Postado em: 04/05/10 às 12:15:25 por: James
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Atacados enquanto se dirigiam à universidade de Mossul
MOSSUL, segunda-feira, 3 de maio de 2010 (ZENIT.org). - Quatro pessoas morreram e outras 171 ficaram feriadas em um atentado ocorrido ontem a vários ônibus que transportavam estudantes cristãos de um bairro de maioria cristã para a Universidade de Mossul, no Iraque.
O arcebispo caldeu da cidade, Dom Emil Shimoun Nona, relatou ao Serviço de Informação Religiosa da Conferência Episcopal Italiana os efeitos devastadores da explosão.
O comboio composto por vários ônibus leva todas as manhãs os estudantes universitários de Qaraqosh, localidade predominantemente cristã, à universidade de Mossul, e foi atacado de surpresa próximo à cidade.
O atentado ocorreu após o comboio ter passado pelo primeiro posto de controle das forças de segurança iraquianas, explicou o Pe. Rayan Atto, de Erbil, ao blogue Bagdadhope.
Uma explosão primeiro e um carro bomba estacionado à beira da rodovia, atingiram três ônibus do comboio. Cada veículo transportava em torno de 50 estudantes, com idades entre 18 e 26 anos.
A escolta - dois automóveis à frente e um terceiro na retaguarda - não foi suficiente para impedir o ataque.
Após o atentado, dezenas de jovens, alguns em estado gravíssimo, começaram a chegar aos hospitais de Erbil; 17 pessoas permanecem internadas em estado crítico.
Os cristãos do povoado e de outros centros vizinhos aglomeram-se nas portas dos hospitais em busca de informações sobre os feridos e para doar sangue.
"Estamos diante de mais um ataque contra os cristãos - declarou Dom Nona. A violência continua sem trégua."
Segundo o arcebispo, "o vazio de poder criado após as eleições, a ausência de um novo governo e disputas internas nos partidos criam as condições para a escalada de violência".
Por sua vez, o vigário patriarcal caldeu de Bagdá, Dom Shlemon Warduni, lamentou nesta segunda-feira que "nenhuma autoridade nos dirigiu uma palavra de solidariedade ou um pedido de desculpas".
A comunidade cristã está chocada com o atentado. "Já não sabemos o que fazer diante de tanta violência", confessou Dom Warduni.
"Estamos chocados porque as vítimas não eram soldados ou militantes, mas apenas estudantes que carregavam seus cadernos, suas canetas e seus sonhos de aprender e servir seu país", disse o sacerdote redentorista Bashar Warda.
"Os cristãos continuam sob a mira e são as vítimas preferenciais da violência", concluiu.