Postado em: 06/06/10 às 14:32:00 por: James
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No primeiro capítulo do texto: “Primeiro Deus”, mostramos um a um, que qualquer tipo de argumento sacado em favor de uma solução da pobreza e da libertação do homem, fora e longe de Deus, e sem Deus, se torna pífia diante da clareza luminar das Escrituras: sem Deus nada se pode fazer! Sem antes levar aos homens a Verdadeira Doutrina de Jesus, sem antes entender que a pobreza traduzida à luz pelos Evangelhos é apenas a pobreza em espírito, que se refere ao “espírito de pobre”, a aquele que é desapegado totalmente do mundo, e desta forma o único que pode se apegar totalmente em Deus!
De fato, está dito: ninguém pode servir dois senhores, a Deus e à riqueza! A Deus e ao mundo! Às coisas do Espírito e as da carne! Porque se trata da eterna dualidade “Bem” e “mal”, o que salva e o que condena! O que dá a vida e o que a mata! O que salva uma alma e o que a coloca no inferno. E como o destino final é eterno, servir a riqueza e aos bens terrenos é a pior de todas as escolhas que um homem pode fazer na vida.
Foi visto que existe um movimento social, que quer se dizer Igreja e busca no seu tolo dizer “baixar o pobre da cruz”. A verdade é que, o Evangelho do Amor diz diferente: Manter o pobre afastado de seu Deus é a cada dia crucificá-lo um pouco mais. Trata-se então de um movimento social, que nem sequer é teologia, porque é uma escola que afasta o homem de Deus e vem de satanás. E como nada se pode fazer sem Deus, quando o homem se levanta e diz: “nós acabaremos com os pobres com nossas obras sociais”, é como se Deus dissesse mais uma vez: “então experimentem fazer sem Mim!” Ou seja: neste caminho, se você quer acabar com os pobres matando-os, afaste-os de Deus!
Assim, todos aqueles que buscam obstinada e cegamente resolver o problema da fome, por mãos humanas e sem Deus antes, Sem Ele e fora Dele, dando comida de graça e continuadamente, podem ter certeza de que ficarão eternamente assim, e sempre pior. Porque são pessoas que nem amam a Deus, nem acreditam Nele, pois elegem um ventre como divindade, e escolhem esta terra por morada. Estes vivem sua própria doutrina, e doutrina de perdição! A grande prova disso é o fracasso arrasador do comunismo no mundo inteiro, que embora tenha matado mais de 110 milhões de pessoas, somente conseguiu produzir mais fome, mais miséria, porque longe, muito longe de Deus..
Aliado ao problema da fome, nós vemos que milhares de sacerdotes e seus bispos, em frente a um exército de leigos buscam obstinadamente uma pretensa libertação dos homens, diante das estruturas sociais viciadas e de mecanismos diabólicos de exclusão. E com palavras cheias de astúcia e de fingimento, usando slogans vermelhos e malignos, e todos sabidamente bem bolados por satanás, dedicam-se assim a outra causa já de antemão perdida, pois mais uma vez sem Deus. O fato é que JAMAIS haverá Justiça verdadeira – e Justiça maiúscula – longe de Deus, e fora de Sua lei Maior.
Em verdade, NUNCA, jamais haverá inteira liberdade, tal como pretendem tais pessoas, isso porque a liberdade que buscam é a síntese da libertinagem, a possibilidade insana de fazer tudo aquilo que se quiser, sem prestar contas a ninguém de coisa alguma, nem a sociedade e muito menos a Deus. Ora tantas vezes a Palavra de Deus nos mostrou que o povo antigo teve que, por muitas vezes, ser subjugado e esmagado por seus inimigos, teve que se submeter à dura escravidão por causa do mau uso da liberdade, que vira logo libertinagem, safadeza, corrupção, pecados sobre pecados. E mais, para sair desta perda da liberdade, somente pela Verdade de Deus, pois só ela liberta o homem. Longe de Deus o homem se desgarra, torna-se libertino, e nunca será feliz.
