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Artigo N.º 1559 - Reflexão sobre a Mensagem de Nossa Senhora
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Postado em: 07/05/09 às 12:16:20 por: James
Categoria: Artigos Medjugorje
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Eis a mensagem que Nossa Senhora deu no dia 02/05/2009, por meio da vidente Mirjana em Medjugorje:

Eis a mensagem que Nossa Senhora deu no dia 02/05/2009, por meio da vidente Mirjana em Medjugorje:

 

“Queridos filhos: Desde muito tempo vos dou o meu coração materno e oferecendo-lhes o meu Filho. Mas vós estais me rejeitando. Permitis que o pecado vos envolva sempre mais. Permitis que o pecado vos conquiste e vos tire a capacidade do discernimento. Pobres filhos meus; olhai ao vosso redor e observai os sinais dos tempos. Pensais de poder viver sem a bênção de Deus? Não permitais que as trevas vos envolvam. Almejai do mais profundo do vosso coração o Meu Filho. O seu nome dissipa as trevas mais densas. Eu estarei convosco, vós somente chamai-me: ‘Eis-nos aqui Mãe, guia-nos!’ Vos agradeço!”

 

Mirjana disse que Nossa Senhora era muito triste, e somente deu a mensagem e abençoou os objetos.

 

Fazendo uma retrospectiva das últimas mensagens de Nossa Senhora à Mirjana, podemos observar a sua grande dor ao ver os seus filhos se perderem, ou melhor, ao observar o mundo caminhando para as trevas do pecado e da morte.

 

Nesta mensagem, Nossa Senhora bate na tecla do pecado. Mas o que é o pecado? Teologicamente, o pecado é qualquer palavra, pensamento ou ato que transgrida deliberadamente a vontade de Deus em nossa vida e na sociedade, de modo que refute a bondade e o amor de Deus. Temos como exemplo o pecado de Adão e Eva (Gn 3,1‑24).

 

No Antigo Testamento vemos o pecado expressado como: ‘hatta’, que em hebraico significa ‘errar os sinais’, ‘pesha’, que em hebraico significa, ‘transgredir uma ordem’, e ‘awon’ que em hebraico significa ‘culpa que nasce da iniquidade’ – iniqüidade que significa não dar glória a Deus com a vida, atos e palavras -. Mas no Novo Testamento, Jesus vê que o pecado vem do coração (Mc 7,20‑23), e o evangelista João apresenta o pecado como uma incredulidade contra as coisas de Deus, um preferir as trevas, diria até escolhê-la, fazer o mal, praticar o pecado, embora sei o que é o bem, o correto. É então um acomodar-se ao mal, ao erro, à transgressão, ao invés de lutar pela vida nova, pela santidade, pela mudança de vida, pela luz que dissipa as trevas do coração (Jo 3,16‑21; 9,1‑41; 11,9‑10).

 

O pecado no fundo é a privação da glória de Deus ou simplesmente a privação do Senhor da Glória. É própria a condição do homem que vive segundo as paixões da carne, o que em teologia chamamos de homem histórico, enquanto se contrapõem a condição do homem que já está na posse da ressurreição.

 

O pecado possui um poder dominador ‘o pecado reinou na morte’ (Rm 5,21), sendo uma realidade objetiva, que leva o homem a ser e a praticar aquilo que não faz parte do seu ser “Imago Dei”, imagem e semelhança de Deus, de modo tal, que o pecado faz parte do mistério da iniqüidade que desfigura a santidade de Deus impressa na alma do ser humano (2 Tes 2,7).  Assim, após o pecado ter entrado no mundo, hoje de mil formas diferentes, escraviza e sufoca o homem. No fundo este pecado é o pecado do mundo que nega Deus, fazendo-se concreta em facetas de pecados pessoais, por isso não há homem, não há tempo, não há história ou realidade que não precise ser libertada do pecado. Mas a justiça de Deus se manifestou em resposta ao pecado, onde Deus se tornou pecado “aquele que não conhecera o pecado, Deus o fez pecado por nós,” (2Cor 2.21) para nos justificar, por meio da fé (Rom 321-23). Deus se entrega sendo justo e santo para nos salvar e nos libertar do pecado, mas só recebe a libertação aquele que dá adesão ao seu projeto de salvação.

