Postado em: 31/08/23 às 08:47:05 por: James
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Devemos cumprir a penitência designada na Confissão com reverência e espírito de fervorosa oração
Depois de terminarmos de confessar os nossos pecados, o sacerdote atribui-nos uma penitência específica. Como afirma o Catecismo da Igreja Católica,
“[A penitência] Pode consistir na oração, num donativo, nas obras de misericórdia, no serviço do próximo, em privações voluntárias, sacrifícios e, sobretudo, na aceitação paciente da cruz que temos de levar.” CIC, 1460
São João Paulo II lembra-nos que as penitências que os fiéis recebem na Confissão “são o sinal do compromisso pessoal que o cristão assumiu com Deus, no Sacramento, para começar uma nova vida”. Por isso, não devem ser reduzidas a meras fórmulas a serem recitadas, mas devem consistir em atos de culto, de caridade, de misericórdia ou de reparação.
Em outras palavras, devemos cumprir a penitência designada com reverência e espírito de fervorosa oração. Pois a realização da penitência é uma ruptura proposital com o mal. Ao fazermos a nossa penitência, viramos ativamente as costas ao pecado e colocamo-nos no caminho da santidade.
Mas, às vezes, a penitência que recebemos pode parecer simples demais. O padre dominicano Romanus Cessario esclarece:
“Muitas vezes, a penitência dada no confessionário pelo padre católico consiste na recitação de certas orações familiares — por exemplo, rezar tantas vezes a Ave Maria. Esta penitência nominal atinge um estatuto meritório além do que a sua simples execução pode merecer em razão do mérito superabundante do sacrifício salvífico de Cristo que o sacramento da Penitência comunica ao cumprimento de uma penitência prescrita.
Pela penitência que você faz, você não está comprando de volta as boas graças de Deus. Não são vocês que estão pagando pela absolvição que receberam. O próprio Jesus Cristo pagou esse preço quando morreu por nós na cruz.”
A penitência que recebemos é um privilégio; ajuda a nos configurarmos com Cristo.
Através do dom da penitência sacramental, uma pessoa pode iniciar o caminho do retorno ao Pai, pois a penitência pretende ser não apenas um castigo, mas também uma cura. “Aliviado do pecado, o pecador deve ainda recuperar a perfeita saúde espiritual” (CIC, 1459).
Ao realizar a nossa penitência, reparamos os danos causados pelo pecado, mas também “restabelecemos hábitos próprios de um discípulo de Cristo” (CIC, 1494).
E Deus está ansioso por aceitar a nossa penitência completa como um meio adequado de recuperar a amizade íntima com ele!