A Liberdade verdadeira do homem, a única liberdade perfeita que ele tem é de seguir a Deus ou não. Não existem três opções! Não existe esta terceira possibilidade: nem a Deus, nem ao diabo, coisa que, aparentemente, é o que os homens buscam. Como se poderia dizer é como construir um novo modo de vida, independente das leis eternas que regem todo o universo e os seres vivos, libertando-se do jugo do Criador. O homem que assim pensa, não quer prestar contas de seus atos ao Criador, nem quer sofrer os efeitos da servidão do diabo. Mal sabe que o homem que esta livre opção foi a mesma que Lúcifer fez um dia – a ciência do bem e do mal – e veja onde ele foi parar.
Ou seja, quando tanta gente fala em libertação, libertação, libertação, como se fosse uma vitrola furada, na verdade não faz o jogo de Deus, Ele a verdadeira Liberdade, mas sim o jogo de satanás. Porque jamais uma criatura poderá ser totalmente livre, eis que sempre dependerá do Criador, seja para manter-se viva, seja para cumprir as condições para as quais foi criada. Na síntese, toda a falsa teologia que tenta amparar estas loucuras todas, procura endeusar ao homem, relegando Deus a uma condição de mero espectador, mais que isso, alguém que até existe, mas que fica terminantemente proibido de Se manifestar.
Colocam no lugar de Deus ao próprio ser humano e fazem dos pobres o seu falso cristo, pois ao tempo em que buscam baixar os pobres da cruz da fome e da miséria, repregam nela o Cristo verdadeiro, porque O afastam da verdade. Subvertem assim o sentido dos Evangelhos e criam uma outra e falsa igreja, totalmente mundana, porque tudo aquilo que é divino e sagrado, passa a não ter valor, e recebe a pecha de conservadorismo, de ultrapassado, de retrógrado e de causa de impedimento do progresso dos povos.
Mas os autores desta tese falsa, desta teoria absurda, desta errada doutrina de perdição dizem que se baseiam nas Escrituras para justificarem sua ação. Então, tal como mostrei que não existe justificativa para ela, vou mostrar também que nenhum dos pretensos textos alegados em defesa, suporta o mínimo afago da inteligência. Quero dizer: eles são interpretados de forma errada e apenas retirados de um contexto: São três os versículos!
Tiago 2, 17 Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma. 18 Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras. Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. 19 Crês que há um só Deus. Fazes bem. Também os demônios crêem e tremem. 20 Queres ver, ó homem vão, como a fé sem obras é estéril? 21 Abraão, nosso pai, não foi justificado pelas obras, oferecendo o seu filho Isaac sobre o altar? (Também os filhos de satanás fazem obras...)
Vejam: aqui São Tiago trata da fé! Que é a fé! A fé é o sentimento profundo que nos faz crer naquilo que nossos olhos não vêem, nem nossos ouvidos ouvem, nem os sentidos externos sentem, nem a simples razão explica. Eu não vejo o ar, entretanto sinto quando se movimenta, e sei que existe porque sem ele nem eu existiria. Então a razão também o explica! E não se precisa de outros exemplos este basta para dizer: para tudo que é físico, ou explicável pela razão, eu não preciso da fé. Está ali diante de mim e pronto! É evidente! É real! Não preciso crer que eu existo, porque me vejo, me sinto e sei que sou!
Disso a inteligência elementar deduz que a fé é ligada apenas às coisas do espírito. Ao que não se vê e não se toca, não se sente, não se ouve e não se cheira. A fé é, pois, algo que vai além da razão, e, portanto, um sentimento infinitamente superior. E é isso que professo quando rezo o Credo: Creio em Deus, creio em Jesus, creio no Espírito Santo, na Igreja, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, e na vida eterna. São oito elementos não visíveis – nem a Igreja porque aqui tratamos do Corpo Místico de Cristo, não dos prédios que ela possui – que precisamos de fé para acreditar.
Ora, tal como a fé é ligada às coisas do espírito, da mesma forma as obras da fé, são apenas as obras do espírito, JAMAIS obras físicas. Abraão foi justificado pela fé? Sim, ele se dispunha a sacrificar o seu único filho a pedido de Deus, porque acreditava neste Deus. Não foi o ato físico de se dispor a assassinar o próprio filho o que justificou a este insigne patriarca nosso, mas sim a profunda fé que ele usou para arrancar forças de sua alma e cometer este ato. Sua fé foi justificada por ele acreditar em Javé, por crer sem ver, como não o fez Tomé. Uma coisa é dizer: creio que Deus existe, outra muito além desta é praticar a Lei, é vivê-la na sua integridade! Uma coisa é falar, outra praticar!
