouco a odiar o pecado e a desejar a salvação de todos os homens,  e esta disposição do coração dá às almas um grande alívio.  A oração da Via Sacra suscita,  também, o arrependimento das nossas culpas.  Outra ajuda muito importante para as almas do purgatório é recitar o rosário,  o  próprio  rosário dos defuntos. Por meio do rosário, numerosas almas são libertadas todos os anos do purgatório. E aqui é preciso dizer que também  é a própria Mãe de Deus que vem sempre ao purgatório para libertar as almas, e é por isso que as almas do purgatório chamam a Virgem Maria “Mãe da Misericórdia”. Isto é muito belo. As almas dizem que também as Indulgências têm um grande valor,  seja para libertação delas, seja para nós, e talvez seja uma verdadeiramente crueldade não aproveitar esses tesouros que a Igreja nos propõe em favor das almas do purgatório. Olhando para estas Indulgências seria preciso longo tempo para explicar tudo aqui, mas eu vos aconselho a ler o maravilhoso escrito de Paulo VI, de 1968,  sobre este assunto. Certamente podemos dizer que um  meio muito  eficaz para as almas do purgatório é a oração em geral, todas as formas de oração.  Também aqui tenho um outro testemunho para contar-lhes. É o testemunho de Hermann Cohen, que era um artista hebreu convertido que sempre teve uma verdadeira veneração pela Eucaristia. Em 1864, depois da sua conversão ao catolicismo,  deixou o mundo e entrou em uma ordem religiosa muito austera.  Adorava ardentemente o Santíssimo Sacramento, pelo qual nutria uma profunda veneração. Durante a sua adoração, rezava e suplicava ao Senhor para converter sua mãe,  porque ele a amava muito.  Mas eis que sua mãe morre repentinamente sem ser convertida, então Hermann,  cheio de dor,  se prostra diante do Santíssimo Sacramento chorando muito porém rezava dizendo: “Senhor, eu Vos devo tudo, é verdade, mas que coisa Vos deixei faltar ou Vos neguei? A minha juventude, a minha esperança no mundo, o bem estar, a alegria na família, um repouso talvez meritório, tudo eu sacrifiquei no momento em que Vós me chamastes. Também o meu sangue teria Vos dado,  e Vós,  Senhor,  na Vossa eterna bondade nos prometeu de deixar as cem ovelhas por uma, Vós esquecestes a alma de minha mãe... meu Deus,  meu Deus, eu sucumbo a este martírio”. Um gemido elevou-se de sua boca que sufocava o seu pobre coração. De repente,  inesperadamente , uma voz misteriosa fala ao seu ouvido: “homem de pouca fé,   tua mãe está salva! Saiba que toda oração tem um grande poder junto de Mim. Eu acolhi todas as orações que Me fizestes e oferecestes por tua mãe, e a minha providência levou em conta na sua última hora. No momento em que ela expirou, Eu Me apresentei diante dela e quando ela Me viu,  gritou: “Meu Senhor e meu Deus!” Tenhas coragem,  meu filho, tua mãe não foi condenada e as tuas súplicas fervorosas a libertarão  logo da prisão do purgatório. Logo depois o Reverendíssimo Padre Hermann teve uma outra revelação de que sua mãe já havia subido ao céu.  Também eu vos sugiro a oração de Santa Brígida, que é bastante recomendada pelas almas do purgatório. Gostaria de dizer-vos ainda mais,  que as almas que estão no purgatório não podem fazer mais nada por si mesmas.  São totalmente impotentes e se os vivos não rezarem por elas,  ficarão no completo abandono. Eis porque é preciso utilizar o poder imenso, incrível,  que todos nós temos nas próprias mãos para ajudar e libertar as almas que sofrem.

Se  em  nossa presença uma criança caísse de uma árvore e sofresse uma horrível fratura será que algum de nós não pensaríamos em socorrê-la?

Certamente se faria de tudo por ela.

Do mesmo modo, devemos colocar no nosso coração estas almas que esperam de nós alguma ajuda, e que são aliviadas por causa dos nossos sofrimentos e das nossas orações.  Esta talvez seja a maneira mais bela de exercitar a caridade.

Eu penso,  por  exemplo,  no bom samaritano do evangelho diante do homem que estava quase morrendo na estrada.  Sem dúvida, estava ensangüentado. Pois bem, este homem dependia completamente do bom coração de um transeunte. 