 

Desde o início do Cristianismo, houve a confissão que Cristo morreu para nos salvar da morte, do pecado (1 Cor 15,3; cf Rm 4,25; Heb 2,11‑14). Mas embora sendo livres, se vivemos a vida nova e na luz, podemos correr o risco de nos tornar escravos, se rejeitarmos conscientemente esta vida nova, a vontade de Deus para nós, e por isso São Paulo fala da força do pecado que corrompe e torna escravo o ser humano, (Rm 1,18-3,23; 5,12‑21; 6,15‑23). Esta corrupção da santidade de Deus em nós, nos faz destruir à ‘koinonìa’, que em grego significa ‘comunhão’ com Deus, com os irmãos, conosco mesmos e com as criaturas.

 

A tradição Católica sabe que a conseqüência do pecado é grande na vida do homem, sabe que ela abre feridas enormes, capazes de serem curadas apenas com o Sacramento da Reconciliação, que é a volta concreta para Deus.

 

Como é triste observar o quanto estamos longe de Deus, longe do seu amor, longe de obedecer as suas leis! Domingo, dia 03 de maio, confessei seis horas seguidas, e escutando as confissões, percebia o quanto são verdadeiras as palavras de Maria. Quantos corações duros, quanta impiedade! Quantas pessoas que “rejeitam a vontade de Deus em suas vidas”, pessoas que por livre e espontânea vontade, não perdoam o marido, a esposa, os filhos, vivem brigados e fazem a comunhão todos os dias, muitos até vivem anos ser ter a comunhão com o seu marido ou com sua esposa, ou melhor, sem ter um ato de amor e querem ter e comungar Deus, isto é hipocrisia! Pessoas que sabem o que devem fazer, mas não o fazem e se dizem filhos de Maria! Do que adianta rezar, se a sua vida não muda. A oração é mudança, é conversão!

 

Que tristeza observar o interior da Igreja, que está sendo invadido pela fumaça de satanás, que cega a verdade. Tocou-me muito um rapaz que veio conversar comigo e me dizia que fazia parte de uma Ordem Terceira, era consagrado a esta Ordem, e estava escandalizado por saber que o seu formador era divorciado e estava amasiado com uma mulher, mas a Ordem Terceira permitiu que ele (o amasiado) até se consagrasse e fosse o formador dos demais, tudo porque era um homem de ‘status’, bem colocado na sociedade e etc.. O pior de tudo isto, é que o Assistente Espiritual, ministro e os membros do Conselho desta Ordem Religiosa sabem de tudo e não tomam nenhuma providência, dizendo que as ordens vêm de cima. Mas eu me pergunto: onde está a obediência ao Santo Padre, ao Magistério da Igreja? No lixo! Finge-se uma falsa obediência, comprada por dinheiro e esquece-se que a obediência local, nunca pode ir contra a obediência universal da Igreja. Tais Ordens Terceiras que caminham assim estão no lixo e não caminham conforme a vontade de Deus. Praticamente obrigam os seus a se afastarem, a deixarem-na. É preciso que a luz de Cristo irrompa estas trevas de satanás!