22 Vês como a fé cooperava com as suas obras e era completada por elas. 23 Assim se cumpriu a Escritura, que diz: Abraão creu em Deus e isto lhe foi tido em conta de justiça, e foi chamado amigo de Deus (Gn 15,6). 24 Vedes como o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé? 25 Do mesmo modo Raab, a meretriz, não foi ela justificada pelas obras, por ter recebido os mensageiros e os ter feito sair por outro caminho? 26 Assim como o corpo sem a alma é morto, assim também a fé sem obras é morta.
Raab escondeu os enviados de Moisés, porque acreditava que no Deus que a inspirara a fazer isso. Desta forma, a grande obra do espírito, e também a suprema prova de caridade é salvar almas, pois alma é espírito, é imortal. Dar a vida por aquilo que se acredita é obra da fé! Dar uma simples cesta básica nem é ato de fé, nem precisa ser obra de caridade. Pode ser até uma isca venenosa como a caridade espírita. Que dimensão teve o mérito de Raab? Uma dimensão apenas terrena? Salvou apenas tais pessoas? Não o mérito dela adveio do fato de acreditar, do colocar sua vida em risco para salvar outros.
Ou seja: o ato físico tem medida em termos humanos, tem o seu valor, mas diminuto. Porém o ato espiritual, que provém não do ver, mas do acreditar, este é infinito, é eterno, porque cai aos pés do Altíssimo. Da mesma forma a questão da pobreza: o ato de entregar um pedaço de pão para um faminto, pode ser diminuto, ou até nulo, se for feito sem o ato maior de acreditar que faço isso em Deus, por Deus e para Deus. Que faço com a comida que vem de Deus, que pertence a Deus, e que, portanto, é Deus quem o dá e não eu!
Ora, o cristão verdadeiro jamais será medido diante de Deus pelo efeito direito da obra física e perecível, mas sim pela mais valia da obra espiritual, de sentido eterno. Veja que a caridade comum, até um traficante também faz para com os seus! Entretanto, faz isso com o dinheiro que ganha matando os filhos dos outros com drogas, ou fuzilando-os como oponentes. Um adorador de vacas da Índia, também pode fazer uma obra de caridade, mas isso não lhe dará a salvação. Eu diria, sem medo de errar que qualquer obra de caridade feita sem o sentido espiritual anterior – digamos sem o Amor que vem de Deus – tem o mesmo efeito do ato de tratar um macaco no mato. Quem sabe tem menos valor ainda para Deus. Não vale de nada, não serve para coisa alguma! É obra morta, porque praticada com fé nula, ou morta.
Então, para que se cumpra e se realize uma obra da fé, para que eu execute um ato de vida eterna, é indispensável que eu o faça tendo Deus à frente. Foi por isso exatamente que Jesus só multiplicou o pão físico depois de haver partilhado o pão espiritual por três dias e duas noites no mínimo. O mérito disso adveio como hipervalorização de um ato de fé, executado em nome de Deus e por Deus, nunca da satisfação física, porque esta deve advir como simples conseqüência do primeiro ato de amor. Amor que salva! Amor que redime! Amor que se faz infinito!
Sintetizando: Deus é Amor. DEUS É ENTÃO UM valor INFINITO! Se Deus é Amor, isso quer dizer que amor não é caridade! Logicamente então, Deus não é caridade, porque caridades fazem os traficantes, os adeptos da besta, os espíritas, justamente os inimigos de Deus. A caridade então, feita sem um ato de fé profundo, sem um ato humilde de Amor a Deus, está mais para agrado ao demônio que para o próprio Deus. Eu ajudo o irmão, porque amo a Deus sobre todas as coisas! Do contrário será um reles ato de amor a mim mesmo! Será um ato maligno, de massagem do próprio ego, que satisfaz ao demônio e é blasfemo diante do Pai. Não entender isso, é continuar fazendo o jogo de satanás. Mas chamam a isso de “teologia da libertação”. Falsa teologia humana e de Lúcifer!