A PAIXÃO DE JESUS E O PURGATÓRIO

Um outro meio muito eficaz, nos dizia Maria é a via crucis. Contemplando os sofrimentos de Jesus, começamos, pouco a pouco a odiar o pecado e a desejar a salvação de todos os homens; e esta disposição do coração dá um grande alívio às almas do Purgatório. A via crucis suscita também o arrependimento das nossas culpas.

Outra ajuda muito recomendada pelas almas do Purgatório, é o Santo Rosário,  o Rosário para os defuntos. Por meio do Rosário numerosas almas são libertas do Purgatório. E aqui é preciso dizer também que é a mãe de Deus que vem ao Purgatório para libertar as almas, e por isto que as almas do Purgatório chamam-na de " Mãe de Misericórdia ".  Isto é muito lindo.

As almas disseram à Maria Simma que também as indulgências têm um valor inestimável, seja para libertação delas como para nós, e muitas vezes é uma verdadeira crueldade não tirar proveito deste tesouro que a Igreja nos propõe em favor das almas. Ao que diz respeito à estas indulgências,  falaremos no último capítulo deste livro.

Certamente se pode dizer que um meio muito eficaz para as almas do Purgatório, são as orações de um modo geral, todas as formas de oração.

E aqui quero vos contar o testemunho de Hermann Cohen, que era um artista hebreu convertido, e que tinha muita veneração pela Eucaristia. No ano de 1864, depois da conversão ao catolicismo, ele havia deixado o mundo e entrara em uma ordem religiosa muito austera. Adorava ardentemente o Santíssimo Sacramento, pelo qual nutria uma profunda veneração.

Durante a sua adoração, rezava e suplicava o Senhor para converter sua mãe, porque ele a amava muito.

Mas eis que sua mãe morreu sem se converter. Então Hermann cheio de dor, se prostrou diante do SS. Sacramento e chorando muito rezou assim: "Senhor, eu te devo tudo, é verdade, mas que coisa  te neguei? A minha juventude, a minha esperança no mundo, o bem estar, a alegria da família, talvez até um repouso merecido, tudo eu sacrifiquei desde o momento em que tu me chamastes. Também o sangue te havia dado; e Tu, Senhor, Tu que és a eterna bondade, que prometestes de dar o cêntuplo, Tu rejeitas a alma da minha mãe... Meu Deus, eu sucumbo à este martírio!...".

Um gemido se elevou de sua boca; os soluços sufocava o seu próprio coração. Imprevistamente uma voz misteriosa falou ao seu ouvido: "homem de pouca fé, tua mãe está salva! Sabeis que a oração tem todo o poder junto de mim. Eu acolhi tudo aquilo tu me ofertastes pela tua mãe, e a minha providência levou tudo em conta na sua última hora. No momento em que ela suspirou me apresentei à ela e quando ela me viu gritou: " Meu Senhor e meu Deus!".  Tenha coragem, tua mãe não se condenou, e as tuas súplicas fervorosas  libertará a sua alma da prisão do Purgatório ".

Agora sabemos que o reverendo Padre Cohen,  pouco tempo depois, teve uma Segunda revelação que sua mãe havia ido para o céu.

Esta de Hermann Cohen é na verdade um belo testemunho.

Sugiro também a oração de Santa Brígida, que são recomendadas pelas almas do Purgatório. Estas orações se encontram facilmente nas livrarias religiosas, mas são também encontradas por inteiro no livro "Rezem, Rezem, Rezem", da Editora Shalom, pág. 412 a 421.

Aqui acrescento uma precisão importante. As almas do Purgatório não podem fazer nada por elas mesmas. São totalmente impotentes, e se os vivos não rezarem por elas, ficarão em completo abandono.

Eis porque é importante utilizar o imenso poder, incrível que todos nós temos nas próprias mãos para ajudar a libertar as almas que sofrem.

Se, em nossa presença uma criança caísse de uma árvore e ficasse horrivelmente fraturada, será que nós não pensaríamos em socorrê-la? Certamente se faria de tudo por ela.

Do mesmo modo, devemos colocar no coração essas almas que esperam de nós toda ajuda, e que estão à espera das nossas ofertas e das nossas orações para ter um alívio de seus sofrimentos. Esta talvez é a maneira mais bela de exercitar a caridade.

Eu penso, por exemplo o bom samaritano do Evangelho, diante do homem que estava quase morto à beira da estrada, onde, sem dúvidas estava ensangüentado. Com certeza aquele homem dependia completamente do bom coração de um transeunte.

 

( Continua...Parte 5 )

 




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