 

Certa vez escutei um senhor me contar que um sacerdote abandonou o ministério, e sem receber da Santa Sé a ‘dispensa e redução ao estado laical’, se ‘juntou’ com a sua ex-secretária, e hoje ministra a catequese em uma paróquia, e comunga em todas as missas que participa. Eis aqui outro absurdo, pois um sacerdote afastado do seu ministério está ‘proibido’ de exercer qualquer função dentro da paróquia, nem a leitura na missa ele pode fazer. Mas isto, não se obedece em nome de uma falsa compaixão, dizendo: “Coitadinho, ele errou, deve ter a segunda chance!”. Coitado somos nós, por ter estes maus testemunhos dentro da Igreja! Homens que deveriam ser exemplos de santidade e se tornaram exemplo de pecado! Não quero dizer que eles não mereçam a misericórdia, merecem-na, mas devem estar no seu lugar, pois escolheram outra vida.

 

Quantos ministros extraordinários da comunhão vivem em concubinato, vivem em pecado mortal, não podem receber a Eucaristia e nem servir ao Altar do Senhor como Ministros Extraordinários. Isto é hipocrisia, é pecado! (cf. Redemptionis Sacramentum). E os padres que permitem isto maculam a santidade da Igreja com a sua banalização do Sagrado! Mas sabem por que tudo isto continua assim? Porque são poucos os que reclamam escrevendo uma carta ao Bispo, o qual ao receber a carta deve averiguar com o Pároco tal situação, e dar uma resposta ao remetente, contudo caso não haja posicionamento do bispo local, pode-se recorrer diretamente à Nunciatura Apostólica do Brasil que está em Brasília.

 

Quantos escândalos, quantos sacerdotes e leigos usam o nome de Deus para ganhar dinheiro. Preocupam-se mais em serem “popstar”, se preocupam mais com o numero de CD’s vendidos do que com a salvação das almas, e diante das câmeras do placo, omitem as verdades de fé, para não se comprometerem, para não perderem o sucesso, se dizem cantores católicos, e diante da imprensa laica, onde poderiam dar razão de sua fé, como ensina Pedro na sua primeira carta, se omitem, para não perderem o status, isto quando não se envergonham de Cristo, e de seus mandamentos. Evangelizadores? Nunca serão assim! Além do que o Senhor disse: ‘o que receberes de graça, de graça doai!”

 

Já dizia Santo Agostinho: “Se a Igreja vai mal, a sociedade vai mal!”. É triste ver uma Igreja chamada a ser santa e viver no lodo! Acredito ser este um dos motivos de Nossa Senhora dizer que nós a rejeitamos, e por conseqüência nos jogamos no pecado e deixamos o pecado nos envolver, realmente somos pobres, e estamos em risco de morte eterna!

 

A Igreja hoje se pergunta: “Porque não temos vocações?”. Para mim é simples, não precisamos fazer inúmeras reuniões sobre o assunto, a resposta é: “Porque não damos testemunho! Porque grande parte dos nossos seminários vive em função de uma ideologia marxista, chamada ‘Teologia da libertação’. Por que muitos formadores se preocupam em arrecadar fundos para o seminário, em vez de formar os seminaristas para uma vida de oração, pobreza e piedade.

 

Ao ordenar dezenove sacerdotes neste domingo 03/05/2009, o Papa Bento XVI, constatou que “o mundo’, entendido no sentido evangélico, contamina a Igreja. (...) Este mundo, insidia também à Igreja, contagiando seus membros e os próprios ministros ordenados.  (...) o ‘mundo’ de fato não conhece a Deus; e em parte, não quer conhecê-lo. (...) O ‘mundo’, é uma mentalidade, uma maneira de pensar e de viver que pode contaminar à Igreja, e de fato a contamina, e, portanto, exige constante vigilância e purificação. (..) Estamos 'no’ mundo, e corremos também o risco de ser 'do' mundo. E, de fato, às vezes o somos(...). O Papa recomendou aos novos sacerdotes uma vida de oração, antes de tudo a santa missa cotidiana, a liturgia das horas, a adoração eucarística, a lectio divina, o Santo Rosário, a meditação, para estarem em conformidade com Jesus o Bom Pastor, e com ele, dar a vida pelas ovelhas que lhe foram confiadas.