Desta forma, quais são as verdadeiras obras da fé? Dar de comer a quem tem fome da Palavra de Deus! Saciar plenamente as almas com a Sagrada Eucaristia, o Pão da Vida Eterna. Significa levar para as fontes puras aos sedentos da verdadeira Doutrina de Salvação pela Igreja! Quer dizer libertar os prisioneiros dos grilhões do pecado, das prisões da alma, das garras de satanás e isso se faz pelo Sacramento da Confissão! É bem encaminhar para Deus, aos cegos, aos que caminham por veredas falsas e doutrinas errôneas. É também abrir os ouvidos surdos aos avisos proféticos dos tempos atuais! Enfim, é matar a sede e a fome das almas, dos espíritos, de todos aqueles que buscam em Deus, o Eterno, o Infinito, o abraço do Onipotente. Tudo isso e somente isso é obra da fé, obra que de fato justifica a alma no momento do Juízo!
Neste contexto, o pão físico, a água física, são apenas fragmentos e centelhas miseráveis diante do grande mérito do crer que é em Deus, para Deus e por Deus que atendemos ao que sofre de tais carências. Por isso, vale mil vezes mais diante de Deus, dar um simples copo de água a um sedento que Deus manda em nossa porta, do que mil cestas básicas distribuídas nas periferias, como obra que Deus não pediu, nem mandou fazer. Vale mais atender a uma alma que vem com sede de perdão ao confessionário, do que alimentar milhares de pessoas nas beiras de estrada, com doações governamentais. Porque estas são obras que nunca matam a fome, antes a atiçam ainda mais!
Da mesma forma, o grande mérito é ajudar a um faminto que nos chega diante, acolher um peregrino, e nunca de distribuir caminhões de gêneros, como obra e como artifício exclusivamente humano, especialmente quando traz junto o selo do inferno: Eu fiz! Eu dei! Fulano doou! Então a televisão ribomba e anuncia aos quatro ventos! Ora, isso de nada vale! Não conta absolutamente nada diante do Altíssimo, porque Ele sendo o verdadeiro dono de tudo, foi deixado de lado. Trata-se de um esbulho! Um logro! Roubo!
João 10, 9 Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim será salvo; tanto entrará como sairá e encontrará pastagem. 10 O ladrão não vem senão para furtar, matar e destruir. Eu vim para que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em abundância. 11 Eu sou o bom pastor. O bom pastor expõe a sua vida pelas ovelhas. 12 O mercenário, porém, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, quando vê que o lobo vem vindo, abandona as ovelhas e foge; o lobo rouba e dispersa as ovelhas.
No Apocalipse está dito ai de quem tirar uma Palavra deste livro... Bem, se me fosse dado tirar uma eu escolheria exatamente esta: “vida em abundância”. Sim, porque isso tiraria da falsa teologia e dos discípulos de satanás uma arma de subverter mentes e desvirtuar o sentido dos Evangelhos. Mas como nosso Jesus sabia o que falava, então é preciso que se coloque o sentido da verdade, e esta verdade é cristalina: longe de Deus não existe vida, nem tampouco vida em abundância!
Mais que isso, vida plena nesta terra é também algo impossível, porque os limites de nosso corpo mortal nos impedem de alcançarmos as alturas infinitas do Bem Supremo, só encontradas junto do Altíssimo! Vida abundante na terra é utopia e artifício diabólico, pois esta terra tem seu príncipe, que é criatura, e todos os bens lhe foram dados para manipular. Quem os busca, busca o finito, o perecível, que sempre será insuficiente para satisfazer a cobiça humana. Quando descobri isso, neste mesmo dia mudei minha vida! Mentira que o dinheiro trás felicidade, se a pessoa vive distante de Deus o Bem Maior.
Algumas vezes me preocupo em dar estas explicações de minha cabeça, porque dizem que nenhuma Escritura é de interpretação pessoal e contradizer isso foi a origem do protestantismo. Tudo bem, nós temos uma Igreja Católica, a quem é dado interpretar esta Escritura. Mas que se vai dizer quando dentro desta Igreja estão alguns filhos da serpente que a explicam usando linguagem e o vocabulário mentiroso dela?
