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Artigo N.º 13120 - A conversão sempre é possível
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Postado em: 27/03/15 às 12:24:37 por: James
Categoria: Professor Felipe Aquino
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Professor Felipe Aquino

Os ateus dizem que Deus não existe, os agnósticos dizem que Deus não fala, mas os crentes dizem que Deus nunca se cala

No livro do Apocalipse, lemos: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo” (Ap 3,20). O nosso homem interior deve preparar-se para ser visitado por Deus, e por essa razão não deve deixar-se invadir pelas ilusões, pelas aparências, pelas coisas materiais.

Muitos homens e mulheres famosos, cientistas, filósofos, etc., que se diziam ateus, um dia foram tocados pela graça de Deus e entregaram o seu coração a ele. Muitos voltaram para Deus contemplando as estrelas, as equações da física e da matemática, observando as galáxias, ou perguntando o significado do amor e do sofrimento.

A evidência inegável é esta: atrás de um romance há sempre um escritor; atrás de um belo quadro há um pintor, atrás de um edifício há um construtor; atrás de um vaso há um oleiro…

Não é porque existem cegos que não podem contemplar a beleza do mundo, que ele deixa de ser belo. “O problema não está no mundo, mas na cegueira”, diz Jean Guiton. Não é porque alguns não creem em Deus e não o veem que Ele não existe.

Em nosso tempo não são poucas as conversões entendidas como retorno de quem, depois de uma educação cristã talvez superficial, afastou-se da fé por anos e depois redescobre Cristo e o seu Evangelho.

O Senhor nunca se cansa de bater à porta dos homens, mesmo aqueles mais envolvidos em contextos sociais e culturais que parecem engolidos pela secularização, numa vida sem Deus. Posso citar alguns desses convertidos: Gilbert Chesterton, Vittorio Messori, Santa Edith Stein, André Frossard, Ernesto Sábato, Francis Collins, Fiódor Dostoievski, C. S. Lewis, Narciso Yepes, Pavel Florenskij, Dorothy Day e muitos outros. Vejamos alguns apenas.

Francis Collins era ateu; médico, químico e biólogo, coordenador do maior projeto de biotecnologia que o mundo conheceu, o Genoma Humano. Foi um dos responsáveis por um feito espetacular da ciência moderna: o mapeamento do DNA humano, em 2001. Um dia, diante de uma velha paciente cardíaca terminal, se converteu diante da fé da mulher. Ele disse: “Eu acredito que o ateísmo é a mais irracional das escolhas” (VEJA 24 de janeiro de 2007). “A ciência tem o seu campo de ação na exploração da natureza, mas é incapaz de nos dizer por que e que existe o Universo, que significado tem a nossa vida ou o que podemos esperar depois da morte”.

Ernesto Sábato, escritor, que foi anarquista e comunista na juventude, abatido pelo sofrimento, a perda da esposa Matilde e do filho Jorge, volta-se para Deus: “No isolamento do meu quarto, abatido pela morte de Jorge, interroguei-me sobre que Deus parece esconder-se atrás do sofrimento”. “Reconforta-me a imagem daquele Cristo que também sofreu a ausência do Pai”.

Fiódor Dostoievski (1821-1881), autor dos romances “Crime e Castigo”, “O Idiota” e “Os Irmãos Karamazov”, vários anos preso na Sibéria, lendo o Evangelho na prisão, se converteu: “Tive-o sob a minha almofada durante os meus quatro anos de trabalho forçado. Lia-o de vez em quando, e lia-o para os outros.” Ele disse: “Eu não creio em Jesus Cristo como uma criança. Foi pela prova da dúvida que consegui o meu hosana.” Dostoievski escreveu:
“Que havemos de fazer se Deus não existe, se for verdade que Raquitin tem razão ao afirmar que é uma ideia inventada pela humanidade? Nesse caso, o homem seria o rei do mundo. Magnífico. Mas eu pergunto como poderia agir bem sem Deus, a quem amaria o homem então, a quem contaria hinos de louvor?”