 

Nossa Senhora nos alerta, a buscarmos Deus, a não vivermos imersos nos nossos pecados, a lutar contra eles, a não nos deixar escravizar por eles. Já dizia o grande Kierkegaard: ‘a vida de cada cristão é permeada pela luta entre o bem e o mal’, por isso todos aqueles que Deus constituiu um carisma particular, também eles, são sujeitos ao pecado, e devem lutar pela santidade, pela verdade, pois além do chamado de Deus em suas vidas, existe também a chamada de satanás para o mal. Mas o pecado maior é ceder, não lutar e omitir a verdade, assim a Igreja sabe da sua força, mas conhece também a sua fraqueza, portanto a Igreja de Cristo é aquela que é chamada a ser e viver como “Esplendor da Verdade”, capaz de banir a fumaça de satanás em seu meio, e assim, indicando com o calor da justiça e da verdade, o Nome de Cristo.

 

A impressão que tenho é que nós clérigos e leigos esquecemo-nos das verdades da nossa fé católica, e estamos cada vez mais caindo nas trevas de satanás, e estamos cegos a tal ponto que a luz não nos toca mais, pois estamos crispados em nossas idéias, que justificam o mal e o pecado, e satanás faz festa, como dizia Nossa Senhora em uma de suas mensagens: “satanás zomba de vossas almas”. Na verdade pensamos de sermos ‘o deus de nós mesmos’, não queremos nos submeter a Deus, que se manifesta pelos ‘verdadeiros pastores’ da Igreja, pelo Papa e os bispos que estão em ‘comunhão com ele’, e por isso muitos de nós, que não se dobra a vontade de Deus, vive sem a Sua Bênção, vive já aqui nesta terra o inferno, e quando morrem se não se converterem, irão apenas continuá-lo na outra vida.

 

Abramos os nossos olhos para os sinais que Deus nos dá! Talvez neste momento Deus está gritando a porta do teu coração, por meio da tua dor e do teu sofrimento, para poder entrar em tua vida, e você ainda permanece fechado, e não o procura, não se dobra a perdoar, a recomeçar a tua vida em família, a viver a vida que Deus deseja de ti.

 

Mas nem tudo está perdido, para aqueles que desejam mudar de vida, se dobrar a Deus, Nossa Senhora diz: “Chamai-me e Eu virei em vosso socorro!”.

 

Mãe te clamamos, ajuda-nos a viver a santidade, ajuda-nos a nos despojarmos de nós mesmos e nos dobrar a Deus.

 

Termino este texto com a oração do grande teólogo John Henry Newman:

 

Esteja comigo Senhor e eu iniciarei a resplandecer como Tu resplandece, a resplandecer até ser luz para os demais.

A luz, ó Senhor virá todo de ti: Nada é mérito meu.

Tudo resplandecerá, através de mim sobre os demais.

Faça apenas que eu te louve no mundo, de modo que Lhe agrade,

Refletindo sobre todos os que estão ao meu redor a tua luz.

Dai a luz a eles, e dai também a luz a mim, ilumina-os junto de mim, e através de mim.

Ensina-nos a difundir o teu louvor, a tua verdade, a tua vontade.

Faz que eu possa anunciar-Te com as palavras, mas sobre tudo, com o exemplo, com a força atraente, com aquela força sólida, que provém somente daquilo que faço com a minha visível semelhança da tua santidade, e com a clara plenitude do amor, que o meu coração nutre por Ti. Amém!

 

E por intercessão da gloriosa e sempre Virgem Maria, a Rainha da Paz, recebam a bênção especial e materna da Gospa: “Em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo” Amém!

 

UNIDOS EM ORAÇÃO COM MARIA!

UM FRATERNO ABRAÇO!

 


Pe. Mateus Maria, FMDJ

paniejezuufamtobie@terra.com.br

www.mosteiroreginpacis.org.br



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