Padre que abandona as ovelhas sem confissão, mais que mercenário e desertor se veste de lobo e já não faz questão de esconder seus dentes. Ele não somente foge do redil como o entrega de mãos beijadas ao lobo, que das ovelhas se aproveita se farta e as dizima. Isso quer dizer que a VIDA verdadeira, abundante, plenamente saciada é a VIDA EM DEUS. É aquela VIDA que busca o Eterno, o imorredouro, a satisfação infinita, o gozo pleno junto do Criador, jamais este sopro diminuto que bafeja nossos passos neste mundo finito. Como se pode ser tão estúpido e trocar estes míseros dias daqui pela eternidade?
Pastor que prega diferente disso se faz ladrão de almas porque as rouba de seu Deus e da felicidade plena que só Nele se encontra. É guia cego que esconde das ovelhas que o Pai lhe confiou a verdadeira porta do redil seguro, do aprisco acolhedor, e escancara para elas a porta do abismo, para onde na verdade as empurra. Faz isso todo aquele pastor que na sua falsa igreja social conduz apenas para o mundo, para a casa daqui, a comida daqui, para a satisfação daqui, para tudo que é destinado aos vermes do tempo e ao sepulcro da história. E isso é causa da verdadeira “abundância da miséria” que hoje impera por aí.
Concluindo: nesta vida terrena a verdadeira abundância é impossível, porque comparar um grão de pó, diante do Universo inteiro é o único parâmetro que para mim explicaria a diferença desta vida que passa, com tudo que nela acontece, e a eternidade em Deus e tudo aquilo que lá viveremos para sempre. Isso aqui é uma miséria infinita que jamais irá comportar qualquer centelha de abundância! Vamos a outra passagem....
Mateus 25, 34 Então o Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, 35 porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; 36 nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim.... 41 Voltar-se-á em seguida para os da sua esquerda e lhes dirá: - Retirai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno destinado ao demônio e aos seus anjos. 42 Porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber; 43 era peregrino e não me acolhestes; nu e não me vestistes; enfermo e na prisão e não me visitastes.
O terceiro versículo que tem servido de base para os criadores desta teologia da ruína eterna, é este de Mateus que fala do Juízo Particular, que acontece logo após a morte de uma pessoa. Então Deus irá perguntar à pessoa o que ela vez em vida, quais foram as suas obras. E embora este texto deixe transparecer a excelência da obra física, da caridade quanto aos bens perecíveis, na realidade ele continua apontando a excelência e a predominância quase infinita entre o bem espiritual sobre o bem material.
Ora, se Deus fosse julgar os homens apenas pelas obras físicas, teria de acolher como santo ao traficante que distribui comida nas favelas, que vai visitar seu colega que levou um tiro da polícia, e que acolheu em sua casa um bandido foragido da Justiça. Afinal, ele deu de comer, de beber, vestiu, tratou, cuidou, protegeu e acolheu seu “irmão”. Mas um irmão de crimes, de contravenção, de morte. Será esta a verdadeira caridade que salva? A verdadeira obra da fé? Só se fé em satã! Onde é que fica alma, esta de valor infinito?
Da mesma forma um sacerdote ou leigo, que leva cestas básicas a um favelado, ou a um destes infelizes que vive nas beiras de estradas em barracas de plástico preto; se ele fizer apenas este ato de doar sem procurar conscientizá-lo de que está assim devido somente ao seu afastamento de Deus, sem procurar levar esta pessoa aos Sacramentos, à confissão e a Eucaristia, jamais esta pessoa será justificada. E se fizer somente esta “caridade” estará colocando a própria alma em risco de perda eterna, porque Jesus não morreu para encher a barriga das pessoas, mas sim para libertá-las da morte pelo pecado. Afinal, Deus nos criou para Ele, para vivermos Nele e Dele, não para nós e em nossa miséria. Acaso não é exatamente nisso que tem dado esta falsa teoria?
Um amigo me escreveu assim: Como bem nos dizem as Sagradas Escrituras, precisávamos de apenas uma coisa para que tivéssemos “tudo”, para “todos” os habitantes de terra: “que vivêssemos de acordo com os ensinamentos de Jesus”. Jesus veio ao mundo para nos ensinar a viver em paz e harmonia. Ele nos deu a receita para que todos nós tivéssemos saúde, alimentos, moradia, educação, segurança e tudo aquilo que achamos necessário para vivermos uma vida verdadeiramente feliz ainda aqui. Para que isso acontecesse, seria necessário que o homem colocasse Deus em primeiro lugar, em tudo o que fosse realizar... Precisamos nos lembrar que nosso destino final é a eternidade, pois isso aqui tudo passa.
