Postado em: 17/06/21 às 20:51:45 por: James
Categoria: Inferno/ Condenação
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Relato de irmã Josefa,
Nossa luta contra as trevas deve ser incessante. Para compensar aos que não mais acreditam nesta espantosa realidade, pessoas cuja falsa teologia é de perdição
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A noite de 16 de Março às dez horas, ouvi, como os dias precedentes, um barulho confuso de gritos e cadeias. Levantei-me rapidamente e vesti-me, e tremendo de medo, ajoelhei-me na parte inferior da minha cama. O barulho aproximava-se, e sem saber o que fazer, marchei do dormitório, e fui à cela da nossa Santa Mãe; então fui de novo ao dormitório: os mesmos barulhos estarrecedores rodeavam-me; seguidamente, de repente vi frente de mim o diabo.
- Amarrem-lhe os pés e as mãos, urrou. Imediatamente perdi consciência de onde estava, e senti-me arrastada muito longe. Outras vozes gritavam: - ‘nada bom de amarrar os seus pés; é o seu coração o que devemos amarrar. - Isso não pertence a mim, foi a resposta do diabo.
Então fui arrastada por um corredor longo, muito escuro e sem fim, e dos lados ressoavam terríveis gritos. Dos lados opostos dos muros do estreito corredor havia uns nichos que vertiam fumo, não obstante com chamas muito pequenas, e que emitiam um cheiro intolerável. Destes nichos vinham vozes blasfemadoras, e gritos e palavras impuras. Alguns maldizem os seus corpos, outros os seus pais... Era um barulho de gritos confusos de fúria e desespero.
Então recebi uma pancada brutal no estômago que me dobrou em dois, e forçou-me dentro dum dos nichos. Senti-me como se fosse esmagada entre duas tábuas escaldantes e como se me perfurassem o corpo através de agulhas grossas, ardentes e pontiagudas parecia furar a minha carne. A minha alma caiu nas profundezas insondáveis, cujo fundo não pode ser visto, porque é imenso...
O que me causou a maior dor... e ao que nenhuma outra tortura pode ser comparada, era a angústia da minha alma achando-se separada de Deus...
Dizia uma alma: "Se algum de nós, que aqui estamos, pudesse fazer um só ato de amor, isto já não seria inferno!... Mas não podemos; nosso alimento é odiar e abominar!"
É ainda uma dessas desgraçadas almas quem fala: - O maior tormento aqui é não poder amar Aquele que devemos odiar. A fome de amor nos consome, mas é tarde demais... Tu também sentirás esta mesma fome: odiar, abominar e desejar a perdição das almas... É este o nosso único desejo!
Todos estes dias em que sou arrastada ao inferno, (diz Josefa) quando o demônio ordena aos outros que me martirizem, eles respondem: "Não podemos... Seus membros já foram martirizados por Aquele... (designam a Nosso Senhor com uma blasfêmia). Então ele manda que me deem enxofre a beber... Reparai também que, quando eles me acorrentam para me levar ao inferno, nunca podem atar-me pelo lugar em que usei instrumentos de penitência. Tudo isto escrevo para obedecer."
Alguns rugem pelo martírio que sofrem nas mãos. Penso que roubaram porque dizem: - Onde está o que tiraste?... Malditas mãos!... Por que aquela ambição de ter o que não era meu e que não poderia guardar... Senão alguns dias?... Outros acusam as próprias línguas, os próprios olhos... Cada um aquilo que lhe havia sido motivo de pecado: - Bem pagas estão agora as delícias que tomavas meu corpo!... e foste tu que quiseste!...
Parece que as almas se acusam principalmente de pecados contra a pureza, de roubos, de negócios injustos e que a maioria dos condenados por estas causas é que estão pagando. Vi muita gente do mundo cair naquele abismo e não se pode explicar, nem compreender o grito que lançavam e como rugiam assustadoramente.
- Eterna maldição!... Enganei-me, perdi-me... Estou aqui para sempre... Não há mais remédio... Maldito sejas! Alguns culpavam tal pessoa, outros, tal circunstância e todos a ocasião da sua própria queda........