O Papa Bento XVI, na Audiência Geral de quarta-feira, de 13 de Fevereiro de 2013 (Zenit.org) narrou alguns casos de pessoas importantes que voltaram para Deus. Ele começou contando o caso do cientista russo ortodoxo Pavel Florenskij. Depois de uma educação completamente agnóstica, a ponto de agir com verdadeira hostilidade para com os ensinamentos religiosos ensinados na escola, o cientista Florenskij encontra-se a exclamar: “Não, não é possível viver sem Deus!”, e a mudar a sua vida completamente, a ponto de tornar-se monge.


Depois contou o caso de Etty Hillesum, uma jovem holandesa de origem judia que morreu em Auschwitz. Inicialmente distante de Deus, descobre-O olhando em profundidade dentro de si mesma e escreve: “Um poço muito profundo está dentro de mim. E Deus está nesse poço. Às vezes eu posso alcançá-lo, muitas vezes a pedra e a areia o cobrem: então Deus está sepultado. É preciso de novo que o desenterrem” (Diário, 97). Na sua vida dispersa e inquieta, encontra Deus em meio à grande tragédia do século XX, o Holocausto. Esta jovem frágil e insatisfeita, transfigurada pela fé, torna-se uma mulher cheia de amor e paz interior, capaz de dizer: “Vivo constantemente em intimidade com Deus”.

Outro caso que o Papa contou, mostra a capacidade de opor-se às atrações ideológicas do seu tempo para escolher a busca da verdade e abrir-se à descoberta da fé. É o que aconteceu com outra mulher do nosso tempo, a americana Dorothy Day. Em sua autobiografia, confessa abertamente ter caído na tentação de resolver tudo com a política, aderindo à proposta marxista: “Eu queria andar com os manifestantes, ir para a cadeia, escrever, influenciar os outros e deixar o meu sonho no mundo. Quanta ambição e quanta busca de mim mesma havia em tudo isso!”.

O caminho de fé em um ambiente tão secularizado era particularmente difícil, mas a Graça age da mesma maneira, como ela mesma ressalta: “É certo que eu senti muitas vezes a necessidade de ir à igreja, ajoelhar, curvar a cabeça em oração. Um instinto cego, poder-se-ia dizer, porque eu não estava consciente da oração. Mas eu ia, inseria-me na atmosfera da oração…” Deus a conduziu a uma consciente adesão à Igreja, em uma vida dedicada aos menos favorecidos.

Um caso maravilhoso foi o de Felix Leseur. Um jornalista francês materialista e colaborador de jornais anticlericais, que tudo fez para extinguir a fé da esposa, Elizabeth Leseur; forçando-a a ler obras de autores racionalistas, como “As Origens do Cristianismo” e a “Vida de Jesus” de Ernest Renan.

Após a morte da esposa, o viúvo Felix descobriu o Diário deixado por ela: “Journal et Pensées pour chaque Jour” (Jornal e Pensamentos para cada dia). A leitura destas notas impressionou Félix Leseur, que resolveu mudar de vida; uma vez convertido, fez-se frade dominicano e tornou-se grande propagandista das obras de sua esposa: além do jornal publicado em Paris (1917), editou “Lettres sur la Souffrance” (Cartas a respeito do Sofrimento), Paris 1918; “La Vie Spirituelle” (A Vida Espiritual), Paris 1918; “Lettres à des Incroyants” (Cartas e Incrédulos), Paris 1922.

Este belo caso mostra que Deus age sempre quando a gente reza; mesmo que possa nos parecer que nossa oração não teve sucesso. Deus está sempre presente e ouve quando rezamos com fé, humildade e perseverança. Não esqueçamos que Ele é bom Pai e nos ama. Portanto, cabe a nós “orar sem cessar” (1Ts 5,17) e jamais desanimar; pois, mesmo após a nossa morte, Deus pode atender nosso pedido. A nós cabe rezar, a Ele dar a graça quando achar melhor. Seus caminhos não são os nossos.


http://www.aleteia.org/



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