... Mas não, o homem desafiou Deus e quis fazer tudo ao seu bel prazer, escolhendo desse modo a maldição. É lógico que foi por orgulho, soberba e insensatez, preferiu seguir as armadilhas e astúcias de satanás, é por isso que agora, sofremos tanto, foi por ter escolhido a maldição ao invés de escolher a benção. Jesus disse que se fossemos obediente aos seus mandamentos teríamos tudo para viver de modo que não faltaria nada a nenhum filho de Deus. Ao invés de guiar sua vida à luz do Espírito Santo de Deus, o homem escolheu seguir coisas inventadas por homens ateus e inimigos de Jesus.
E qual o resultado disso? Injustiças por todos os lados, maldade entre as pessoas, ganância pelo dinheiro e por ter cada vez mais coisas materiais, opressão dos poderosos sobre os mais fracos e uma imensa quantidade de outros males... Mas será que há solução para tantos problemas? É lógico que tem solução, basta que o homem do mais poderoso ao mais humilde, reconheça a autoridade de Jesus e só a ele, Nosso Senhor Jesus Cristo seguir e servir. É preciso tomar a decisão definitiva de crer incondicionalmente
E disso tudo, uma das coisas que mais fica muito clara, que repugna a qualquer alma decente, é o que podemos chamar de cinismo, de verdadeira cara de pau. Falo daqueles que pregam esta teologia de maldição, falam, cacarejam, uivam, esganiçam por todos os quadrantes, mas tudo é apenas da boca para fora, porque não vestem realmente os trapos do mendigo, nem usam o chinelo de dedo dos miseráveis. Antes viajam em seus carros novos e reluzentes, bebem vinhos finos e caros, comem queijos nobres e acepipes vistosos, num verdadeiramente calhorda “faças o que eu mando, não faças o que eu faço”.
Enquanto isso, por todos os lados nós vemos as igrejas vazias, os seminários às moscas ou em grito de desespero, nas Paróquias se atropela um exército de pastorais inócuas, enquanto acontece a fuga dos fiéis para as seitas, pelo pernicioso envolvimento político partidário de alguns que se dizem – mas já não são – Igreja Católica que decidiu “ir ao povo” para que o povo a engolisse. Sim, porque aí temos um exército sem farda, nossas igrejas estão despidas, nossos campanários mudos, e Missas como simples ceia ou show ao invés de Sacrifício como dogmatiza o Sacrossanto Concilio de Trento. Por todo lado são confessionários vazios, padres que não se confessam mais, nem confessam outros, antes expulsam quem se quer confessar, e os mandam a psicólogos e psiquiatras.
Esqueceram os novíssimos, céu, inferno, purgatório, salvação eterna, as almas, o Reino de Deus, busca da Eternidade, da Pátria celeste.. Tudo isso virou mito e coisa de uma velha e ultrapassada Igreja. Conservadora é a palavra que usam para satirizar aquilo que é eterno. Não aceitam eles que a Igreja não muda, nem se adapta aos caprichos dos homens, antes é o homem que deve seguir sempre, eternamente e fielmente a doutrina eterna, única, santa, perfeita, segura e imutável. Por isso renegam a Pedro, desobedecem-no acintosamente, e fazem de tudo para que seus documentos e cartas não cheguem ao conhecimento do povo. Povo que morre de inanição espiritual.
Nem os tempos, nem os governos, nem os homens, nem os padres, nem os bispos e nem o Papa tem direito de mudar aquilo que Deus determinou como moral, e para sempre. O que é moral, sempre foi moral, e eternamente será moral. O que é imoral hoje virou ético, um dia foi patético e um dia será epilético quando tremer ao som das trombetas dos anjos do Apocalipse. Moral é o que vem de Deus, ético vem dos homens que seguem o diabo. Moral é eterna e infinita! Ética é passageira, mutável, adaptável, escamoteável e se guia ao sabor dos ventos e dos tempos. Ética é então politicamente correta e vem de satanás.
Olhem a desobediência generalizada. O Catecismo que não é cumprido, as Cartas do Papa são acintosamente desobedecidas, promovem ataques já frontais à autoridade de Pedro, a desobediência campeia entre os padres, bispos e cardeais entre si se digladiam e juntos contra Pedro. Que unidade é esta? Que Igreja é esta senão um Reino dividido contra si mesmo, porque parte dele resolveu acolher a doutrina do inimigo? Ninguém mais se entende, ninguém mais sabe a quem deve seguir.
A Catequese santa deu lugar à ecologia, pois ensinam a vitória régia ao invés dos santos sacramentos. Falam da tartaruga do Tamar, ao invés do Amar de Deus! Da ecologia ao invés de Maria, de Che Guevera ao invés de Jesus, dos pobres na cruz ao invés de Cristo crucificado... Também cultuam ao sindicalista Chico Mendes ao invés de Frei Pio e dos santos da Igreja. Enquanto isso, eles criam outros falsos mártires dos sem terra como Irmã Doroty, que deram sua vida pela terra não por Deus, ao invés dos santos que são de Deus e que deram a vida pela Igreja. Por todos nós. Para que todos nós tivéssemos abundância de vida em Deus, não de terras nem de comida que não é eterna.
Além disso, a mísera Catequese que eles dão ainda está nas mãos de leigos e leigas, em sua maioria completamente despreparados, alguns com idades de menos de 15 anos. E isso quando não são preparados por cursos ministrados por padres e freiras hereges, que antes de formar para Deus formam para a perdição. Com isso se formam gerações de maus católicos, pais totalmente ignorantes e desconhecedores dos tesouros de sua Igreja, e é exatamente por isso que eles buscam em muitas seitas o lixo, pensando que buscam Deus. Porque usando do falso ecumenismo, ensinam que lixo é bom de comer! Que uma canoa furada também salva! E isso tudo contradiz a Carta Dominus Yesus!
Noutra ponta os seminários estão quase vazios, e ao invés de estarem nas mãos de reitores santos, são conduzidos por falsos teólogos e padres mal formados, verdadeiros hereges. São eles que negam hoje os milagres de Jesus, negam a existência do demônio, negam o pecado, e chegam ao último dos absurdos de negarem a Ressurreição de Cristo e até mesmo a Santíssima Trindade. Também satirizam as indulgências e não mais falam sobre os verdadeiros tesouros da Igreja, aqueles armazenados por séculos e séculos, no Coração Amoroso de Jesus, justamente para estes tempos maus.
Enquanto isso o povo que busca e tem sede de Deus como predisse Amós. Porque, como diz Isaías, os pastores se tornaram cães mudos e o povo se perde por falta de boa doutrina. Os padres antigos e bons são expulsos para paróquias pobres e consideradas ruins. Isso quando lhe dão algo a fazer e não os abandonam como fizeram com Padre Nicolau. Por anos seguidos não o fizeram constar nem do anuário da Diocese. Como se fosse um zero! É este o amor aos fracos e oprimidos que vivem!
A cegueira deles é completa! Não percebem quem a raiz do mal está na má aplicação do Concílio Vaticano II, e foi ali que começou a desgraça da Igreja. Desgraça que assumiu estas proporções de Apocalipse, especialmente depois de Medelin e de Puebla, onde foram lançadas as sementes da traição da Igreja verdadeira. Foi ali onde este corpo estranho, mais para sindicalista e político partidário que para uma Igreja de Cristo tomou corpo e passou a inflar-se e a expulsar fora a verdade, fora o bom, o santo, o divino e o sagrado, profanando e conspurcando a tudo aquilo em que toca.
Ora, "Amar a Deus sobre todas as coisas", vem mil vezes antes de "ao próximo como a si mesmos". Amar a Deus é salvar almas, conduzir para Ele. Amar ao mundo é fazer falsas caridades e criar teologias. Afinal, os adoradores de elefantes e até os adoradores de Lúcifer fazem caridades, enquanto o católico tem que lidar com o diferencial supremo: e salvar almas é este supremo a ser buscado. O que prende e escraviza ao homem, não é a falta de comida, nem a opressão política e sim o afastamento de Deus. A separação eterna das almas, sua perda, esta é a maior de todas as opressões, porque infinita. Separar as almas da Confissão e da Eucaristia, eis ai a execução perfeita das ordens de satanás.
Pregar o Evangelho do Amor, como amor e tremor, com carinho e ternura, isso é que se chama obra da fé, jamais atiçar fúrias de baderneiros contra propriedades, jamais invadir prédios públicos, nunca o afrontar a lei e a justiça com foices e facões. Esta é obra de satanás, que quer o sangue e a guerra, ele é quem fomenta lutas de classes, que atiça os pobres contra os ricos, porque no fundo quer dizer que Deus é injusto ao não dar a todos com igualdade. Quando o princípio que os atiça não é o da igualdade e sim o da inveja, da cobiça, jamais o da justa e eqüitativa distribuição, pois sabem que isso é impossível.
Enfim, toda esta teologia maldita se disfarça de doutrina cristã, quando na verdade, um a um, cumpre os quesitos básicos da planilha de satanás. Esta é a forma solerte e bandida de que ele faz uso para envenenar as almas, contra a Igreja e contra Deus, mostrando para isso a face dos pobres. Mas tudo é puro cinismo, eis que assim perguntava o Papa Paulo VI: "Neste século sedento de autenticidade, vós pregais o que viveis? O mundo espera de nós simplicidade de vida, espírito de oração, obediência, humildade, desapego e sacrifício". Exatamente tudo aquilo que eles não querem, nem buscam, nem vivem! Esta não é então, nem jamais será a Igreja de Jesus! É sim, a falsa igreja da ganância.
Como está dito em Lucas 12,15: E Jesus disse-lhes: Atenção! Guardai-vos de todo tipo de ganância, pois mesmo que se tenha muitas coisas, a vida não consiste na abundância de bens. Ou
Penso que assim temos exaustivamente apontado, de uma forma leiga e simples e usando a própria Palavra de Deus, os erros desta escola de perdição. Em alguns textos de Notícias Urgentes temos colocado algumas explicações e apontado nomes de pessoas que são expoentes desta causa de ruína e de destruição das almas. Se o leitor acompanhou bem a visita do Santo Padre o Papa Bento XVI ao Brasil, terá visto que ele condenou de forma bem clara a tal de opção preferencial pelos pobres. Infelizmente, pelo que se pode deduzir já, do documento final de Aparecida, ali a desgraça se ampliou ainda mais.
Como viram também, aos poucos este bloco se torna avassalador e sendo eles muito mais aguerridos – os filhos de satanás são mais espertos e dinâmicos – que os filhos de Deus, conseguem co-optar esta massa putrefata de milhões de católicos mornos a seu favor, de modo que o Papa e a verdadeira Igreja de Pedro ficarão cada vez mais isolados. Como puderam ver naquela carta sobre “Cursos Heréticos” dentre 20 participantes apenas duas mulheres se levantaram contra os hereges. Os outros ou calaram, ou apoiaram!
De fato, de certa forma é massa maleável, entretanto a gente sabe também que o povo bom e simples, na realidade não quer briga, não quer luta, e acaba se conformando com tudo, mesmo no erro, e segue a maioria sem discutir. É massa amorfa não justificada, pois que não mais reage por conveniência, mal sabendo que chegará o dia da decisão, e seguindo por este caminho de roldão, o destino da massa é o abismo. É para ali que a estão conduzindo estes falsos mestres e suas perversas doutrinas.
Conforme as mensagens, podemos deduzir que já nos próximos meses nós veremos um Papa cada vez mais imobilizado e impossibilitado de exercer seu ministério. O que é já uma espécie de afastamento tácito, que não é ainda aparente, mas já de fato. Isso porque ao redor dele, no Vaticano, alguns de seus colaboradores já não colaboram, e é visto que qualquer funcionário de terceiro escalão hoje, pode imobilizar um órgão inteiro, basta que relaxe de suas funções que deixe de produzir o que lhe pedem. Ou que faça errado! Se o Papa os pudesse expulsar tudo se resolveria, infelizmente não depende dele.
Aguardemos assim, os próximos lances. Humanamente se trata de uma batalha perdida, porém temos um Deus que a tudo observa, e Ele nos prometeu que agirá
Logo entraremos num semestre movimentado, onde a cascavel dos tempos vibrará seu guizo. Se isso acontecer, o bote da serpente está próximo, pois ela abrirá sua boca e boca capaz de engolir a terra inteira. Assim, somente nos resta a oração constante e confiante, e tudo passará muito rápido. Quem viver verá! (Aarão)